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CasamentoDef2015

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CASAMENTO 
CASAMENTO 
Casamento é “o negócio jurídico de Direito de 
Família por meio do qual um homem e uma 
mulher se vinculam através de uma relação 
jurídica típica, que é a relação matrimonial. 
Esta é uma relação personalíssima e 
permanente, que traduz a ampla e duradoura 
comunhão de vida”. 
OLIVEIRA, José Lamartine Corrêa de; MUNIZ. Francisco José Ferreira. 
Curso de Direito de Família. 3 ed. Curitiba: Juruá, 2000, p. 125 
“Casamento é a união de um homem e uma 
mulher para constituírem uma família”. 
Fachin, Luiz Edson. Direito de Família. Elementos críticos à luz do 
novo Código Civil Brasileiro. Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 130. 
NATUREZA	
  JURÍDICA	
  DO	
  CASAMENTO*	
  
1. CONTRATO 
 
“Quem casa celebra uma forma especial de contrato?” 
2. INSTITUIÇÃO 
 
“Quem casa funda, em microcosmo, uma instituição” 
3. ATO JURÍDICO COMPLEXO 
CARACTERÍSTICAS	
  DO	
  CASAMENTO	
  	
  
•  Ato pessoal 
•  Ato civil 
•  Ato solene 
•  Normas que o regulamentam 
de ordem pública 
•  Estabelece comunhão plena 
de vida, com base na 
igualdade de direitos e 
deveres dos cônjuges (art. 
1511, do CC) 
Casamento Religioso com Efeitos Civis 
CAPACIDADE	
  PARA	
  CASAR	
  
Capacidade especial 16 anos para homens e mulheres 
(igualdade CF/88) 
Crítica: Por que 16 e não 18? (plena capacidade). Alemanha e 
Itália, p.ex., fazem coincidir a idade núbil com a da capacidade 
geral. 
•  Menores entre 16 e 18 anos. 
•  Dependem de autorização dos pais ou tutores, ou prova do ato 
judicial que a supra, ou da emancipação. 
•  O consentimento é dado por ambos os pais – art. 1517, 2ª 
parte. 
•  Excepcionalmente, pode um dos genitores ser autorizado a dar 
o consentimento sozinho se não há mais notícia do outro. Ver 
art. 68 da LRP (justificativa de fato necessário à habilitação). 
•  Divergência entre os pais o Juiz decide – parágrafo único do 
art. 1517. 
•  Art. 1520, CC 
 
Impedimentos para o casamento 
— Art. 1521, CC 
 
— Infringência Nulidade 
 
—  Legitimidade para opor – Art. 1522, CC 
 
 
CAUSAS SUSPENSIVAS 
— Art. 1523, CC 
 
— Infringência Regime da 
separação obrigatória 
—  Legitimidade para opor – Art. 1524, CC 
1. HABILITAÇÃO PARA O 
CASAMENTO 
—  Art. 1525, CC – documentos indispensáveis 
—  O dever do Oficial do Registro esclarecer os nubentes a 
respeitos dos fatos que podem ocasionar invalidade e 
regime de bens (art. 1528, CC) 
—  Oposição dos impedimentos e causas suspensivas 
—  Eficácia da habilitação – 90 dias. 
2. CELEBRAÇÃO DO 
CASAMENTO 
—  A solenidade realizar-se-á na sede do cartório (art. 1534, 
CC): 
-  a portas abertas 
-  na presença de duas (02) testemunhas 
—  A solenidade pode se realizar em outro prédio público ou 
particular: 
- também a portas abertas 
- Na presença de quatro (04) testemunhas 
 
PESSOAS PRESENTES NA 
CELEBRAÇÃO 
- Presidente do ato (juiz de 
paz) 
- Oficial do Registro 
- Nubentes 
- Testemunhas 
 
 
 
 
 
QUAL O MOMENTO DE PRODUÇÃO DE EFEITOS DO 
CASAMENTO? 
 
—  1. Depois da manifestação de vontade 
dos nubentes? 
— 2. Depois da declaração do presidente 
do ato de que o casamento foi efetuado? 
— 3. Depois da assinatura? 
 
 
	
  
O	
  estado	
  de	
  saúde	
  
de	
  um	
  dos	
  
nubentes	
  o	
  
impede	
  de	
  se	
  
locomover	
  e	
  
impede,	
  também,	
  
o	
  adiamento	
  do	
  
casamento	
  
	
  
É	
  aquele	
  celebrado	
  
em	
  iminente	
  risco	
  de	
  
vida,	
  sem	
  a	
  
observância	
  das	
  
formalidades,	
  dada	
  a	
  
impossibilidade	
  de	
  
tal	
  observância.	
  Art.	
  
1540,	
  do	
  CC	
  e	
  arts.	
  
77	
  e	
  seguintes	
  da	
  Lei	
  
6.015/73).	
  
	
  
O	
  Código	
  Civil,	
  no	
  
arWgo	
  1542,	
  
autoriza	
  a	
  
celebração	
  do	
  
casamento	
  
mediante	
  
procuração,	
  por	
  
instrumento	
  
público,	
  com	
  
poderes	
  
especiais	
  	
  
INVALIDADE DO 
CASAMENTO 
1. PLANO DA EXISTÊNCIA 
— PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA: 
—  1. CONSENTIMENTO 
 
—  2. CELEBRAÇÃO NAS FORMAS DA LEI 
 
—  3. DIVERSIDADE DE SEXO (?) 
2. PLANO DA VALIDADE 
— CASAMENTO NULO (art. 1548, 
CC) 
-  Infringência de impedimento 
-  Enfermo mental sem o necessário 
discernimento para os atos da 
vida civil 
 
—  A ação pode ser promovida por quem tenha 
legítimo interesse econômico ou moral 
( côn juges , co l a t e ra i s sucess í ve i s , 
descendentes, ascendentes, credores) ou o 
Ministério Público (art. 1549). 
—  Não pode ser declarado nulo ex officio pelo 
juiz. 
—  CASAMENTO ANULÁVEL 
HIPÓTESE 
Art. 1550, CC 
LEGITIMIDADE PRAZO O U T R A S 
CARACTERÍSTICAS 
I - Q u e m n ã o 
c o m p l e t o u i d a d e 
mínima para casar 
1552 1560 §1 – Prazo 
decadencial!!! 
1553 – confirmação do 
casamento. Ratificação só 
depois de completar a 
idade núbil. A ratificação é 
no registro civil – perante 
o oficial e o juiz de paz. 
E se já foi proposta a 
ação. Pode ratificar antes 
da decisão. Não se pode 
ratif icar o que já foi 
declarado nulo. 
 
 
II – menor em idade 
núbil com falta de 
assent imento dos 
pais ou representante 
legal 
1555 – quem tinha o 
direito de consentir, 
mas não assistiram o 
ato. 
1555 – Prazo 
prescricional. 
Contagem está 
no §1º. 
1555 §2 – Não se anula 
se houve consentimento 
III – vício de vontade 
n o s t e r m o s d o s 
artigos 1556 a 1558 
1559 - Unicamente ao 
cônjuge que incidiu 
em erro ou sofreu 
coação 
  
IV – incapacidade de 
c o n s e n t i r o u d e 
manifestar de modo 
i n e q u í v o c o o 
consentimento. 
Aplica no caso de 
haver apenas redução 
da 
capacidade. (Se for 
total e permanente o 
casamento será nulo). 
O próprio incapaz, 
rep re s e n t a n t e s e 
herdeiros 
1 5 6 0 , I – p r a z o 
prescricional 
V – realização de 
casamento por 
procurador cujo 
mandato já havia 
sido revogado, sem 
que o mandatário ou 
o outro cônjuge 
tivesse ciência da 
revogação e desde 
que não tenha 
sobrevindo 
coabitação entre os 
cônjuges 
1560 §2 – Prazo de 
decadência pois não 
há referência à 
ação1560 §2 – Prazo 
de decadência pois 
não há referência à 
ação 
VI – incompetência 
d a a u t o r i d a d e 
celebrante- a doutrina 
e n t e n d e q u e a 
incompetência deve 
ser em razão do lugar 
Só se reconhece 
l e g i t im idade aos 
c ô n j u g e s . N ã o 
transparece interesse 
aos representantes ou 
aos ascendentes ou 
m e s m o 
descendentes, para 
se insurgirem contra 
o casamento. 
1560, II 1554. 
VÍCIO DE VONTADE – ERRO ESSENCIAL 
QUANTO À PESSOA DO CÔNJUGE 
—  a ) 1556 – previsão legal do erro essencial 
—  b) Art. 1557 Rol taxativo do art. 1557 (quatro 
hipóteses de erro essencial quanto à pessoa do 
outro cônjuge): 
—  REQUISITO GERAL: Insuportabilidade da vida em 
comum 
—  (explícito: incisos I, II e IV – implícito: inciso III - ) 
—  - Desconhecimento do fato anterior ao casamento 
—  Inciso I - erro sobre a indentidade do outro 
cônjuge, sua honra e boa fama. (Identidade física 
(individualização dentro da espécie) e identidade 
civil (identificação no meio social)) 
—  Requisitos: 
—  A) o defeito ignorado preexista ao casamento 
—  B) a descoberta torne insuportável a vida em 
comum para o cônjuge enganado. 
—  ANULAÇÃO DE CASAMENTO - ERRO ESSENCIAL 
SOBRE A PESSOA DO OUTRO CONJUGE - 
Homossexualidade do marido - Comprovação - 
Insuportabilidade da vida em comum caracterizada 
- sentença em reexame confirmada. Arts, 218 e 
219,inc-I, do CCB. Ocultando o nubente a sua 
preferência homossexual, fez incidir em erro 
essencial aquele com ele se casou. Em reexame 
necessário, Confirmaram a sentença. Unânime. 
(Reexame necessário Nº 70001010784, SÉTIMA 
CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, 
RELATOR: LUIZ FELIPE BRASIL SANTOS, JULGADO 
EM 14/06/2000) 
—  Ementa: CASAMENTO. ANULAÇÃO. RECUSA AO RELACIONAMENTO 
SEXUAL. INSUPORTABILIDADE DA CONVIVÊNCIA CONJUGAL. ERRO 
ESSENCIAL SOBRE A IDENTIDADE PSICOFÍSICA DA CONSORTE. 
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E 
DA IMAGEM. VIOLAÇÃO DOS DEVERES DE VIDA EM COMUM, 
CONSIDERAÇÃO E RESPEITO MÚTOS. A recusa permanente ao 
relacionamento sexual, após as núpcias e durante o prazo 
expressivo, revela desconhecimento sobre a identidade psicofísica 
do outro cônjuge, tornando insuportável o convívio conjugal. A 
reiteração da conduta, de forma imotivada, viola deveres de 
coabitação e consideração com o consorte, afetando o princípio 
solar da dignidade da pessoa humana e de sua imagem. APELAÇÃO 
PROVIDA, POR MAIORIA, PARA DECRETAR A ANULAÇÃO DO 
CASAMENTO. (SEGREDO DE JUSTIÇA) (Apelação Cível Nº 
70010485381, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: José Carlos Teixeira Giorgis, Julgado em 13/07/2005) 
—  ANULAÇÃO DE CASAMENTO – GRAVIDEZ E 
ABORTO FICTÍCIOS – PROVA COERENTE – ERRO 
ESSENCIAL CARACTERIZADO – AÇÃO 
PROCEDENTE – Emergindo da prova laborada nos 
autos que a virago simulou gravidez para forçar o 
seu casamento com o varão, bem como ser fictício 
o seu aborto posterior, resta caracterizado o erro 
essencial na pessoa do cônjuge, na forma prevista 
no art. 218 do Código Civil, possibilitando a 
anulação do matrimônio respectivo. Apelação 
provida. (TJMG – AC 000.182.254-3/00 – 3ª C.Cív. 
– Rel. Des. Lucas Sávio V. Gomes – J. 26.10.2000) 
—  R E E X A M E N E C E S S Á R I O. A N U L A Ç Ã O D E 
CASAMENTO. ERRO ESSENCIAL. Tendo o marido 
descoberto, depois do casamento, que sua esposa 
é afeita de drogas e ex-interna da FEBEM, fica 
evidenciado que incorreu em erro essencial quanto 
a pessoa do outro, justificando-se a anulação do 
casamento. Inteligência dos arts. 218 e 219 inc.I, 
do CCB. SENTENÇA CONFIRMADA. (REEXAME 
NECESSÁRIO Nº 70001865344, SÉTIMA CÂMARA 
CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: 
SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES, 
JULGADO EM 20/12/2000) 
—  Inciso II - ignorância de crime . 
—  Inafinaçáveis ou afiançáveis. Não precisa haver 
sentença condenatória transitada em julgado. 
—  Requisitos: 
a) crime deve ser anterior ao casamento 
b)  o seu conhecimento, torne insuportável 
a vida conjugal 
—  “ANULAÇÃO DE CASAMENTO – A mulher que 
afirma ter laborado em erro por desconhecer 
condenação criminal anterior do homem que 
desposou, deve provar, para anular o casamento, 
que o inc. II do art. 219 do Código Civil permite, o 
desconhecimento do fato que, descoberto, tornou 
insuportável a coabitação. Inaplicabilidade do art. 
330, II, do CPC. Provimento. (TJSP – AC 168.575- 
4/4 – 3ª CDPriv. – Rel. Des. Ênio Santarelli Zuliani – 
J. 14.08.2001)” 
—  Inciso III - defeito físico irremediável e moléstia 
grave. 
—  Defeito físico irremediável é o que impede a 
realização dos fins do matrimônio. A impotência 
coeundi o qualifica, mas não a impotência 
generandi (gerar) e concipiendi (conceber). 
—  Moléstia grave, deve ser transmissível por contágio 
ou herança e capaz de por em risco a saúde do 
outro cônjuge ou de sua descendência. 
—  CASAMENTO. ANULAÇÃO. IMPOTÊNCIA COEUNDI", 
INAPTIDÃO DO VARÃO EM CONSUMAR O 
CASAMENTO. Provada a incapacidade do cônjuge 
varão em consumar o casamento, pela inaptidão 
para o coito, mesmo que provada sua capacidade 
com terceiros em manter relações sexuais, deve o 
casamento ser anulado. Isto porque o casamento é 
uma re l a ção pessoa l , d e modo que o 
preenchimento de sua finalidade, deve ser possível 
entre o marido e a mulher. ACOLHERAM. (18 FLS.) 
(EMBARGOS INFRINGENTES Nº 70001036425, 
QUARTO GRUPO DE CÂMARAS CÍVEIS, TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: LUIZ FELIPE BRASIL 
SANTOS, JULGADO EM 10/11/2000) 
—  CIVIL – ANULAÇÃO DO CASAMENTO – IMPOTÊNCIA 
COEUNDI – DEFEITO FÍSICO IRREMEDIÁVEL – 1. O 
Código Civil autoriza a anulação do casamento se 
houver por parte de um dos nubentes, ao consentir, 
erro essencial quanto à pessoa do outro. 2. A 
impotência coeundi constitui-se em defeito físico 
irremediável, mesmo que somente se manifeste em 
relação ao outro cônjuge. 3. Negado provimento ao 
recurso e à remessa necessária. Unânime. 
Conhecer. Negar provimento aos recursos 
voluntário e oficial. Unânime. (TJDF – APC 
20000150033150 – 3ª T.Cív. – Relª Desª Sandra de 
Santis – DJU 20.02.2002 – p. 90) 
—  Inciso IV - doença mental grave 
—  Também constitui erro essencial sobre a pessoa 
do outro cônjuge a doença mental grave que torne 
insuportável a vida em comum do cônjuge 
enganado. 
—  ANULAÇÃO DE CASAMENTO – Esquizofrenia – 
Conhecimento da doença superveniente ao 
casamento – Problemas psíquicos que se 
exteriorizavam através de sintomas facilmente com 
o réu – Erro de avaliação quanto a extensão do mal 
que acometia o noivo da requerente, não possibilita 
a dissolução do casamento nos termos do artigo 
219, Inciso III do CC, porquanto os fatos já eram 
conhecidos da mulher antes do matrimônio, não se 
ajustando tal procedimento a ignorância (ausência 
de conhecimento) ao conceito de erro essencial a 
justificar a anulação do casamento reclamada na 
inicial – Recurso provido. (TJSP – AC 94.963-4 – 
São Paulo – 7ª CDPriv. – Rel. Des. Júlio Vidal – 
22.02.1999). 
—  Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. SENTENÇA DE 
IMPROCEDÊNCIA. INOCORRÊNCIA DE ERRO ESSENCIAL. DOUTRINA. 
PEDIDO ALTERNATIVO DE DECRETAÇÃO DE DIVÓRCIO DEDUZIDO EM SEDE 
RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os fatos que dão causa ao pedido não se 
prestam a caracterizar hipótese de erro essencial sobre a pessoa do outro. 
2. Se a opção pela rápida celebração do casamento com pessoa que 
conheceu por site de relacionamento retirou do autor a possibilidade de 
convivência prévia para conhecer a personalidade instável da requerida, não 
há falar em anulação de casamento. As hipóteses do art. 1.557 do CCB que 
caracterizam erro essencial constituem numerus clausus, descabendo 
interpretação extensiva. No caso, não configurado erro de identidade, honra 
e boa fama. 3. Quanto à doença mental grave, necessária prova técnica que 
não há nos autos, confirmando a hipótese, bem como a circunstância de 
preexistência ao casamento. 4. Não se cogita de provimento ao recurso para 
decretar o divórcio, uma vez que deduzido somente em sede recursal. Nem 
mesmo com a justificativa de atenção ao princípio da economia processual 
seria possível o acolhimento do pedido, pois a autora, quando citada, não 
teve ciência de tal pretensão. NEGARAM PROVIMENTO À APELAÇÃO. 
UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70039523204, Oitava Câmara Cível, Tribunal 
de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 
13/01/2011) 
Ação anulatória 
—  ANULÁVEL ação anulatória ex nunc ou ex tunc? 
(controvérsia) prazo decadencial 
—  Produz todos os efeitos enquanto não anulado. 
Tem validade resolúvel que se tornará definitiva se 
decorrer o prazo decadencial sem que tenha sido 
ajuizada ação anulatória. 
—  Legitimidade das pessoas envolvidas. 
—  Discussão doutrinária sobre a retroatividade ou não 
dos efeitos da sentença anulatória. 
QUESTÕES PROCESSUAIS 
—  A nulidade em matéria de casamento depende do 
ingresso de uma ação ordinária (art. 1549 e 1563) 
—  No caso de casamento nulo, o juiz não pode 
declará-lo “ex oficio” 
—  Ações que tratam de direitos indisponíveis 
participação do Ministério Público 
—  (o CC/02não prevê mais a nomeação de curador 
ao matrimônio) 
—  não produz efeitos da revelia (art. 320,II CPC – 
direitos indisponíveis) 
—  não há mais previsão do duplo grau de jurisdição 
(art. 475 do CPC - redação lei 10.352/01) 
—  Requerimento de separação de corpos, se 
necessária, antes da propositura ou durante a ação 
de nulidade ou anulação (art. 1562 do CC/02 e art. 
888, VI CPC). 
CASAMENTO PUTATIVO 
—  Art. 1561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído 
de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a 
estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da 
sentença anulatória. 
—  §1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o 
casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos 
aproveitarão. 
—  §2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o 
casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão. 
—  Art. 1563 – direitos de terceiros são preservados 
sempre! 
 
 3. PLANO DA EFICÁCIA 
— TRÊS ORDENS DE EFEITOS: 
— SOCIAIS 
— PESSOAIS 
— PATRIMONIAIS 
Efeitos sociais (os que atingem a toda a 
sociedade. 
— 1º Criação de uma família 
— 2º Constituição do “status” de 
casado 
— 3º Emancipa tacitamente o menor de 
18 anos 
— 4º Estabelece o parentesco por 
afinidade 
Efeitos pessoais 
—  1º Estabelece plena comunhão de vida com 
base na igualdade de direitos e deveres dos 
côn juges . Conso r tes , companhe i ros e 
responsáveis pelos encargos da família. Art. 1511 
e 1.565 
—  2º Os nubentes podem acrescer ao seu o 
sobrenome do outro. Art. 1.565, § 1º. 
- É uma faculdade. 
- Se feita a opção – consignar na certidão de 
casamento. Decisão que tem por fim dar 
visibilidade à comunhão de vida (art. 1.511). 
 
—  3º Liberdade de decisão acerca do planejamento familiar. 
- Matéria constitucional. Art. 1.565 § 2º. 
—  4º Direção da sociedade conjugal em igualdade de condições. 
- Art. 1.567 
- Princípio da isonomia 
- Interesses: do casal e dos filhos 
- Ex: 
a) representação legal da família; 
b) fixação do domicílio; 
c) aquisições e alienações de interesse da família... 
 
- Divergência entre cônjuges – decisão judicial (parágrafo único do 
art. 1.567 
—  Exceção: Direção exclusiva de um dos cônjuges, 
cabendo-lhe a administração dos bens. Art. 1.570 
—  Se o cônjuge estiver: 
—  em lugar remoto ou não sabido 
—  encarcerado por mais de 180 dias 
—  interditado judicialmente 
—  privado episodicamente de consciência em virtude 
de enfermidade ou de acidente 
 
— 5º Criação de direitos e 
deveres entre cônjuges. 
- Art. 1.566 “São deveres de 
ambos os cônjuges” 
 
Efeitos patrimoniais 
—  1º Regime de bens do casamento 
—  2º Dever de alimentos 
 
—  3º Sucessões 
—  4º Bem de Família 
—  (Todos estes efeitos também estão presentes na 
união estável)

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