Buscar

Anatomia Humana II (Tomaz) - Aula 2/P2: Esôfago e Estômago

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 
 
ANATOMIA HUMANA II – P2 
Prof. Thomaz 
 
Aula 2: Estômago e Esôfago 
 
 
1. ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo muscular rígido que trás o bolo alimentar da faringe até ao estômago. Vai trazer o bolo 
alimentar. Temos apenas um esôfago, mas ele passa por 3 regiões. Região cervical, região torácica e região 
abdominal. A maior é a torácica e a menor é a abdominal em torno de 2cm. 
A diferença histológica do esôfago é a seguinte, o esôfago cervical e o esôfago torácico não tem serosa, ou 
seja, não tem peritônio porque ele está lá na pleura. 
Então, o esôfago cervical e torácico tem de dentro para fora: 
- Mucosa; 
- Submucosa; 
- Muscular. 
 
Não tem serosa. Serosa é o peritônio visceral. Serosa é a última camada de qualquer víscera do sistema 
digestivo. Quando chega ao abdômen, aí sim ele tem serosa. Portanto, só tem serosa o esôfago abdominal. 
 
O esôfago apresenta 2 esfíncteres: um é o esfíncter esofagiano superior o outro é o esfíncter esofagiano 
inferior. O esfíncter esofagiano superior é o músculo cricofaríngeo. O esfíncter esofagiano inferior é apenas um 
mecanismo valvular. 
Toda vez que um se contrai o outro tem que se relaxar, ou seja, tem que ter um sincronismo entre estes 
esfíncteres. Se isso não acontecer, vamos ter problemas sérios. 
Se isso acontecer no esfíncter esofagiano superior, a criança pode ter uma regurgitação. 
Quando o esfíncter esofagiano inferior, temos doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) também conhecido 
como hérnia de hiato. O conteúdo do estômago é um, o conteúdo do duodeno e do esôfago são outros. A mucosa do 
estômago é uma, a do duodeno é outra e a do esôfago é outra. Ou seja, cada órgão tem a mucosa que vai receber 
secreção. Todos sabem que o estômago é rico em HCL que é extremamente corrosivo, é ácido. Então, a mucosa do 
estômago é preparada para isto. Quando há uma deficiência esfincteriana do esôfago inferior, o conteúdo do 
estômago volta para o esôfago. Então, a primeira coisa que vai acontecer é azia, a famosa pirólise retroesternal. Isso 
ocorre porque o conteúdo do estômago vai para o esôfago. 
Raramente ou quase nunca doença gástrica dá azia porque o estômago foi preparado para receber o ácido 
clorídrico. Se não for tratada, a azia vai evoluir para a esofagite (grau 1, grau 2, grau 3, etc). Quanto mais o estômago 
lesar o esôfago, mais lesões graves teremos. 
 
O que é hérnia de hiato? R: é um alargamento do esfíncter esofagiano inferior e consequentemente estes 
2cm ficam dentro do tórax. E desta forma o conteúdo volta. Para correção deve-se fechar o anel. Por isso que tem 
que acabar de comer e ficar elevado. 
 
Imagine um tumor de esôfago. O cara primeiro tem uma disfagia (dor e dificuldade de engolir). A pessoa fica 
desnutrida. A primeira coisa que fica consumido é a proteína muscular. Fumante tem câncer de laringe. 
2 
 
 
Vascularização do Esôfago Cervical: ramos da artérias tireóideas inferior. 
Vascularização do Esôfago Torácico: ramos da aorta torácica, ramos da artéria brônquica. 
Vascularização do Esôfago Abdominal: ramos da hepática, ramos da gástrica esquerda, ramos da frênica 
inferior esquerda. 
Mulher grávida quando vomita muito, pode sangrar. Quando a pessoa vomita muito, sangue vivo – são 
lesões da musculatura esofágica. 
A malária causa megaesôfago. Ele tem tropismo pelo plexo submucoso de Meissner e de Auerbach. 
 
 
2. ESTÔMAGO 
 
É uma dilatação do sistema digestivo entre o esôfago e o intestino delgado. Então, é uma porção expandida 
entre estas duas vísceras, o esôfago e o intestino delgado. 
O estômago existe para produzir HCL. Sabemos que a maior absorção do bolo alimentar é no intestino 
delgado. A produção de suco gástrico é mais ou menos 1.000 1.500; o suco bili-pancreático é em torno de 4 a 6L por 
dia para dissolver o bolo alimentar. 
70% da vascularização do fígado é de CO2 e não de O2. 
 
Desta forma, a mucosa do estômago é diferente das outras, ela possui lipoproteínas, polissacarídeos, 
aminoácidos, muita coisa para fazer o cimento e, assim, o ácido clorídrico não causa nenhum dano ao estômago 
enquanto que o ácido clorídrico no duodendo e no esôfago faz uma dano avassalador, destruidor. 
 
O estomago apresentas as seguintes regiões: pequena curvatura do estômago e vem para o pilar do 
diafragma (pilar ajuda no fechamento do fecho diafragmático). O pilar direito do diafragma – pequena curvatura do 
estômago. Pilar esquerdo do diafragma – grande curvatura do estômago. 
Temos a região cárdia, o fundo, o corpo, o antro e o famoso piloro. 
Porque que é dividido? R: porque cada região tem a sua característica fisiológica e anatômica, ou seja, o 
fundo e a cárdia produzem pouco ou quase nenhum ácido clorídrico. Quando se vê uma ulcerazinha no fundo do 
estômago ou no corpo do estômago (pede a Deus para não ser câncer). Na região do antro o câncer será benigno 
em 90%, porque no corpo do estômago estão os receptores H1 de histamina que produzem através das células 
parietais o ácido clorídrico. Na região do antro “vai estar cheia” de gastrina. Aqui no antro, cheio de gastrina - ocorre 
uma produção maior de ácido clorídrico. 
Quando temos uma agressão à mucosa do estômago teremos uma patologia que se resume em gastrite, 
úlcera e neoplasia gástrica. Gastrite o estômago está ralado, úlcera é uma escoriação mais profunda. 
Toda vez que a mucosa gástrica for agredida vamos ter as patologias. O AAS e anti-inflamatório destroem 
este cimento gástrico e a pessoa pode ter uma gastrite, úlcera. O anti-ácido ... H. pylori vive no esôfago, estômago e 
duodeno e causa doença péptica-gástrica duodenal. 
 
A úlcera duodenal, a fisiopatologia é um pouco diferente, aqui tem que ter ácido clorídrico. 
 
Na pequena curvatura do estômago temos o omento menor que faz os ligamentos gastro-hepático, hépato-
duodenal e gastro-duodenal. 
3 
 
 
Vascularização do Estômago 
 
A vascularização do estômago é feita basicamente pelo tronco celíaco. O tronco celíaco é o primeiro ramo 
anterior da aorta abdominal e é composta pela artéria esplênica, artéria gástrico esquerda e a artéria hepática 
comum. 
Suprimento arterial do estômago: tronco celíaco. 
A pequena curvatura do estômago é vascularizada por 2 artérias: artéria gástrica esquerda que é ramo 
direto do tronco celíaco. A artéria gástrica direita que é ramo da artéria hepática comum. A hepática comum vem para 
cá, dá a gastroduodenal, dá a gástrica direita e sobe para “sair” artéria hepática própria. 
Então, o tronco celíaco vai dá a artéria gástrica esquerda, vai dar a artéria hepática que vai dá a gástrica 
direita. Já a artéria gástrica esquerda é ramo do tronco celíaco. A artéria gástrica direita é ramo da artéria hepática 
comum. 
A grande curvatura do estômago é vascularizada por 2 artérias: a artéria gastromental direita e gastromental 
esquerda. Vamos ler no livro também gastroepiplóica (omento e epíplon são a mesma coisa). A artéria gastromental 
esquerda é ramo da artéria esplênica. Já a artéria gastromental direita é ramo da gastroduodenal que é ramo da 
hepática comum 
. 
Se eu estou saindo do QuenQuen e sofri um acidente e lesei o tronco celíaco, quais seriam as estruturas 
comprometidas? O tronco celíaco vai dar a artéria esplênica, a artéria gástrica esquerda e a artéria hepática comum. 
No mínimo o estômago já dançou, o baço já dançou... É isso que temos que entender, pois o professor não vai 
perguntar quais são os ramos. 
 
 
Fundo gastrico do estômago 
O fundo gastrico é vascularizado pelos ramos da gástrico curtas da artéria esplênica. A artéria esplênica é 
responsável pela irrigação do fundo...?... 
 
Os ramos do tronco celíaco seriam a artéria esplênica, artéria gástrica esquerda e a artériahepática comum. 
A inervação é o n. vago. Nervo vago inerva a maioria das vísceras. 
 
Próxima aula: intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula e baço. 
 
 
 
 
 
 
 
Daniele

Outros materiais