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Mandado de Segurança

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___________________________________________________________________________________________________ 
 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA 
2º 2018 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 
1. Aspectos Gerais 
Conforme os ensinamentos de Hugo de Brito Machado Segundo (SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. 
Processo Tributário. 5.ª edição. São Paulo: Atlas, 2010. p. 340): 
“O mandado de segurança tem rito mais célere e simples, mas precisamente por isso, em seu 
âmbito não pode haver dilação probatória. Assim, quando houver possibilidade de a autoridade 
coatora, em suas informações, suscitar aspectos de fato controvertendo a narração contida na 
inicial, o manejo de ação de conhecimento de rito ordinário é caminho mais seguro a ser 
trilhado”. 
O Mandado de segurança pode ser impetrado individualmente ou coletivamente, conforme o art. 5 , LXX, da 
CF, ele pode ser preventivo (de cunho declaratório) ou repressivo (de cunho anulatório). 
No caso de ser repressivo, o art. 23, da Lei nº 12.016/09 e Súmula 632 do STF, preveem o prazo de 120 (cento e 
vinte) dias para impetrar o mandado de segurança, a contar da ciência do ato coator. 
Será preventivo quando da ocorrência de situação concreta e objetiva indicativa de iminente lesão ou direito 
líquido e certo. 
O mandado de segurança não possui dilação probatória, nem são cabíveis honorários de sucumbência. É 
considerada a medida judicial mais célere e menos custosa. 
Pode-se dizer que o mandado de segurança repressivo é cabível na mesma hipótese da ação anulatória, e o 
preventivo na mesma hipótese de uma ação declaratória. 
 
2. Fundamentação Legal 
A) Art. 5º, LXIX e LXX, da CF; 
B) Lei nº 12.016/2009. 
C) Art. 319 CPC 
 
3. Foro Competente 
O foro competente é o foro do domicílio funcional da autoridade coatora. 
Entretanto, tem-se que observar as normas de competência processuais, verificando em primeiro lugar as normas 
estabelecidas pela Constituição Federal e depois a Constituição Estadual e as Leis Orgânicas. 
 
A) Art. 102, I, d, da CF: Presidente da República, Mesas da Câmara e do Senado, Tribunal de Contas da União, Procurador 
Geral da República e o próprio STF; 
B) Art. 105, I, b, da CF: Ministro de Estado, Comandantes da Marinha, Exército, Aeronáutica ou o próprio STJ; 
C) Art. 108, I, c, da CF: atos dos próprios Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
D) Art. 109, VIII, da CF: atos de outras autoridades federais; 
E) Art. 109, I, da CF. 
 
 
4. Endereçamento 
 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
A) Justiça Estadual 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara da Fazenda Pública da Comarca de ... Estado do (e) ... 
B) Justiça Federal 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Federal Cível da Subseção Judiciária do Município de ..., Seção 
Judiciária do Estado de ... 
 
5. Autoridade Coatora 
É aquela que executa, concretiza o ato impugnado, Súmula 510, do STF. Essa autoridade tem, inclusive, poderes 
para desconstituir o ato. 
 
A) Autoridade coatora Municipal 
 Secretário do Departamento de Finanças e Rendas Imobiliárias (para ITBI/IPTU) ou Mobiliárias (para ISS/Taxas). 
B) Autoridade coatora Estadual 
 Delegado da Delegacia da Receita Estadual ou Chefe de Arrecadação da Delegacia da Receita Estadual 
C) Autoridade coatora Federal 
 Delegado da Delegacia da Receita Federal ou Chefe de Arrecadação da Delegacia da Receita Federal; 
 
 
6. Hipótese de NÃO cabimento de Mandado de Segurança 
 
A) Art. 5º, da Lei nº 12.016/09: 
A.1) Recurso administrativo com efeito suspensivo; 
A.2) Decisão transitada em julgado; 
A.3) Decisão judicial que caiba recurso com efeito suspensivo. 
 
B) Súmula 266, do STF: contra lei em tese, veículo normativo que transmite normas gerais, abstratas e impessoais. Ex: leis, 
decretos, regulamentos, instruções normativas e etc. 
 
7. Tempestividade 
No caso de ser repressivo, o art. 23, da Lei nº 12.016/09 e Súmula 632 do STF, prevêem o prazo de 120 (cento e 
vinte) dias, para impetrar o mandado de segurança, a contar da ciência do ato coator. 
 8. Do Direito 
Neste tópico deve ser demonstrado que o direito é LÍQUIDO E CERTO, ou seja, aquele direito 
incontestável, que não admite controvérsia. 
 
É o direito subjetivo que se baseia numa relação fático-jurídica, na qual os fatos sobre os quais incide a norma 
objetiva devem ser apresentados de forma incontroversa. 
Em mandado de segurança, a prova é documental. Não cabe prova oral (testemunhal) ou pericial, tendo em 
vista que não tem dilação probatória. 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
 
9. Do Pedido de Liminar 
Destina-se a evitar um dano irreparável do Impetrante. Decorre de ato subjetivo do juiz, diante da presença 
dos pressupostos do “fumu boni iuris” (plausibilidade do direito) e “periculum in mora” (dano irreparável ou de 
difícil reparação). 
É facultado exigir-se do Impetrante caução, fiança ou deposito, com o objetivo de assegurar o 
ressarcimento à pessoa jurídica, nos termos do art. 7.º, III da Lei 12.016/09. 
 
A) Fundamentação Legal: Art. 1º 7º, da Lei nº 12.016/09. 
B) Requisitos 
B.1) Fomus Boni Iuris: ... presente a fumaça do bom direito é que faz jus a impetrante à liminar requerida. 
B.2) Periculum in Mora: há perigo na demora, visto a iminência do(a) impetrante sofrer as consequências 
das exigências”. 
 
10. Do Depósito 
Como visto, o Juiz poderá requerer depósito para conceder a liminar, portanto, é importante abrir um tópico 
sobre o depósito que poderá ser analisado alternativamente pelo juiz. 
 
 Sugestão de Mandado de Segurança - I 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE 
... ESTADO DO(E) 
OU 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA FEDERAL CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA 
DO MUNICÍPIO DE ..., SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE ... 
Razão social, pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica n..., e-
mail..., com sede na... NOME DA PESSOA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador(a) do RG nº ..., 
inscrito(a) no CPF sob o nº..., residente e domiciliado na Rua..., nº ..., Cidade..., Estado..., CEP …, endereço 
eletrônico, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio do seu advogado abaixo assinado 
(procuração anexa), com escritório na Rua ..., nº..., Bairro, Cidade, CEP, onde recebe intimações, impetrar com fulcro no 
art. 5º, LXIX, LXX, da CF e art. 1º, 7º, III da Lei 12.016/09 e art. 319 do CPC o presente: 
 
MANDADO DE SEGURANÇA (PREVENTIVO OU REPRESSIVO) COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
 
Contra ato do Secretário do Departamento de Finanças e Rendas Imobiliárias (para ITBI/IPTU) ou Mobiliárias 
(para ISS) / Delegado da Delegacia da Receita Estadual ou Chefe de Arrecadação da Delegacia da Receita 
Estadual/Delegado da Delegacia da Receita Federal ou Chefe de Arrecadação da Delegacia da ReceitaFederal, que 
integra o quadro de servidores ..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ n.º ..., com sede na Rua ..., nº... , 
Bairro, Cidade, CEP, pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos: 
 
 
1. Dos Fatos 
2. Da tempestividade: 
3. Do direito 
4. Concessão da Liminar 
5. Do Depósito 
6. Dos Pedidos 
Diante do exposto, requer-se : 
a) Concessão da liminar, vez que presentes os requisitos do art. 7º, da Lei 12.016/09, a fim de liberar a 
mercadoria, bem como suspender a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 151, IV, do CTN; 
b) Notificação da autoridade coatora para apresentar suas informações na forma do art. 7º, I da Lei 12.016/09; 
c) dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial 
sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito, na forma do art. 7º, II da lei 12.016/09; 
d) intimação do órgão do Ministério Público competente, nos termos do art. 12 da Lei 12.016/09; 
e) conceder a segurança ao efeito de (...); 
f) condenação do réu ao pagamento de custas; 
 
 Dá-se à presente causa, o valor de R$ ... 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local e Data. 
 
Nome e Assinatura do Advogado... 
0AB número ... 
 
 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
ASPECTOS IMPORTANTES 
1. Verificar súmulas: 41, 177, 206 e 323, 333, do STJ e súmulas 248, 330, 433, 511, 266, 268, 623, 624, 625, 626, 629, 630 
e 631, do STF. 
2. Não cabe pedido de restituição no mandado de segurança, mas cabe pedido de declaração de compensação (somente para declarar 
o direito a compensar), conforme dispõem as Súmulas 271 do STF e 213 do STJ. Ademais, a compensação de tributos não poderá 
ser pedida por meio de liminar, conforme dispõe a Súmula 212 do STJ, artigo 170-A do CTN e artigo 7°, §2° da Lei n° 12.016/2009. 
3. Artigo 6º da Lei nº 12.016/09: SEMPRE indicar o local onde a autoridade coatora presta serviço (na qualificação/preâmbulo); 
4. SEMPRE requerer a intimação do MP, conforme artigo 12 da Lei nº 12.016/09; 
5. Não existe produção de provas no MS: a prova é pré-constituída. Poderá ser solicitado, conforme artigo 6º, parágrafo 1º da Lei nº 
12.016/09, que o MM. Juiz requisite de terceiros os documentos que constituam prova nos autos, caso o(a) impetrante assim requeira. 
 
Mandado de segurança 
 
Conceito, natureza da ação, legitimação, litisconsórcio, procedimento, liminar, prazo decadencial, 
competência e coisa julgada. 
 
Conceito e natureza da ação 
 
Mandado de segurança é remédio processual constitucional que tutela direitos líquidos e certos, não 
amparados pelo habeas corpus ou habeas data, que deve ser impetrado contra ato de qualquer autoridade pública ou agente 
de pessoa jurídica que exerça atribuições do Poder Público, quando responsável por ilegalidade ou abuso do poder. Tal 
ação constitucional está prevista no art. 5°, LXIX, da Constituição Federal. 
 
O mandado de segurança é um procedimento especial com imediata e implícita força executiva contra os atos 
administrativos. Aqui, o juiz vai além da declaração e condenação, já que expede ordem de autoridade para cumprimento 
imediato, e é por essa razão que ele é denominado de ação mandamental. Assim, não poderá a autoridade coatora 
desobedecer a ordem judicial, uma vez que tal atitude consistiria em desobediência à ordem legal de autoridade 
competente, sujeitando-se aquele que a descumprir às penas administrativas e criminais correspondentes ao delito de 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
desobediência. Para fazer cumprir a ordem legal, poderá o juiz utilizar-se de todos os instrumentos do poder público, 
inclusive submeter o infrator à prisão em casos extremos. 
 
Lembra-se que direitos líquidos e certos são aqueles que podem ser comprovados de plano, pela apresentação 
de documentos. Assim, no mandado de segurança a prova é pré-constituída, sendo que se a demonstração do direito 
depender de produção de provas em juízo, o interessado deverá valer-se das vias ordinárias, uma vez que ausentes os 
requisitos de liquidez e certeza exigidos para a impetração do writ. 
O mandado de segurança será repressivo quando tiver por objetivo a cessação de um constrangimento ilegal já 
existente, e preventivo, quando buscar pôr fim à iminência de constrangimento ilegal a direito líquido e certo. 
 
 
 
Legitimação 
 
Qualquer pessoa que tenha sofrido ato abusivo do Poder Público poderá impetrar mandado de segurança, 
podendo ser pessoa jurídica ou física, brasileiro ou estrangeiro. As entidades despersonalizadas, como o espólio, a massa 
falida e o condomínio também poderão ocupar o pólo ativo da ação quando o patrimônio que representam vier a ser 
ofendido por abuso de autoridade e quando dotadas de personalidade formal para o processo. Assim, o legitimado ativo é o 
titular do direito líquido e certo violado ou ameaçado de violação. Os organismos de direito público sem personalidade 
jurídica também poderão utilizar-se da ação mandamental para defenderem suas prerrogativas institucionais quando 
violados por outros entes do Poder Público (Presidente da República e Câmara dos Deputados, Prefeito e Câmara de 
Vereadores, entre outros). 
 
Por outro lado, quem ocupa o pólo passivo da demanda é a autoridade que praticou o ato abusivo, ou seja, a 
autoridade coatora responsável pela violação do direito líquido e certo. Entende-se por autoridade aquela pessoa física 
investida no poder de decisão dentro da esfera de competência que lhe é atribuída pela lei. Assim, autoridade pública é a 
pessoa que exerce a função pública com poder de decisão, já aquele que apenas obedeceu as ordens que lhe foram dadas 
não poderá ser considerado autoridade coatora. Agente de pessoa jurídica no exercício das atribuições do Poder Público 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
abrange qualquer pessoa com poder de decisão em autarquias, entidades paraestatais, etc. O agente de pessoa jurídica de 
direito privado que exerça, a qualquer título, atividade, serviço e obras públicas também poderá ser autoridade coatora. 
Lembra-se, porém, que a pessoa jurídica de direito público não pode ser autoridade coatora, mas poderá ingressar em juízo 
como assistente do coator ou litisconsorte do impetrado. 
 
Frisa-se, ainda, que há possibilidade de formação de litisconsórcio tanto ativo como passivo. O litisconsórcio 
ativo, via de regra, é facultativo, podendo vários atingidos individualmente por um ato abusivo proporem o mandado de 
segurança conjuntamente. Em contrapartida, o litisconsórcio passivo é normalmente necessário, já que o impetrante estará 
atuando tanto contra a Administração, como contra o particular que tenha se beneficiado do ato abusivo. 
 
 
 
 
Ato da autoridade judicial 
 
Via de regra, contra decisão judicial não cabe mandado de segurança, já que há modo específico de impugná-
la, de acordo com o procedimento observado em juízo. Entretanto, se não couber recurso contra o ato do juiz, ou se o 
recurso não tiver efeito suspensivo capaz de impedir a consumação do ato abusivo, caberá mandado de segurança. 
Importante dizer, porém, que de acordo com o art. 558 do Código de Processo Civil, poderá o relator suspender a decisão 
recorrida quando houver risco de lesãograve ou de difícil reparação e quando houver relevante justificativa para tal. Assim, 
nestes casos, o mandado de segurança não será admitido. 
 
Em suma, somente terceiros que foram atingidos pela decisão judicial e as partes que não puderem impedir 
lesão de direito líquido e certo por via recursal é que poderão utilizar-se do mandado de segurança para inibir o ato abusivo. 
 
Procedimento 
 
Conforme dispõe a nova lei do mandado de segurança (Lei 12.016/2009), a petição inicial será apresentada 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
em duas vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade 
coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. A petição será 
acompanhada pela prova pré-constituída, contudo, no caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em 
repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o 
juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o 
cumprimento da ordem, o prazo de dez dias. Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a 
ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. Autoridade coatora é aquela que tenha praticado o ato impugnado ou 
da qual emane a ordem para a sua prática (artigo 6º da Lei 12.016/09). 
 
Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a 
segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de dez dias, preste as informações; dará 
também ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial 
sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; suspenda ainda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver 
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo 
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica 
(artigo 7º da Lei 12.016/09). 
 
Cabe lembrar que a petição será indeferida desde logo quando não for o caso de mandado de segurança ou 
quando faltarem seus requisitos. Do indeferimento caberá o recurso de apelação. Tal recurso também poderá ser interposto 
da sentença que julgar o mandado de segurança, sendo que a sentença que conceder o mandado ficará sujeita ao duplo grau 
de jurisdição, podendo, entretanto, ser executada provisoriamente (artigo 10 da Lei 12.016/09). 
 
Salienta-se também que ao receber a petição inicial pode o juiz suspender liminarmente o ato que deu origem 
ao pedido quando for relevante o fundamento do ato impugnado e puder resultar na ineficácia da medida, caso seja 
deferida. Se o juiz denegar a liminar caberá agravo de instrumento contra sua decisão. Oportuno dizer que não será 
concedida medida liminar, nem tutela antecipada que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de 
mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de 
aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para 
evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o 
conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa 
decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à 
sua interposição. Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo 
pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário. É 
cabível também o pedido de suspensão quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar. O 
presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do 
direito invocado e a urgência na concessão da medida. As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em 
uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante 
simples aditamento do pedido original. 
 
Preceitua ainda o art. 23 que, "o direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 
(cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. ". Transcorrido referido prazo decadencial 
poderá o titular do direito líquido e certo valer-se das vias ordinárias para se defender. 
 
 
Competência 
 
A competência para o mandado de segurança é definida de acordo com a autoridade coatora, ou seja, dá-se a 
competência em razão da autoridade da qual emanou o ato abusivo. O foro competente será o da sede funcional. Há, 
porém, casos de competência originária dos tribunais determinada pela Constituição Federal em seus arts. 102, I, "d" e 105, 
I, "b", como é o caso do STF que é competente para julgar mandado de segurança impetrados contra o Presidente da 
República, do Senado federal, entre outros. 
 
A Justiça Federal será competente para julgar mandado de segurança contra ato de autoridade federal não 
compreendida na competência do Tribunal superior. Já no âmbito da justiça comum, a competência dos juízes e tribunais é 
determinada pela Constituição Estadual e pela Lei de organização Judiciária local. Porém, de acordo com a Súmula 206 do 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
STJ, "a existência de vara privativa, instituída por lei estadual, não altera a competência territorial resultante das leis de 
processo". 
 
Sentença e coisa julgada 
 
Haverá julgamento de mérito e, portanto, coisa julgada material, quando a segurança for deferida ou quando 
for denegada com o reconhecimento da inexistência do direito subjetivo material discutido. Por outro lado, haverá sentença 
formal quando a segurança for denegada em razão da falta ou insuficiência de prova. Neste caso, o impetrante poderá 
rediscutir sua pretensão por meio de ação ordinária (art. 16 da Lei em questão). Se o prazo decadencial não estiver 
esgotado, poderá o impetrante renovar a propositura do mandado de segurança quando o mesmo estiver sido denegado por 
iliquidez do direito, exibindo, pra tanto, novas e suficientes provas. 
Referências bibliográficas 
 
JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil - Procedimentos Especiais - Vol. III. 36ª Edição. Editora 
Forense, 2006. 
 
PINHO, Rodrigo César Rebello. Sinopses Jurídicas - Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais. 6ª Edição. 
Editora Saraiva, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
Mandado de Segurança Preventivo - Tributação de IR sobre verbas 
indenizatórias 
Impetrante apresenta mandado de segurança preventivoem face da Receita Federal, pleiteando a não 
tributação do Imposto de Renda na fonte sobre as verbas indenizatórias oriundas de reclamação trabalhista. 
MODELO II 
 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da __ Vara da Seção Judiciária 
de especificar 
 
(escrever : pular de 10 linhas) 
 
Nome completo do Impetrante, nacionalidade, estado civil, atualmente desempregado, portador da 
Cédula de Identidade RG nº e inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado nesta Cidade e 
comarca na endereço completo, por meio de seu advogado infra assinado, vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, e artigo 
1 º da Lei 12.016/09 impetrar , 
 
MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO C.C. CONCESSÃO DE LIMINAR 
 
contra iminência de violação a direito líquido e certo, na ameaça de ser praticado pelo Ilmo. Sr. Nome 
completo do Delegado, Delegado da Receita Federal, pelos seguintes fatos e fundamentos: 
I - Dos Fatos (VC PODE COPIAR DA FORMA QUE EST´NO ENUNCIADO OU FAZER UMA SÍNTESE ) 
1. O Impetrante era funcionário na empresa especificar e foi demitido sem justa causa 
em dia de mês de ano. No momento de sua demissão, trabalhava como Dirigente Sindical da empresa 
e por esse motivo estava respaldado pela Estabilidade Provisória. 
2. Foi movida ação trabalhista contra a empresa, processo nº, pela nº Vara do Trabalho 
de especificar. O magistrado proferiu sentença da reclamação trabalhista determinando o pagamento 
das verbas, conforme decisão anexa (doc. nº). 
 
 
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 DIREITO TRIBUTÁRIO - PROFESSOR: Me. BRUNO Antunes Rodrigues 
 
 
3. Salientando a avidez da Fazenda Nacional em sua atuação fiscal, exigindo impostos altamente 
elevados e diversas vezes descabidos, pretende o Impetrante antecipar a conduta da Receita Federal, 
pleiteando que o nobre julgador evite a cobrança despropositada. 
4. Dentro de alguns dias o Impetrante receberá as verbas oriundas de sua reclamação trabalhista. 
Desta forma, demonstra-se urgente a concessão do mandado liminarmente, a fim de evitar que 
perceba valores tributados impertinentemente na fonte. 
II - Do Direito 
De acordo com o artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, "conceder-se-á mandado 
de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por ‘habeas corpus’ ou ‘habeas 
data’, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público". 
Enquanto o artigo 1º, da Lei nº 12.016/09, por sua vez, institui que será concedido o 
mandado de segurança "para proteger direito líquido e certo, não amparado por ‘habeas corpus’ ou 
'habeas data', sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica 
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e 
sejam quais forem as funções que exerça". 
Institui, ainda, o artigo 6º, inciso V, da Lei nº 7.713/88, que "ficam isentos do imposto de 
renda os seguintes rendimentos percebidos por pessoas físicas: V - a indenização e o aviso prévio 
pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho, até o limite garantido por lei, bem como o 
montante recebido pelos empregados e diretores, ou respectivos beneficiários, referente aos 
depósitos, juros e correção monetária creditados em contas vinculadas, nos termos da legislação do 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço". 
Pelas razões acima suscitadas estará caracterizada a ilegalidade da tributação na fonte das 
verbas oriundas da reclamação trabalhista. Com base nos dispositivos supracitados o Impetrante 
entende que está na iminência de ter seu direito líquido e certo ferido. 
Nesse sentido, citar doutrina e jurisprudência. 
III - Do Pedido 
Diante do exposto, requer digne-se Vossa Excelência determinar: 
a) a notificação da Autoridade coatora, localizável na endereço completo, para que, dentro do prazo 
legal, apresente as informações que julgar necessárias, de acordo com o artigo 7º, inciso I, da Lei 
12.016/09; 
b) a concessão da segurança em caráter liminar ora pleiteada, no sentido que seja determinada a não 
tributação na fonte dos valores oriundos da reclamação trabalhista, deferidos pelo magistrado no 
processo nº; 
 
 
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c) uma vez concedida o mandamus, seja expedido ofício a nº Vara do Trabalho de especificar, ao 
funcionário responsável para declarar a dispensa da retenção do Imposto de Renda do Impetrante na 
fonte, autorizando, ainda, que o valor seja retirado pelo mesmo ou por seus procuradores; 
d) a intimação do Representante do Ministério Público Federal, conforme estabelece o artigo 82, 
inciso III, do Código de Processo Civil; 
e) por fim, conceda o direito pleiteado de forma definitiva, após as concessões anteriores, declarando 
a não incidência do imposto de renda sobre a indenização trabalhista a ser paga pela Justiça do 
Trabalho ao Impetrante. 
Dá à presente o valor de R$ valor (valor expresso). 
Nesses, Termos, 
 
Pede Deferimento. 
Local, dia de mês de ano. 
 
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Assinatura do Advogado 
Nome do Advogado 
OAB/UF nº ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mandado de segurança contra ato de diretor de Universidade 
Estudante inadimplente com as parcelas da Universidade impetra mandado de 
segurança com o fim de garantir a sua colação de grau. 
MODELO III 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara da Comarca 
de especificar 
 
(Escrever: pular de 10 linhas) 
 
Nome do Autor, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade RG nº, devidamente inscrito no 
CPF sob o nº, residente e domiciliado na endereço completo, por seu advogado que esta subscreve (doc. nº), nos termos 
da Lei nº 12.016/09, do artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal Brasileira, bem como demais dispositivos legais 
aplicáveis à espécie, vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência impetrar o presente 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR 
 em face do ato ilegal praticado pelo diretor da Universidade especificar, nacionalidade, estado civil, portador da cédula 
de identidade RG nº, devidamente inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado na endereço completo, que o faz 
pelos seguintes fatos e razões de direito a seguir expostos: 
I - Preliminarmente 
O Impetrante requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, tendo em vista que é pobre na acepção 
jurídica do termo e, portanto, não possui condições de arcar com as custas e despesas processuais, sem o efetivo prejuízo 
de seu sustento e de sua família, conforme faz prova a declaração anexa (doc. nº). 
II - Dos Fatos 
O Impetrante, no ano de especificar, firmou contrato com a Universidade especificar visando seu ingresso no 
curso de especificar, com duração de nº anos. 
Assim, apesar de a lei expressamente proibir a tomada de medidas pedagógicas contra alunos 
inadimplentes, a Universidade em questão utiliza-se de expedientes ilegais, em clara atitude de má-fé e exercício 
arbitrário das próprias razões, burlando a legislação vigente. 
Ao arrepio da lei, a Universidade em que o Impetrante frequentou todo o curso de especificar, inicialmente o 
impediu de comparecer as aulas, bem como fazer provas regulares, substitutivas e recuperações, além de obstar que o seu___________________________________________________________________________________________________ 
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nome figurasse na lista de chamada por ocasião da “rematrícula” em alguns semestres, impossibilitando que o Impetrante 
marcasse presença. 
Na data de dia de mês de ano, o Requerente impetrou mandado de segurança que tramitou perante a __ Vara 
desta Comarca sob nº, com objetivo de voltar a ter seus direitos enquanto aluno, podendo frequentar as aulas, fazer provas 
etc. Em primeira instância, o DD. Magistrado entendeu inexistir “fumus boni iuris”, pressuposto necessário à concessão, 
indeferindo a liminar. 
Entretanto, ao interpor Agravo do Instrumento perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado 
de especificar, sob n.º, o Impetrante teve concedido os efeitos da tutela antecipada, determinando à Instituição de Ensino 
que efetuasse sua rematrícula no último ano do curso de especificar. Porém, em virtude da demora judicial, o Impetrante 
não conseguiu concluir o curso em dezembro de ano. 
Ao retomar no semestre seguinte os seus estudos, o Impetrante foi aprovado em todas as provas, apresentou 
monografia obtendo nota máxima, cumpriu todas as horas de estágio, preenchendo, portanto, todos os requisitos para a 
conclusão do curso de especificar. 
Contudo, o Impetrante foi informado de que não poderia colar grau em virtude do inadimplemento de 
algumas mensalidades, mesmo tendo sido aprovado. 
Ocorre que no site da Universidade consta que o Impetrante foi reprovado no nº semestre. Mesmo sendo 
absurda tal situação, eis que diante da reprovação não poderia qualquer aluno dar continuidade ao curso, o Impetrante 
formulou um pedido de informação sobre suas notas e frequência o encaminhando via SEDEX, contudo, até a presente 
data não obteve resposta. Sendo assim, resta evidente que a suposta situação de reprovação é meramente protelatória para 
que seja o Impetrante impedido de colar grau. 
Verifica-se, portanto, que as atitudes da Impetrada estão em completa e total dissonância com o que 
preceitua a Lei Pátria, causando, como anteriormente já causou, prejuízos de ordem financeira e moral para o Impetrante, 
que está agora sendo impedido de obter a sua colação de grau em virtude de inadimplência, o que afronta o estabelecido 
pela Lei nº 9.870/99, em seu artigo 6º. 
Importante destacar que por diversas vezes o Impetrante procurou a Universidade para efetuar o pagamento 
das mensalidades em atraso, mas a Impetrada recusou todas as propostas feitas, bem como até o presente momento não 
ajuizou nenhuma ação com objetivo de receber o valor devido como prevê a Lei Pátria. 
Assim, independente da inadimplência, claro está que o Impetrante concluiu o curso de especificar, razão 
pela qual não pode a Impetrada, por ato ilegal e em evidente abuso de autoridade, impedi-lo de realizar a sua colação de 
grau, já que esta é uma consequência obrigatória, considerada um direito líquido e certo de quem cumpriu todas as etapas 
e requisitos do curso que concluiu. 
III - Da Liminar 
A concessão da liminar no mandado de segurança exige relevante fundamento, demonstrado pela aprovação 
do Impetrante evidenciando o seu direito à colação de grau. Ademais, a atitude da Universidade impossibilita a prestação 
do Exame de Aptidão do Impetrante para o exercício de sua profissão. 
Diante disto, verifica-se que se liminar não for concedida, o aluno será novamente excluído de sua nova 
turma, como também de sua formatura e colação de grau, além de ser impedido de tentar obter a sua regular inscrição 
 
 
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junto ao seu Órgão de Classe, de prestar concursos públicos, de ter progressão em sua carreira no serviço público, além de 
outros danos morais que já ocasionados em outras oportunidades e irreparáveis. 
Conclui-se, ademais, que o requisito periculum in mora está consubstanciado no fato de que se o Impetrante 
não conseguindo colar grau na data marcada pela Universidade, dia do mês do ano, estará automaticamente impedido de 
obter o seu diploma, e os outros direitos já mencionados. 
Desta forma, presente o direito líquido e certo (representado por ter sido negado o seu direito de acesso às 
notas e frequência, e consequente colação de grau no curso), ferido por ato ilegal e abusivo da autoridade no exercício de 
atribuições delegadas pelo Poder Público, é de conceder-se, portanto, a medida. 
 
IV -Do Pedido 
Diante de todo o exposto, requer-se à Vossa Excelência: 
a) a concessão da ordem liminar inaudita altera pars no presente writ a fim de determinar o imediato acesso às notas e 
frequência, bem como demais documentos necessários com a consequente colação de grau a realizar-se 
no dia do mês do ano. 
 
b) a determinação de expedição de quaisquer documentos necessários à comprovação da conclusão do curso 
de especificar pela Impetrada para que o Impetrante possa exercer e gozar de todos os benefícios e direitos a que faz jus 
por possuir o nível superior nesta Ciência. 
c) a intimação do Ilustre Representante do Parquet, a fim de que se manifeste nos atos e termos do presente mandamus. 
d) a notificação da Autoridade Coatora no endereço fornecido na exordial para que, se entender necessário, preste as 
informações pertinentes ao caso. 
e) por fim, prestadas ou não as informações, requer-se seja julgado totalmente procedente o presente pedido, concedendo-
se a liminar para determinar que a Autoridade Coatora Impetrada abstenha-se de criar óbices aos exercícios de direitos do 
Impetrante, mormente de obter documentos, diploma, histórico escolar, ter acesso às notas, bem como de colar grau, 
condenando a Autoridade Coatora ao pagamento de custas processuais e multa diária no valor de uma mensalidade em 
caso de descumprimento da ordem concedida, além das demais cominações legais. 
 
 
Dá-se à presente causa o valor de R$ valor (valor expresso). 
 
Nesses Termos, 
 
 Pede Deferimento. 
 
Local, dia de mês de ano. 
 
 
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Assinatura do Advogado 
Nome do Advogado 
OAB/UF n° número da inscrição na OAB

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