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* Profª Pricila Barros Macedo * PNEUMONIAS VIRAIS Introdução: A pneumonia por virus é classicamente conhecida como uma enfermidade que predomina nos extremos da idade. Pacientes susceptíveis: idosos; crianças pequenas, pacientes com doenças crônicas cardíacas, pulmonares ou renais; gestantes no último trimestre e imunossuprimidos. O vírus Influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) são os agentes mais comumente implicados na pneumonia viral. Outros vírus: influenza B, parainfluenza, adenovírus, coronavírus, rinovírus, citomegalovírus. * PNEUMONIAS VIRAIS Quadro Clínico: Os vírus promovem aderência bacteriana ao epitélio celular respiratório, levando a maior colonização bacteriana. Pneumonia bacteriana secundária + comum em idosos, cardiopatas e pneumopatas (S. pneumoniae, S. aureus, H. influenza) Laringotraqueobronquite e bronquiolite Cefaléia Febre 38-39ºC Tosse improdutiva Dispnéia Desconforto generalizado Exame físíco inespecífico * PNEUMONIAS VIRAIS Diagnóstico: Diagnóstico presuntivo: manifestações clínicas e características epidemiológicas. Radiografia de tórax – padrão intersticial. Leucograma - Linfocitose. Métodos de identificação de vírus respiratórios disponíveis hoje: cultura viral, detecção rápida de antígeno (imunofluorescência e imunoensaio), sorologia e métodos de amplificação de ácidos nucléicos (reação de cadeia de polimerase - PCR). Cultura viral: demora de 3 a 14 dias e alguns vírus não crescem. Detecção rápida de antígeno: requer uma carga viral alta para gerar resultados positivos. Sorologia: revela um aumento de IgM ou aumento de quatro vezes no nível de IgG vírus específico. Amplificação de ácidos nucleicos (PCR): aumento de sensibilidade e especificidade com resultados rápidos. * Influenza Vírus de RNA Família dos Ortomixovírus Três tipos: A, B e C – nucleoproteína Subtipos: Bicamada lipídica Hemaglutinina (H1 a H5) Neuraminidase (N1 a N2) O tipo A promove doença moderada a severa em todas as faixas etárias; Pode causar epidemias e pandemias. Infecta humanos, porcos, aves e cavalos. http://www.adeusgripe.com.br/ovirus.html O tipo B afeta somente humanos, principalmente crianças e causa epidemias leves; O tipo C não é epidêmico. * INFLUENZA Composto: Seis hélices de RNA, Bicamada lipídica que contém hemaglutinina e neuraminidase Periodicamente sofrem alteração em sua estrutura genômica, o que permite surgimento de novas cepas e a ocorrência de epidemias sazonais, ou novas pandemias de gripe. Gripe aviária: Influenza A - H5N1 Gripe suina: Influenza A - H1N1 Mecanismos antiviral: Céls T citotóxicas; Proteína Mx1 (macrófagos). Influenza TRANSMISSÃO: Direta, por gotículas ao falar, tossir ou expirrar. Período de Incubação:1 a 4 dias. Até 15 dias para H1N1 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: O indivíduo pode transmitir a doença em média 2 dias antes até 7 dias após início dos sintomas. Influenza A H1N1 vírus da “gripe suína”. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dc/Influenza_virus.png Influenza – H1N1 Infecta porcos, mas ocasionalmente pode cruzar a barreira das espécies e infectar o homem – isolado no homem pela 1ª vez em 1974. O porco possui células que tem receptores, tanto para o virus influenza humano quanto para o virus influenza das aves. Nestas células, ocorre um rearranjo viral, quando esta e infectada por duas cepas diferentes. A pandemia de 2009 causada por um virus H1N1 nunca antes detectado - México. Este tem um rearranjo quadruplo (duas cepas suinas, uma cepa humana e uma cepa de ave). Período de Incubação:Até 15 dias Transmitida entre humanos. Febre, cefaléia, mialgia, dispneia. GRAVES: Dano alveolar difuso Dano alveolar difuso associado a bronquiloite necrosante Dano alveolar difuso com hemorragia alveolar grave Bártholo TP, Bártholo RM . Pneumonias virais. Pulmão RJ 2009; Supl 2:S59-S63 * Influenza – H1N1 * Vírus Sincicial Respiratório (VSR) O vírus sincicial respiratório pertence ao gênero Pneumovirus da famÌlia Paramyxoviridae; OMS - é responsável por cerca de 60 milhões de infecções com 160.000 mortes anuais em todo o mundo. EUA - estima-se 55.000 a 125.000 hospitalizações e 250 a 500 mortes associadas a ele por ano. Brasil - não há vigilância epidemiológica oficial para VSR. São Paulo observou-se um aumento de 70% nas internações por bronquiolite respiratória nas últimas duas décadas –principal manifestação. Difere na morfologia de seu nucleocapsídeo; Capacidade de formar sincícios; Causa mais frequente pneumonia viral em crianças < 5 anos;. . www.lvapli.ufsc.br * Parainfluenza Genoma RNA Importante patógeno respiratório Família Paramyxoviridae; Período de incubação 2-6 dias Infecções primárias e reinfecções As reinfecções são clinicamente menos severas Laringotraqueobronquite, bronquiolite, pneumonia * EPIDEMIOLOGIA - Parainfluenza ”Fenômeno do Iceberg ” Dispersão clássica da doença Sintomas clínicos leves Infecções assintomáticas com liberação de vírus * PNEUMONIAS VIRAIS IV- Morfologia: - Microscopia: Septos alveolares alargamento, edema, infiltrado inflamatório mononuclear Alvéolos material proteináceo, membranas hialinas (dano alveolar) Nos infectados por Influenza: Trato respiratório superior edema e hiperemia acentuados + infiltrado inflamatório mononuclear Dano da função broncociliar pneumonia bacteriana Macroscopia: Áreas vermelho azuladas, congestas Pleura lisa Derrames pleurais são raros * PNEUMONIAS VIRAIS * PNEUMONIAS VIRAIS * PNEUMONIAS VIRAIS http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/pne/v16n3/v16n3a12.pdf * PNEUMONIAS VIRAIS * PNEUMONIAS VIRAIS * PNEUMONIAS VIRAIS Tratamento: Amantadina - O mecanismo de ação antiviral não está completamente elucidado; acredita-se que inibe a reaplicação viral, a qual impede a penetração, ou bloqueia a descapsidação após o vírus penetrar no interior da célula. Além disso produz a inibição da transcrição primária do RNA. Neuraminidase - é uma enzima viral que desempenha papel crítico nas etapas de invasão, replicação, maturidade e liberação dos vírus influenza. Influenza, as opções são a amantadina, para a prevenção apenas de influenza A, e o uso de inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir), para tratamento tanto de influenza A como B. Vírus sincicial respiratório, a opção é a ribavirina.
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