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Unidade II AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS Prof. Claudio Scheidt Neste primeiro momento, aprenderemos sobre licenciamento ambiental Aspectos gerais e legislação pertinentes ao licenciamento ambiental. Processo de licenciamento ambiental. Tipos de licenças segundo a Resolução Conama n° 237/97: Licença Prévia (LP); Licença de Instalação (LI); Licença de Operação (LO). Licenciamento ambiental O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente e possui como uma de suas mais expressivas características a participação social na tomada de decisão, por meio da realização de audiências públicas como parte do processo. Licenciamento ambiental A licença ambiental é o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, as restrições e as medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. Licenciamento ambiental As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei nº 6.938/81 e nas Resoluções Conama nº 001/86 e nº 237/97. Além dessas, recentemente foi publicada a Lei Complementar nº 140/2011 (preocupação com as gerações futuras), que discorre sobre a competência estadual e federal para o licenciamento, tendo como fundamento a localização do empreendimento. Licenciamento ambiental Res. Conama nº 001/86 – EIA / Rima. Res. Conama nº 006/87 – obras de grande porte. Res. Conama nº 009/87 – audiência pública. Res. Conama nº 005/88 – obras de saneamento. Res. Conama nº 009/90 – extração mineral (classes I, III a IX). Res. Conama nº 010/90 – extração mineral (classe II). Licenciamento ambiental Res. Conama nº 279/01 – termelétricas. Res. Conama nº 334/03 – centrais de embalagens agrotóxicos. Res. Conama nº 371/06 – novos critérios de compensação ambiental. Res. Conama nº 368/06 – cemitério; nova redação para a Res. nº 335/03. Nota: Lei nº 9.605/98 – crimes ambientais, artigo 60. Licenciamento ambiental A atual Constituição da República Federativa Brasileira, de 1988, dedicou o artigo 225 ao meio ambiente, estendendo a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as futuras gerações. Há, em seu título VIII – da Ordem Social – no capítulo VI, art. 225, normas direcionais da problemática ambiental que dão as diretrizes de preservação e proteção dos recursos naturais, incluindo fauna e flora, educação ambiental, e definindo o meio ambiente como bem de uso comum do povo. 1° Etapa: Licença Prévia (LP). 2° Etapa: Licença de Instalação (LI). 3° Etapa: Licença de Operação (LO). LOTP (título precário). LOP (parcial). LOR (renovação). Silis – Sistema de Licenciamento Simplificado. Objeto LP LI LO da Projeto Implantação Operação licença do projeto do projeto Empreendimentos Início do início das obras Operação do diversos planejamento de construção para o objeto da obra estabelecimento das instalações e da infraestrutura Atividades ou Início do início das obras operação da serviços planejamento de construção para o atividades (fonte estabelecimento das potencial) ou instalações e da serviços (posto Infraestrutura combustível) Exigências técnicas: água / ar / solo / resíduos / ruído / vibração / riscos / etc. Licenciamento ambiental Licenciamento ambiental I. Licença Prévia (LP) – concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. Requerimento de Licença Prévia (LP) A Licença Prévia pode ser obtida com os seguintes estudos ambientais: Estudo Ambiental Simplificado (EAS) Para atividade ou empreendimento de impacto muito pequeno e não significativo. Relatório Ambiental Preliminar (RAP) Para atividade ou empreendimento potencial ou efetivamente causador de degradação do meio ambiente. Resolução Conama n° 237/97 Competência federal – Ibama: localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados: cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do país ou de um ou mais Estados; destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. Licenciamento ambiental II. Licença de Instalação (LI) – autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Licenciamento ambiental III. Licença de Operação (LO) – autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Licenciamento ambiental Parágrafo único. As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade (BRASIL, 1997, p. 646). LP (anos) LI (anos) LO (anos) Resolução Conama 237/97 < 5 < 6 < 10 SMA Dec. 47.400/2002 < 5 < 6 2 a 10 CETESB Dec. 47.397/2002 2 3 2 a 5 Prazos das licenças na legislação A Licença de Operação terá prazo de validade de 5 anos, a ser estabelecido de acordo com o fator de complexidade (fator w) da atividade, assim definido: 2 anos: w 4, 4,5 e 5; 3 anos: w 3 e 3,5; 4 anos: w 2 e 2,5; 5 anos: w 1 e 1,5. § 1º – A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I e II. § 2º – O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade específicos para a Licença de Operação (LO) de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em prazos inferiores. Cada tipo de licença deve ser reavaliado e seus prazos devem ser verificados nos órgãos ambientais competentes. A Licença de Operação deverá ser requerida 120 dias antes da expiração do seu prazo de validade. Interatividade A atual Constituição da República Federativa Brasileira, de 1988, dedicou um artigo ao meio ambiente, estendendo a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo ao poder público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá-lo para as futuras gerações. Trata-se do: a) artigo 15 da Constituição Federal. b) artigo 225 da Constituição Federal. c) artigo 18 da Constituição Federal. d) artigo 325 da Constituição Federal. e) artigo 5 da Constituição Federal. Neste segundo momento, aprenderemos sobre avaliaçãode impactos ambientais Etapas e competências do licenciamento ambiental. Tipos de empreendimentos que precisam de licença ambiental. Etapas do procedimento de licenciamento ambiental O procedimento de licenciamento ambiental segundo a Resolução Conama nº 237/97, art. 10°, obedecerá às seguintes etapas: I. Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida. Etapas do procedimento de licenciamento ambiental II. Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade. III. Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do Sisnama, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias. Etapas do procedimento de licenciamento ambiental Para solicitação da Licença Prévia, os documentos são: procuração; Memorial de Caracterização do Empreendimento (MCE); certidão de uso e ocupação do solo; planta de localização do imóvel; MCE – é um formulário disponível nas agências ambientais ou no site da Cetesb. (http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamento/cetesb/downloads.asp) Competências do licenciamento ambiental O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras são instrumentos de controle da Política Nacional do Meio Ambiente, previsto no inciso IV, do artigo 9º, da Lei nº 6.938/81. Como já mencionado anteriormente, o licenciamento ambiental é obrigatório desde 1981 e é importante ressaltar que a Lei nº 6.938/81 já passou por várias alterações, mas a redação do inciso IV, do artigo 9º, permanece na forma original. Competências do licenciamento ambiental Até a metade dos anos 1990 não havia legislação que admitia estender a competência do licenciamento ambiental para a esfera municipal. Em 1997, definiu-se a repartição das competências para o licenciamento ambiental, estendendo a competência até a esfera municipal, por meio da Resolução Conama nº 237/97, que considerou que era preciso revisar o sistema de licenciamento ambiental e incorporar a ele os instrumentos de gestão ambiental, visando ao desenvolvimento sustentável e à melhoria contínua. Competências do licenciamento ambiental A partir de 1997, caminhou-se no sentido da descentralização do licenciamento ambiental e determinou-se que cada atividade ou empreendimento seja licenciado num único nível de competência, mediante a participação de convênios com municípios que possuam órgão ambiental competente ou não estejam devidamente estruturados e equipados. Competências do licenciamento ambiental Desse modo, as atividades licenciadas no município são aquelas com impacto ambiental direto, capazes de causar comprometimento aos meios físicos e biológicos do município, desde que não ultrapassem seus limites territoriais e sejam classificadas como pequeno potencial poluidor, salvo os empreendimentos e atividades sujeitos à elaboração de Estudos de Impactos Ambientais e Relatórios de Impactos do Meio Ambiente. Competências do licenciamento ambiental É importante ressaltar que a celebração de convênio não desobriga o Estado do exercício do poder de polícia ambiental, quando caracterizada a omissão ou incapacidade do município no desempenho da atividade de licenciamento e fiscalização, não impedindo a adoção, pelo Estado, de medidas urgentes necessárias a evitar ou minorar danos ambientais (GUSMÃO; MARTINI JR., 2009). Tipos de empreendimentos que precisam de licença ambiental Atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução Conama nº 237/97. Competências do licenciamento ambiental O processo de licenciamento ambiental é um instrumento de conciliação entre o desenvolvimento das atividades humanas e o respeito ao meio ambiente. Interatividade O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras são instrumentos de controle da: a) Política Nacional de Educação Ambiental. b) Política Nacional do Meio Ambiente. c) Política Nacional sobre Mudança do Clima. d) Política Nacional de Resíduos Sólidos. e) Política Nacional do Recursos Hídricos. Neste terceiro momento, aprenderemos sobre avaliação de impactos ambientais Licenciamento ambiental simplificado. Licenciamento ambiental simplificado para empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental. Licenciamento ambiental simplificado para sistemas de esgotamento sanitário. Licenciamento ambiental simplificado O artigo 12, § 1º, da Resolução Conama nº 237/97 prevê a possibilidade de estabelecer procedimentos específicos para o licenciamento ambiental simplificado para atividades com potencial de causar pequeno impacto ambiental. Licenciamento ambiental simplificado O órgão ambiental competente definirá, se necessário, procedimentos específicos para as licenças ambientais, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação. Licenciamento ambiental simplificado O Sistema de Licenciamento Simplificado (Silis) é um sistema informatizado com certificação digital, em que os empreendimentos de baixo potencial poluidor podem, via internet (www.cetesb.sp.gov.br/silis) realizar o seu licenciamento ambiental por meio de um procedimento simplificado, no qual os documentos Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação são concedidos com a emissão de apenas um documento. Além disso. O Silis também pode ser utilizado para renovação da Licença de Operação. Licenciamento ambiental simplificado Caso se enquadre no Silis, a solicitação de licenciamento deve ser feita no site da Cetesb (www.cetesb.sp.gov.br/silis). Caso não se enquadre no Silis, a solicitação deve ser feita na Agência Ambiental da Cetesb responsável pelo atendimento da região onde a empresa será (ou está) instalada, para retirada dos formulários e orientação quanto ao preenchimento dos documentos. Esses formulários também estão disponíveis no site da Cetesb. Licenciamento ambiental simplificado para empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental O Conama considerou a necessidade de estabelecer procedimento simplificado para o licenciamento ambiental – com prazo máximo de 60 dias de tramitação – dos empreendimentos com impacto ambiental de pequeno porte, necessário ao incremento da oferta de energia elétrica no país, bem como às complexidades de avaliação dos efeitos sobre o meio ambiente decorrentes da implantação de projetos de energia elétrica. Licenciamento ambiental simplificado para empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental O artigo 1° da Resolução Conama nº 279/01 estabelece prazos e procedimentos que se aplicam, em qualquer nível de competência, ao licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental. Entre eles encontram-se: Licenciamento ambiental simplificado para empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental I. usinas hidrelétricas e sistemas associados; II. usinas termelétricas e sistemas associados; III. sistemas de transmissão de energia elétrica (linhas de transmissão e subestações); IV. usinas eólicas eoutras fontes alternativas de energia. Parágrafo único. Para fins de aplicação desta Resolução, os sistemas associados serão analisados conjuntamente aos empreendimentos principais. Licenciamento ambiental simplificado para sistemas de esgotamento sanitário A Resolução Conama nº 377/06, de 9 de outubro de 2006, criou o licenciamento ambiental simplificado para sistemas de esgotamento sanitário: “Considerando a atual situação dos recursos hídricos no país, cuja carga poluidora é, em grande parte, proveniente de lançamento de esgotos domésticos sem prévio tratamento, e levando em conta que obras de saneamento estão diretamente vinculadas à saúde pública, (continua...) Licenciamento ambiental simplificado para sistemas de esgotamento sanitário (cont.) ao caráter mitigador da atividade de tratamento de esgotos sanitários e à necessidade de integrar os procedimentos dos instrumentos da Lei nº 6.938/81 (que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente) e da Lei nº 9.433/97 (que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos), o Conama, no uso das suas competências e fundamentado nos termos do artigo 12, § 1º, da Resolução nº 237/97, editou a Resolução nº 377/06, que dispôs sobre o licenciamento ambiental simplificado para sistemas de esgotamento sanitário (BRASIL, 2006b). Licenciamento ambiental simplificado para sistemas de esgotamento sanitário O Ato Administrativo Único que autoriza a implantação e a operação do empreendimento foi chamado de Licença Ambiental Única de Instalação e Operação (LIO). O Estado que desejar legislar concorrentemente poderá criar um Ato Administrativo Equivalente, com outra denominação. Licenciamento ambiental simplificado para sistemas de esgotamento sanitário O prazo para a emissão da LIO ou do Ato Administrativo Equivalente será de no máximo de 30 dias a partir da data do protocolo de recebimento do pedido. Tendências do licenciamento ambiental A evolução do procedimento de licenciamento deverá ser no sentido da criação de uma nova etapa no seu processo, referente à preocupação da sociedade em relação aos passivos ambientais deixados após o encerramento de atividades produtivas com potencial de causar impacto ambiental. Tendências do licenciamento ambiental O Termo de Encerramento das atividades de significativo impacto ambiental somente será expedido mediante a apresentação e aprovação de um relatório de avaliação da situação ambiental, realizado por profissionais devidamente habilitados e registrados nos respectivos Conselhos de Classe, constando informações importantes sugeridas por Gusmão e Martini Jr. (2009): Tendências do licenciamento ambiental destinação ambientalmente correta e em conformidade com a legislação aplicável à respectiva atividade de todos os resíduos gerados; remoção e destinação de todas as instalações e equipamentos, superficiais ou subterrâneos, substâncias e produtos perigosos em conformidade com a legislação aplicável à respectiva atividade; Tendências do licenciamento ambiental reparação de todos os danos eventualmente causados ao ambiente pela atividade; quitação de todas as multas ambientais lavradas pelos órgãos ambientais estaduais, inscritas ou não em dívida ativa, inclusive aquelas em cobrança judicial; avaliação da contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas. Tendências do licenciamento ambiental A licença poderá ser cancelada, cassada ou ter seus efeitos suspensos. A constatação do não atendimento das exigências técnicas e/ou da inconsistência das informações prestadas pelo usuário (empresário), implica automaticamente o cancelamento da licença. Interatividade Qual é a licença que utiliza um sistema informatizado com certificação digital, em que os empreendimentos de baixo potencial poluidor podem, via internet (www.cetesb.sp.gov.br/silis) realizar o seu licenciamento ambiental? a) Licença de instalação. b) Licença prévia. c) Licença ambiental simplificada. d) Licença de operação. e) Licença provisória. Neste quarto momento, aprenderemos sobre gerenciamento de riscos ambientais Conceito de risco. Avaliação de riscos ambientais. Avaliação de riscos tecnológicos – indústrias químicas. Importância do gerenciamento dos riscos ambientais. Gerenciamento de riscos ambientais O conceito de risco e a noção de incerteza estão intimamente relacionados, por isso o risco sempre está ligado à sensação de ameaça e sempre se tem a sensação de que algo indesejável e danoso possa ocorrer com determinada probabilidade. Gerenciamento de riscos ambientais O cálculo do risco é uma tentativa de estimar matematicamente as possibilidades de um evento e a magnitude de suas consequências. A avaliação de risco é a aplicação de um ajuizamento de valor para debater a importância dos riscos e suas consequências sociais, econômicas e ambientais. Análise de riscos O que pode ocorrer de errado? Quais são as causas dos erros e/ou falhas? Quais as chances de as falhas e/ou erros ocorrerem? Quais são as consequências associadas a cada um dos erros e/ou falhas? Os riscos decorrentes das falhas e/ou erros são toleráveis? Fonte: DINIZ, Lúcio J. Análise de Riscos em Projetos. Perigo Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial de causar danos às pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses. Fonte: DINIZ, Lúcio J. Análise de Riscos em Projetos. Risco: combinação da incerteza e do dano; combinação de evento, probabilidade e consequência; razão entre o perigo e as medidas de segurança. Fonte: DINIZ, Lúcio J. Análise de Riscos em Projetos. Risco Medida de perda econômica, de danos à vida humana e/ou impactos ambientais, resultante da combinação entre as frequências de ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências). R = f (f, C) R = risco. f = frequência de ocorrência. C = consequências (perdas / danos / impactos). APP – Análise Preliminar de Perigos CATEGORIA DE SEVERIDADE EFEITOS I – DESPREZÍVEL Nenhum dano ou dano não mensurável. II – MARGINAL Danos irrelevantes às instalações, pessoas e meio ambiente. III – CRÍTICA Possíveis danos às instalações com perdas razoáveis, lesões nas pessoas expostas e impactos ambientais com reduzido tempo de recuperação. IV - CATASTRÓFICA Danos catastróficos às instalações e/ou terceiros; mortes de pessoas e impactos ambientais significativos com tempo de recuperação elevado. APP – Análise Preliminar de Perigos Exemplo – APP APP – Análise Preliminar de Perigos Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp) É um método recomendado para identificar perigos e desvios operacionais em processos. É exame sistemático, crítico e formal do processo e das intenções das instalações, com o objetivo de se avaliar o perigo potencial decorrente de má operação. Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp) Revisão crítica da instalação, por meio de diversos encontros técnicos, durante os quais uma equipe multidisciplinar analisa detalhadamente o projeto da instalação, seguindo uma metodologia baseada na aplicação de “palavras-guia” e “parâmetros de processo”. Palavras-Guia Parâmetros Não Vazão Mais Pressão Menos ___ Temperatura Diferente de Reação Reverso Composição Desvios Mais vazão, fluxo reverso, nível alto, pressão alta, nível baixo, temperatura menor etc. Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp) Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp) Avaliação de riscos tecnológicos – indústrias químicas Os riscossão aferidos por meio de perspectivas técnicas capazes de prever prováveis danos à saúde humana ou aos ecossistemas, medir eventos geradores desses danos em função do espaço e do tempo e empregar frequências relativas (observadas ou modeladas) como uma forma de especificar probabilidade. Prevenção e mitigação no gerenciamento dos produtos químicos perigosos O ciclo de produção dos produtos químicos perigosos tem várias etapas: a extração da matéria-prima; o processo de industrialização; o armazenamento; o transporte por rodovias, hidrovias, dutovias, ferrovias, vias aéreas etc.; o uso domiciliar ou industrial; e a destinação final desses usos, que vêm contribuindo para o crescimento das concentrações de substâncias químicas normalmente inexistentes em ambientes não industrializados. Importância do gerenciamento dos riscos ambientais O gerenciamento dos riscos ambientais é antecedido por diversos processos de avaliação dos efeitos de eventos potencialmente capazes de causar impactos negativos na saúde pública e no meio ambiente. Esses efeitos tornam-se presentes em cada cenário de estudo e aparecem em curto, médio e longo prazos. Importância do gerenciamento dos riscos ambientais A avaliação de risco é a aplicação de um ajuizamento de valor para debater a importância dos riscos e suas consequências sociais, econômicas e ambientais. O cálculo do risco é uma tentativa de estimar matematicamente as possibilidades de um evento e a magnitude de suas consequências. Logo, o gerenciamento de riscos deve agir nas medidas preventivas de acidentes. Interatividade A circunstância potencialmente capaz de acarretar algum tipo de perda, dano ou prejuízo ambiental, material ou humano é: a) risco. b) técnica empregada para análise de risco. c) falha. d) perigo. e) evento acidental. Agora, gostaria de encerrar esta aula com a seguinte reflexão: Devemos contribuir para uma sociedade mais justa, que possa trazer benefícios mútuos, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Com isso, encerro a aula de hoje. Obrigado! ATÉ A PRÓXIMA!
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