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Aula 5 - PENAL 1

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DIREITO PENAL I
AULA 5
Conteúdo
1. A Lei Penal no Tempo
2. Conflito de leis Penais no Tempo
3. Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo:
4. Leis Excepcionais e Leis Temporárias
5. Tempo do Crime
6. A Lei Penal no Espaço
Fundamento jurídico
Art.1º a 11, do Código Penal. 
Art.5º, XXXIX e XL, da CRFB/1988.
 Verbete de Súmula n.711, do Supremo Tribunal Federal.
A Lei Penal no Tempo
 Vigência e Validade: 
O direito de punir do Estado nasce com o advento da lei penal. concluídas as etapas do processo legislativo, com a aprovação do texto, e a sanção presidencial, seguem-se a promulgação, a publicação e a entrada em vigor, surgindo assim a lei penal.
Vigência: Uma lei somente entra em vigor quando se esvai o seu período de vacância ou vacatio legis, ou seja o intervalo de tempo que separa a publicação e a entrada em vigor. Durante a vacância não há lei nova, mas mera expectativa de lei.
Validade: a norma penal há que ser constitucional (não pode infringir a CRFB).
Atividade e Extra-atividade da Lei Penal.
Atividade (regra): uma lei penal se aplica a fatos ocorridos durante sua vigência.
Extra-atividade (exceção): uma lei penal é aplicada fora do seu período de vigência, somente quando for para beneficiar o réu, podendo ser:
Retroatividade: aplicação da lei a fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor. Ex. art. 28, Lei 11.343/2006.
Ultra-atividade: aplicação de uma lei depois de sua revogação. Ex.: prazo prescricional de 2 anos para crimes cometidos antes da alteração do art. 107, VI, CP, que elevou o prazo para 3 anos em 06/05/2010.
Conflito de leis Penais no Tempo
Abolitio criminis: nova lei penal que descriminaliza condutas. É causa extintiva de punibilidade.
 Novatio Legis in mellius: nova lei penal, que mantendo a incriminação, dá ao fato tratamento mais brando, ampliando a esfera de liberdade individual.
Novatio Legis Incriminadora: é que passa a definir o fato como penalmente ilícito.
Novatio Legis in Pejus: corresponde à lei que, mantendo a incriminação, dá ao fato tratamento mais rigoroso.
Princípios que regem 
o conflito de leis penais no tempo:
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa 
Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna.
Leis Excepcionais e Leis Temporárias.
Art 3° CP
Lei Excepcional é a lei elaborada para incidir sobre fatos havidos somente durante determinadas circunstâncias ditas excepcionais, como crise social, econômica, guerra, calamidades, etc.
Lei temporária: é a lei elaborada com o escopo de incidir sobre fatos ocorridos apenas durante certo período de tempo.
Com o passar do período excepcional ou do período de tempo estipulado na lei, elas continuam em vigor, todavia, inapta a reger novas situações. 
Ex.: Art. 2°, VI, Lei 1.521/51, Lei dos Crimes contra a Economia Popular e contra a Saúde Pública, em vigor de fevereiro de 1952 até dezembro de 1991, que punia a conduta de vender produtos acima do tabelamento oficial de preços.
Tempo do Crime
Art. 4° CP
Teoria da atividade (teoria adotada pelo CP)
Relevância da delimitação do tempo do crime: a) delimitação da responsabilidade penal:o tempo do crime é necessário de ser delimitado para a fixação da responsabilidade penal do agente a saber se possui 18 anos; b) delimitação da lei penal aplicável: bem como para delimitar as circunstâncias do crime, como por exemplo, idade da vítima.
A Lei Penal no Espaço
Art. 6° CP
Teoria do lugar do crime: teoria da ubiquidade ou teoria mista.
Basta que o crime tenha “tocado” o território nacional para que a lei penal brasileira seja aplicável (Nelson Hungria).
Princípios Delimitadores 
do conflito de leis penais no espaço:
Territorialidade: 5°, caput, CP: (regra) a lei penal brasileira é aplicada a todos os fatos ocorridos dentro do território brasileiro. Brasil adotou o princípio da territorialidade relativa, porque admite exceções.
Extraterritorialidade: a lei penal brasileira é aplicável a fatos ocorridos fora do território nacional
Incondicionada: a lei se aplica aos fatos praticados no exterior, independentemente de qualquer condição, art. 7° , I e §1°, CP.
Condicionada: a aplicação da lei penal brasileira será aplicada caso ocorra condições, art. 7°, II e §§ 2° e 3°, CP.
Conceito de Território Nacional
 e sua Extensão
Conceito: território em sentido jurídico é todo espaço em que o Brasil exerce sua soberania
Extensão: art. 5, §1° e 2°, CP
Limites compreendidos pelas fronteiras
Mar territorial brasileiro (faixa que compreende o espaço de 12 milhas contadas da faixa litorânea média) art. 1°, Lei 8.617/93
Todo o espaço aéreo subjacente ao nosso território físico e ao mar territorial nacional (Código Brasileiro de Aeronáutica, art, 11 e Lei 8.617/93, art.2°)
As aeronaves e embarcações
Brasileiras privadas, em qualquer lugar que se encontrem, salvo em mar territorial estrangeiro ou sobrevoando território estrangeiro;
Brasileiras públicas, onde quer que se encontrem
Estrangeiras privadas, no mar territorial brasileiro.
Princípios:
Princípio real ou da proteção ou da defesa: Art. 7°, I, a, b e c, CP. A lei penal brasileira deve ser aplicada sempre que no estrangeiro houver ofensa a BJT de origem pública.
 Princípio da universalidade ou justiça penal universal ou cosmopolita: art. 7°, I, d e II, a, CP. A gravidade do crime ou a importância do BJT violado justificam a punição do fato, independentemente do local em que foi praticado e da nacionalidade do agente.
Princípio da nacionalidade ativa E nacionalidade passiva: art. 7°,§ 3°, CP; sujeitos do crime passivo é brasileiro. Interesse do país em cumprir a lei nacional.
 Princípio da representação ou da bandeira: bandeira da embarcação ou da aeronave no interior da qual o fato foi praticado.
Pena Cumprida no Estrangeiro.
Art. 8° CP
Fundamento: princípio non bis in idem
Caso concreto
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: No dia 20 DE MARÇO DE 2016, por volta de 23h25min, na Estrada Ademar Ferreira Torres, 230, na cidade do Rio de Janeiro, Carlos agindo de forma livre e consciente, mediante grave ameaça exercida por palavras de ordem e pelo emprego de arma de fogo, subtraiu, em proveito próprio, coisa alheia móvel, consistente em bens de propriedade de Abelardo, dentre os quais um veículo GM Cruze, cor preta, placa XYZ 0000, um aparelho de telefone celular e documentos pessoais. Dos fatos, Carlos restou denunciado como incurso nas penas do art. 157, §2º, incisos I, do Código Penal (aumenta-se de 1/3 até metade se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma), todavia a sentença julgou parcialmente procedente a pretensão punitiva estatal e condenou o denunciado Carlos pela prática da conduta típica prevista no artigo 157, § 2º-A, do Código Penal por força da alteração legislativa ocorrida no referido dispositivo pela Lei n. 13.654, de 23 DE ABRIL, DE 2018 (que contém fração mais gravosa do que a anteriormente prevista, § 2º-A  A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo). Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre lei penal no tempo, responda de forma objetiva e fundamentada: a decisão do magistrado ao adotar a nova lei quando da aplicação da sentença está correta?
Sugestão de gabarito
	 O caso concreto tem por elemento de discussão as teorias acerca do tempo do crime, conflito de leis penais no tempo e respectivas teorias a serem aplicadas. Cabe salientar que, o art. 157, § 2º - A I, do Código Penal, que estipula fração de 2/3 para incidência de causa de aumento de pena em decorrência do emprego de arma de fogo, por conter fração mais gravosa do que a anteriormente prevista apenas pode ser aplicada para fatos praticados após a sua vigência, o que não se aplica ao caso concreto em análise. Neste sentido, vide decisão proferida pelo TJRJ (Apelação Criminal n.0027936- 94.2016.8.19.0014. Sétima Câmara Criminal, Des(a).Siro Darlan de Oliveira, julgamento em 17/07/2018).
Questão objetiva.
Em razãodo aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, ENTRE 20 DE AGOSTO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de:
Alternativas
A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. 
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultra-atividade gravosa. 
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato).
 D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultra-atividade gravosa
Gabarito
Questão objetiva: 
Letra B. (XIX Exame Unificado OAB. 1ª Fase)

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