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AULA CIENCIA POLITICA-TGE - ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO - PARTE I

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OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO
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Principais elementos “definidores” (manifestações físicas e sociais) de uma determinada realidade do Estado:
Governo/Soberania
População
Território
Finalidades
Elementos materiais
Elemento formal
Elemento teleológico
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ESTADO, GOVERNO E SOBERANIA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA 
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A RESPEITO DO GOVERNO
GOVERNO relaciona-se à gestão, à administração cotidiana dos negócios públicos e se expressa pelo conjunto de normas, princípios, aparato técnico-administrativo e ações que orientam, condicionam, determinam a vida social sob a égide de fundamentações, sistemas e formas diversos.
Tomando-se como referência as mais diversas formulações a respeito do GOVERNO, podemos depreender que tal elemento constitutivo do Estado se refere não somente ao aparelho organizacional e político da entidade estatal, mas também à expressão do poder soberano.
A princípio não seria lógica a dissociação entre GOVERNO e SOBERANIA – entretanto, sob determinadas circunstâncias, pode ocorrer uma cisão entre GOVERNO e SOBERANIA, como por exemplo nas condições existentes em uma área colonial ou em Estados que estejam muito fragilizados e que estejam sob tutela de outros sujeitos do direito (Estados, organizações internacionais), como os casos do Haiti, Timor Leste, Iraque.
 
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Algumas questões preliminares acerca do Estado e da Soberania:
A soberania sempre se confundiu com a legitimidade do regime vigente, ou seja, a autoridade dos detentores do poder sempre se baseou em um determinado entendimento do que seria a soberania; 
Segundo Jean-Jacques Roche, “...a soberania apresenta-se, não como um predicado absoluto e intangível, mas como o instrumento de legitimação de um poder, habilitado a se transformar e a organizar juridicamente as mudanças sociais.”
A noção de soberania sempre esteve atrelada à luta pelo poder – fosse ela de origem divina ou popular, a soberania servia de justificativa tanto para a dominação quanto para o questionamento dessa dominação, o que fez seu significado sempre estar no centro do debate político;
Várias doutrinas se sucederam no intento de explicar o sentido da soberania – a evolução desse conceito acompanhou a história das mudanças no poder político e, assim, inicialmente, soberano foi o qualificativo atribuído à monarquia e seu titular; depois, com o progresso das idéias liberais, à nação, ao povo, ao Estado;
A soberania, segundo Jellinek, é uma concepção política que só mais tarde se configurou como noção jurídica – por ter se formado sob a influência de causas históricas, a soberania não é portanto um conceito absoluto e imutável.
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OBSERVAÇÕES ACERCA DA AMBIÊNCIA HISTÓRICA DO NASCIMENTO DA SOBERANIA (I)
Ainda que alguns autores acreditem que tanto os gregos como os romanos já se organizavam em Estados soberanos de fato, o surgimento do conceito de soberania é normalmente identificado com a formação do Estado Moderno;
A origem histórica da soberania remonta à Idade Média, mais precisamente à Baixa Idade Média, período durante o qual os reis procuraram centralizar o poder, inicialmente pulverizado entre os senhores feudais – o Estado moderno surgiu graças à desagregação e ao colapso do regime feudal, em um processo no qual alguns reis foram bem sucedidos em submeter senhores feudais à sua autoridade incontestável e, graças a isso, em monopolizar a soberania para seu proveito exclusivo;
Além disso, alguns destes reis tiveram que lutar contra as tendências “universalizantes e centralizadoras” do Papado (da Igreja Católica) e dos Imperadores do Sacro Império Romano-Germânico – a partir do momento em que os reis lograram consolidar o princípio segundo o qual “o rei é imperador no seio do seu reino”, deixando de reconhecer a existência de um poder superior (interna e externamente), consolidam-se como PODER SOBERANO;
No que se refere à doutrina, atribui-se a Maquiavel a formulação da primeira concepção de poder supremo e unificado do Estado – mas foi o pensador francês Jean Bodin, em sua obra, Os Seis Livros da República (1576), que popularizou tal conceito, instituindo a soberania como elemento fundamental do Estado
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O objetivo da obra de Bodin era o de fundar filosófica e juridicamente a República sobre um conceito de poder cuja origem não era divina – mesmo que o monarca devesse respeitar o direito natural e a lei divina, a lei propriamente dita proviria da vontade humana do soberano, sendo a lei equivalente à ordem que o soberano proferiria com base em seu poder e não estando este poder subordinado a nenhum outro poder;
Assim Jean Bodin definiu a soberania como poder perpétuo e absoluto, cujos traços característicos seriam os poderes de decretar a guerra ou fazer a paz, de nomear pessoas para os principais cargos, de julgar em última instância, de outorgar graça aos condenados e de impor a lei a todos em geral e a cada um em particular;
Portanto, na segunda metade do século XVI, a partir da obra de Bodin, a soberania tinha um sentido bem preciso – ela designaria o caráter de todo poder não-vassalo, particularmente, do poder real, QUE NÃO SERIA VASSALO DE NENHUM OUTRO;
Com o colapso do FEUDALISMO, o poder interno dos monarcas não poderia se firmar de maneira efetiva sem que, EXTERNAMENTE, a exclusividade desse poder fosse reconhecida – esse reconhecimento, ESSENCIAL À CONSOLIDAÇÃO DOS ESTADOS SOBERANOS NA EUROPA, veio com os TRATADOS WESTFÁLIA celebrados em 1648 (que encerraram a GUERRA DOS TRINTA ANOS – 1618/1648)
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A paz de Westfália (1648) – algumas considerações (I):
Com o fim da Guerra dos Trinta Anos e a assinatura dos Tratados de Westfália, afirmou-se a IGUALDADE JURÍDICA entre os Estados, consolidando-se a aceitação do princípio da SOBERANIA ESTATAL, razão pela qual podemos afirmar que estes tratados marcaram os primórdios da atual SOCIEDADE INTERNACIONAL;
A idéia da existência de uma sociedade internacional era defendida por HUGO GROTIUS, cuja perspectiva serviu de modelo para a paz de Westfália – para GROTIUS, o Estado era o titular da SOBERANIA e seu poder somente poderia ser chamado de soberano quando SUAS AÇÕES NÃO ESTIVESSEM SUJEITAS AO CONTROLE LEGAL DE OUTRO PODER, DE FORMA QUE NÃO PUDESSEM SER TORNADAS NULAS PELA AÇÃO DE OUTRA VONTADE HUMANA;
A igualdade entre os Estados pode ser considerada uma conseqüência lógica do próprio conceito de soberania – os tratados que celebraram a paz de Westfália foram responsáveis, não pela emergência dos Estados-Nação, mas pelo nascimento de uma SOCIEDADE INTERNACIONAL, marcada pela aceitação, pelos Estados, de regras e instituições obrigatórias e pelo seu interesse comum em mantê-las.
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A paz de Westfália (1648) – algumas considerações (II):
De acordo com as regras e instituições obrigatórias que passaram a ser aceitas pelos Estados e que derivaram dos tratados de Westfália, o mundo é dividido em Estados Soberanos iguais perante a lei, não importando as possíveis assimetrias de poder existentes; 
Esses Estados passaram a concentrar em suas mãos o processo de CRIAÇÃO e EXECUÇÃO do Direito, não reconhecendo a existência de uma autoridade superior;
A partir destes tratados, ainda que os Estados monárquicos europeus buscassem estabelecer relações duradouras entre eles, tais relações somente deveriam interferir minimamente em suas liberdades de ação, não podendo limitá-los no sentido do atingimento de seus objetivos políticos;
Assim, o direito internacional limitar-se-ia a estabelecer as regras mínimas de coexistência entre os Estados, continuando as disputas entre eles a serem resolvidas pelo uso da força;
Tais condições que se produziram há mais de três séculos, criaram as bases, tanto para a criação do modelo do Estado Soberano, assim como para o desenvolvimento do sistema descentralizado de Estados-Nação iguais e soberanos que se consolidaria posteriormente.
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O ápice da concepção e da prática do poder soberano: Thomas Hobbes e o Absolutismo:
A explicação mais comum para o nascimento do Estado é a explicação
CONTRATUALISTA que afirma que o Estado teria surgido de um contrato, no qual estariam estabelecidas as regras de convívio social e de subordinação política que substituiriam o “estado de natureza” no qual não haveria qualquer tipo de poder centralizado;
Ainda que Hugo Grotius já tivesse considerado em sua obra que o Estado ter-se-ia originado de um contrato social, foi Hobbes o primeiro autor a analisar de maneira aprofundada a idéia de contrato social;
Buscando uma explicação racional que justificasse a existência de um poder absoluto dentro do Estado, Hobbes partiu da idéia do “estado de natureza”, no qual o homem, agiria sempre na defesa de seus interesses individuais que, na maioria das vezes, não coincidiriam com o interesse geral – tal condição de existência seria uma condição de guerra de todos contra todos;
Para Hobbes, a única forma de escapar da insegurança inerente ao estado de natureza seria a atribuição de todo o poder a um ente que reuniria a multidão em uma só pessoa, o ESTADO – tal decisão seria produto da vontade racional dos indivíduos que, visando o atingimento da paz, autorizaria o Estado, a usar a força e os recursos de todos para assegurar a segurança e a defesa comuns, possuindo, portanto. o Estado uma soberania absoluta, cujo poder seria INCONDICIONADO, IRRESISTÍVEL, INAPELÁVEL e ILIMITADO.
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OBSERVAÇÕES ACERCA DA AMBIÊNCIA HISTÓRICA DO NASCIMENTO DA SOBERANIA (II)
Com os tratados de Westfália consolidou-se o fato, compatível com a visão de Hobbes, de que a soberania vinha acompanhada de um poder ilimitado, uma autocracia rígida no regime interior dos Estados;
Segundo Norberto Bobbio, a formação do Estado resultou de dois processos paralelos que ocorreram durante a chamada Idade Moderna européia (do século XV/XVI ao final do século XVIII/início do século XIX): o de CONCENTRAÇÃO e o de CENTRALIZAÇÃO do poder em um território determinado;
Por CONCENTRAÇÃO, compreende-se a atribuição exclusiva do monarca (do rei), no território de seu reino, dos poderes soberanos (poderes legislativo, jurisdicional, fiscal e o poder de exercer a força);
Por CENTRALIZAÇÃO, deve-se entender o processo de eliminação das ordens jurídicas inferiores, como as cidades, que deixam de ser autônomas e passam a existir como organizações derivadas de uma autorização ou da tolerância do poder central;
O absolutismo representou o auge (mais no plano das representações do que na prática) do processo de concentração e centralização do poder na Europa da Era Moderna, tendo sido justificado por duas doutrinas importantes:
Aquela que afirmava que a soberania não poderia existir fora da monarquia, devendo o poder soberano residir em um único sujeito que o encarnasse e o pusesse efetivamente em funcionamento;
Aquela que afirmava que o poder dos monarcas tinha origem divina – a justificativa para a existência da soberania residia em Deus, e em seu nome os monarcas exerciam seu poder. 
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O processo de concentração e de centralização do poder, que se verificou ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII nas monarquias européias, compreendeu os seguintes movimentos:
Absorção de unidades políticas menores e mais fracas por outras unidades maiores e mais fortes;
As fronteiras territoriais passaram a coincidir crescentemente com uma ordem jurídica que aos poucos ia se tornando uniforme, ao mesmo tempo em que novos mecanismos de produção e de execução de leis iam sendo criados;
A administração fiscal vai se tornando cada vez mais centralizada;
As relações entre Estados foram se formalizando por meio do desenvolvimento das instituições diplomáticas e pela formação de exércitos permanentes;
Assim, as fontes imediatas do mundo político moderno, quer dizer do próprio modelo moderno de Estado-Nação, foram o ABSOLUTISMO EUROPEU e a ORDEM INTERESTATAL que se iniciou com o modelo absolutista de organização do poder.
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OBSERVAÇÕES ACERCA DA AMBIÊNCIA HISTÓRICA DO NASCIMENTO DA SOBERANIA (III)
O conceito de soberania expresso por Jean Bodin em sua obra os Seis Livros da República, de 1576 (conforme visto, nos slides 05 e 06 deste material), contribuiu para a legitimação do que seria o moderno Estado-nação a partir das revoluções burguesas do final do século XVIII e das primeiras décadas do século XIX, ao mesmo tempo em que se constituiu (a soberania) como atributo e qualidade deste Estado-nação.
Além disso, tal conceito, conforme foi firmado por Bodin, contribuiu para a ascensão da burguesia e determinou as bases da política e do Direito Internacional Público que tiveram vigência na Europa até a irrupção da Primeira Guerra Mundial que se estenderia de 1914 até 1918. 
 Tal concepção “clássica” de soberania, expressa pelo pensador francês, começou a ser mitigada a partir do final da Primeira Guerra Mundial (com a criação da Liga das Nações), passando a ser mais duramente confrontada após o final da Segunda Guerra Mundial, quando então o surgimento da ONU em 1945 (Organização das Nações Unidas) contribuiu para que fosse firmada alguma regulação da esfera internacional.
 Na verdade, a ONU jamais se constituiu como uma estrutura supranacional de poder, não questionando, portanto, a primazia do poder soberano estatal – todavia sua atuação tem se mostrado, apesar de todas as limitações, importante nas ações de preservação da paz, revelando que ações de natureza supraestatal são desejáveis, possíveis e benéficas ao sistema internacional como um todo.
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OBSERVAÇÕES ACERCA DA AMBIÊNCIA HISTÓRICA DO NASCIMENTO DA SOBERANIA (IV)
As limitações/contestações/desafios mais significativos que se apresentaram para a soberania ao longo do século XX e que tem se apresentado nestas primeiras décadas do século XXI estão relacionadas às configurações assumidas pela organização socioprodutiva capitalista ao longo deste período.
 De uma etapa de superação dos postulados essenciais do liberalismo econômico (participação ativa do Estado na esfera privada, limitando a dinâmica espoliativa e aquisitiva do capital – da década de 1930, pós-crise de 1929 até a crise da década de 1970) à emergência do modelo desregulamentador do capitalismo contemporâneo (vulgarmente conhecido como neoliberal), da organização bipolar do poder mundial do pós-Segunda Guerra Mundial ao ambiente de multipolarização do poder e de uma certa atrofia da unipolarização norte-americana resultante do fim da União Soviética (contestação da própria pax americana), não há dúvidas de não podemos mais afirmar que os Estados são “efetivamente soberanos”.
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Alguns conceitos de Soberania
Quando concebida em termos puramente políticos a Soberania se constitui como poder incontrastável de querer coercitivamente e de fixar as competências;
Quando concebida em termos puramente jurídicos a Soberania se apresenta como o poder de decidir em última instância sobre a atributividade das normas, ou seja, sobre a eficácia do direito;
Pode-se conceber a soberania também como o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência.
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A Soberania (em uma concepção como poder do Estado ou como característica do poder do Estado se apresenta:
Una: porque não admite em um mesmo Estado a convivência de duas soberanias; 
Indivisível: ela se aplica à universalidade dos fatos ocorridos no território do Estado, não se admitindo a existência de partes separadas da soberania;
Inalienável: porque seu detentor (o povo, a nação ou o Estado) desaparece caso fique sem ela;
Imprescritível: não tem prazo de duração, de “validade”;
Originária e exclusiva: nasce no momento de nascimento do Estado e somente a ele pertence; 
Incondicionada: porque só encontra limites postos pelo próprio Estado;
Coativa: porque no seu desempenho o Estado ordena e dispõe de meios para que se faça cumprir suas ordens coativamente.
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Além das características anteriores, a Soberania é:
Poder de vontade COMANDANTE: em essência, a soberania é superior a todas as
demais vontades que se encontrem no território submetido a ela – ou seja, as relação entre a vontade soberana e as demais vontades é de SUBORDINAÇÃO;
Poder de vontade INDEPENDENTE: tal poder não admite que qualquer convenção internacional seja obrigatória para o Estado, salvo se este entender como conveniente assumir obrigações externas, sujeitando-se VOLUNTARIAMENTE às limitações impostas pelas normas derivadas destas obrigações (teoria da autolimitação do Estado).
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Objeto da soberania
Os cidadãos do Estado, tanto dentro de seu território e fora de seu território em casos especiais e os que não são cidadãos deste Estado quando dentro de seu território - em alguns casos excepcionais os estrangeiros não são atingidos pela soberania de um Estado considerado;
Significação da soberania
Nos limites territoriais do Estado significa superioridade sobre qualquer outro poder;
Externamente significa independência do Estado em relação a outros Estados - admitindo-se poderes iguais porém não superiores.
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MAIS ALGUMAS OBSERVAÇÕES A RESPEITO DO PODER DO ESTADO E DA SOBERANIA
O Estado como estrutura organizada de poder e ação, desempenha a função de garantir entre os homens uma convivência ordenada de forma harmoniosa e segura, sobretudo a de manter a paz e a segurança jurídicas;
Para que possam cumprir a função de estabelecer a ordem e a paz, os titulares de cargos políticos devem ser dotados de “poder estatal” – devem ser dotados da faculdade de regular vinculativamente (no âmbito de suas competências) a conduta nesta comunidade e de impor, com os meios do poder, a conduta prescrita, recorrendo até, em caso extremo, ao emprego da força física;
Assim, o Estado que reage de maneira pouca enérgica às violações do direito, prejudica indiretamente o funcionamento normal da ordem jurídica;
Para que uma sociedade possa funcionar como um Estado de Direito, tal poder, ou seja, o poder do Estado deve estar à disposição e deve ser utilizado para a execução do Direito, que serve como modelo de orientação somente quando aplicado e executado com firmeza – isto significa dizer que não há Estado de Direito sem segurança jurídica, isto é, sem certeza de orientação e não há certeza de orientação sem certeza de realização
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ALGUNS EXERCÍCIOS
QUESTÃO: Com relação a uma abordagem preliminar da soberania, podemos afirmar que:
I – Ela se encontra completamente dissociada da idéia de legitimidade de um determinado regime político.
II – Ela se apresenta, segundo Jean-Jacques Roche, como um predicado absoluto e intangível do poder do Estado.
III – Segundo Jellinek, a soberania se configurou, inicialmente, a partir de uma concepção política, constituindo-se, posteriormente, como um noção jurídica.
Após analisar cada uma das afirmativas acima (verificando se elas estão CORRETAS ou ERRADAS), assinale, dentre as alternativas apresentadas abaixo, a que melhor reflete o resultado de sua análise: 
 
A – Somente a afirmativa I está CORRETA. D – Todas as afirmativas estão ERRADAS.
B – Somente a afirmativa II está ERRADA. E – Todas as afirmativas estão CORRETAS.
C – Somente a afirmativa III está CORRETA.
QUESTÃO: Apesar de alguns autores acreditarem que tanto os gregos como os romanos já se organizavam em Estados soberanos de fato, o surgimento do conceito de soberania é normalmente identificado com a formação do Estado Moderno. Assim, é possível afirmar que:
I - O pensador francês Jean Bodin, em sua obra, Os Seis Livros da República (1576) popularizou o conceito de soberania, instituindo-a como elemento fundamental do Estado.
II - Bodin definiu a soberania como um poder delimitado historicamente e relativizado pela participação popular, voltado exclusivamente para a imposição da lei a todos em geral e a cada um em particular.
III – Segundo Grotius, cuja perspectiva serviu como modelo para a paz de Westfalia (1648), o Estado somente poderia ser considerado como titular do poder soberano se suas ações estivessem em consonância com alguma instância supraestatal , capaz de controlar e direcionar os objetivos dos demais poderes soberanos estatais. 
Após analisar cada uma das afirmativas acima (verificando se elas estão CORRETAS ou ERRADAS), assinale, dentre as alternativas apresentadas abaixo, a que melhor reflete o resultado de sua análise: 
 
A – Somente a afirmativa I está CORRETA. D – Todas as afirmativas estão ERRADAS.
B – Somente a afirmativa II está ERRADA. E – Todas as afirmativas estão CORRETAS.
C – Somente a afirmativa III está CORRETA.
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ALGUNS EXERCÍCIOS
QUESTÃO: De acordo com Norberto Bobbio, uma explicação para a formação do Estado encontra resposta em dois processos paralelos que ocorreram durante a chamada Idade Moderna européia (do século XV/XVI ao final do século XVIII/início do século XIX): o de CONCENTRAÇÃO e o de CENTRALIZAÇÃO do poder em um território determinado. Assim, podemos afirmar que::
I – .
II – Ela se apresenta, segundo Jean-Jacques Roche, como um predicado absoluto e intangível do poder do Esm tado.
III – Segundo Jellinek, a soberania se configurou, inicialmente, a partir de uma concepção política, constituindo-se, posteriormente, como um noção jurídica.
Após analisar cada uma das afirmativas acima (verificando se elas estão CORRETAS ou ERRADAS), assinale, dentre as alternativas apresentadas abaixo, a que melhor reflete o resultado de sua análise: 
 
A – Somente a afirmativa I está CORRETA. D – Todas as afirmativas estão ERRADAS.
B – Somente a afirmativa II está ERRADA. E – Todas as afirmativas estão CORRETAS.
C – Somente a afirmativa III está CORRETA.
QUESTÃO: Com o colapso do FEUDALISMO, o poder interno dos monarcas não poderia se firmar de maneira efetiva sem que, EXTERNAMENTE, a exclusividade desse poder fosse reconhecida, reconhecimento este, ESSENCIAL À CONSOLIDAÇÃO DOS ESTADOS SOBERANOS NA EUROPA, somente viria com os TRATADOS de WESTFÁLIA celebrados em 1648 (que encerraram a GUERRA DOS TRINTA ANOS – 1618/1648). Assim, com relação aos principais efeitos destes tratados para a configuração da realidade estatal a partir da segunda metade do século XVIII, é CORRETO afirmar que:
A - A partir destes tratados, os Estados monárquicos europeus se isolaram em suas fronteiras, evitando o estabelecimento de relações, fossem de curta ou de longa duração, entre eles.
B - De acordo com as regras e instituições obrigatórias que passaram a ser aceitas pelos Estados e que derivaram dos tratados de Westfália, as comunidades políticas passaram a se organizar sob a forma de grandes impérios territoriais.
C - O direito internacional deveria se limitar à fixação de regras mínimas de coexistência entre as unidades estatais, condição esta que não iria se constituir em obstáculo a que as disputas entre elas continuassem a ser resolvidas pelo uso da força.
D – Os Estados somente poderiam levar adiante a CRIAÇÃO e a EXECUÇÃO do Direito nos domínios de seus territórios se contassem com o beneplácito da Igreja Católica.
E – Os Estados europeus acordaram entre si a formação de uma instância jurídico-política com autoridade para resolução dos conflitos que viessem a surgir entre eles.
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ALGUNS EXERCÍCIOS
QUESTÃO: De acordo com Norberto Bobbio, uma explicação para a formação do Estado encontra resposta em dois processos paralelos que ocorreram durante a chamada Idade Moderna européia (do século XV/XVI ao final do século XVIII/início do século XIX): o de CONCENTRAÇÃO e o de CENTRALIZAÇÃO do poder em um território determinado. Assim, podemos afirmar que::
I – Por CENTRALIZAÇÃO, compreende-se a atribuição exclusiva do monarca (do rei), no território de seu reino, dos poderes soberanos (poderes legislativo, jurisdicional, fiscal e o poder de exercer a força).
II – Por CONCENTRAÇÃO, deve-se entender o processo de eliminação das ordens jurídicas inferiores, como as cidades,
que deixam de ser autônomas e passam a existir como organizações derivadas de uma autorização ou da tolerância do poder central;
III – O processo de concentração e de centralização do poder, que se verificou ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII nas monarquias européias, abrangeu, dentre outros movimentos, a absorção de unidades políticas menores e mais fracas por outras unidades maiores e mais fortes;
Após analisar cada uma das afirmativas acima (verificando se elas estão CORRETAS ou ERRADAS), assinale, dentre as alternativas apresentadas abaixo, a que melhor reflete o resultado de sua análise: 
 
A – Somente a afirmativa I está CORRETA. D – Todas as afirmativas estão ERRADAS.
B – Somente a afirmativa II está ERRADA. E – Todas as afirmativas estão CORRETAS.
C – Somente a afirmativa III está CORRETA.
QUESTÃO: Com o colapso do FEUDALISMO, o poder interno dos monarcas não poderia se firmar de maneira efetiva sem que, EXTERNAMENTE, a exclusividade desse poder fosse reconhecida, reconhecimento este, ESSENCIAL À CONSOLIDAÇÃO DOS ESTADOS SOBERANOS NA EUROPA, somente viria com os TRATADOS de WESTFÁLIA celebrados em 1648 (que encerraram a GUERRA DOS TRINTA ANOS – 1618/1648). Assim, com relação aos principais efeitos destes tratados para a configuração da realidade estatal a partir da segunda metade do século XVIII, é CORRETO afirmar que:
A - A partir destes tratados, os Estados monárquicos europeus se isolaram em suas fronteiras, evitando o estabelecimento de relações, fossem de curta ou de longa duração, entre eles.
B - De acordo com as regras e instituições obrigatórias que passaram a ser aceitas pelos Estados e que derivaram dos tratados de Westfália, as comunidades políticas passaram a se organizar sob a forma de grandes impérios territoriais.
C - O direito internacional deveria se limitar à fixação de regras mínimas de coexistência entre as unidades estatais, condição esta que não iria se constituir em obstáculo a que as disputas entre elas continuassem a ser resolvidas pelo uso da força.
D – Os Estados somente poderiam levar adiante a CRIAÇÃO e a EXECUÇÃO do Direito nos domínios de seus territórios se contassem com o beneplácito da Igreja Católica.
E – Os Estados europeus acordaram entre si a formação de uma instância jurídico-política com autoridade para resolução dos conflitos que viessem a surgir entre eles.
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