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Acadêmico: Pedro Lucas Cardoso Casas Novas CPD: 015230 Professor: Daniel Almeida Curso: Direito Curso: Noturno Disciplina: Práticas Integrativas III PONDERAÇÃO DE NORMAS NO NOVO CPC? É O CAOS. PRESENTE DILMA, POR FAVOR, VETA! Lênio Streck faz, em todo seu texto, uma crítica ferrenha a ponderação de modo geral e principalmente ao seu uso no novo CPC, que para ele só agravou o que o Judiciário já vinha fazendo desde antes. Isso porque a ponderação do novo CPC se refere a normas, o que acarreta um problema interpretativo, pois norma não engloba apenas princípios, mas também regras, e para ele é inaceitável imaginar a ponderação de algo que deve ser aplicado sem nenhuma discricionariedade. Para explicitar tamanha complexidade, Lênio fala sobre a teoria de Alexy que se trata da ponderação de princípios, criticando-a e mostrando que nem a ponderação usada hoje em dia e principalmente a que será usada no novo CPC está de acordo com a teoria original, inclusive dizendo que estão a “quilômetros-luz” do que propõe Alexy, pois princípio não se confunde com regra e a ponderação de Alexy não se confunde com discricionariedade, pois é um instituto bem mais complexo do que tudo que presenciamos nas decisões dos tribunais. Por fim, o autor lamenta uma possível sanção do dispositivo, chamando tal fato de “gangrena epistêmica”. O que não deixa de ser verdade, pois o que estamos fazendo ao aprovar esse dispositivo é jogar fora toda a lógica de aplicação do direito. Uma regra não é feita pra ser ponderada, mas sim aplicada de acordo com os critérios temporal, hierárquico e de especialidade, que vão resolver os casos de conflitos entre regras. Por isso, ao dizer no novo CPC que o juiz pode ponderar regras, a problemática da forma como a ponderação é feita no Brasil se torna ainda mais alarmante. Porque, ao contrário do que acontece na prática, o juiz deve decidir e não escolher, mesmo que se trate de um princípio, quem dirá de uma regra.
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