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Caderno de Direitos Reais

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Direitos Reais
1°bimestre/2015
Anotações de aula
11/02/2015
Direitos Reais x Direitos Pessoais
	Direitos Reais x
	Direitos Pessoais:
	Prestação de Serviços
	lei (numerus claureis)
	Relação obrigacional
	
	art. 1.225, CC - enumera os direitos reais, sendo um rol taxativo
	
	
13/02/2015
“res” - coisa corpórea. Para falar de direitos reais, trata-se apenas dos bens corpóreos.
Distinções entre direitos reais e direitos pessoais
	Reais
	Pessoais
	Taxativos - numerus claurus
	Relação obrigacional
	Direitos erga omnes 
	Eficácia limitada - exige-se o cumprimento da obrigação a quem couber.
	Direitos absolutos - em tese por causa da inviolabilidade e erga omnes
	Direitos Relativos - afetam as pessoas (obrigações)
	Direitos Perpétuos - não se extinguem pelo uso
	Direitos Transitórios
	Objeto: coisa corpórea
	Prestação: dar, fazer.
Características e efeitos dos Direitos Reais
Princípio da Taxatividade - direitos real é somente aquele que está na lei - art. 1.225, CC.
Para que haja direito real, é necessário que as características estejam previstas em lei.
Princípio da Publicidade - os direitos reais são constituídos por meio de registro.
Princípio da Fixalização - promove a vinculação da coisa. Há vinculação da res e do proprietário, ou seja, bem específico.
Figuras jurídicas afins
Obrigações propter rem - é a obrigação própria da coisa de natureza híbrida. É o que ocorre com a obrigação de taxa condominial. Exemplo: se ele mora no condomínio, paga essa taxa, com previsão em lei (direitos reais), há possibilidade de transmissão da taxa através da quitação dos débitos.
Ônus reais - a dívida irá afetar a coisa. Exemplo: é a ideia de gravame.
Obrigações com eficácia real - são as hipóteses do art. 576, CC, que são as cláusulas de vigências e preferência.
Classificação dos Direitos Reais
Direitos reais próprios - aqueles que o titular exerce sobre a própria coisa. É o que acontece com o direito de propriedade.
Art. 1.228, CC - dispõe as prerrogativas do proprietário.
“O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la de quem a tenha injustamente”.
Direitos reais alheios - vão conferir prerrogativas ao titular, mas incidem sobre bens alheios:
usufruto;
uso;
habitação; e
superfície
Direitos reais de garantia - designa hipoteca, penhor e anticrese:
Hipoteca é a garantia real sobre bens imóveis;
Penhor recai sobre bem móvel;
Na anticrese a pessoa que tem o direito da coisa a experimenta, usa e goza até acabar a dívida.
25.02.2015
Posse
Art. 1.196, CC
“Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”.
"Situação de fato juridicamente relevante".
A situação de fato se revela pela exteriorização da propriedade.
Art. 1.228, CC - direitos do proprietário:
“O proprietário tem a faculdade de usar, gozar, e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha”.
Direito de uso
Direito de gozar/fruição 
Dispor
Reivindicar
Posse (ambas são protegidas legalmente):
Autônoma - não foi gerada por um contrato (locação, venda, etc), pois está desvinculada do título de propriedade, não está vinculada ao verdadeiro proprietário, no sentido da transferência. Exemplo: área invadida. "Jus possessionis".
Casual - aquela para a qual existe uma motivação do proprietário, existindo vinculação ao comportamento do proprietário. "Jus possiendi". 
Detenção
"Situação de fato juridicamente irrelevante" - o direito não disciplina. 
Art. 1.197, CC. 
“ A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direito defender a sua posse contra o indireta.”
Atos de mera tolerância não induzem posse. Exemplos: caseiro, ausente, bem público. 
Natureza jurídica
Savigny - Teoria subjetiva da posse. A posse era o exercício de direito sobre a coisa por quem tem o ânimo de se dono - corpus + animus domini (elemento subjetivo da posse, ânimo de ser dono). A posse tem natureza jurídica de poder. Para ele a distinção entreposto e detenção está na presença ou não do animus domini (se tem é posse, se não tem é detenção).
Ihering - Teoria objetiva da posse (seguida no Brasil). A posse era aquela que se constituia pela ocupação. Para ele a posse é um fato jurídico. Para ele a posse envolve corpus e, o corpus menos a causa detentiones é detenção. Exemplo causa de detenção: subordinação existente do caseiro em relação ao possuidor. 
Art. 1.225, CC:
“São direitos reais:
propriedade
superfície
servidões
usufruto
uso
habitação
direito do promitente comprador do imóvel
penhor
hipoteca
anticrese
concessão de uso especial para fins de moradia
concessão de direito real de uso”
Posse não é direito real, porque os direitos reais são taxativos, numerados no artigo citado - numeros clausus. 
Art . 1.128, § 4* - direito de propriedade 
Função social - atendimento a finalidade e proatividade 
04.03.2015
Classificação da posse
Quanto ao exercício
Posse direta - aquela que é exercida pela pessoa que a ocupa 
Posse indireta - aquela que é exercida exercida pelo proprietário indiretamente. 
Posse plena = posse exercida pelo proprietário 
O proprietário é sempre possuidor, ainda que de maneira indireta 
Caso o possuidor indireto perturbe a posse do possuidor direito, cabe-se ação de manutenção de posse contra o outro, com o objetivo de fazer cessar a turbação 
Art. 1197
2. Quanto a legitimidade 
a. Posse justa - não seja violenta, clandestina ou precária - aquela que está de acordo com as normas do ordenamento jurídico.
b. Posse injusta (desprovida de atendimento as normas do ordenamento jurídico) - é a posse violenta (obtida por coação), clandestina (furtiva - não gera efeito para usucapiao) ou precária (decorrente de abuso de direito) - art. 187 - violação da boa fé objetiva 
Art. 1.200 - não traz definições, apenas critérios para chegar a noção.
“É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária”.
3. Quanto ao modo de aquisição e exercício
a. Posse de boa fé (subjetiva) - aquela na qual o possuidor ignora o vício (boa fé objetiva é norma de conduta. (que nos.obriga a agir de determinada forma; boa fé subjetiva é chamada psicológica, vinculada ao sujeito 
b. Posse de má fé - aquela em que o possuidor conhece o vício aquela
4. Quantos aos efeitos
a. Ad interdicta - aquela que pode ser protegida pelos interditos possessórios - Teoria da Aparência 
b. Ad usucapionem - aquela posse que já atendeu aos requisitos legais para aquisição de propriedade por meio de usucapiao 
5. Quanto ao tempo
a. Posse nova - menos de um ano e um dia - posse de curta duração - cabe liminar para restrição de posse.
b. Posse velha - mais de um ano e um dia - os efeitos dessa posse são diferentes: não cabe liminar pois o sujeito que está ocupando o imóvel já está lá a mais de uma ano e um dia.
Jus possessionis - possuidor.
Jus possiendi - proprietário.
06.03.2015
Aquisição e perda da posse
Aquisição
Pode se dar de maneira originária ou derivada.
Originária
Quando não há relação jurídica anterior.
É proveniente de um ato material (como apreensão ou ocupação), não tem lastro jurídico que dê início a ela; a pessoa simplesmente se apossa da área - art. 1204, CC.
Art. 1.204, CC. “Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade”.
Derivada
Quando há relação jurídica; exemplo: contratos, casamento, sucessão.
Decorre de uma posse em que existe relação jurídica anterior.
Constituto possessório
Arnold Wald - “É a conversão da situação de possuidor em nome próprio (possuidor pleno) em possuidor em nome alheio (possuidor direto).”
Possuidor pleno (proprietário) -----> Possuidor direto (locatário).
Tradição Ficta
Essa tradição é simbólica, mas que gera efeitosde tradição real.
O constituto possessório deve ser expresso com a chamada cláusula “constituti” (se no contrato de compra e venda fica estabelecido a tradição ficta, para todos os efeitos fica como se o comprador tivesse a posse).
O constituto possessório é para que se faça a tradição ficta.
Situação inversa
Traditio brevi manu
O possuidor direto passa a ser possuidor pleno. Exemplo: o locatário que tinha a posse direta, compra o imóvel com o direito de preferência, e passa a ser possuidor pleno.
11.03.2015
Aquisição e perda da posse (continuação) 
Perda de posse
Art. 1.223 e 1224, CC - a posse é perdida a partir do momento em que o possuidor não pode mais exercer poderes sobre o bem. 
“Art. 1.223, CC. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.”
“Art. 1.224, CC. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.”
Ausência de poderes 
Esbulho - situação que se verifica quando o sujeito perde a posse, mas tem a possibilidade de reave-lá. 
Art. 1224 - se em razão do esbulho o proprietário ficou inerte, há perda 
Autotutela 
Extinção da posse 
A perda é uma das espécies extinção da posse. 
Espécies:
Renúncia - para imóvel tem de ser solene 
Abandono - é uma situação de fato, em que o sujeito para de praticar os atos de posse, de forma omissa e tácita 
Negócio 
Efeitos da posse
Efeitos de Direito Processual
Interditos possessórios - aqueles que podem ser manejados quando o possuidor exerce posse ad interdicta e fundada no jus possessionis 
Art. 1196, CC - definição de possuidor 
“Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes a propriedade.”
Agressão futura - a medida cabível será um Interdito proibitório (fixar multa/caução, em caso de descumprimento)
Agressão atual - juridicamente é chamada de turbação - a seriedade será a chamada manutenção de posse
Agressão passada - trabalhamos com a idéia de esbulho, em que a pessoa não estatais com a posse direta - nos usamos da chamada reintegração de posse direta (permite que o possuidor reaveja a.posse)
É admitida a aplicação do princípio da fungibilidade. Por sua vez, o princípio da fungibilidade indica que um recurso, mesmo sendo incabível para atacar determinado tipo de decisão, pode ser considerado válido, desde que exista dúvida, na doutrina ou jurisprudência.
Em outras palavras, ressalvadas as hipóteses de erro grosseiro, a parte não poderá ser prejudicada pela interposição de um recurso/ação/ato por outro, devendo o processo ser conhecido pelo Tribunal ad quem. 
Qual os Interditos cabíveis? - prova
Art. 1210 - Autotutela - para agressão atual ou passada é chamada cabível 
“Art. 1210, CC. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1°. O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção ou restituição da posse.”
§ 1* - o sujeito privado da posse pode exercer Autotutela para reavê-la, desde que logo 
Não são ações possessórias, mas protegem algum aspecto da posse:
Ação de dano infecto - ação para proteger o direito de vizinhança - art. 1277 - proteção da salubridade, segurança, saúde e sossego .
Art. 1.277, CC. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização da propriedade vizinha”.
Ação de imissão na posse (ação petitória - só pode ser movida pelo dono) - quando ele, dono, quer ter a primeira posse - não é ação possessória 
13.03.2015
Efeitos da posse (continuação)
Direito material
Frutos - são os rendimentos periódicos. São acessórios e principais:
percebidos = já colhidos, acontecem antes da tradição
pendentes = ainda não haviam sido percebidos (exemplo: cadela prenha)
antecipados = foi experimentado ou colhido antes da hora (exemplo: colheita de frutas antes da hora).
Art. 1.214, caput.
“Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.”
	Boa fé
	Má fé
	Quando o vício é desconhecido pelo possuidor
	Sabe sobre o vício, mas continua
	Percebidos: sim
Pendentes: não
Antecipados: não
	Percebidos: não
Pendentes: não
Antecipados: não
 Só há direito aos frutos percebidos de boa fé - art. 1.216.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Benfeitorias - são melhoramentos, acréscimos feitos às coisas.
necessárias = é aquela imprescindível, urgente. Exemplo: substituição de telhas ou canos quebrados
útil = aquela que melhora o uso da coisa; que facilita seu uso. Exemplo: elevador
voluptuárias = destinada a mero aformosamento/embelezamento da coisa
arts. 1.219 a 1.222
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem.
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.
	Boa fé
	Má fé
	necessárias: sim
útil: sim
voluptuárias: não
	necessárias: sim
útil: não
voluptuárias: não
Indenização (ressarcimento por dano)
perda da coisa/perecimento - resperit domino - a coisa perece para o dono
deterioração
responde o possuidor de má fé - art. 1218
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
responde o possuidor de boa fé se houver prova da culpa - art. 1217
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
18.03.2015
- idéia da propriedade privada - evolução histórica 
Teoria da aparência aplicada à propriedade
Por força dessa teoria, o direito acaba protegendo certas situações por causa da aparência, e isso se aplica inclusive no âmbito da propriedade. 
(credor putativo - aquele que aparentemente é, mas não é)
Art. 1228, CC - poderes do proprietário 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Propriedade é uma situação de poder que o titular/proprietário tem em relação a coisa. Pode ser encarada de forma plena ou limitada.
Propriedade plena - aquela que não tem restrição jurídica - o proprietário pode utiliza-lá como lhe convier. Exceção: obedecer função social da propriedade.
Propriedade limitada - aquela que contém alguma restrição jurídica - essa restrição pode advir de lei (exemplo: direito de usufruto - alguémque não o proprietário tem o direito de usufruir, devidamente registrado na matrícula do imóvel), contrato (cláusula de.inalienabilidade e incomunicabilidade)
Limitações ao direito de propriedade
De ordem constitucional, recai sobre a função social da propriedade - art. 5*, inciso 23 (o que determina a função social de uma propriedade é sua destinação, dividida geralmente em imóveis rurais e urbanos)
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;”
De ordem civil - cláusulas restritivas: de inalienabilidade, de incomunicabilidade e de impenhorabilidade 
Propriedade resoluvel - lei 9514/97 - o proprietário, durante o financiamento, na verdade tem a qualidade de possuidor precário, porque nesse período o proprietário fiduciário é o banco, que emprestou o dinheiro a ele. 
20.03.2015
Propriedade
Formas de aquisição 
Aquisição de forma originária - quando não tem relação jurídica com o proprietário anterior
Acessão (aderência):
 formação de ilhas - art. 1249, CC 
“Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.”
Abandono de álveo (a terra fica a mostra quando o rio seca) - " forma uma porção de terra sem dono" art. 1252 
“Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.”
Aluvião prova - tratados juntos - deslocamento de terra.que se dá de um proprietário a outro, de maneira lenta - sem indenização - art. 1250
“Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.”
Avulsão prova - tratados juntos - a mesma situação acima, só que de maneira radical, rápida - mediante indenização art. 1251, em até um ano, fundamento é que o direito não protege enriquecimento indevido, pois um experimentou acréscimo em seu patrimônio em decorrência do prejuízo do outro 
“Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.”
As hipóteses acima são ligadas à natureza, as das abaixo a ação humana 
Construções - constrói em terreno alheio - deve-se analisar: materiais próprios ou alheios, boa ou má fé da.posse - a regra geral é que quem construiu ou plantou em terreno alheio perde em.favor do dono do terreno. 
Exceção: se a pessoa usar materiais próprios, ele pode ser indenizado. 
Art. 1255, parágrafo único - se a construção ou plantação exceder o valor do terreno, o dono do terreno o perderá em favor do possuidor que construiu/plantou, indenizado o dono (seria um tipo de desapropriação judicial, pois será o juiz que estabelecerá o valor da indenização, não haja acordo)
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
Plantações - planta em terreno alheio - materiais próprios ou alheio - possuidor de má fé ou boa fé -
Usucapião 
Aquisição de forma derivada - quando decorre de uma relação jurídica com o proprietário anterior 
Negócio jurídico
Casamento
Sucessão 
Todas as opções acima geram o registro do título 
25.03.2015
Construção em terreno próprio com material alheio 
(continuação do esquema da uma passada -- aquisição de propriedade - originária - acessão - construções e plantações)
O dono do terreno adquire a propriedade do material alheio, pagando indenização ao dono dos materiais. O dono do terreno responderá por.perdas danos se houver má fé. 
Art.1254
“Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.”
Usucapião 
É uma forma originária de aquisição de propriedade, por que usucapienti é aquele que vai pedi-la em juízo. 
É a aplicação da Teoria da Aparência - legitimará o direito de propriedade a partir de uma situação de fato.
Usucapienti - aquele que tem a posse ad usucapionem 
Prova
	Modalidades
	Extraordinária 
	Ordinária
	Habitacional extraordinário
	Previsão legal
	Art. 1238, caput
	Art. 1242, caput 
	Art. 1238, Parágrafo único
	Requisitos (1)
	Posse mansa, pacífica e continua
	Posse mansa, pacífica e continua
	Posse mansa, pacífica e continua
	Requisitos (2) - tempo
	15 anos 
	10 anos 
	10 anos
	Requisitos complementares 
	----
	Desde que tenha justo título e boa fê 
	Moradia ou serviços de caráter produtivo 
	
	Não importa se a pessoa tem outros imóveis 
	
	O legislador não estabelece se a área é urbana ou rural -- moradia ou produtividade 
Sine qua non -expressão "sem a qual não há/não se dá
Título é todo documento hábil a transferir direitos e deveres. Exemplos: escritura publica, formal de partilha 
Extraordinária
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Ordinária 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Habitacional extraordinária
Art. 1.238. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
27.03.2015
Usucapião (continuação da tabela)
	
	Habitacional ordinária
	Constitucional ou pro labore
	Especial urbana individual
	Especial urbana Coletiva
	Familiar
	Previsão legal
	Art. 1.242, parágrafo único, CC
	Art. 191, CF e art. 1.239, CC
	Art. 1.240, CC e art. 9º lei 10.257/01
	Art. 10 estatuto da cidade
	Art. 1.240 A, CC
	Requisitos 1
	Posse
	Posse
	Posse
	Posse
	Posse 
	Requisitos 2
	5 anos
	5 anos
	5 anos
	5 anos
	2 anos
	Requisitos complementares
	fruto de uma aquisição onerosa
cancelamento do registro
moradia ou produtividade
	não ser proprietário de outro imóvel
área rural de até 50 hectares
produtividade e moradia
	imóvel urbano
até 250 m²
fins de moradia
não ter outro imóvel
	imóvel urbano
superior a 250 m²
fins de moradia
sem outro imóvel
	abandono de lar conjugal
apenas imóveis urbanos
até 250 m²
sem outros imóveis
fins de moradia
Habitacional ordinária
Previsão legal
Art. 1.242, parágrafo único, CC 
“Art. 1.242.Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.”
Requisitos (1)
Posse
Requisitos (2) - prazo
5 anos 
Requisitos (3) - complementares 
Deverão ser:
Fruto duma aquisição oneroso
Cancelamento do registro 
Moradia ou produtividade 
Constitucional (ou pro labore)
Previsão legal
Art. 191, CF e art. 1.239, CC 
“Art. 191, CF. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.”
“Art. 1.239, CC. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade”
Requisitos (1)
Posse
Requisitos (2) - prazo
5 anos
Requisitos (3) - complementares
Deve:
Se não for proprietário de outro imóvel, urbano ou rural
Deve ser área rural de até 50 hectares
Produtividade - ter tornado a propriedade produtiva - art. 186, CF 
Moradia
Especial urbana individual
Previsão legal
Art. 1.240, CC e art. 9*, lei 10.257/01 
“Art. 1.240, CC. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.”
“Lei 10.257 .Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.”
Requisitos (1)
Posse
Requisitos (2) - prazo
5 anos
Requisitos (3) - complementares
Imóvel urbano
Até 250 m2
Para fins de moradia
Que não tenha outro imóvel urbano ou rural 
Especial urbana coletiva 
Previsão legal
Art. 10 do estatuto da cidade lei 10257/01
“Art. 10, Lei 10.257. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.”
Requisitos (1)
Posse
Requisitos (2) - prazo
5 anos
Requisitos (3) - complementares
 imóvel urbano
Superior a 250 m2
Fins de moradia
População de baixa renda
Sem outro imóvel 
Familiar (continuação na próxima aula)
Previsão legal
Art. 1240A, CC
“Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.”
Requisitos (1)
Posse
Requisitos (2) - prazo
2 anos 
Requisitos (3) - complementares
01.04.2015
Usucapião - elementos subjetivos:
Capacidade
Legitimação 
Requisitos formais para se viabilizar a Usucapião - Art. 941 ao 945
Deve indicar porque meio se quer adquirir o imóvel.
Ações de usucapiao ocorrem no rito ordinário.
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Formas de aquisição de propriedade:
Originária
Acessão 
Usucapião
Derivada
Negócio jurídico
Contratos - inter vivos
Mortis causa - sucessão 
Pode-se verificar se a aquisição de propriedade foi por forma derivada.através do registro do título do imóvel - art. 1245 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
Requisitos para aquisição da propriedade de forma derivada
Atendimento à identidade do imóvel 
Contratos 
Aquisição de propriedade móvel
Modalidades originárias
Ocupação - art. 1233 - obrigação de restituir. 
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
 Art. 1234 - coisa achada 
Tesouro é uma coisa alheia e valiosa encontrada em depósito antigo - art. 1264 
Art. 1263 - coisa sem dono
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
Usucapião
Ordinária : prazo de 3 anos - preciso de justo título de boa.fé 
Extraordinária - prazo de 5 anos - art. 1261 - independentemente de justo título e boa fé 
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé.
Modalidade derivada 
Tradição - implica no ato de entrega 
10.04.2015
Aquisição da propriedade móvel (continuação)
Originária
Derivada
Tradição
Especificação - transformação - trabalho humano sobre matéria prima, resultando em coisa nova - arts. 1269 a 1271
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior.
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova.
§ 1o Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.
§ 2o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da matéria-prima.
Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que sofrerem, menos ao especificador de má-fé, no caso do § 1o do artigo antecedente, quando irredutível a especificação.
Arts. 1272 a 1274 -coisas uma vez misturadas não se pode determinar de quem é o que.
Confusão - mistura de coisas líquidas 
Comistão - mistura de coisas secas (grãos em geral) 
Adjunção - coisas justapostas
Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem deterioração.
§ 1o Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou agregado.
§ 2o Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do todo, indenizando os outros.
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se operou de má-fé, à outra parte caberá escolher entre adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a indenização que lhe for devida, ou renunciar ao que lhe pertencer, caso em que será indenizado.
Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza diversa se formar espécie nova, à confusão, comissão ou adjunção aplicam-se as normas dos arts. 1.272 e 1.273.
Se por boa fé - Ou se trabalha com a quota-parte ou como bem acessório e principal. 
Se por má fé - o atingido pode escolher sua parte, ou ficar com tudo e pagar o corresponde ao outro, tirando a indenização devida, ou ainda renunciar a tudo e receber sua partes indenização. 
Efeitos da propriedade
Função social 
Ação reivindicatória 
É a medida judicial ajuizada por aquele que objetiva a restituição do exercício dos direitos inerentesà propriedade para si, por se tratar do proprietário da coisa.
É imprescritível, porém não é mais cabível diante do usucapião do bem reivindicado.
Tem fundamento na segunda parte do caput do art. 1228, CC
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Direito de sequela - decorre da oponibilidade erga omnes - permite que o proprietário reaveja a coisa 
A propriedade é perpétua - o não uso não gera perda do direito d propriedade nem a extingue 
Aplica-se a coisas corpóreas 
Ação petitória 
própria do dono, fundada no ius possiendi - é uma ação real, e não pessoal.
Ação real - toda ação que tem por objetivo proteger direitos reais - numa ação real precisa-se de outorga cônjugal 
Legitimidade ativa é do proprietário 
Enunciado 253 conselho do cjf jornada de direito civil 
Embora seja ação petitória, quem tem só a posse pode pedir. 
É uma ação imprescritível, pode-se ajuiza-la a qualquer momento (cuidado com o prazo da usucapião)
Objetivo: defender a própria substância do domínio, demonstrando, de plano a propriedade, que a posse do outro é do injusta 
Ação negatória 
É a medida judicial ajuizada por aquele que objetiva declaração judicial segundo a qual a propriedade não pertence a outro sujeito, mantendo-se na titularidade do autor.
É utilizada para qu se obtenha provimento jurisdicional por meio do qual o proprietário terá êxito em defender o seu domínio, diante da turbação ocorrida, por ato de terceiro.
Procura-se proteger a plenitude do domínio.
Art. 1228
Quando um terceiro constrange o exercício dos.meus direitos reais
É uma ação defensiva, quero proteger meus direitos. Não é para recuperar algo. 
Ação demolitória 
Pode ser ajuizada pelo proprietário ou locatário em face do proprietário de imóvel vizinho, cujo prédio ameace ruir, objetivando a realização de obras de reparo ou a demolição do prédio.
Pode ser proposta quando houver risco de ruína de prédio vizinho.
O vizinho que teme iminente dano propõe em juízo que se derrube o outro imóvel em vias de ruína, além de prestação de caução em garantia de isso iminente.
art. 1280 
Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente
Ação declaratória
É a medida judicial ajuizada por aquele que objetive o reconhecimento judicial de que é o proprietário do imóvel.
Diferentemente do que ocorre na ação reivindicatória, que objetiva uma sentença condenatória, a ação declaratória se limita a obter o provimento que torna incontroverso o direito do proprietário.
Ação indenizatória
Medida judicial ajuizada por aquele que objetiva o ressarcimento pelos danos acarretados sobre o bem de sua propriedade, em virtude da prática de um ato ilícito.
Ação de dano infecto ou caucionatória
Pode ser ajuizada pelo proprietário ou pelo locatário do imóvel em face daquele que é responsável pela realização de obras no bem ou em prédio vizinho, objetivando a prestação de caução, para fins de garantia ante a ocorrência de dano possível e iminente.
Ação de usucapião
Não se destina propriamente para a defesa do domínio, mas sim para o reconhecimento judicial do domínio sobre a coisa possuída.
Por meio dessa demanda, o interessado pode adquirir a propriedade do móvel ou imóvel pelo decurso do tempo e preenchidos outros requisitos, conforme a modalidade.
Tutela judicial da propriedade:
ação reivindicatória
ação negatória
ação declaratória
ação indenizatória
ação de dano infecto
ação compulsória
ação demolitória
ação avulsória
ação apropriatória
ação repositória
ação de usucapião
22.04.2015
Condomínio (parte geral) 
Condomínio ordinário (não o edilicio)
Pode ser:
Voluntário
Necessário
O condomínio dá as ideias de:
Quando há mais de uma pessoa na posse
Propriedade conjunta - compropriedade 
Posse conjunta - composse
Condomínio x comunhão (compartilhamento de relações jurídicas, num sentido mais amplo)
Art. 1.314 
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
1. Condomínio comum, geral ou ordinário
1.2 Voluntário
É aquele que decorre da realização de um negócio jurídico inter vivos (contrato) ou mortis causa (testamento).
1.2.1 Quanto a origem - convencional ou eventual 
Convencional (vontade) - aquele que surge por vontade de duas ou mais pessoas que não tenham comunhão de direitos, optam por serem proprietárias conjuntamente. Exemplo: dois sócios compram uma casa.
Eventual - houve intenção dá pessoa em doar ou legar algo a certas pessoas, por vontade e não por obrigação. Exemplo: doação, testamento
1.2.2. Quanto a forma - indivisível pro indiviso ou divisível pro diviso ou mesmo transitório ou permanece
Transitório - caso dá sucessão (art. 1784) se institui em virtude do princípio dá comodidade 
Permanente - a princípio não se extingue, como no caso dos condomínios legais. Exemplo: enquanto existir uma.parede divisória entre duas propriedades, os dois proprietários serão condôminos daquela parede.
1.2.3. Quanto a natureza - a título universal ou singular 
Universal - universalidade de direitos, ex. herança 
Singular - um bem específico, individualizado. Exemplo: parede divisória entre
Cada condômino possui uma fração ideal. No caso do condomínio geral, presumem-se iguais as fracos ideias 
1.3Necessário, ou legal (paredes, muros, cercas)
É aquele que decorre de lei.
Direitos dos condôminos - art. 1314 
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
Art. 1314 - estende aos condômino os direitos de proprietário, conforme a destinação 
Usar
Reivindicar 
Defender
Alhear (transferir para terceiro, respeitando o direito de preferência)
Gravar 
Loteamento fechado não é condomínio 
Deveres do condômino 
Concorrer para as despesas comuns - art. 1315
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
Extinção do condomínio
Amigável 
Judicial 
Enquanto não for extinto, haverá administração conjunta ou mediante a eleição de um síndico 
Art. 1.319 - dá possibilidade do condômino responder aos demais pelos frutos da coisa ou dano que causou 
Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou.
24.04.2015
Direito de vizinhança 
A propriedade é um direito fundamental com limitações.
Essa limitação decorre do direito que os vizinhos possuem.
Limitação ao direito de propriedade decorrente dos.direitos dos prédios contíguos 
Obrigação propter rem - obrigação de natureza acessória mista, vinculada a coisa, e transmissível 
	Direitos de vizinhança
	Servidão 
	Decorrem de lei
Dispensam registro 
Limitações ao domínio 
	Decorre de ato voluntário, como regra geral, sujeito ao registro no cartório de registro de.imóveis 
Registro constitutivo 
Direito real sobre coisa alheia
Objetivo: coibir o uso anormal dá propriedade 
Protege: segurança, saúde e sossego. 
O uso anormal é aquele prejudicial à saúde, segurança (solidez do prédio) e sossego (ruído excessivo 
Tolerável x intolerável
Ato lesivo - aquele que causaperturbação e incômodo, porém o uso é normal e de acordo co as normas jurídica 
Ato abusivo (exercício desproporcional do direito) e ato ilegal (gera dano) - atos anormais 
Ação indenizatória - responsabilidade objetiva 
Teoria de pré ocupação (posse anterior)
Existe a teoria da pré-ocupação segundo a qual, o morador que se afixa primeiramente na região estabelece certos padrões sociais de habitação, sendo estes investigados com o escopo de aferir a normalidade da atuação do vizinho que se estabelece posteriormente
06.05.2015
Árvores limítrofes 
Árvore que fica entre duas áreas vizinhas 
Gera a presunção de condomínio 
Art. 1282
Raiz - a raiz que invadir a área do sozinho pode ser cortada verticalmente até o limite da cerca/divisão 
Frutos - art. 1284 - os frutos pertencem ao dono do solo onde caírem naturalmente, senão pertencem ao dono da árvore 
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes.
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular
Passagem forçada
Não se confunde com servidão 
Toda construção tem que ter saída para a via pública 
Servidão - direito real sobre coisa alheia, e precisa de registro na matrícula do imóvel 
Passagem forçada - Necessidade devido ao encravamento do prédio. Será privado aquele que fique menos prejudicado pela passagem do outro.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
Art. 128, caput - aplica-se para casos.em que não há nenhum acesso 
Passagem de cabos e tubulação
ART. 1286- É usado pelas concessionárias de agente públicos 
É serviço de utilidade pública.
Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa.
Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel.
Águas
Sem prejuízo do disciplinado do código de águas 24643/34 com as alterações promovidas pelo decreto lei 852/38 
Art. 1293
Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos proprietários prejudicados, construir canais, através de prédios alheios, para receber as águas a que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades da vida, e, desde que não cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria, bem como para o escoamento de águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos.
Estilicídio - despejo de águas, que é proibido 
Direito de tapagem 
Diz respeito a muros e cercas, isolamento da propriedade, para que seja individuada - art. 1297 
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.
Tem a idéia de limitar a propriedade para não confundi- lá com a do vizinho, sendo possível dividir as despesas 
Ofendiculas - mecanismos de defesa instalados nos muros. Exemplo: caco de vidro e cerca elétrica - pode instala-las, porém tem que colocar avisos, senão é abuso de direito. 
13.05.2015
Extinção/perda do direito de propriedade
Art. 1275
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação;
II - pela renúncia;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.
I - por alienação: para bens móveis e imóveis 
Deve-se verificar se a lei exige formalidade
Para imóveis é necessário registro na matrícula do imóvel - o título translativo - art. 1245 - o alienante deixara de ser proprietário.
O título é documento hábil a transferir direitos e deveres.
Para os bens móveis apenas quando a lei exigir ou pela natureza do contrato, porque na aquisição de bens móveis trabalha-se com a tradição (ato de entrega).
Pro exemplo, no caso de bens móveis, com veículos é preciso de documentação de transferência, por que a lei o exige.
II - renúncia - precisa-se obrigatoriamente de uma autorização expressa (não se pode presumir renúncia ao direito de propriedade)
III - abandono 
Art. 114, CC - a renúncia se interpreta restritamente 
art. 80, CC a lei equipara aos bens imóveis
Renúncia à herança tem que ser expressa, observado as dívidas passado 
Na desistência, a pessoa larga a coisa porque não quer mais ser dono.
A coisa de ninguém pode se r objetivo de apropriação de terceiro. No entanto pode dar problemas no direito tributário, gerando até uma execução fiscal (exceto bem de família)
Art. 1276, §2*
Inciso - Perecimento da coisa
Perda total. 
Art. 1275
Inciso - morte
Inciso - divórcio
Inciso - desapropriação - ato compulsório que faz o proprietário perder a propriedade para o poder público para atender a necessidade público, a utilidade pública ou ao interesse social - gera uma aquisição originária 
Desapropriação judicial
Art. 1228, §§4* e 5* - prerrogativas do proprietário 
Art. 1.228. § 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.
Art. 1255 - parágrafo único 
Art. 1.255. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
15/05/2015
Direitos reais sobre coisas alheias
Precisa atender ao Princípio da especificação - o direito real para existir deve ser individualizado.
Atendimento imprescindível ao registro - os direitos reais só podem ser constituídos com o registro.
O registro constitui o dirito real sobre coisa alheia.
Direito de superfície
É o direito outorgado ao seu titular para construir ou plantar em terreno alheio.
É originada por um direito de superfície onde determina que o direito é oneroso ou gratuito, com prazo determinado pelas partes, através de negócio jurídico.
Art. 1.369
O direito de superfície deve ser levado a registro.
O proprietário do solo fica com a qualidade de nuproprietário - tem a propriedade nua e não a propriedade plena.
Lei 10.257/01 - estatuto da cidade - estabelece que o direito de superfície é indeterminado.
Uso habitação e usufruto
O caráter assistencial são direitos reais do uso habitação e usufruto. Tem o caráter de ajudar os titulares respectivos.
Os titulares dos direitos respectivos tem caráter personalíssimo, não podendo ser transferidospara terceiros.
Apenas o usufruto permite que o usufrutuário explore os frutos da coisa, usar e gozar dela.
20/05/2015
Servidão
Servidão é o ônus real voluntariamente imposto a um prédio (serviente) em face de outro (dominante), em virtude do qual o proprietário do primeiro perde o exercício de algum de seus direitos sobre seu prédio, ou tolera que dele se utilize o proprietário do segundo tornando este mais útil.
Os prédios referidos aqui são propriedades vizinhas.

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