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Ação de Interdição e Embargos de Terceiros - Resumo

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Centro Universitário Euro-americano - UNIEURO
Curso de Direito 
Disciplina: Direito Processual Civil III 
Professor: Cláudio Henrique
Ação de Interdição e Ação de Embargos de Terceiros
Ana Karolinny Maria Matias - 018913
Larissa Oliveira de Araújo - 
Mariana de Sousa Farias - 018978
Águas Claras
2017
Ação de Interdição
Trata-se de procedimento de jurisdição voluntária, que visa decretar a incapacidade de alguém, constituindo assim o estado de interdição.
Todos aqueles que não puderem exprimir sua vontade por causa transitória ou permanente, os ébrios habituais, viciados em tóxicos e o pródigos, estão sujeitos a curatela (Art. 1767, CC).
Legitimidade Ativa (Art. 747, CPC): a ação de interdição pode ser proposta pelo:
Cônjuge: Ou companheiro, aquele que está separado judicialmente não tem legitimidade para promover a interdição;
Parentes ou tutores: Os familiares têm legitimidade, pode ser promovida pelos genitores, progenitores, irmãos, tios, entre outros;
Representante de Instituição: onde o Interditando se encontra abrigado;
Ministério Público: Só terá autorização para propor a curatela quando os legitimados dos incisos I e II do artigo 747 do CPC, não existirem, não fizerem ou estes forem menores ou incapazes (Art. 748, CPC).
Ao ingressar com a ação de interdição a legitimidade do requerente deve ser feita por prova pré-constituída, por exemplo, por certidões que comprovem o parentesco.
Obs.: O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) incluiu o próprio interditando como legitimado para propor a interdição (art.1.768, IV, CC). 
Petição Inicial (Art. 749, CPC): O requerente deve alegar todos os fatos que demonstrem a incapacidade do interditando para prática de atos da vida civil, citando também o momento que a incapacidade se revelou.
Competência: Foro de domicílio do interditando. Não se aplica a regra contida no Artigo 50 do CPC, do foro de domicílio do representante porque o curatelando ainda não tem representante legal. 
Tutela de Urgência: É possível o pedido de antecipação de tutela, para que o magistrado nomeie desde já um curador provisório, devendo ser demonstrada a probabilidade do direito e o perigo de dano.
Curador Especial: O curatelado ou qualquer parente sucessível, pode constituir advogado para representá-lo em juízo, mas se não houver a Defensoria Pública é nomeada curadora especial do interditando (Art. 72, parágrafo único, CPC), para representá-lo.
Prova Documentada da Incapacidade: O laudo médico atestando a incapacidade é indispensável à propositura da ação. A tramitação da causa sem esse documento só vai ocorre com a devida justificação (Art. 750, CPC).
Citação do Interditando: Não é para que se manifeste de imediato e sim para que o juiz o entreviste para formar o convencimento quanto à sua incapacidade. Se o curatelando não puder deslocar-se a entrevista será feita onde ele estiver, podendo ser acompanhada por especialista e ser feita a oitiva de parentes e pessoas próximas (Art. 751 e 752, CPC).
Laudo Pericial: A realização da perícia é imprescindível (Art. 753, CPC) deve ser realizado o laudo pormenorizado e fundamentado abordando o estado físico-psíquico do curatelando e indicando para prática de quais atos será necessária a curatela (Art. 731, § 3º, CPC). Apresentado o laudo e outras provas o magistrado irá proferir a sentença (Art. 754, CPC).
Sentença de Interdição 
Limites da Curatela: Ao julgar procedente o pedido de interdição, o juiz deve nomear o curador e fixar os limites da curatela, definindo que o interditado não pode, por exemplo, alienar, dar quitação, transigir, hipotecar, emprestar e administrar seu patrimônio sem o curador (Art. 1782, CC).
Nomeação do Curador: O magistrado deve levar em consideração suas características pessoais, vontades e preferências, para escolha do curador, sendo possível que se defina a curatela compartilhada, ou seja, será exercida por mais de uma pessoa (Art. 1775-A, CC). 
Inscrição no Registro: A sentença após sua publicação deve ser inscrita no registro de pessoas naturais, para o conhecimento de terceiros (Art. 755, §3º, CPC). Podendo o magistrado ainda oficiar órgãos como as instituições bancárias, Detran, Serasa, entre outros, para garantir o cumprimento dos efeitos da interdição.
Exercício da Curatela
Compromisso: Em 5 dias da nomeação ou intimação o curador deve prestar compromisso assumindo a administração dos bens do interditado (Art. 759, CPC).
Extensão da Atuação do Curador: Se estende sobre a pessoa e os bens do incapaz, podendo o juiz estabelecer limitações à vista do melhor interesse do curatelado (Art. 757, CPC).
Recuperação da Capacidade: Deve o curador buscar o tratamento e fornecer o apoio adequado para que o interdito volte a ter sua autonomia (Art. 758, CPC), evitando que este fique em estabelecimentos que o afaste do convívio familiar e social (Art. 1777, CC).
Garantia: O magistrado pode requerer caução para servir como garantia dos interesses do curatelado, podendo dispensar o curador caso reconhecida sua idoneidade (Art. 1745, parágrafo único c/c com o art. 1781, CC).
Prestação de Contas: É obrigatória a prestação de contas ao final do encargo (Art. 1757, CC), no entanto é comum que o magistrado requeira que o curador preste contas periodicamente, em geral a cada ano, apresentando as receitas do interditado e comprovantes de gastos e investimentos. 
Escusa: O curador pode eximir-se do encargo apresentando escusa no prazo de 5 dias, de ter entrado em exercício ou de ter aceitado o encargo (Art. 760, CPC). Podem escusar-se os maiores de 60 anos, enfermos, que moram longe do curatelado, que tenham mais de 3 filhos, quem já exerce curatela ou tutela e os militares em serviço, segundo o artigo 1736, CC. O juiz irá apreciar o pedido de escusa e decidir de plano, e se não admitir o nomeado continuará a exercer o encargo (Art. 760, § 2º, CPC).
Remoção do Curador: Pode o Ministério Público, ou quem tenha legitimidade, requerer a remoção do curador (Art. 761, CPC), quando este for negligente, prevaricador, se tornar incapaz (Art. 1766, CC) ou ainda por não prestar contas na forma da lei (Art. 1755 e ss., CC).
Responsabilidade do Juiz: É subsidiariamente responsável pelos danos causados ao curatelado quando não removeu o curador, apesar de se ter tornado suspeito (Art. 1744, II, CC).
Contestação: O curador tem o prazo de 5 dias para contestar o pedido de remoção, demonstrando que desempenha o encargo com zelo e boa-fé (Art. 1741, CC). Apresentada a contestação segue o procedimento comum.
Sentença: É a decisão que remove ou não o curador, sendo atacável por apelação.
Levantamento de Interdição (Art. 756, CPC): É possível quando cessar a causa que a determinou. O interditado ou seu curador devem fazer um pedido, que será apensado aos autos de interdição, podendo ainda ser requerida a antecipação da tutela se presentes seus requisitos. 
Prova Pericial: Deve ser realizada para constatar se houve melhora no quadro fático-jurídico do curatelado.
Audiência de Instrução e Julgamento: Só é realizada se existe prova oral para ser colhida ou se houve interesse na inquirição do perito (Art. 756, §2º, CPC).
Sentença: Deve ser publicada e averbada no registro de pessoas naturais (Art. 756, § 3º, CPC). O levantamento pode ser parcial, incidindo apenas sobre alguns atos da vida civil (Art. 756, §4º, CPC).
Ação de Embargos de Terceiros
Embargos de terceiro é um procedimento especial que se trata, de uma demanda autônoma, que possui natureza de ação declaratória que visa impedir a constrição judicial indevida de um bem ou propriedade que pertence a terceiros. Sendo considerada a “Ação proposta por terceiros em defesa de seus bens contra execuções alheias” como diz os ensinamentos de Humberto Theodoro Junior. Os embargos de terceiros estão disciplinados no artigo 674 e seguintes do código de processo civil, e são responsáveis por tutelar a posse de determinados direitos reais de garantia.
O pedido de embargos é possessório, tendo por objetivoa inibição ou dissolução da constrição ilegal. Podem ser preventivos ou repressivos, uma vez que é entendimento da 4º turma do STJ que “os embargos de terceiros são admissíveis não apenas quando há efetiva constrição, mas também preventivamente. A simples ameaça de turbação ou esbulho pode ensejar a oposição dos embargos.
Vale salientar que para a obtenção de tutela inibitória e de tutela de remoção do ilícito são aplicáveis as regras processuais dos artigos 536 e 538 do código de processo civil.
Requisitos: Os embargos de terceiro subordinam-se a dois requisitos. O primeiro é a existência de medida executiva em processo alheio. O segundo é o atingimento de bens de quem tenha direito ou posse incompatível com a medida. Assim, cumpre ao embargante comprovar que não é parte da execução nem seus bens se acham legalmente alcançáveis pela atividade executiva alheia.
Ato Judicial Atacável: O ataque a ato executivo pode ocorrer não apenas no processo de execução forçada, já que no processo de conhecimento o juiz, eventualmente pode determinar medidas constritivas ou que tendem imediatamente a constrição de bens. Logo, não importa o tipo de processo; o que é importante é definir a possibilidade de a medida ordenada pelo juiz influir sobre o patrimônio alheio, afetando o direito ou a posse sobre bens de estranho a relação processual.
Embargos e Fraude contra Credores: “Em embargos de terceiros não se anula ato jurídico, por fraude contra credores" (Súmula 195, STJ).
Embargos e Mandado de Segurança: A apreensão judicial de bem que não pertença ás partes do processo, ou que afete a posse legítima de terceiro, é, em si, um ato de autoridade ilegítimo ou abusivo. Portanto, se alguém que não é parte do processo sofrer turbação ou esbulho por decorrência de ato judicial, e se contar com prova documental para demonstrar, de plano, a ilicitude de que foi vítima, estará exatamente na hipótese em que a Constituição assegura a proteção por mandado de segurança. Diante disso, o terceiro esbulhado ou turbado judicialmente poderá se defender tanto pela via dos embargos de terceiro como do mandado de segurança. Mas, se o terceiro já opôs embargos, faltar-lhe-á interesse de agir para justificar a impetração de mandado de segurança contra o mesmo ato judicial.
Cônjuge e União estável: Dependendo do título com que defende em juízo seu patrimônio, pode o cônjuge valer-se de impugnação, embargos à execução ou embargos de terceiro. O remédio adequado para tanto depende da situação posta em juízo: reconhecendo que, em tese, o bem penhorado ou a sua meação é suscetível de execução, pode o cônjuge valer-se de impugnação (art. 525, CPC, no caso de cumprimento de sentença condenatória) ou de embargos à execução (art. 914, CPC, no caso de execução autônoma de título extrajudicial). Na união estável. A companheira que possui patrimônio comum com o devedor dispõe de embargos de terceiro para opor-se à constrição causada sobre a sua meação por execução movida.
Legitimidade
Ativa: Possuem também legitimidade, embora tenha participado do processo primitivo: o substituto processual; o assistente; o que figurou como parte no processo, mas defende bens que, pelo título de sua aquisição ou pela qualidade em que os possuir, não podem ser atingidos pela apreensão judicial (CPC, art. 1.046, § 2º); a mulher casada que, na execução do marido, foi intimada da penhora, e nos embargos defende, em nome próprio, sua meação, os bens dotais, os próprios e os reservados (CPC, art. 1.046, § 3º). Ainda possuem legitimidade aquele que, mesmo sem ter figurado diretamente no processo, não se considera terceiro para impedir o ato executivo, tal como: o sucessor da parte que tenha adquirido o bem litigioso no curso do processo (CPC, art. 592, V); o que foi chamado a autoria e não interveio; o sócio solidário, na execução de sentença contra a sociedade (CPC, art. 592, II).
Passiva: É do favorecido pelo ato de constrição. Se o ato é determinado em razão de requerimento da parte contrária da ação principal este é litisconsorte necessário nos embargos de terceiro (art. 677, § 4.CPC), sob pena de nulidade da decisão e extinção do processo (art. 115, 1, e parágrafo único, CPC).
Competência: A ação de embargos de terceiro constitui ação acessória a ação em que se verifica a ameaça ou a agressão à posse. Entre elas há conexão qualificada por acessoriedade, o que determina a competência do juízo em que há ameaça ou agressão à posse para a ação de embargos de terceiro (art. 61, CPC). Daí a razão pela qual os embargos de terceiro devem ser distribuídos por dependência ao processo em que se alega a existência de potencial ou efetiva constrição judicial injusta (art. 676, CPC).
Juízo Deprecante e Juízo Deprecado: Competência do juízo que determinou a apreensão; porém, se quem determinou a constrição foi o juízo deprecado e a carta já tiver retornado à origem, a competência passa a ser do juízo deprecante (art. 676, CPC).
Competência Delegada: Extensão da Delegação às Ações Acessórias: e o juiz de direito ao qual for delegada a competência para a ação de execução, será também competente para as ações decorrentes e anexas a ela.
Dinâmica Processual
Processo de Conhecimento: Os embargos de terceiro podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença (art. 675, CPC). Se a agressão à posse do terceiro ou a algum direito real de garantia seu advém do processo de conhecimento, os embargos podem ser opostos até o trânsito em julgado da sentença.
Petição Inicial: Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. De acordo com artigo 677 do CPC além de satisfazer as exigências do art. 282 do CC, e, para obtenção de medida liminar, deve ainda ser instruída com documentos que comprovem sumariamente a posso do autor, sua qualidade de terceiro e o rol de testemunhas, se necessário (art. 1.050, CC).
Contestação: O prazo é de quinze dias. Pode o embargado controverter toda a matéria posta na petição inicial. Se os embargos de terceiro foram oferecidos pelo credor com garantia real, as hipóteses de defesa estão limitadas àquelas arroladas no art. 680, CPC. A ausência de contestação gera revelia (arts. 344 e 679, CPC).
Reconvenção: É cabível a reconvenção em embargos de terceiros, desde que preenchidos os requisitos do art. 343, CPC.
Procedimento: Vencida a fase postulatória, e não havendo sucesso na fase de conciliação e mediação (art. 334 CPC), tem o juiz de organizar o processo saneando-lhe e fixando os pontos controvertidos, o que poderá fazer em decisão escrita ou em audiência preliminar art. 357, CPC). Sendo necessária prova oral, tem o juiz de designar audiência de instrução (art. 357, V, CPC). Colhida a prova, tem de sentenciar o feito.
Sentença: A sentença, na parte que determina a manutenção a reintegração da posse, tem de ser cumprida mediante ordem sob pena de multa coerat1va ou mediante expedição de mandado de manutenção ou reintegração de posse (arts. 538 e 681, CPC). O reconhecimento do domínio só atinge as partes do processo de embargos de terceiros, não gerando efeitos nem imutabilidade em prejuízo de terceiros (art. 506, CPC).
Caução: O art. 678, parágrafo único, CPC, autoriza que o juiz condicione a entrega do bem ao embargante à prestação de caução suficiente e idônea para assegurar a sua devolução com os respectivos rendimentos. A caução tem de ser prestada nos próprios autos dos embargos de terceiro
Valor da Causa: Nos embargos de terceiro, o valor da causa consiste no valor do bem constrito, salvo se superior ao valor da execução, caso em que corresponde ao valor dessa.
Honorários Advocatícios: Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios.
Meação Ato Ilícito: Só responderá pelo ato ilícito quando na execução fiscal o credor provar que o casal aproveitou do enriquecimento dele resultante (Súmula 251/STJ).
Sócio-gerente: Os embargossevem para os que não são parte do processo de execução, no entanto o princípio da ampla defesa admite que o sócio, sem poderes de gerencia oponha embargos de terceiros.
Doação Verbal: Os embargos a terceiros são destinados a proteger a posse, e a pretensão de excluir da penhora os bens que foram adquiridos por meio de doação.
Entes Cadastrais: Ordem judicial dirigida ao Detran que impõe a vedação para transferir veículos, da possibilidade aos embargos na forma do artigo 1046, CPC.
Desapropriação: Encerrada a fase de conhecimento, no processo de desapropriação, a sentença transitada em julgado, com a execução iniciada não caberá os embargos a terceiros. Nos casos de direitos dos embargantes deverá ser feito por ação própria decorrentes de sonegação ou omissão em relação a informações que possam interessar ao processo.
Benfeitorias: Em relação as benfeitorias poderão estas serem retidas para assegurar direitos, caso o acordão acolha os embargos a terceiros.
Sentença Transitado em Julgado sem Registro: Os embargos a terceiro sãos cabíveis em sentença transitada em julgado para aqueles que tenham o domínio resultante a sentença, ainda que a coisa/objeto só tenha sido levada para registro depois da penhora.
Divisão e Demarcação: Neste caso os embargos podem ser repressivos ou preventivos para defender a posse em ações de demarcação ou divisão de terras particulares.
Hipoteca e Penhor: Nos casos de proteção do bem hipotecado ou gravado por penhor, impossibilita a alienação judicial em relação ao credor. Na existência de outros bens do executado não serão acolhidos os embargos a terceiros. O credor que tiver garantia real sobre os bens tem como impedir por meio de embargos a terceiros a alienação judicial do objeto hipotecado, no entanto o ônus da prova será do credor, para demostrar novos bens no qual poderá recair a penhora.
Anticrese: A anticrese se resolve em retenção, o credor terá o direito de reter. Nos embargos a terceiros devem ser pedidos os direitos de retenção até a satisfação da dívida garantida por anticrese.
Alienação Fiduciária: É aquela dada em garantia, aonde o adquirente de um bem móvel, o transfere para o credor sob condição resolutiva. O credor possui apenas o domínio do bem (posse direta) e na inadimplência do financiado se consolida a propriedade resolúvel.
Referência Bibliográfica
MARINONI, Luiz Guilherme. Novo Código de Processo Civil comentado / Luiz Guilherme Marinoni, Sergio Cruz Arenhart, Daniel Mitidiero. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017.

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