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Caderno Processo Penal - Recursos

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Direito Processual Penal - Recursos 
23.02.2015 
 
Bibliografia: 
● Processo Penal Esquematizado. Norberto Avera. Método 
● Manual de Processo Penal e Execução Penal. Guilherme Nucci. RT 
● Curso de Processo Penal. Fernando Capez. Saraiva 
 
Teoria da Prova 
Prova como atividade probatória 
Atividade probatória ​- é o ato ou complexo de atos que se destinam a formar a convicção da 
autoridade judiciária sobre a existência ou não de uma situação fática. 
Prova como meio 
Meio probatório ​- são os instrumentos aptos a formar a convicção do juiz quanto a existência ou 
não de um fato. 
Prova 
É todo ato voltado a atestar a existência ou não de uma situação juridicamente relevante 
Destinatarios da prova 
No processo Penal é o órgão jurisdicional, podem ser o juiz, o desembargador ou ministro do 
tribunal superior. O jurado, no júri, também é destinatário da prova. 
Sujeitos da prova 
As pessoas responsáveis pela produção das provas. Exemplos: perito, testemunha, vítima que 
sobreviveu, assistente. 
Fonte de prova 
1. sentido - pessoas ou coisas das quais pode se conseguir a prova. 
2. Sentido - tudo aquilo que indica um fato ou afirmação que necessita de prova. 
O acusado pode ser fonte de prova, quando confessa o crime. 
Meios de prova 
São os instrumentos que serão usados para convencer o destinatario da prova. 
Existem dois sistemas no processo Penal: 
1. Sistema - informado pelo princípio da taxatividade das provas. Significa que só podemos nos 
valer das provas previstas pelo legislador. 
2. Sistema - informado pelo princípio da liberdade das provas. É o que vigora no processo Penal 
brasileiro. Princípio da liberdade das provas: Permite a utilização de qualquer meios de prova 
ainda que não previstos em lei desde que não sejam inconstitucionais ou contra a moral. 
Classificação dos meios de prova 
● Provas nominadas - são aquelas previstas CPP 
● Provas inominadas - não previstas no CPP 
 
● Prova típica - aquela que possui um procedimento probatório específico 
● Prova atípica - aquela que não possui um procedimento específico. Exemplo: reconstituição do 
crime 
Prova anômala 
É aquela utilizada para fins diversos daqueles que lhe são próprios, com característica de outra 
prova típica. Exemplo: testemunha cujo depoimento é colhido pelo Ministério Público e juntando 
no processo. Ela ​não ​ê admitida no processo Penal. 
Exceções ao princípio da liberdade da prova 
● Com relação ao estado das pessoas a prova deve observar as regras da lei civil. ​Art. 155, 
● Pessoas proibidas de depor - padres, advogados, psicólogos, psiquiatras. ​Art. 207, CPP. 
● Prova no júri, que não tiver sido juntada com três dias de antecedência. 
● Exame de corpo de delito nas infrações que deixam vestígios - é obrigada sua realização. 
Exemplo: exame de corpo de delito 
● Não se pode valer de meios ilícitos e imorais. Exemplo: tortura. 
 
25.02.2015 
Objeto da prova ou tema probando 
São os fatos que interessam à decisão da causa 
O que precisa se provado: 
● Fatos narrados pela acusação e defesa 
● Direito consuetudinário - direito dos costumes 
● Regulamentos/portarias 
● Direito estadual, municipal e estrangeiro 
O que não precisa ser provado: 
● Fatos notórios - de conhecimento geral 
● Fatos axiomáticos - fato intuitivo e evidente 
● Fatos inúteis 
● Presunções legais 
Prova direta e indireta 
Prova direta - é aquela que recai diretamente sobre o fato que precisa se provado. 
Prova indireta - é aquela que provada a existência de um fato, chega-se a conclusão a cerca da 
existência de outro fato por meio de um raciocínio lógico. A prova indireta permite o decreto 
condenatório desde que formada por um conjunto coerente de provas. 
Indícios 
Art. 239, CPP - prova indireta 
O conceito de indício é usado pela doutrina como sinônimo de prova indireta. 
Prova emprestada 
A prova emprestada é aquela que é utilizada em um processo, tendo sido produzida em outro. É 
possível a utilização da prova emprestada, desde que aquele contra quem ela será usada tenha 
participado do processo onde ela foi produzida com contraditório 
---------------------------------------------------- 
Princípios relacionados à prova 
1. Princípio da liberdade das provas 
2. Princípio da verdade real - no processo penal, em virtude do direito individual indisponível em 
jogo (liberdade de locomoção) cabe ao juiz a busca da verdade no curso do processo. 
3. Prova ​Princípio do ​nemo tenetur se detegere ​- o acusado não é obrigado a produzir prova 
contra si mesmo. É expresso na convenção americana de direitos humanos - Pacto de São José 
da Costa Rica. Abrangência do princípio: 
a. O réu tem direito a permanecer em silêncio (é expresso também na CF, art. 5*, inciso 53. 
b. O réu tem direito a não praticar qualquer comportamento ativo que possa incrimina-lo 
c. O réu não é obrigado a participar ou a produzir prova que envolva partes do seu corpo 
Sistemas de valoração da prova - art. 155, CPP 
1. Sistema da livre convicção do juiz -permite que o juiz avalie a prova sem a obrigação de 
fundamentar sua convicção. Exemplo: existe apenas com os jurados no tribunal do júri 
2. Sistema da prova tarifa ou prova legal - a lei atribui o valor de cada prova. Esse sistema não 
existe no Brasil 
3. Sistema da persuasão racional do juiz / livre convencimento motivado ou apreciação motivada 
- Existe no Brasil. O juiz pode usar qualquer prova e deve fundamentar seu convencimento 
Nenhum prova tem valor absoluto e o juiz deve valorar todas as provas, mesmo que para 
afasta-las. 
 
02.03.2015 
Elementos informativos x prova 
Art. 155, CPP - o juiz tomará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua declaração exclusivamente nos ​elementos 
informativos​ colhidos na investigação, ressalvas as prova ​cautelar, não repetíveis e antecipadas​. 
Prova: 
Elementos informativos 
São aqueles colhidos na fase investigativa, no inquérito policial, sem contraditório. Difere-se da 
prova, que é aquela colhida no processo, na fase judicial, com contraditório. 
Provas cautelares 
São aquelas que devem ser produzidas porque existe um risco de desaparecimento do seu objeto 
em razão do decurso do tempo. 
O contraditório é divertido porque é postergado para a fase judicial. 
Provas não repetíveis 
São aquelas que não tem como ser novamente produzidas em virtude do desaparecimento ou 
destruição da fonte probatória. 
Exemplo: perícia de conjunção carnal no crime de estupro. 
Provas antecipadas 
Art. 225 
Aquela produzida com a observância do contraditório real, perante o juiz, antes do momento 
processual oportuno e até antes do processo, em razão de sua relevância e urgência. 
Ônus da prova 
Art. 156 
É o encargo que recai sobre a parte de provar a veracidade do fato por ela alegado. 
Como regra, o ônus da prova é da acusação, que apresenta a imputação em juízo, através da 
denuncia ou queixa. 
O réu terá o ônus de provar a existência de causa excludente da ilicitude ou culpabilidade. 
Provas ilícitas 
Art. 157 
Provas ilegais 
As provas ilegais, de acordo com o art. 157, devem ser desentranhadas do processo porque violam 
regras constitucionais ou legais. A doutrina divide as provas ilícitas e ilegítimas. 
● Provas ilícitas 
São aquelas que violam uma regra de direito material. Normalmente é obtida fora do processo. 
Por norma constitucional não pode ser admitida e deve ser retirada do processo. Exemplo: 
confissão obtida mediante tortura. 
● Provas ilegítimas 
É aquela em que há violação de uma regra processual. Normalmente é obtida dentro do processo. 
Não precisa ser retirada do processo. 
Provas ilicitas por derivaçãoTeoria dos frutos da árvore envenenada. 
Art. 157, § 1* - as provas derivada das ilicitas também não são admitidas. A prova ilicitas por 
derivação é aquela que, não obstante produzida em momento posterior, é contaminada pelo vício 
da ilicitude originária. 
Exemplo: o réu confessa o crime e indica onde está o corpo da vítima, que é localizado sendo 
realizado exame pericial. Se é provado que a confissão obtida por tortura, ela será considerada 
ilícita e contaminara a prova pericial. 
A prova ilícita por derivação poderá ser utilizada quando demonstrado que poderia ser obtida 
através de uma fonte independente. 
Provas em espécie - art. 158 e seguintes 
1. Prova pericial 
a. Conceito: Perícia é o exame feito por pessoas com conhecimentos técnicos, indispensável 
para a comprovação dos fatos que interessam à comprovação da causa 
b. Perito - pessoa que possui formação técnica e especializada, sendo portador de diploma 
de curso superior e que traz seus conhecimentos ao processo, auxiliando o juiz e as partes. 
i. Oficial - pessoa investida nessa função por lei, sendo funcionário público de carreira e 
tem por função realizar perícia. Basta um perito oficial para realizar a perícia. 
ii. Não oficial - a pessoa nomeada pelo juiz ou autoridade policial para realizar a perícia, 
desde que possua diploma. Nesse caso a perícia deve ser subscrita por dois peritos não 
oficiais. O perito não oficial deve prestar compromisso em realizar bem a perícia. 
c. Assistente técnico 
Auxiliar das partes, dotado de conhecimentos científicos, que traz ao processo informações 
relacionadas ao objeto da perícia. 
O perito é o imparcial e o assistente técnico é parcial. 
O perito que falseia a perícia comete o crime de falsa perícia e o assistente técnico pode 
responder por falsidade ideológica ou material. 
Se o perito de apropriados de algum objeto, responde por peculato e o assistente técnico por 
apropriação indébita. 
04.03.2015 
 ​Corpo de delito 
Conceito 
É o conjunto de vestígios materiais e visíveis deixados pela prática da infração 
Obrigatoriedade do exame de corpo de delito 
● Infrações de fato permanente - são as infrações que deixam vestígios materiais - o exame de 
corpo de delito é obrigatório 
● Infrações de fato transeunte - são as infrações que não deixam vestígios materiais - não há 
como fazer o exame de corpo de delito (exemplo crimes contra a honra) 
Exame de corpo de delito 
● Direto - realizado pelo perito diretamente sobre o corpo de delito 
● Indireto - aquele realizado quando ja houver desaparecido o vestígio do crime, sendo feito por 
meio de documentos ou testemunhas 
Sistemas de apreciação do laudo pericial 
● Vinculatório - não vigora no Brasil - o juiz fica obrigado a aceitar o laudo pericial 
● Deliberatório - o juiz pode aceitar ou rejeitar o laudo pericial - art. 182 
Conseqüências da falta de exame do corpo de delito 
Art. 564, III, "b", CPC 
A ausência do exame de corpo de delito nas infrações que deixam vestígio pode gerar a nulidade 
do processo. 
Exame complementar 
Art. 168, CPP 
Nos casos que envolvam lesões corporais, quando há necessidade de complementar o primeiro 
exame pericial realizado. 
Interrogatório 
Conceito 
É o ato judicial pelo qual o juiz ouve o acusado a respeito da acusação que lhe é feita. 
Natureza jurídica mista 
É um meio de defesa do réu e meio de prova quando há confissão 
Princípio da ampla defesa 
● Defesa técnica - feita pelo advogado ou defensor público. O réu não pode renunciar à defesa 
técnica 
● Autodefesa - feita pelo próprio réu 
● Direito de audiência - reúnem o direito de ser ouvido pelo juiz 
● Direito de presença - acusado tem o direito de acompanhar os atos da instrução processual 
junto como seu defensor 
● Capacidade postulatória autônoma - o acusado pode exercer alguns atos independentemente 
do seu advogado; interposição de recursos 
Momento para realização do interrogatório 
No procedimento ordinário o interrogatório é o último ato da instrução processual (não impede 
que seja realizado no momento em que achar mais conveniente) 
O interrogatório, caso não realizado no momento oportuno (réu foragido, por exemplo), pode ser 
feito a critério da autoridade judicial, enquanto não houver trânsito em julgado - art. 196. 
Características 
● Ato personalíssimo 
● Presidido pelo juiz 
● Sujeito ao contraditório - art. 188 
● Tecnicamente assistido - deve ser assistido por um advogado ou defensor do réu 
● Público 
● Oral - art. 192 
● Individual - art. 191 - havendo mais de um réu, serão interrogados individualmente 
 
09.03.2015 
Condução coercitiva - art. 260, CPP (não recepcionado pela CF) 
A maioria da doutrina entende que esse artigo não foi recepcionado em virtude do princípio de 
que o réu não é obrigado a produzir prova contra si mesmo. 
Video conferência 
É valido por que: 
● Segurança - evita o perigo de resgate 
● Economia orçamentaria - gera economia ao estado com transporte 
● Torna o processo mais célere 
● O direito de audiência é assegurado porque o réu pode ser ouvido e pode acompanhar os atos 
do processo 
A video conferência é utilizada em último caso. 
Confissão 
Conceito 
É a aceitação formal da imputação feita na peça acusatória, por aquele a quem foi atribuída a 
autoria da infração penal. 
Valor 
A confissão não possui valor absoluto, pois o acusado poderá confessar para favorecer terceira 
pessoa - art. 197 
Classificação 
a. Simples - o acusado confessa a prática do delito sem invocar qualquer tese de defesa 
b. Qualificada - o acusado confessa a prática do delito, mas apresenta algum fato voltado a 
modificar, impedir ou extinguir o direito de punir. ​Prova - diferença entre confissão 
simples e qualificada 
c. Extrajudicial - é aquela feita fora do processo, sem contraditório e ampla defesa. Essa 
confissão é elemento de informação e não prova, não podendo embasar sozinha a 
condenação 
d. Judicial - feita no processo, em juízo, com contraditório e ampla defesa. Pode ser utilizada 
para condenar. 
e. Delatória - a famosa delação premiada - aquela.em que o acusado confessa o crime e 
delata os crimes praticados pelos corréus, descrevendo todos os atos praticados pela 
organização criminosa - delação ou colaboração premiada - lei 12850/13. É um meio de 
obtenção de prova, e não provas. 
Características - art. 200 
a. Retratabilidade - o réu pode se retratar da confissão, sem que isso seja interpretado em 
seu desfavor 
b. Divisibilidade - ela pode ser divisível, o acusado pode confessar parte ou totalidade 
imputação 
c. Ato personalíssimo - não pode passar procuração para confessar 
Declarações do ofendido 
Art. 201 
O ofendido será ouvido em juízo sempre que possível. 
Se a vítima se recusa a comparecer em juízo, poderá ser conduzida coercitivamente. 
A vítima não presta compromisso de dizer a verdade, pois não é testemunha. Se a vítima mentir, 
não responderá por falso testemunho, mas poderá responder por denunciação caluniosa 
As declarações do ofendido não possuem valor absoluto. 
Prova testemunhal - arts. 202 a 225 
Conceito de testemunha 
Pessoa física capaz de depor a respeito de um fato percebido por seus sentidos e relativos a causa. 
Características 
a. Judicialidade - é colhida em juízo na presença das partes 
b. Oralidade - a testemunha presta o depoimento oralmente, dependendo de características, 
por escrito - algumas autoridades podem escolher dar suas informações por escrito. 
c. Individualidade - cada testemunha é ouvida separadamente das demais 
d. Objetividade - testemunha depõe sobre fatos, não sobre suas opiniões 
e. Contraditoriedade - é submetida ao contraditório - ​cross examination ​- as partes fazem 
perguntasdiretamente à testemunha 
Classificações das testemunhas 
a. Numerárias - computadas no rol máximo permitido por lei - procedimento ordinário: 8 por 
fato criminoso - procedimento sumário: 5 por fato criminoso. 
b. Extranumerárias - aquelas que não fazem parte do rol legal e são ouvidas pelo juiz por sua 
determinação ou a pedido das partes, como testemunhas do juízo na 
c. Informantes (próxima aula) 
d. Próprias (próxima aula) 
e. Impróprias (próxima aula) 
11.03.2015 
Prova testemunhal 
Classificação das testemunhas 
a. Informantes - são as testemunhas que não prestam compromisso de dizer a verdade, tais 
como os parentes próximos do réu 
b. Direta - presta o depoimento sobre o fato que viu ou ouviu 
c. Indireta- presta depoimento sobre fato que ouviu dizer 
Desistência 
Eu posso desistir das testemunhas que arrolei, a qualquer tempo. 
A parte pode desistir das testemunhas antes ou durante a audiência. 
A única hipótese que depende da concordância da parte contrária e os jurados é no julgamento do 
júri. 
Substituição 
É possível nos casos em que a testemunha não é encontrada ou quando tenha falecido, desde que 
não configurado abuso. 
Deveres da testemunha 
a. Depor - art. 206 - toda testemunha que tiver sido regularmente arrolada tem a obrigação 
de depor art 
Exceção: 
i. Informantes - art. 206 
ii. Proibidas - art. 207 
b. Comparecimento - art. 219 
i. Impossibilitados - art. 220 
ii. Autoridades - art. 221 
iii. Carta precatório e rogatória 
c. Prestar compromisso - art. 203 
Exceções: 
i. Informantes - parentes - art. 206 
ii. Menor de 14 anos 
iii. Deficientes mentais - art. 208 
d. Dizer a verdade 
i. Falso testemunho 
e. Comunicar alteração de endereço - art. 224 
Incidentes processuais 
a. Contradita - art. 214 - impugnar a testemunha a fim de que ela não seja ouvida pelo juiz. O 
juiz deve consignar a contradita e a resposta da testemunha 
b. Arguição de parcialidade - alega-se circunstância que torna a testemunha suspeita de 
parcialidade. Não se destina a impedir o depoimento, mas sim a diminuir o seu valor 
c. Retirada do réu da sala - art. 217 
Etapas do depoimento 
a. Identificação - provimento 32 da corregedoria geral de.justiça (se a testemunha tem receio 
de que seus dados constem no processo) 
b. Advertência - art. 210 
c. Perguntar sobre o fato 
 
16.03.2015 
Reconhecimento de pessoas e coisas - arts. 226 a 228, CPP 
Pessoas - art. 226 
● Procedimento - pode ser feito na fase policial ou judicial. A vítima.ou testemunha deve 
fornecer as características físicas da pessoa a ser reconhecida (autor do crime). Na sequência, 
o autor ou suspeito do fato é colocado ao lado de pessoas que tenham as mesmas 
características físicas que ele. Depois será lavrado o auto de reconhecimento positivo ou 
negativo 
● Reconhecimento fotográfico - é possível que seja realizado, sendo considerado uma prova 
inominada, com valor relativamente inferior ao reconhecimento pessoal. 
Coisas - art. 227 
● Procedimento - é feito com relação a armas, instrumentos e objetos do crime ou objetos que 
se relacionem com o delito. 
Acareação - arts. 229 e 230 
Conceito 
Ato que consiste na colocação de duas pessoas, frente a frente, que prestaram informações 
diferentes sobre o mesmo fato, com o fim de obter a verdade e promover o convencimento do 
juiz. 
É possível entre testemunha e testemunha, acusado e acusado e testemunha e vítima. 
Pressupostos 
1. As pessoas acareadas já tenham sido previamente ouvidas 
2. Exista um ponto divergente entre os acareados 
Documentos - arts. 231 a 238, CPP 
Conceito 
Quaisquer documentos escritos - definição tradicional do CPP. 
Embora o CPP restrinja o conceito de documento a escritos e papéis, atualmente o conceito 
abrange a fotografia, a gravação de imagem e áudio e outros meios digitais. 
Requisitos: 
● Verdade - precisa expor a verdade dos fatos 
● Autenticidade 
o Documentos públicos = presunção de autenticidade 
o Documento privado = reconhecimento por oficial público 
Produção 
a. Espontânea - ocorre quando a exibição, a juntada ou a leitura do documento feita pela 
parte. 
b. Provocada - art. 234 - feita pelo juiz quando tem conhecimento de documento relativo aos 
fatos e importante para o julgamento da causa. 
c. Limitação da produção - art. 233, ​caput​, CPP 
Indícios - art. 239 
Conceito 
Fato provado, que possa ligação com o fato probando, autoriza a concluir algo sobre esse ultimo 
Natureza 
Natureza de prova indireta. 
Valor probatório 
Valor relativo. 
Busca e apreensão - arts. 240 a 250 
Domiciliar 
Visa apreender coisas obtidas por meios criminosos, tais como instrumentos do crime, armas, 
cartas, objetos ligados ao crime, etc. 
A casa, nos termos do art. 5*, inciso XI, CF, é asilo inviolável do indivíduo e por isso é necessária 
ordem judicial para nela ingressar sem consentimento, durante o dia, das 6h às 18h. Sem ordem 
judicial poderá entrar apenas em casos de flagrante ou desastre. 
Pessoal 
Decorre do poder de polícia, e ocorrerá quando houver suspeita de que a pessoa traga consigo 
arma proibida ou objetos de interesse criminal. 
18.03.2015 
Procedimentos 
1. Processo e procedimento 
Conceitos 
Processo ​é uma sequência de atos vinculados entre si, voltados a permitir ao juiz a aplicação da lei 
ao caso concreto. 
Procedimento​ é a forma pela qual se desenvolve.o processo, sob seu aspecto interno. A depender 
do crime praticado, teremos um tipo de procedimento. 
2. Procedimento especial e comum 
2.1 Especial - previsto para crimes específicos no CPP 
● Honra 
● Contra a vida dolosamente - o procedimento especial é o júri 
● Praticados por funcionário público 
● Propriedade imaterial (falsificar um objeto, vender itens piratas) 
Leis esparsas: 
● Drogas 
● Maria da Penha 
● Idoso 
● Falências 
2.2 Comum - art. 394 
Procedimento comum - São os ritos padrões estabelecidos no CPP aplicados residualmente, isto é, 
quando não couber procedimento especial. 
a. Ordinário - pena privativa de liberdade ​máxima​ igual ou superior a 4 anos 
b. Sumário - pena privativa de liberdade ​máxima​ inferior 4 anos e superior a 2 anos 
c. Sumaríssimo (JECRIM lei 9.099/95) - infrações de menor potencial ofensivo, isto é, com 
uma pena máxima de até 2 anos. 
Para estabelecer o procedimento comum adequado devem ser levadas em consideração, para 
fixação da pena máxima, as qualificadoras, causas aumento de pena e causas de diminuição. 
2.3 Exceções trazidas por algumas leis 
a. Idoso - lei 10.741/03, art. 94 - estabelece a possibilidade de aplicar JECRIM a crimes com 
pena até 4 anos 
b. Lei Maria da Penha - lei 11.340/06, art. 41 - não se aplica regras do JECRIM. 
23.03.2015 
Procedimento Ordinário - arts. 395 a 405, CPP 
 
 
 
a. Declarações do ofendido 
b. Testemunhas de acusação (até 8 por fato criminoso) 
c. Testemunhas de defesa (até 8) 
d. Esclarecimentos de peritos, acareações, reconhecimento 
e. Interrogatório do acusado 
f. Requerimento de diligências/deferimento ou indeferimento 
g. Alegações finais orais (primeiro acusação e depois defesa) - pode ser por escrito também 
h. Sentença (na própria audiência ou no prazo de 10 dias). 
Recebimento da denúncia/queixa-crime 
Art. 41, CPP - requisitos da peça acusatória. 
Efeitos do recebimento 
● Interrupção da prescrição 
● Início da ação penal 
Denúncia rejeitada - art. 395 
● A denúncia será rejeitada quando for inepta - ou faltar os requisitos do art. 41; 
● Falta de pressupostos processuais/condições; 
● Falta de justa causa para ação penal; 
● Não existem requisitos mínimos da autoria e materialidade. 
No caso da denúncia ser rejeitada, cabe o recurso em sentidoestrito. 
No caso do recebimento da denúncia não cabe recurso para a defesa, porém ela pode impetrar HC 
fundada na falta da justa causa para a ação penal. 
 
Citação 
É a ação pela qual se dá conhecimento ao acusado da existência da ação penal. do teor da 
acusação, cientificando-o do prazo para apresentação da resposta escrita. 
Prazo de 10 dias para a resposta. 
A citação gera a formação do processo - art. 363. 
A ausência de citação e vícios gera a nulidade absoluta - art. 564, III, CPP. 
Espécies de citação 
a. Real (pessoal): 
i. por mandado - oficial de justiça - art. 351/352 
ii. carta precatória de citação do acusado (oficial de justiça de outra cidade - art. 
353/356 
iii. carta rogatória - art. 368 
iv. carata de ordem - para quem tem foro privilegiado 
b. Citação por hora certa - art. 362 
Quando o réu está se ocultando para não ser citado. O oficial de justiça faz a citação 
com hora certa e o réu, se não comparecer no processo no prazo de 10 dias, terá 
defensor nomeado. 
c. Citação ficta - por edital - art. 366 
A citação ficta será realizada somente quando se esgotarem as tentativas para a 
citação pessoal. Se o réu, citado por edital, não comparecer ao processo e não nomear 
advogado, o processo será suspenso, nos termos do art. 366. 
A citação por edital também implicará na suspensão da prescrição; na prática, se 
tentará novos endereços do réu para citação pessoal. 
Se o réu estiver em lugar inacessível, também será possível a citação por edital. 
 
Não​ existe citação por carta no processo penal. 
Resposta do réu à acusação 
Prazo de 10 dias (contados a partir da citação). 
Conteúdo 
Pode-se: 
● arguir preliminares de inépcia da denúncia 
● alegar fatos que interessem à defesa 
● juntar documentos relevantes para a defesa 
● requerer produção de provas 
● arrolar testemunhas de defesa 
25.03.2015 
4.4 Absolvição sumária - art. 397 
Opção dada ao juiz de não dar continuidade do processo. 
O recurso cabível é a apelação. 
Hipóteses: 
● Existência manifesta (sem que haja qualquer dúvida) de causa excludente da ilicitude ​lista as 
causas excludentes (pesquisar) 
● Existência manifesta de causa excludente da culpabilidade com exceção de inimputabilidade 
● Fato evidentemente não constituir crime 
● Causa extintiva da punibilidade 
4.5 Audiência de instituição, debates e julgamento 
Caso não ocorra absolvição sumária. 
● Intimação da partes e requisição do réu preso 
● Ausência do Ministério Público - adiamento 
● Ausência do defensor 
o Justificada - adiamento 
o Injustificada - nomeação de ​ad hoc 
● Ausência do réu - revelia, que não induz presunção de veracidade dos fatos,fazendo apenas 
com que o réu apenas não seja mais intimado para os próximos todo processo. Será intimado 
pessoalmente da sentença. 
Atos processuais 
a. Declarações do ofendido 
b. Oitiva de testemunhas de acusação e depois de defesa - até 8 testemunhas por fato 
criminoso - o juiz não pode inverter a ordem de oitiva, dando margem a nulidade do 
processo 
c. Esclarecimentos de peritos, acareações e reconhecimento 
d. Interrogatório do réu 
e. Requerimento de diligências - art. 402 
f. Debates orais ou memórias escritos 
g. Sentença - será proferida na própria audiência ou no prazo de 10 dias. 
Pode acontecer de serem necessárias diligências como: juntada de folhas de antecedentes, laudos 
periciais ou documentos. Se a providência requerida não puder ser resolvida na própria audiência, 
o juiz interromperá a audiência e determinará a juntada da providência solicitada. Após, 
determinará que as partes apresentem alegações finais escritas no prazo de 5 dias. 
Se a providência requerida puder ser resolvida na própria audiência, seguem-se alegações finais 
orais das partes pelo prazo de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10. 
Requisitos da sentença 
● Relatório 
● Fundamentação 
● Dispositivo 
5. ​Procedimento Sumário 
1. Denuncia ou queixa 
a. Rejeitada - recurso em sentido estrito 
b. Recebida - citação só acusado 
2. Citação do acusado 
a. Resposta à acusação, que gerara: 
i. Absolvição sumário - apelação 
ii. Designação de audiência de instrução e julgamento 
3. Audiência de instrução e julgamento - em até 30 dias 
a. Declarações do ofendido 
b. Oitiva de testemunhas de acusação (até 5 testemunhas por fato criminoso) e defesa 
c. Esclarecimentos de peritos, acareações e reconhecimento 
d. Interrogatório do réu 
e. Alegações orais diretas (não há possibilidade de requerer novas diligências) 
f. Sentença 
30.03.2015 
5. Procedimento sumário (continuação) 
Diferenças com o procedimento sumário 
 
Ordinário Sumário 
Crimes com pena máxima igual ou superior a 
4 anos 
Crimes com pena superior a 2 anos e inferior a 
4 anos 
Máximo de 8 testemunhas por fato Máximo de 5 testemunhas por fato 
Possibilidade de requerer diligências ao final 
da instrução 
Não há previsão 
Designação de audiência em 60 dias Designação de audiência em 30 dias 
Possibilidade de converter debates orais em 
memoriais escritos 
Não há previsão 
 
6. ​Procedimento comum sumaríssimo 
Juizados especiais criminais - lei 9.099/95 
6.1 Conceito de infração de menor potencial ofensivo 
Art. 61, lei 9.099 - são as contravenção penais e crimes aos quais a lei preveja pena máxima não 
superior a 2 anos. 
Exceção: o jecrim não se aplica aos crimes de competência da.justiça militar e crimes praticados 
com violência doméstica. 
6.2 Princípios 
Princípio.da.oralidade - os atos.deverão ser orais 
Princípio da informalidade - não precisa se prender regras escritas 
Princípio da economia processual 
Princípio celeridade processual 
6.3 Competência territorial 
É fixada pelo local em que foi praticada a infração penal - art. 63 
Intima-se o autor do fato e a vítima se houver. 
6.4 Termo circunstanciado 
Art. 69 da lei 9.099 
Visando dar maior celeridade ao procedimento sumaríssimo, dispensa-se a instauração 
de.inquérito policial, levando-se em sei lugar um ferro circunstanciado, que é menos formal e sem 
colheita minuciosa de prova. 
O TC é encaminhado ao fórum e enviado ao Ministério Público. Se o Ministério Público verificar 
que existem indícios de autoria e elementos de materialidade requerera a.designação 
de.audiência preliminar. 
6.5 Audiência preliminar 
a. Tentativa de composição civil (entre vítima e autor) 
É ​realizada entre o autor do fato e.a vítima com o fim de.promover a reparação dos danos 
causados. 
A composição civil, se aceita pelas partes, implicará na extinção da punibilidade e terá.eficácia 
de.título executivo judicial 
Art. 72 a 74 lei 
A composição civil impedirá a apuração criminal do fato e põe fim ao procedimento sumaríssimo 
b. Transação penal (entre Ministério Público e autor do fato) 
Se não houver composição civil por ausência de interesse das partes ou por não haver prejuízo a 
ser ressarcido, ter cabimento a tentativa de transação penal. 
Se houver necessidade da vítima oferecer representação, ela será indagada, e se representar, 
poderá ocorrer a tentativa de transação. 
Se a infração for de.ação incondicionada também terá lugar a tentativa de transação 
A transação constitui uma mitigação ao princípio da obrigatoriedade da ação penal. Ela consiste na 
proposta feita pelo Ministério Público ao autor do fato, de aplicação de multa ou pena restritiva 
de direitos, caso ele preencha os requisitos previstos no art. 76, § 2*, da lei 9.099/95. 
Requisitos: 
● Não possuir condenação pela prática de crime com pena privativa de liberdade 
Jurisprudência fixou que a condenação não pode ter ocorrido nos últimos 5 anos 
● Não ter celebrado transação penal nos últimos 5 anos 
● Possuir antecedentes, conduta social epersonalidade favoráveis 
A celebração da transação pé.al não retira a primariedade do autor do fato, não gera maus 
antecedentes e não implica em reconhecimento de culpa. 
A transação penal será homologado pelo juiz e caso seja descumprida, implicará no oferecimento 
de denuncia pelo Ministério Público. 
c​. Oferecimento de.denuncia 
Se não for possível a celebração de.transação penal, o Ministério Público oferecerá denuncia pela 
prática da infração penal (oralmente e deve constar no termo de.audiência). 
A denuncia terá.lugar também nas hipóteses em que o autor do fato é intimado e não comparece 
à audiência. 
Hipóteses.de.denuncia: 
● Quando não houver aceitação da transação 
● Ausência do autor do fato na audiência 
● Quando houver descumprimento da transação 
O autor, estando presente na audiência, é citado na hora e deve oferecer resposta, por.seu 
defensor, oralmente. 
Se o autor estiver ausente nada.audiência, expede-se mandado de citação. 
Se o autor não é localizado, o procedimento será mandado para a justiça.criminal comum 
e.terá.continuidade pelo procedimento sumário 
Não cabe citação por.edital. 
Art. 60 da lei 9.099/95 e seguintes - regulam o jecrim 
01.04.2015 
5.6 Audiência de instrução e julgamento 
● Defensor oferece resposta à acusação oralmente 
● Juiz recebe ou rejeita a denuncia - cabe apelação da rejeição 
● Oitiva da vítima e testemunhas 
o Até 3 testemunhas - analogia ao art. 34 da lei 9.099/95 - corrente majoritária 
o Até 5 testemunhas - analogia ao art. 532, CPP 
● Interrogatórios 
● Debates orais - até 10 minutos 
● Sentença 
 
Suspensão condicional do processo - art. 89 da lei 9.099/95 
1. Conceito 
Trata-se de.um benefício oferecido ao acusado nos casos em que o crime cometido tem pena 
mínima em abstrato igual ou inferior a um ano e o acusado preencha determinados requisitos 
legais. 
A.suspensão condicional do processo, embora prevista na lei 9.099/95 se aplica a crimes.previstos 
no CP e em leis esparsas 
2. Pressupostos de cabimento 
● Crimes nos quais as penas mínimas prevista em abstrato sejam iguais ou inferiores a 1 ano 
● Crimes podem estar previstos em qualquer lei (CP e leis esparsas) 
● Não cabe nos crimes de competência da Justiça Militar - art. 90A lei 9.099/95 
● Causas de aumento e diminuição são usadas para cálculo da.pena.máxima 
3. ​Requisitos para o benefício 
● Objetivo 
o A.denuncia.tenha sido recebida 
o O acusou não pode estar sendo processo por.outro crime 
o O acusado não pode ter condenação pela prática de outro crime nos últimos cinco anos 
● Subjetivos 
o Antecedentes, conduta social e personalidade favoráveis 
4. Momento oportuno para proposta 
A proposta de suspensão deve ser feita por.ocasião do oferecimento da denuncia. 
Nada impede que seja feita posteriormente 
5. Titularidade da proposta 
Pertence ao titular da ação penal - Ministério Público ou querelante 
Somente deixara de oferecer a proposta mediante justificativa. 
O juiz não pode oferecer a proposta de ofício, devendo se valer do art. 28, CPP por analogia. 
6. Condições obrigatórias e facultativas 
Obrigatórias: 
● O réu deve reparar o dano 
● Não poderá frequentar determinados lugares 
● Não poderá se ausentar da.comarca sem autorização do juízo 
● Deverá.comparecer mensalmente ao fórum 
● Tudo isso pelo período de 2 a 4 anos, estabelecido pelo juiz 
Facultativas são estabelecidas pelo voz de acordo com o fato e a pessoa do réu 
7. Causas de revogação obrigatórias e facultativas 
Art. 89 
Obrigatórias: 
● Se o réu vier a ser.processado por.outro crime ou não reparar o dano 
Facultativas, a critério do juiz 
● Se o réu vier a ser processado contravenção ou descumprir qualquer outra condição 
8. Extinção da punibilidade 
Ocorrera quando o acusado cumpre todas as condições pelo período de suspensão 
A prescrição não corre durante o prazo de suspensão do processo 
06.04.2015 
Sentença 
1. Classificações dos atos jurisdicionais 
a. Despachos de mero expediente - são os atos que geram impulso processual sem carga 
decisória. Exemplo: determinar citação. São irrecorríveis, não há um recurso previsto em 
lei para ser usado 
b. Decisões - resolvem incidentes processuais e põe fim ao processo 
i. Sentenças definitivas de condenação/absolvição - colocam fim ao processo, 
absolvendo ou condenado o réu, após esgotadas as etapas do procedimento. Cabe a 
interposição do recurso apelação (sempre cabe quando a decisão gera sucumbência) 
ii. Decisões interlocutórias - cabe a interposição de recurso em sentido estrito, quando 
previsto (rse) 
1. Simples - resolvem incidentes processuais ou questões de regularidade formal do 
processo, sem extinguir o procedimento ou uma de suas etapas. Exemplo: 
decretação de prisão preventiva 
2. Interlocutórias mistas - elas põe fim ao procedimento ou a uma de suas etapas, 
julgando ou não o mérito 
a. Terminativas - põe fim ao procedimento. Exemplo: rejeição de denuncia 
b. Não terminativas - coloca fim a uma etapa do procedimento. Exemplo: decisão 
de pronúncia. Exemplo: decisão de pronúncia no júri 
2. Sentença 
a. Requisito do art. 381 - nomes das partes, exposição da acusação e da.defesa, motivos de 
fato de de direito, artigos de lei, dispositivo e assinatura do juiz. 
b. Partes 
i. Relatório 
ii. Fundamentação 
iii. Disposição 
c. Princípio da identidade física do juiz 
i. Art. 399, §2* 
O juiz que presidiu a audiência é aquele que vai proferir a sentença. 
Se tem vários juízes que realizaram a instrução, o último que terminar a instrução é quem deve 
proferir a sentença. 
3. Sentença condenatória - deve estabelecer a pena, seu montante e o regime inicial de 
cumprimento de pena. 
a. Efeitos 
i. Genéricos - art. 91 
ii. Específicos - art. 92 
Para que os específicos ocorram o juiz deve apontar na sentença. 
4. Sentença absolutória - art. 386 - tem efeito diferente a depender do caso concreto. 
5. Publicação da sentença - art. 385 
a sentença considera-se publicada quando for entregue pelo juiz ao escrivão. 
6. Embargos de declaração - art. 382 
É chamado também de embarguinhos. Visa dissipar ambiguidade, obscuridade, contradição ou 
omissão da sentença.art 
7. Princípio da correlação entre acusação e sentença - arts. 383 e 384 sentença 
 
O acusado se defende dos fatos criminosos que a ele são imputados na peça acusatória (denuncia 
ou queixa). Portanto, deve existir uma correlação entre o fato narrado na denuncia ou queixa e o 
teor.da.sentença. O juiz não pode julgar ​ultra ​ou ​extra petita​. Porém, podem ocorrer situações 
que implicarão na modificação da acusação feita na peça acusatória: 
Prova: 
● Emendatio libelli 
● Mutatio libelli 
22.04.2015 
Princípio da correlação (continuação) 
7.1 ​Emendatio​ ​libelli​ - art. 383 
● Conceito 
O acusado deve descrever o fato na peça acusatória e dará a ele uma classificação jurídica. O réu 
se defende dá descrição fática e não dá captação jurídica. Assim, pode ocorrer, de o juiz, ao final 
do processo, entender provado o fato, mas dar a ele uma outra classificação jurídica. Pelos art. 
383, o juiz pode condenar na classificação jurídica que entender correta, ainda que tenha que fixar 
pena mais alta. 
● Cabimento 
Cabe em primeiro grau, quando o juiz de primeiro grau for dar a sentença, ou em segundo grau, 
observado o princípio da ​non reformatio in pejus ​(reformar a sentença para pior, se o Ministério 
Público não tiver recorrido também) 
● Oportunidade 
Ocorre no momento dá prolação dá sentença ou do acórdão. 
7.2 ​Mutatio libelli ​- art. 384 
● Conceito 
Pressupõe que no curso do processo tenha surgido uma elementar ou circunstância não descrita 
explícita ou implicitamentena peça acusatória. O órgão de acusação (Ministério Público ou 
querelante) deverá aditar a peça acusatória. 
● Cabimento e oportunidade 
Ocorre após encerrada a instrução processual. 
● Procedimento 
o O Ministério Público faz o aditamento 
o A defesa se manifesta em 5 dias 
o O juiz recebe ou rejeita o aditamento 
o Se necessário, promove-se nova oitiva de testemunhas (até mais 3 testemunhas a mais de 
cada parte), novo interrogatório, debates e julgamento. 
o aditamento dá denuncia poderá ser feito em qualquer fase do processo, com fundamento no 
art. 569, CPP. Assim, a ​Mutatio libelli​ fica reservada para os casos em que a instrução processual já 
se encerrou. 
8. Intimação da sentença 
● Ministério Público - a intimação é sempre pessoal - art. 390 
● Querelante e assistente da acusação - pessoal oi por advogado através dá imprensa - art. 391 
● Réu - pessoalmente, senão encontrado, é citado por edital - art. 392 
● Defensor dativo - intimação pessoal 
● Defensor constituído - pela imprensa 
9. Trânsito em julgado 
Revisão criminal - ação autônoma proposta pelo réu quando existem novas provas que 
modifiquem a sentença que recaiu sobre ele. 
 
04.05.2015 
Recursos 
1. Conceito 
Recurso é um instrumento processual voluntário de impugnação de decisões judiciais, previsto em 
lei, utilizado antes da preclusão e, na mesma relação jurídica processual, objetivando a 
modificação, invalidação, integração ou esclarecimento da decisão anterior 
2. Fundamentos 
a. Falibilidade humana - o juiz pode errar, de modo que o recurso pode ensejar a revisão da 
decisão 
b. Inconformismo - ninguém é um obrigado a aceitar uma decisão desfavorável 
c. Duplo grau de jurisdição - possibilidade de interposição de.um recurso que seja capaz de 
devolver ao Tribunal o conhecimento de toda a matéria de fato, de direito e probatória 
apreciada na primeira instância - art. 8*, §2*, h Pacto de São José da Costa Rica 
3. Pressupostos ou requisitos de admissibilidade 
3.1 Natureza objetiva 
a. Cabimento - Devolutivo existir previsão legal de recurso contra decisão 
b. Adequação -para cada decisão que comporte recurso, um único recurso será cabível 
Princípio da fungibilidade - art. 579 - prevê que o requisito da adequação pode ser mitigado, de 
modo que um recurso interposto erroneamente pode ser conhecido processado como o recurso 
correto. Requisitos de aplicação: 1) não pode ocorrer erro grosseiro, e 2) haja boa fé 
c. Tempestividade - o recurso ser interposto no prazo legal sob pena de preclusão temporal 
Os prazos para o acusado e seu defensor são separados e correm individualmente. Ambos tem 
legitimidade autônoma para recorrer. 
d. Inexistência de fato impeditivo 
Prova ​O Ministério Público pode renunciar ao direito de recorrer? ​Não, em virtude princípio da 
indisponibilidade da ação penal pública 
O réu pode renunciar ao direito de recorrer? ​Sim, ele pode 
 
Renúncia ao direito de recorrer 
e. Divergência entre.réu e defensor - vigora a vontade daquele que quiser recorrer 
Súmula 705 e 708 - 
f. Inexistência de fato extintivo 
Desistência - art. 576 - o Ministério Público não pode desistir do recurso interposto. Com relação 
ao acusado, admite-se a desistência 
Deserção é prevista em dias hipóteses: 1) falta de preparo do recurso do querelante em crimes de 
exclusiva ação penal privada - art. 806, § único, 2) se admitia a deserção na hipótese de fuga do 
recorrente em casos em que a lei exigia seu recolhimento a prisão. O art. 595, hoje revogado, 
previa que se o réu condenado fugisse depois de haver apelado, sua apelação seria declarada 
deserta 
3.2 Natureza subjetiva 
a. Legitimidade recursal - art. 577, CPP - o recurso pode ser interposto pelo Ministério 
Público, pelo querelante, pelo réu e seu defensor 
O réu possui capacidade postulatória autônoma da do seu defensor para interpor recursos 
b. Interesse recursal - art. 577, parágrafo único - a desvantagem jurídica decorrente da 
decisão recorrida constitui o interesse recursal 
O interesse recursal deriva de uma situação de sucumbência (sofri uma desvantagem jurídica) 
O réu pode recorrer de uma decisão absolutória​? O réu pode recorrer quando pretende a 
modificação do fundamento da absolvição (386 estudar as causas de absolvição) 
O Ministério Público pode recorreram favor do acusado? ​Sim, na medida em que lhe incumbe a 
defesa de.interesses indisponíveis como a liberdade de locomoção 
4. Efeitos dos.recursos 
a. Devolutivo 
b. Suspensivo 
06.05.2015 
4. Efeitos dos recursos 
a. Devolutivo - consiste na possibilidade de devolver ao órgão ​ad quem ​aquilo quero objeto 
de impugnação no órgão ​a quo ​- o tribunal somente conhecerá (apreciar) a matéria que foi 
objeto de impugnação da parte. 
o objeto de impugnação é delimitado na interposição recurso. 
b. Suspensivo - consiste no impedimento da eficácia da decisão recorrida em razão da 
interposição do recurso - art. 596 
Exemplo: a apelação da sentença absolutória, estando o réu preso provisoriamente, não possui 
efeito suspensivo (o réu será libertado). Já a apelação contra sentença condenatória estando o réu 
solto, terá efeito suspensivo (o réu não será imediatamente preso) - art. 596 e 597 
c. Regressivo - ou efeito diferido - consiste no juízo de retratação, ou seja, a possibilidade de 
que o o órgão jurisdicional que proferiu a decisão recorrida, a reforme. Consiste na 
devolução da matéria impugnada ao próprio juiz que projetou a decisão recorrida.. 
Agravo, execução e RSE 
d. Extensivo - a consiste na extensão benéfica dos efeitos do recurso ao correu que não 
recorreu, desde que fundado em razões de.natureza objetiva - art. 580 
e. Substitutivo - a decisão do tribunal substitui a decisão recorrida naquilo que tiver sido 
objeto de impugnação 
5. Classificação 
a. Voluntários - regra - art. 574, caput- 
b. Necessários - de ofício - art. 574, parágrafo único 
6. Princípio da ​non reformatio in pejus 
Nos casos de recurso exclusivo da vítima 
Em um recurso ​exclusivo​ da defesa (sem que haja recurso da acusação) o tribunal não pode 
agravar ou piorar a situação do acusado 
Reformatio in pejus​ indireta 
Uma vez anulada a decisão por força d recurso ​exclusivo ​da defesa, o juiz não poderá agravar a 
situação do acusado ao proferir nova sentença 
7. Princípio da ​informatio in mellius 
Em um recurso exclusivo da acusação (sem que haja recurso do réu) o tribunal pode melhorar a 
situação do acusado 
Recurso em sentido estrito - RSE - art. 584 e seguintes 
Equivale ao agravo de instrumento do civil 
1. Rol taxativo que admite interpretação extensiva - art. 581 
a. 8 incisos revogados tacitamente pela LEP (lei de execução penal) (XII, XVII, XIX, XX, XXI, 
XXII, XXIII, XXIV) 
b. inciso XI sem aplicação 
2. Prazo para interposição 
a. 5 dias - art. 586, caput 
b. 20 dias - art. 586, parágrafo único 
c. 15 dias - assistente não habilitado 
3. Procedimento 
3.1nos próprios autos - art. 583 - quando o recurso é. Interposto no processo e ele todo sobre 
para o tribunal. Hipóteses: 
● Decisão que rejeita a denuncia ou queixa 
● Decisão que pronúncia o réu 
● Decisão que julga extinta a punibibilidade 
● Decisão que julga exceção 
● Casos em que o recurso não prejudique o andamento do processo 
3.2 por formação de.instrumento - art. 587 e 589 - apenas parte do processo sobe ao tribunal 
4. ​Efeitos do RSE 
a. Efeito regressivo 
b. Efeito Devolutivo - só existe se ao houve efeito regressivo 
c. Efeito suspensivo em alguns casos previstos no art. 584 (a regra é que não tenha esse 
efeito) 
11.05.2015 
Apelação 
1. Conceito 
Meio ordinário de.impugnação de sentenças de condenação ou absolvição, ou de decisões 
definitivas ou com forçade definitivas, que possibilita nova apreciação da causa pelo órgão 
jurisdicional superior, devolvendo-lhe a análise das questões fatias jurídicas relacionadas a decisão 
prova 
2. Hipóteses de cabimento 
possui caráter residual: a apelação só é usada quando não houver previsão expressa de recurso 
em sentido estrito. 
a. Sentenças definitivas de condenação / absolvição proferidas por juiz singular 
b. Decisões definitivas ou com força de definitivas ​(decisões que colocam fim a uma etapa 
do procedimento, e não condenam nem absorvem. Exemplo: decisão que concede ​habeas 
corpus​)​, proferidas por juiz singular, desde que não caiba RSE 
c. Decisões do júri, quando ocorrer nulidade posterior a pronúncia 
d. Decisões do júri, quando a sentença do juiz presidente for contrária a lei ou a decisão 
dos jurados 
e. Decisões do júri quando houver erro quanto a pena/aplicação de medida de Segurança 
f. Decisões do júri, quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à ​prova dos 
autos - 1 vez 
3. Prazo para interposição 
5 dias - art. 593 
4. Procedimento - arts. 600 a 601 
O recurso é interposto no juízo recorrido, que exerce controle prévio de admissibilidade 
analisando pressupostos subjetivo e objetivos. 
O juiz pode delegar seguimento a apelação e dessa decisão cabe RSE. 
Se o juiz da seguimento a apelação, o apelante é intimado para apresentar razões em oito dias. 
 
Oito dias: Se a condenação envolver crime - três dias se for contravenção penal 
Na sequência o apelado é intimado para apresentar contra razões. 
A apelação em regra sobe ao tribunal nos próprios autos. Haverá traslado quando, havendo mais 
de um réu, apenas um for julgado ou apenas um tenha apelado 
A parte pode optar por apresentar razões na segunda instância 
5. Apelação no jecrim (rito sumaríssimo) 
● decisão que homologa ou transação penal - art. 76, §5* 
● Decisão que rejeita a denuncia ou queixa 
● Decisão definitiva de condenação e absolvição 
10 para interpor, já com as razões. 
Qual é o recurso cabia que rejeita a denuncia ou queixa no jecrim? ​Apelação prova 
 
6. Efeitos 
a. Devolutivo 
b. Suspensivo.​ Existe No caso de sentença condenatória 
c. Regressivo ​não existe 
Embargos infringentes e de nulidade - art. 609, parágrafo único 
Conceito 
É o recurso oponível contra decisão não unânime do órgão de segunda instância, desde que 
desfavorável ao acusado, possuindo caráter infringente quando destinado a discutir o mérito 
visando a modificação do acórdão ou caráter de nulidade quando voltado a discutir matéria 
processual 
Cabimento 
Só podem ser opostos em favor do réu de um acórdão proferido em recurso apelação ou RSE. 
Limita-se ao objeto de divergência 
Legitimidade e processamento 
Os embargo deve ser opostos no prazo de 10 dias e são dirigidos ao relator. 
Uma vez recebidos é determinado o processamento. 
Recebidos os embargos, determina-se o processamento, gerando efeito suspensivo do acórdão 
recorrido. 
Os.embargos implicam na designação de um novo relator.e revisor, que juntamente com os 
desembargadores que proferiram o acórdão recorrido, julgaram os embargos. 
Os desembargadores que participaram do primeiro julgamento.), Pode se retratar? ​Sim (prejuízo 
de retratação ) 
Novo julgamento., se a decisão co.tinha sendo desfavorável ao réu cabe novos embargos dessa 
decisão? ​Não 
13.05.2015 
Embargo de declaração - art. 382 e 619 
1. Conceito 
recurso que visa dissipar dúvida/incerteza criadas pela obscuridade/imprecisão da decisão judicial 
de primeiro ao segunda instância. 
2. Cabimento 
ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão. 
Pré questionamento: requisito para levar os recursos ao tribunais superiores - STF STJ. Os 
embargos cabem para prequestionamento nos recursos especial e extraordinário 
3. Legitimidade e processamento 
qualquer parte pode opor e 2 dias, sendo o recurso destinado ao juiz ou relator (jecrim 5 dias). O 
recurso deve indicar os pontos da decisão que devem ser complementados ou esclarecidos. 
 
4. Efeitos 
interrompe prazo para outros recursos (art. 538, cpc por analogia). No jecrim gera suspensão para 
outros recursos 
Efeito infringente - a depender do ponto discutido nos embargos, eles poderão ter caráter 
infringente, alterando substancialmente a decisão embargada. Nessa hipótese os .embargos 
devem ser objeto de contrarrazões da parte contrária 
traslado - extrai cópias de peças do processo 
Carta testemunhavel - arts. 639/640 
1. Conceito 
Recurso que cabe contra decisão que denega recurso interposto ou que, o admitindo, obste seu 
seguimento ap juízo ​ad quem 
2. Cabimento 
Caráter subsidiário, pois será cabível quando não houver previsão de recurso específico. Exemplo: 
da.decisão que denega apelação cabe RSE. 
3. Prazo 
48 horas contadas do despacho que denega o recurso. 
4. Processamento 
Por traslado, a parte indicar as peças. 
Correição parcial 
1. Conceito 
instrumento de impugnação das.decisões que causem "inversão" tumultuaria dos atos do 
processo (ouvir as testemunhas de defesa antes da acusação) e em relação aos quais não caiba 
recurso específico. 
2. Constitucionalidade e fundamento legal. 
Alguns doutrinadores sustentam que a correção racial prevista eles estaduais seria 
inconstitucional porque compete apenas a união legislar sobre direito processual penal art. 
22,I,CF. 
No estado de São Paulo a correção parcial vem prevista no código judiciário do estado ponto(dec. 
Lei complementar 3/69 - arts. 93 a 96. 
Porém a correção parcial também é prevista em leis federais, utilizadas para afastar a alegação de 
inconstitucionalidade - lei 5010/66 art. 6*, I e lei 8625/93 art. 32, I 
3. Legitimidade e processamento 
Qualquer parte pode opor visando impugnar erro ou abuso quanto a alegação atos e formas do 
processo. Exemplo: juiz que altera a ordem de oitiva das testemunhas sem consulta às partes e 
juiz que diante de arquivamento d inquérito policial remete os autos a delegacia para novas 
diligências. 
De acordo com o código judiciário do estado de sp, a correção parcial tem rito do agravo de 
instrumento. 
20/05/2015 
(continuação) 
Recurso extraordinário 
Efeitos 
Tem efeito devolutivo. 
Súmula Vinculante 
Art. 103,A, CF - decisão de ⅔ do STF 
Súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração 
Pública, podendo rever o conteúdo ou cancelar. 
Recurso Especial - RES 
1. Conceito 
É o recurso dirigido ao STJ, visando dar a possibilidade de julgar questão federal de natureza 
infraconstitucional, decidida anteriormente por TRF ou tribunais dos estados, DF e territórios. 
2. Finalidade 
Garantir a autoridade das leis federais e uniformizar sua aplicação no território nacional. 
3. Cabimento 
Art. 105, III, CF. 
Cabe contra causas decididas em única ou última instância por TRF ou tribunal 
estadual/DF/territórios, quando: 
a. contrariar trabalho ou lei federal ou negar-lhe vigência; 
b. julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c. der a lei federal interpretação divergente da que lhe tenha atribuído outro tribunal. 
A divergência entre órgãos do mesmo tribunal se resolve por “incidente de uniformização de 
jurisprudência” (arts. 475 a 479, CPC). 
4. Súmulas 
7 - não cabe RES para simples reexame de prova 
13 - não cabe RES quando a divergência é entre julgado do mesmo tribunal 
5. Pré-questionamento 
É necessário. 
6. Legitimidade 
Se aplicam as mesmas diretrizes relativas ao Recurso Extraordinário - súmula 
7. Prazos e processamento 
As normas relativas ao processamento do RES são as mesmas aplicadas ao Recurso Extraordinário. 
 
Recurso Ordinário Constitucional 
1. ConceitoÉ dirigido ao STF ou STJ visando o reexame de todas as matérias de fato e de direito, decididas 
pelo tribunal recorrido, em hipóteses específicas previstas na CF. 
2. Cabimento 
Pode ser no STF: 
a. decisões denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança decididas em única 
instância pelos tribunais superiores - art. 102, II, “a”, CF 
b. crimes políticos - art.102, II, “b”, CF.. 
Pode se dar no STJ: 
a. decisões proferidas em habeas corpus impetrados em única ou última instância pelos 
TRF’s e tribunais estaduais, quando a decisão for denegatória - art. 105, II, “a”, CF 
b. decisões proferidas em mandado de seguranças julgados em única instância pelos TRF’s ou 
tribunais quando for denegatória - art. 105, II, “b”, CF. 
O ROC é mais utilizado pelo réu. 
3. Processamento 
O ROC no STF está previsto no regimento interno; no STJ está previsto na lei 8.038/90.

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