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Consumação do Latrocínio Sem a Subtração do Objeto

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___________________ 
*Bacharelando no 10º período do curso de direito do Unipê, landoaldof@yahoo.com 
 Ao criador por tantos prodígios a mim concedidos como o propósito de estar cumprindo mais uma 
missão em minha vida, aos familiares que sempre ajudaram e estavam presentes na conquista de 
mais uma etapa. Agradeço também ao professor que admiro, o qual está me orientando neste 
trabalho, por sua ajuda e disponibilidade. 
** José Guilherme Soares Lemos, professor e membro do Ministério Público da Paraíba. 
CONSUMAÇÃO DO LATROCÍNIO 
SEM A SUBTRAÇÃO DO OBJETO DA VÍTIMA 
 
Landoaldo Cesar da Silva Filho* 
José Guilherme Soares Lemos** 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho de conclusão de curso tem como título a consumação do 
latrocínio sem a subtração do objeto da vítima, onde o enfoque será a abordagem da 
figura penal transcrita no §3º do Art. 157 do Código Penal, conduta caracterizada pelo 
roubo intencional seguido do resultado morte, razão pela qual, o momento 
consumativo do delito será objeto principal de análise desse estudo, por encontrar em 
seu escopo, divergências doutrinárias acerca da consideração ou não do crime, sem 
de fato ocorrer a cooptação do bem que esteja na posse da vítima. Nesse sentindo, 
Rogério Greco e outros grandes nomes do Direito Penal Pátrio advogam pelo 
fundamento de que o latrocínio consumado ocorre apenas quando as duas condutas 
se tornam efetivadas, sob alegação de que, reconhecer o crime sem a caracterização 
eficaz do roubo seria uma afronta ao princípio da legalidade e ao Inciso I do Art. 14 do 
Código Penal. Entretanto, encontra maior respaldo a tese patrocinada por Bittencour, 
Damásio e pelo saudoso Mirabete. Para estes, a consumação do delito independe da 
subtração do objeto, bastando apenas a vontade de retirá-lo da vítima, sendo esta 
vislumbrada na conduta intencional mediante o emprego de violência, e como 
consequência ocorra o óbito do ofendido. Dessa forma, o aludido entendimento coloca 
a vida no patamar de bem jurídico supremo. Semelhante pensamento tem o STF ao 
consagrá-lo na súmula 610. Portanto, o estudo busca direcionar o crime consumado, 
na causa especial de homicídio com o insucesso da subtração, bem como outros 
aspectos importantes do delito. 
 
Palavras-chave: Latrocínio; Consumação; Tentativa; Subtração; Súmula 610 do STF. 
 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................1 
 
2 CONCEITO DE LATROCÍNIO..................................................................................3 
2.1 ASPECTOS GERAIS SOBRE O LATROCÍNIO ....................................................4 
2.2 LATROCÍNIO X ROUBO QUALIFICADO PELA LESÃO CORPORAL..................6 
3 TENTATIVA E CONSUMAÇÃO DO LATROCÍNIO ................................................8 
3.1 ROUBO CONSUMADO E HOMICÍDIO CONSUMADO.........................................9 
3.2 HOMICÍDIO TENTADO E ROUBO TENTADO.................................................... 10 
3.3 HOMICÍDIO TENTADO E SUBTRAÇÃO CONSUMADA..................................... 11 
3.4 ROUBO TENTADO E HOMÍCIDIO CONSUMADO.............................................. 13 
4 POSICIONAMENTOS CONTRÁRIOS AO DA SÚMULA 610.................................13 
5 LATROCÍNIO CONSUMADO SEM A SUBTRAÇÃO DO OBJETO........................16 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 18 
NOTAS DE RODAPÉ................................................................................................ 20 
REFERÊNCIAS .........................................................................................................22 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente estudo busca à análise quanto ao crime de latrocínio no caso em 
que o fracasso da subtração do objeto da vítima é seguido da realização do homicídio. 
Tipo penal bastante comum na atualidade e objeto de entendimento sumular, na 
esteira da súmula 610 do STF¹, este decorre do homicídio resultante do uso excessivo 
de violência adotada na conduta do roubo. 
Com um olhar especial sobre a constituição do crime como um todo, visaremos 
o esclarecimento de suas condutas integrantes e a punição cabível (pela legislação 
penal) para quem procede a autoria, sob o enfoque de ser um delito de clamor social 
bastante repudiado aos olhos da sociedade, por figurar em casos emblemáticos que 
marcaram as páginas policiais, uma vez que por sua conduta repugnante, se 
enquadra no rol dos crimes hediondos. 
O Estado, buscando punir o autor da infração penal, atribuiu a este uma das 
maiores reprimendas contidas em nosso ordenamento jurídico, imputando a quem 
2 
 
 
praticar o ilícito uma pena de 20 a 30 anos de reclusão, mais multa. A severidade da 
pena imposta não o submete ao julgamento pelo tribunal do Júri, pelo contrário, seu 
processamento e julgamento é de competência do juiz singular.² 
Para que se tenha a completa consumação do delito penal, a doutrina refere-
se - de forma pacífica - a uma só espécie, ou seja, a consumação do ilícito ocorrendo 
o roubo e o homicídio, da mesma maneira, é unânime o entendimento de tentativa de 
latrocínio em decorrência das duas condutas tentadas. 
As outras duas hipóteses coexistentes, abarcam resistências em questões 
particulares de cada uma. No caso em que há roubo consumado e homicídio tentado, 
majoritariamente entende-se por tentativa de latrocínio. Da mesma forma, porém, com 
maior profundidade de embates no campo da doutrina, o roubo tentado pelo homicídio 
consumado é ponto de maior resistência em face do entendimento sumular editado 
pelo STF. 
No sistema jurídico brasileiro, podemos verificar que o acolhimento do latrocínio 
como sendo um crime de caráter patrimonial, se dá apenas por ser este decorrente 
de um outro delito patrimonial principiante, o roubo, caracterizado no desejo inaugural 
do agente em obter o produto de posse da vítima. A conduta primeira, enseja a 
classificação do ilícito no rol o qual se encontra. 
A classificação do ato criminoso como sendo crime complexo se dá por conta 
da dúbia conduta do agente, pois o delito em alhures se perfaz mediante a junção do 
roubo e do homicídio, ambos formando o latrocínio. 
É através da elucidação precisa ao longo do estudo dessas questões, 
rapidamente explanadas nesta lição introdutória, que partiremos para uma melhor 
compreensão sobre a espécie penal abordada nos itens seguintes. Voltando ao item 
principal, quer seja, o crime consumado sem que para isso seja necessária a 
consumação da res furtiva. 
Portanto, o principal enfoque do trabalho, está no conteúdo da súmula 610 do 
STF, que conta ainda com respaldo doutrinário e jurisprudencial, muito embora sofra 
expressa resistência em face da divergência levantada por setores da doutrina que, 
com veemência, contestam a tese de consumação do delito. 
Para uma parte considerável da doutrina, se estaria diante de uma tentativa do 
crime, por não haver a integral consumação das condutas, existindo o insucesso do 
meliante perante a retirada do objeto do roubo. Esta tese, salienta que ao optar pela 
consumação do delito para esta hipótese, o Supremo age de forma equivocada e 
3 
 
 
remota, transigindo com o que aduz o art. 14, inciso I do CP³ e o princípio contido no 
art. 5º XXXIX da CFRB4. 
A jurisprudência leva em consideração o mesmo entendimento da doutrina 
majoritária, que também é o mesmo do enunciado na súmula 610; sendo aplicável ao 
caso a pena contida na segunda parte do §3º do art. 157 do Código Penal. 5 
Apega-se a corrente majoritária, na valoração dada a vida humana, que em 
hipótese alguma merece ser ceifada. A vigorosa teoria,tem o intuito de punir o autor 
do tipo penal, por este, na prática de sua conduta, agir cruelmente contra a integridade 
da vítima, atentando não apenas contra seu patrimônio, mas também ultrapassando 
os limites da resistência alheia ao tirar - de maneira infamante - a vida do ofendido. 
A controvérsia se dá também na existência ou não da tentativa, sendo acatada 
a presença do dolo na morte, por ser qualificadora do tipo, na medida em que o agente 
assume o risco de subtrair o bem e também deseja a morte da vítima, porém, por fato 
superveniente, esta sobrevive, configurando (neste caso) a hipótese de tentativa de 
latrocínio. Para os contrários, a hipótese de tentativa, neste caso, haveria o roubo 
qualificado pela lesão corporal grave. 
 Destarte, faz-se necessário a conceituação do crime em comento, a descrição 
de suas condutas formadoras, dos elementos constitutivos por este abarcado, assim 
como as demais classificações. Fazendo uma análise acerca do crime em nosso 
ordenamento jurídico, de sua abordagem quanto à existência da tentativa, além das 
divergências contidas nas posições de nossos doutrinadores, tecendo uma maior 
atenção sobre o latrocínio consumado sem a subtração do objeto. Por esta razão, 
para melhor entendimento buscaremos a doutrina, a jurisprudência e a súmula 610 do 
STF. 
 
2 CONCEITO DE LATROCÍNIO 
 
A rubrica latrocínio, embora não seja expressamente prevista em nosso código 
penal, é reconhecida e aplicável nos juízos e tribunais nacionais, por força do §3º do 
art. 157 do código penal. Compreendido pela conduta de subtrair o bem que esteja 
na posse da vítima, o sujeito ativo do crime se garante do emprego de violência (vis 
corporalis), fazendo que desta primeira ação, advenha como consequência a morte 
do ofendido. 6 
4 
 
 
Considerado um crime hediondo, tanto na sua vertente tentada ou consumada, 
a doutrina o trata como um ato de elevada complexidade, por envolver duas práticas 
ilícitas que se completam, o roubo e o homicídio. 
 
2.1 ASPECTOS GERAIS SOBRE O LATROCÍNIO 
 
Ao longo dos anos, as mais diferentes vozes do direito penal pátrio referem-se 
com atenção especial ao latrocínio, crime de caráter patrimonial, complexo e julgado 
pelo Juiz singular. Com uma pena de reclusão de 20 a 30 anos, o aludido delito tem 
imputada a sua conduta criminosa, uma das maiores e mais severas punições do 
nosso Direito. 
A parte final do § 3º do art. 157, in verbis: “se resulta morte, reclusão de vinte a 
trinta anos, sem prejuízo de multa” 7 (de modo específico) assevera que a morte 
qualifica a subtração da res furtiva, sendo tratada como conduta qualificadora do delito 
em comento. Razão pela qual, torna-se essencialmente a causa determinante do 
latrocínio. 
O fato de não existir previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro, 
quanto ao nomem yuris8 referente ao crime, tem provocado divergências doutrinárias 
em relação a determinados aspectos de sua tipificação, uma vez que, inexistindo 
menção explícita em lei, torna-se forçoso a doutrina penal pátria proceder a 
nomenclatura e a própria classificação do latrocínio, bem como referir-se ao momento 
em que este se consuma. 
Motivado na maioria das vezes por um desejo de suprir algum vício, 
necessidade ou até mesmo por extinto criminoso, o agente recorre ao mundo obscuro 
do crime a fim de auferir vantagens, optando por meio ilícito contra o patrimônio alheio. 
Pode-se exemplificar com o seguinte caso: imagine que em uma empreitada 
delituosa, o agente ao querer violar o bem em posse de outrem, emprega violência na 
sua conduta furtiva, e como consequência desta, acaba ensejando a morte da vítima.9 
O resultado provocado pela conduta primitiva do indivíduo, ao agir inicialmente com a 
intenção de retirar a posse do bem de quem legalmente é seu proprietário, utilizando-
se para isso, da violência como meio garantidor da subtração, e por força desta, 
ocasionando a morte do sujeito passivo possuidor do objeto, constituem o crime de 
latrocínio. 
5 
 
 
A omissão organizacional do legislador quanto ao referido crime, fez com que 
a doutrina juntamente com a jurisprudência, se tornassem as principais fontes 
recorrentes quanto aos aspectos classificatórios do delito. 
O entendimento doutrinário é praticamente unânime ao reconhecer o delito 
como espécie criminal preterdolosa, por reunir as elementares do dolo no antecedente 
e culpa no consequente, havendo o conatus.10 O latrocínio, compreende as duas 
condutas, uma querida pelo agente executando-a por meio ardil, sendo imprescindível 
neste caso o emprego da violência para que, do resultado morte, o delito se configure. 
No caso do óbito decorrer de fato superveniente que não seja a violência, não 
estaremos diante de um caso de latrocínio, não havendo neste caso nexo de 
causalidade com a causa mortis da vítima. Desse modo, torna-se necessário que a 
morte seja ocasionada em razão apenas da violência empregada no roubo, não 
havendo o cabimento do delito do §3º do art. 157 nas hipóteses de grave ameaça. 
Reforçamos ainda que, o elemento subjetivo do delito é o preterdolo, nos 
apegamos ao mencionado pelo renomado doutrinador Cezar Roberto Bittencour: 
 
Observando-se a sistemática de nosso Código Penal, constate-se que o art. 
157, § 3º, pretendeu tipificar um crime preterdoloso, uma vez que a locução 
utilizada, “se resulta”, indica, normalmente, resultado decorrente de culpa, e 
não meio de execução de crime, no caso roubo próprio e impróprio.11 
 
Parece ser este o entendimento mais adequado, pelo fato do agente desejar 
subtrair o objeto da vítima, não assumindo o risco de querer a morte do ofendido. E como 
consequência da violência impregnada no roubo, irá ocorrer o homicídio, e assim a 
configuração do latrocínio. Embora seja esta tese quase que totalmente acatada pela 
doutrina, alguns nomes que a defendem já admitem a possibilidade de dolo na 
conduta consequente a fim de encobrir o delito primário. 
O latrocínio é espécie criminal onde o agente transgressor não inicia a 
empreitada com o objetivo de matar, ceifar a vida da vítima. O intuito do meliante é 
tão somente a abafação do bem do lesado. Nesse sentido, pode-se observar a 
ausência do animus necandi por parte do ofensor, já que não se vislumbra o desejo 
inaugural em cometer o homicídio, embora este possa assumir ou não o risco de 
praticá-lo, bastando apenas o óbito ser decorrente da violência real adotada no roubo. 
Para a doutrina majoritária, deve-se observar a intenção primária da conduta 
criminosa, por isso, a natureza do latrocínio é patrimonial, sendo a morte qualificadora 
do tipo, mesmo possuindo o bem jurídica vida valoração superior ao patrimônio. Nesse 
6 
 
 
diapasão, compreende o juízo competente para processar e julgar a ação penal do 
crime de latrocínio, o juiz singular da vara criminal e não o tribunal do júri. 
 Não obstante, é de bom alvitre salientar o reconhecimento doutrinário acerca 
da classificação do delito em comento, como crime complexo, por aportar em sua 
caracterização mais de uma conduta infracional, eis porque há violação de dois bens 
jurídicos, a vida e o patrimônio, onde dois tipos penais autônomos se completam. 
Outra importante característica do tipo penal aludido, é sua disposição no rol 
das infrações penais da Lei nº 8072/90,12 por este motivo é considerado um crime 
hediondo, em razão de suas condutas causarem grande reprovação social, tidas como 
repugnantes aos olhos da sociedade. Sendo o autor do fato, insuscetível de indulto, 
graça, anistia e não tendo direito a fiança. 
No que tange a causa especial de aumento de pena, o entendimento majoritário 
nesta condição elencada no art.9º da lei nº 8072/90, aponta não ser possível a 
aplicação, em razão do art. 224 do código penal13 ter sido revogado pela lei 
12.015/200914 e em justificativa à pena imputada ao crime pelo legislador, ser uma 
das maiores do nosso ordenamento jurídico (reclusão de 20 a 30 anos) atingindo o 
máximo das penas no Brasil, não havendo sentido quanto ao cabimento desta 
suposição, por ser de 30 (trinta) anos o limite superior de reclusão. 
 
2.2 LATROCÍNIO X ROUBO QUALIFICADO PELA LESÃO CORPORAL 
 
Os resultados morte (latrocínio) e lesão corporal grave são consequências da 
violência empregada contra a pessoa (vis corporalis) vítima da subtração do bem, 
sendo qualificadoras determinantes do crime de roubo. 
 A doutrina as divide nas modalidades culposa e dolosa, havendo dolo quando 
a intenção do agente for desejada por este, doutrina minoritária, e a culpa, como 
consequência da primeira ação. O último entendimento é acolhido com maior respaldo 
e atenção pela doutrina e jurisprudência, por serem estas condutas complementares 
e provenientes de um ato antecedente acrescido do meio agravante (violência). Por 
este motivo, opinamos pela forma culposa, visto que o ofensor não as almeja; assim 
preceitua o Art. 19 do Código Penal, in verbis: “Art. 19 - Pelo resultado que agrava 
especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos 
culposamente. ”15 
7 
 
 
O latrocínio e o roubo qualificado pela lesão corporal grave são duas espécies 
criminais que possuem penas correspondentes a gravidade dos atos praticados pelo 
sujeito ativo, quanto ao primeiro recomendamos a releitura do último parágrafo do item 
2.1 do estudo, o qual já discorremos no sentido da sanção correspondente. Em face 
do roubo qualificado pela lesão, a pena cominada a esta infração é de reclusão de 7 
a 15 anos e multa.16 Ambos os crimes, podem caracterizar a presença de elementos 
do roubo próprio ou impróprio, e sobre si não são aplicáveis as majorantes do § 2º do 
art. 157, 17 que são as causas especiais de aumento de pena. 
A doutrina ainda recepciona o não cabimento do delito nas hipóteses de o 
meliante praticar e atingir seu comparsa. Neste caso, o crime de latrocínio não ocorre; 
eis que se torna necessário para que seja configurado, a morte da vítima proprietária 
do objeto e não de um dos sujeitos ativos da conduta primitiva. Neste sentido, 
assevera Rogério Greco: 
 
Tem-se afirmado, com razão, que a morte de qualquer pessoa, durante a 
prática do roubo, que não alguém do próprio grupo que praticava a subtração, 
caracteriza o latrocínio. 18 
 
Nessa disposição, podemos dizer que o latrocínio ocorre quando da lesão do 
bem jurídico patrimônio, exercer o transgressor mecanismos violentos que acabem 
ocasionando como resultado a morte do sujeito passivo, podendo ser este a vítima ou 
terceiro, desde que não esteja envolvido na autoria do delito. Podemos exemplificar 
com o seguinte caso: 
Um agente adentra em uma joalheria, anuncia o assalto, rende proprietário e 
funcionários, exigindo destes joias e dinheiro. Ao perceber movimento estranho do 
segurança, o meliante descarrega a pistola contra o sujeito que vem a falecer no 
mesmo momento devido à gravidade dos disparos. Nervoso, com a situação que 
poderia advir em razão da atenção chamada pelos sons dos tiros, o ofensor se retira 
da loja e foge de carona com um comparsa. 
Vemos no caso em concreto, que o crime ocorre em uma joalheria, local de 
trabalho do ofendido, contudo, a conduta criminosa o torna terceiro prejudicado, 
equiparando-o a vítima proprietária da res em razão de sua vinculação com o local de 
trabalho, assim, se enquadra como sujeito passivo do crime. 
Outro importante ponto a ser analisado está na ausência de subtração efetiva 
dos objetos almejados pelo agente, pois o mesmo retirou-se da loja sem levar nenhum 
8 
 
 
dos bens de seu desejo. Nesta hipótese, pode-se observar o latrocínio da sumula 610 
do STF. Tipo criminal consumado com a ausência de subtração do objeto da vítima. 
Tema a ser analisado no item 6 com maior amplitude, por ser o tema do nosso estudo. 
 
3 TENTATIVA E CONSUMAÇÃO DO LATROCÍNIO 
 
Recepcionado pela doutrina como modalidade de crime de alta complexidade, 
o latrocínio é assim caracterizado, pelo fato de reunir sobre sua estrutura típica uma 
pluralidade de condutas criminosas, que quando independentemente executadas dão 
origem a crimes diferentes e autônomos, que possuem particularmente suas 
respectivas penas, elementos objetivos, subjetivos, qualificadoras entre outros itens 
classificatórios. 
A macro abrangência do delito, permite que suas condutas, quando numa 
situação fática forem praticadas, obedeçam a uma ordem cronológica que se 
tangencia pela ocorrência do dolo no antecedente e da culpa no consequente, ambas 
em conjunto dão oportunidade para que o latrocínio possa ser configurado, tais 
condutas que são o roubo, fruto da vontade e do risco assumido pelo agente de 
subtrair o objeto agravado pela morte do sujeito passivo. 
Sabe-se que devido ao número composto de condutas formadoras do delito do 
§ 3º do art. 157 do CPB, a doutrina procurou elencar a forma tentada e consumada do 
crime, como consequência disso, a discrepância surgiu entre as variadas espécies 
apresentadas de acordo com as posições de cada corrente. 
Em primeiro plano, é importante salientar que a forma tentada do latrocínio, 
mesmo que minimamente, encontra resistência, entendendo os contrários à tentativa, 
pela ideia de que este não poderia abarcar formato tentado, por ser um crime 
preterdoloso, o qual torna-se impossível a existência da modalidade. Para os 
defensores da tese de possibilidade de tentativa, esta existirá com o emprego do dolo 
no homicídio tentado, hipótese em que o preterdolo será afastado.19 
Duas concepções de tentativa podem existir neste ato criminoso, uma pelo 
latrocínio tentado diante da não consumação de nenhum dos elementos de sua 
composição, fato este, em que nem o homicídio e tampouco o roubo logram êxito, 
entendimento este pacífico. Outro exemplo de tentativa, embora existam divergências, 
se encontra quando há consumação do roubo, mas a vítima sobrevive. Alguns 
9 
 
 
doutrinadores entendem que há para este caso tentativa, já outros admitem seu 
enquadramento como roubo qualificado por lesão corporal grave, adiante trataremos 
do tema com maior análise. 
Ponto de convergência, por ser unanimidade doutrinária, a forma consumada 
do latrocínio quando decorrente da efetiva execução das duas condutas componentes 
do tipo penal em estudo, vale ressaltar a subtração do objeto da vítima e o resultado 
morte, é item sem objeção contrária pelo fato de preencher todos os requisitos do 
previsto pelo § 3º do art. 157, e obedecer integralmente ao previsto no Art. 14, inciso 
I do CP. 
Ao contrário das demais teses, a hipótese de latrocínio da súmula 610 do STF, 
é que causa maiores discrepâncias no campo doutrinário, por considerar que o crime 
consumado independe da subtração do objeto. São estes os quatro tipos que podem 
configurar tentativa ou consumação do delito. 
Em seguida, passaremos ao estudo de cada uma das modalidades tentadas e 
consumadas em seus respectivos tópicos. Com maior profundidade teceremos a 
análise do latrocínio da súmula 610 do STF, tema deste estudo e objetivo principal a 
ser apresentado, assim como esclarecido. 
 
3.1 ROUBO CONSUMADO E HOMICÍDIO CONSUMADO 
 
Por não existirem objeções colocadas em desfavor desta via criminis, esta 
opção de tipicidade do mencionado delito, goza de maior prestígio à luz da 
jurisprudência e das variadas fluências da doutrina que caminham em consonância. 
Torna-se crucial, observara construção do conceito da infração em destaque, 
tomando como paradigma esta hipótese. 
Como já fora objeto de menção neste trabalho e digna de ser ressaltada 
novamente, a maneira pacífica com que o entendimento é acolhido pelos variados 
nomes de nosso Direito pátrio, é notório frisar a receptividade com que a tese do roubo 
consumado somado ao homicídio também consumado, encontram vasto amparo por 
nossos juristas, nessa linha, Rogério Greco assinala: 
 
Se temos um homicídio consumado e uma subtração 
consumada, não hesitamos em afirmar que estamos diante de 
um latrocínio consumado. 20 
 
10 
 
 
Muitos dos grandes penalistas do país, a reconhecem como única hipótese do 
aludido crime que de fato é consumado, muito embora exista o exemplo do elencado 
na súmula 610 do STF, alvo de maior polêmica e de questionamentos de longos anos 
entre os próprios juristas, e entre estes e os tribunais. 
É cediço que a conduta do tipo penal, destarte já referida inúmeras vezes neste 
trabalho, se origina primeiramente de uma manifestação voluntária precedente 
(roubo), sucedida de um ato involuntário (homicídio), oriundo desta adição é o 
latrocínio, que por este pensamento, necessariamente precisa advir das duas ações 
dolosas. A intencionalidade de ambas precisa estar presente. 
 
3. 2 HOMÍCIDIO TENTADO E ROUBO TENTADO 
 
Esta espécie exemplificativa, assim como ocorre com a do latrocínio 
consumado pelo roubo e homicídio consumados, também encontra acolhimento 
praticamente unânime pela doutrina, uma vez que se desenvolve em razão de não 
ocorrer nenhuma das finalidades imperiosas necessárias a efetivar o delito 
consumado. 
O agente por algum fato superveniente, frustra seus planos, não conseguindo 
colocá-los em prática, vejamos o seguinte exemplo: imagine-se uma pessoa que vai 
saindo do trabalho e ao entrar no carro é abordada por um indivíduo exigindo seus 
pertences, assustada, insinua gesto que para o agente delituoso representa uma 
reação, logo, este procede ao disparo de dois tiros contra a vítima que é atingida. Por 
ouvir barulhos de sirene próximo ao local do crime, sem demora, o meliante se evade 
rapidamente da área sem levar objeto algum da vítima, que após o incidente é 
conduzida ao hospital e sobrevive aos ferimentos. 
No caso acima, estamos diante de um exemplo de insucesso da conduta 
primitiva como também dos atos sequenciais, resta claro no exemplo acima que 
nenhum dos requisitos foram preenchidos, e nesta sentença, estamos diante de uma 
de tentativa de latrocínio, por reunir em sua formação, a dupla conduta fundamental 
não exitosa. Nem o roubo e nem o homicídio obtiveram sucesso. 
Nessa condição, temos como fundamento o inciso II do art. 14 do CP, ao tratar 
o crime tentado como sendo aquele que uma das condutas ou todas não completam 
o iter criminis por acontecer circunstancia estranha a pretendida, vejamos: “Art. 14... 
11 
 
 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias 
à vontade do agente. ” 21 
Na mesma direção, a jurisprudência assim se manifesta: 
 
EMENTA: APELACAO CRIMINAL. LATROCINIO NA FORMA TENTADA. 
PALAVRA DA VITIMA. TIPIFICACAO. REDUCAO DA PENA. 1 - NOS 
CRIMES DE NATUREZA PATRIMONIAL, PRATICADOS NA 
CLANDESTINIDADE, A PALAVRA DA VITIMA PREVALECE SOBRE A DO 
REU, QUANDO EM CONSONANCIA COM AS DEMAIS PROVAS 
COLHIDAS NOS AUTOS. 2 - SE O AGENTE PRATICA HOMICIDIO 
TENTADO E SUBTRAÇÃO PATRIMONIAL TENTADA, RESPONDE POR 
TENTATIVA DE LATROCINIO, DESCRITO NO ARTIGO 157, PARÁGRAFO 
TERCEIRO, "INFINE", C/C ARTIGO 14, INCISO II, DO 
CÓDIGO REPRESSIVO. (GOIÁS - APC N.35207-8/213) 22 
 
Entretanto, merece análise incisiva, a presença do dolo na tentativa do 
homicídio que compõe a ação caracterizadora do crime complexo, existindo esse, 
haverá também a configuração da tentativa de latrocínio. 23 
O tipo penal em sua essência, corresponde a uma figura preterdolosa, porém 
o elemento subjetivo do supracitado delito, não abarca a tentativa, motivo o qual o seu 
afastamento, revalida a ocorrência daquela. Neste escólio, as modalidades tentadas 
do ato delituoso, só serão possíveis obedecidas esta regra. 
Grandes nomes do Direito penal brasileiro, já admitem a possibilidade da 
conduta resultante poder ocorrer pelo dolo, não se restringindo apenas a culpa 
caracterizadora do preterdolo, eis o argumento de Bittencour: 
 
[...] a extrema gravidade das sanções cominadas uniu o entendimento 
doutrinário, que passou a admitir a possibilidade, indistintamente, de o 
resultado agravador poder decorrer tanto de culpa, quanto de dolo direto ou 
eventual. 24 
 
Portanto, a ampliação interpretativa de que o resultado agravador da infração 
também pode advir de comportamento voluntário do autor do fato, deve ser observada 
na aplicação ao caso em concreto, em especial aqueles que assinalarem hipótese de 
tentativa. 
 
3.3 HOMICÍDIO TENTADO E SUBTRAÇÃO CONSUMADA 
 
12 
 
 
O dolo mais uma vez, torna-se elemento imprescindível para determinação do 
evento criminoso, por ser este como visto no tópico anterior, tipo subjetivo basilar, uma 
vez que estabelece a origem que somado ao resultado morte, formam o latrocínio. 
A violência, item fundamental que surge do ato primário cometido, ganha 
destaque de qualquer forma, seja com o resultado agravador de caráter culposo ou 
doloso. 
O importante como já mencionamos, é que da primeira atuação se constate o 
risco assumido pelo executor. Para esta modalidade, é necessário que o êxito da 
subtração se configure e a vítima escape de lesões que poderiam colocar sua vida em 
perigo. Sobrevivendo o ofendido, estar-se-á diante de uma causa de latrocínio tentado 
pela subtração consumada pelo homicídio tentado. 
Esta teoria se confunde em alguns aspectos, com o crime de roubo seguido por 
lesão corporal grave, a doutrina trata o problema a partir da análise especificada de 
cada uma. 
A intencionalidade do agente, será aferida por meio de fatores externos 
peculiares a sua conduta. Para haver tentativa de latrocínio, o ato intencional, deve 
conter o emprego da violência que vise assegurar a impunidade de um outro crime, 
qual seja o roubo, querendo o agente a morte da vítima, não se realizando esta por 
circunstâncias alheias à sua vontade. Enquanto que no roubo qualificado por lesão 
corporal grave, a violência é empregada para assegurar a impunidade do crime, 
porém, o desejo do meliante é apenas lesionar o ofendido, não interessando a morte 
deste. 
Não obstante, a jurisprudência opina favoravelmente ao latrocínio tentado em 
concordância a esta posição, vejamos: 
 
CRIMINAL. RESP. TENTATIVA DE LATROCÍNIO. SUBTRAÇÃO 
CONSUMADA E HOMICÍDIO TENTADO. CONFIGURAÇÃO DO DELITO. 
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Evidenciado o dolo de matar por 
parte do réu, não há como se afastar a ocorrência da tentativa de latrocínio. 
A subtração consumada, aliada ao homicídio tentado, caracteriza a tentativa 
de latrocínio. A magnitude da lesão corporal causada é de somenos 
importância para a configuração do crime de tentativa de latrocínio. 
Precedente do STF. Irresignação que merece ser provida, para restabelecer 
a sentença monocrática. Recurso especial conhecido e provido, nos termos 
do voto do relator. (RESP 601871 RS 2003/0180359-5. RELATOR 
MINISTRO GILSON DIPP – PUBLICADO EM DJ 02.08.2004 P. 536). 25 
 
13 
 
 
Posição amplamente acolhida pela doutrina, embora exceções sejam 
levantadas por grandes nomes do Direito penal nacional, a exemplo de Nelson 
Hungria, ressalta o grande jurista, que havendo subtração consumada e homicídio 
tentado, se estaria perante uma tentativa de homicídio qualificado (art. 121,§ 2º, V). 
26 Com todo respeito a teoria, discordamos do entendimento. 
 
3.4 ROUBO TENTADO E HOMÍCIDIO CONSUMADO 
 
Dentre as quatro espécies tentadas e consumadas, esta é a modalidade que 
gera mais controvérsias entre os doutrinadores brasileiros, o latrocínio composto pelas 
condutas do roubo tentado somado ao homicídio consumado, torna-se palco de fortes 
divergências tomadas por diferentes posições. 
Alguns nomes de nossa doutrina, entendem haver tentativa de latrocínio na 
conduta de roubo tentado pelo homicídio consumado, corrente ainda minoritária. Para 
a maior parte de nossa doutrina, existe nesta hipótese delito consumado, esta última 
ideia concentra um maior respaldo. 
O Supremo Tribunal Federal, manifestou-se favorável a concepção defendida 
pela doutrina majoritária ao editar o entendimento contido na súmula 610, in verbis:"Há 
crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente 
a subtração de bens da vítima." 27 
A posição do Egrégio Tribunal, reforça a tese de consumação da infração penal, 
independentemente de haver a efetiva subtração do objeto, bastando tão somente o 
animus de cooptar a coisa, por esta compreensão, ver-se que a morte da vítima é, de 
fato, o elemento levado com maior consideração para aqueles que seguem o 
entendimento do STF. Neste escólio, uma análise mais aprofundada será feita nos 
próximos tópicos mostrando os pontos a favor e contra esta hipótese. 
 
4 POSICIONAMENTOS CONTRÁRIOS AO ENTENDIMENTO DA SÚMULA 610 
 
Nomes de destaque no cenário nacional defendem a hipótese do latrocínio pelo 
roubo tentado e homicídio consumado como um tipo penal na modalidade tentada, 
esta é a bandeira levantada com ânimo pelo renomado jurista Rogério Greco. Para 
este, havendo a clara ausência da efetivação das condutas ou de uma delas descritas 
14 
 
 
no §3º do art.157 do CPB, por não existir a sua completa execução, especialmente 
quanto a primeira, com a não consumação do roubo, o caminho do crime estaria 
prejudicado. 
Greco, em seu livro, divide esta tese como sendo defendida por três correntes, 
duas delas compõem os tradicionais embates como sendo o delito uma hipótese 
tentada ou consumada, uma terceira corrente, esta defendida por Hungria, afirma que 
se trata a conduta, ora descrita como sendo espécie de homicídio consumado, sem a 
punição da tentativa do roubo. Nesta razão, salienta o doutrinador: 
 
[...] a única solução que nos parece razoável é a de, sem desrespeito à 
unidade jurídica do crime, aplicar exclusivamente a pena mais grave, 
considerados os crimes separadamente, ficando absorvida ou abstraída a 
pena menos grave. Tome-se, por exemplo, o crime de latrocínio (art. 157, § 
3º, in fine), e suponha-se que o homicídio (crime meio) seja apenas tentado, 
enquanto a subtração da res alínea (crime fim) se consuma: deve ser aplicada 
tão somente a pena de tentativa de homicídio qualificado (art. 121, § 2º, V), 
considerando-se absorvida por ela a do crime patrimonial. Se, ao contrário, o 
homicídio se consuma, ficando apenas tentado o crime patrimonial, a pena 
única a aplicar-se é a do homicídio qualificado consumado. 28 
 
Acerca deste entendimento, Greco salienta que “[...] havendo homicídio 
consumado e subtração tentada, deve o agente responder por tentativa de latrocínio 
e não por homicídio qualificado ou mesmo por latrocínio. ” 29 
Parte da doutrina, baseada na concepção de Frederico Marques, 30 entende que 
a hipótese em questão, se configura como um exemplo de tentativa de latrocínio, por 
não haver o preenchimento de todas as condutas descritas, em razão de ser o crime, 
um tipo penal complexo, e para tal classificação, segundo esta doutrina, torna-se 
exigível que se complete o iter criminis. 
Utiliza o referido entendimento com base na violação ao inciso I do art. 14 do 
CPB, que assim transcreve: “Art. 14 - Diz-se o crime: I - consumado, quando nele se 
reúnem todos os elementos de sua definição legal” 31. Enquadrando o delito na 
hipótese tentada, uma vez que não há a completa concretização da conduta do roubo, 
em confronto com o citado dispositivo. Nestes termos, Greco, Israel Domingos Jorio, 
entre outros renomados juristas, seguem esta linha de raciocínio, por considerarem 
um equívoco configurar a hipótese aludida como espécie de crime consumado. 
Nesse ensejo, a citada doutrina ainda acrescenta, que por ser um crime 
material, a figura do latrocínio exige o preenchimento da pluralidade das condutas, 
15 
 
 
uma vez que se trata de delito de alta complexidade, e por esta razão, torna-se 
imprescindível que seja assim configurado, pois as condutas criminosas ensejadoras 
do tipo penal, os chamados “crimes-membros” 32 necessitam desta caracterização. 
O homicídio, resultado qualificador e que junto com o roubo formam o delito, é 
elemento de maior relevância para a doutrina majoritária, esta ao afastar a 
necessidade de consumação do roubo e defender tão somente a consumação 
daquele, leva em relevância a valoração do bem jurídico vida, o que para a doutrina 
minoritária, é inconcebível tal fundamento, uma vez que aplicar uma pena tão dura 
como é a do latrocínio, a uma conduta incompleta, se estaria diante de uma injustiça 
e em violação ao princípio da legalidade. Acerca da questão Jorio descreve, “Quanto 
à supremacia do valor vida, não há dúvida. A defendemos com afinco. Apenas não 
cremos que a solução para o problema deva ser o assassínio dessa teoria. ” 33 
O novel professor acrescenta: 
 
Não podemos concordar com a solução ao considerar consumado o latrocínio 
sem que se verifique a realização da subtração, afasta a incidência da regra 
trazida pelo art. 14, inciso I e parágrafo único do Código Penal, e agrava a 
situação do agente. O autor do delito, que deveria ser responsabilizado com 
pena prevista para o crime tentado, receberá, em desacordo com expressa 
disposição legal, a punição destinada ao crime consumado.34 
 
Desta forma, para esta corrente, o STF comete um equívoco em relação ao 
supracitado dispositivo do CPB e ao princípio da reserva legal XXXIX do art. 5º da 
CFRB,35 comprometendo, de tal modo, a segurança jurídica, ao levantar tese 
absolutamente incompatível. 
No que pese a pena da hipótese tentada de latrocínio, esta seria 
desproporcional, por restar ceifado o bem jurídico maior, a vida, atribuindo a tal 
conduta, tão somente uma pena de 6 anos e 8 meses a 20 anos de reclusão, visto 
que, o fato como o bem da vida foi desgarrado nos parece uma penalidade branda a 
ser aplicável para um princípio de tão grande importância valorativa. Por outra parte, 
não havendo subtração e a morte se consumando de uma maneira mais sútil, a pena 
aplicável ao latrocínio consumado é de 20 a 30 anos de reclusão, mais multa. 
 Vale ressaltar, buscando os subsídios necessários na doutrina, assim como 
nos julgados de nossos tribunais, a verificação da infração penal como sendo um delito 
consumado, independe da ocorrência de subtração. Devendo haver o desejo do 
agente em querer retirar a res da vítima, seu desejo precisa ser voluntário, e para isso, 
16 
 
 
este utiliza-se de meio vil, cruel no uso da violência, para garantir a posse do bem, e 
assim, sem medir o risco de suas consequências, atinge o bem jurídico supremo, a 
vida do ofendido. Neste escólio, entendemos este como hipótese de latrocínio 
consumado. 
 
5 LATROCÍNIO CONSUMADO SEM A SUBTRAÇÃO DO OBJETO 
 
Como anteriormente apresentado, a circunstância criminal resultante da 
subtração tentada pelo óbito da vítima, ou seja, espécie de latrocínio consumado, é 
centro das maiores divergências na doutrina. Existem os argumentos contrários já 
abordados no item anterior,razão pela qual, neste tópico, versaremos sobre as 
considerações favoráveis a sua aplicabilidade no Direito pátrio. 
O entendimento a respeito da mencionada hipótese pelo STF, por meio da 
edição da súmula 610, partiu da premissa de existirem precedentes judiciais, quais 
sejam: 
HC 48935, Publicações: DJ de 3/9/1971, RTJ 61/318; HC 56171 Publicações: 
DJ de 22/9/1978 RTJ 87/828; HC 56704 Publicações: DJ de 23/3/1979, RTJ 
95/94; HC 56817 Publicações: DJ de 30/3/1979, RTJ 93/102; HC 57420 
Publicações: DJ de 14/12/1979 RTJ 96/94.36 
 
Nesse contexto, a corte suprema em 17 de outubro de 1984, redigiu a referida 
súmula, vide item 3.4 págs. 14. Consolidando a matéria da consumação do latrocínio 
sem o sucesso do cooptação, por considerar salutar proeminência da vida, no Art. 5º 
caput, que preleciona: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida [...]” 37 
A doutrina em sua ampla maioria, acosta-se de acordo com o enunciado da 
súmula, em defesa da supremacia valorativa que tem a vida em detrimento do 
patrimônio, pouco importando a efetiva consumação do último, uma vez que é o 
primeiro, linha mestra de todos os outros Direitos, motivo o qual se encontra inserido 
no rol dos Direitos de primeira geração. 
O cunho axiológico atribuído em relação a vida, ultrapassa todo e qualquer 
limite ou ordem jurídica que vise tão somente a estruturação de conceitos, pois este 
bem jurídico sobreleva todos os demais valores meramente técnicos. 
17 
 
 
Considerar este ato infamante como espécie de tentativa, seria rebaixar a 
importância que detém o princípio de primeira geração em nosso ordenamento 
jurídico, cometeria assim, uma pura injustiça ao aplicar ao agente transgressor 
reprimenda ínfima de 6 anos e 8 meses a 20 anos de reclusão. 38 
Estar-se-á no caso, diante de um grande desafio imposto ao juiz singular, que 
é a imputação de uma punição rígida a uma conduta, esta ocorrida com o emprego 
de meio ardiloso no roubo ou em sua tentativa, e por isso, resultando no falecimento 
do ofendido. 
Torna-se nesta hipótese, desnecessária a efetivação da subtração do objeto, 
por ser o patrimônio violado independentemente de ser atingido. Há, por parte do autor 
do fato, a vontade ao assumir o risco de praticar a conduta, muito embora que esta 
não tenha logrado êxito. Mas em razão dela, com excesso do elemento vias fatos, 
restou ceifada o bem primário contido na alma de nossa constituição, a vida. 
Salientam renomados autores, os quais cabem representar, pela saudosa 
memória do mestre Júlio Fabrini Mirabeti, que preleciona: “[...] orientação, adotada 
pelo STF (Súmula 610), é a menos imperfeita, embora não perfeitamente ajustada à 
letra da lei, que exige, para a consumação do crime complexo, a dos elementos 
componentes. “ 39 
Embora reconheça a imperfeição do entendimento sumular por ir de encontro 
a completa integralidade das condutas, o novel jurista sustenta a consumação do 
delito, em respeito a supremacia do Direito à vida. Na mesma linha, outros nomes a 
exemplo de Bittencour, Damásio, reconhecem tal hipótese. 
A jurisprudência segue o mesmo caminho, a exemplo de julgados como este: 
 
Ementa: PENAL. HABEAS CORPUS. LATROCÍNIO. SENTENÇA E 
ACÓRDÃO QUE FIRMAMHAVER LATROCÍNIO CONSUMADO E 
TENTADO EM CONCURSO FORMAL. PRETENSÃODE 
RECONHECIMENTO DE CRIME ÚNICO. IMPROPRIEDADE DA VIA 
ELEITA.INDISFARÇÁVEL NECESSIDADE DE AMPLA DILAÇÃO 
PROBATÓRIA. PERFAZ-SE OLATROCÍNIO SE HAVIDA A MORTE, AINDA 
QUE NÃO A VIOLAÇÃO PATRIMONIAL.SÚMULA 610/STF. PARECER 
MINISTERIAL PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEMDENEGADA. 1. 
Afirmado pelo Tribunal Estadual que a conduta perpetrada visou a atingir 
patrimônios distintos, bem como a integridade física década uma das vítimas, 
entendendo pela existência de concurso formal, a alteração dessa conclusão 
demandaria aprofundada dilação probatória, providência inadmissível em 
Habeas Corpus. Precedentes. 2. Este STJ, fundado primordialmente 
na Súmula 610 do Pretório Excelso, que enuncia haver crime de latrocínio, 
quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração 
18 
 
 
de bens da vítima, firmou a orientação de que se perfaz o crime em que 
havida a morte, ainda que não a violação patrimonial. 3. Parecer do MPF pela 
denegação da ordem. 4. Ordem denegada. ( STJ - HABEAS CORPUS HC 
137538 MG 2009/0102528-2 (STJ) DATA DE PUBLICAÇÃO: 12/04/2010) 40 
 
Neste sentido, concluímos que os três pilares em que se fundam esta tese, 
demonstram, em clara consonância, a consumação do latrocínio sem a subtração do 
objeto da vítima, por haver neste exemplo a proteção ao bem jurídico de maior 
abrangência, e no qual o Direito tem o dever de zelar com maior atenção, por ser este 
o centro no qual todas as relações jurídicas se desenvolvem. 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso foi demostrar a ocorrência do 
latrocínio consumado sem a necessidade da efetiva subtração, por se tratar de tema 
dotado de divergências doutrinárias. 
O presente trabalho, buscou trazer elementos para que pudessem ser 
demonstrados a possibilidade de consumação do delito nesta hipótese. Como 
também trouxemos a conceituação do crime de latrocínio, suas características, os 
elementos que o compõe, as hipóteses existentes, as opiniões da doutrina e o 
esclarecimento sobre a consumação do crime à luz da súmula 610 do STF. 
Podemos concluir que é possível que o latrocínio se concretize sem precisar 
da consumação do roubo, em decorrência do entendimento sumular, doutrinário e 
jurisprudencial, onde disciplina a possibilidade de ocorrência do tipo penal, em cima 
da valoração do bem jurídico, vida. 
Considerar a conduta como tentativa, seria imputar ao delito uma pena de 6 
anos e 8 meses a 20 anos de reclusão, algo no mínimo injusto para um resultado tão 
danoso como a morte da vítima. 
Trouxemos a possibilidade de nos debruçar sobre as demais hipóteses de 
latrocínio, sejam elas nas formas tentadas ou consumadas, conforme a especificidade 
de cada conduta, respeitando os limites que a lei exige para adequá-lo ao caso em 
concreto. 
Essas limitações são impostas quando, por exemplo, se afasta o preterdolo da 
conduta do roubo e adota o dolo como tipo subjetivo do resultado morte na modalidade 
19 
 
 
tentada do crime. Assim como o afastamento da retirada efetiva do objeto, bastando 
tão somente o dolo da conduta com a morte do sujeito passivo. 
Concluímos este trabalho, após a análise das correntes doutrinárias existentes 
acerca do tema, verificando que é possível a consumação do delito, elevando a vida 
como elemento primordial, sendo desnecessário o sucesso da ação precedente, o 
roubo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
ABSTRACT 
 
 
CONSUMMATION OF ROBBERY 
WITHOUT THE OBJECT SUBTRACTION FROM VICTIM 
 
 
The present work of graduation is entitled as consummation of robbery without the 
object subtraction from victim, which the focus will be on the approach of the criminal 
figure transcribed in paragraph 3 of Art. 157 of the Penal Code, conduct characterized 
by intentional theft followed by death result. Which is why, the moment of 
consummation of the crime, will be the main object of analysis of this study, to find in 
scope, doctrinal disagreements about the consideration or not of the crime, without 
actually occur cooptation of the good that is in possession of the victim. In that sense, 
Rogério Greco and other greatnames of the Criminal Law Homeland, advocate the 
grounds that the consummate robbery, occurs only when the two pipelines become 
effect, on the grounds that recognize the crime without the effective characterization of 
theft, it would be an affront the principle of legality and the Item I of Art. 14 of the 
Criminal Code. However, finds greater support the thesis sponsored by Bittencour, 
Damasio and by the late Mirabet, for these, the consummation of the crime 
independent of the subtraction of the object, just by the desire to remove it from the 
victim, which is glimpsed in intentional conduct by the use violence, and the death 
occurs as a result of the offense. Thus, the aforementioned understanding puts life in 
the supreme legal interest threshold. Similar thinking has the STF to consecrate it in 
the score sheet 610. Therefore, the study seeks to target the consummate crime, in 
particular murder because with the failure of subtraction, as well as other important 
aspects of the offense. 
 
NOTAS DE RODAPÉ 
 
_______________ 
1 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: 
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula&pagina=sumula_601_7
00 > Acesso em: 13 de abril de 2015. 
2 CAROLLO, João Carlos. O latrocínio e a Súmula nº 610 do STF. Revista Jus Navigandi, Teresina, 
ano 16, 4 ago. 2011. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/19697>. Acesso em: 12 abril de 2015. 
3 JORIO. Israel Domingos. Latrocínio. Belo Horizonte. Editora Del Rey. 2008.p.254. 
4 JORIO. Israel Domingos. Latrocínio. Belo Horizonte. Editora Del Rey. 2008.p.254. 
5 BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm>. Acesso em 13 de abril de 2015. 
6 CAROLLO, João Carlos. O latrocínio e a Súmula nº 610 do STF. Revista Jus Navigandi, Teresina, 
ano 16, 4 ago. 2011. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/19697>. Acesso em: 13 abril de 2015. 
7 BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm>. Acesso em 13 de abril de 2015. 
8 PEREIRA. Geraldo Lopes. Tentativa de Latrocínio. Direito net. Disponível em: 
 http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7416/Tentativa-de-latrocinio.Acesso. Acesso em 13 de 
abril de 2015. 
21 
 
 
9 CAROLLO, João Carlos. O latrocínio e a Súmula nº 610 do STF. Revista Jus Navigandi, Teresina, 
ano 16, 4 ago. 2011. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/19697>. Acesso em: 13 abril de 2015. 
10 ROCHA. William Alessandro. Consumação e tentativa no latrocínio. Via Jus. Disponível em: 
<http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=1516 >Acesso em: 14 de abril de 2015. 
11 BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte Especial. V.3. São Paulo: Saraiva, 
2010.p.118. 
12 BRASIL. Lei Nº 8.072, de 25 de julho de 1990. Disponível em: 
 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm. Acesso em: 16 de abril de 2015. 
13 BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm> Acesso em: 16 de abril de 2015. 
14 BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm> Acesso em: 16 de abril de 2015. 
15 BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm>Acesso em: 16 de abril de 2015. 
16 GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal Parte Especial. Vol. 3. Niterói. Impetus. 2014. P.76. 
17 BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm>Acesso em: 19 de abril de 2015. 
18 GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal Parte Especial. Vol. 3. Niterói. Impetus. 2014. p.77. 
19 JORIO. Israel Domingos. Latrocínio. Belo Horizonte. Editora Del Rey. 2008.p.255. 
20 GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal Parte Especial. Vol. 3. Niterói. Impetus. 2014. p.80. 
21 BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm>Acesso em: 19 de abril de 2015. 
22 GOIÁS. TJGO. Jurisprudência. Jus Brasil. Disponível em: 
 http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=+Latroc%C3%ADnio+tentado Acesso em: 20 de abril de 2015. 
23 ROCHA. William Alessandro. Consumação e tentativa no latrocínio. Via Jus. Disponível em: 
<http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=1516> Acesso em: 20 de abril de 2015. 
24 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Vol. 3. São Paulo. Saraiva. 6ª Ed. 2010. 
P.118. 
25 BRASIL. Jurisprudência.Jus Brasil. Disponível em: 
 http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=+Latroc%C3%ADnio+tentado Acesso em: 23 de abril de 2015. 
26 GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal Parte Especial. Vol. 3. Niterói. Impetus. 2014. p.80. 
27 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: 
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula&pagina=sumula_601_7
00 > Acesso em: 23 de abril de 2015. 
28 GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal Parte Especial. Vol. 3. Niterói. Impetus. 2014. p.81. 
29 GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal Parte Especial. Vol. 3. Niterói. Impetus. 2014. p.82. 
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