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Unidade II RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Profa. Dra. Claudia Figueiredo Recuperação de áreas degradadas Na unidade II da disciplina Recuperação de áreas degradadas, abordaremos tópicos referentes a: tendências atuais direcionadas à recuperação de áreas degradadas; com destaque para a recuperação das propriedades dos solos e o processo de amostragem e análises para possíveis correções, bem como alguns modelos de restauração de áreas degradadas. Abordaremos o preparo de projetos para a recuperação de áreas degradadas, suas limitações e os aspectos legais envolvidos. A avaliação e monitoramento para acompanhamento de áreas que sofreram intervenções para recuperação. Recuperação de áreas degradadas Há de se ressaltar o papel da educação para a manutenção do meio ambiente. É necessário capacitar pessoas para que aprendam a lidar com as situações rotineiras e que consigam aplicar a sustentabilidade em seu dia a dia. A alfabetização ecológica é forma de educação voltada para a sustentabilidade. Assim, para que um empreendimento humano seja sustentável, precisa ser: ecologicamente correto; economicamente viável; socialmente justo; culturalmente diverso. Recuperação de áreas degradadas Quando pensamos em diminuição da poluição do solo, a população tem que participar e contribuir segregando adequadamente os resíduos sólidos recicláveis e reutilizáveis, As empresas devem utilizar o conceito de responsabilidade compartilhada através da logística reversa o produto, quando inutilizado, é devolvido ao fabricante ou importador para ser reciclado, reutilizado ou tratado. Produtos passíveis de logística reversa: agrotóxicos (seus resíduos e suas embalagens), pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes (seus resíduos e suas embalagens), lâmpadas fluorescentes, aparelhos eletrônicos e embalagens de produtos perigosos. O governo deve estimular este sistema através de medidas legais e incentivos fiscais. Recuperação de áreas degradadas Com a crescente preocupação com o meio ambiente, a recuperação de áreas degradadas ganhou mais atenção. A recuperação de áreas degradadas passou a ser uma prática a ser estudada e se tornou uma área de conhecimento, denominada Restauração Ecológica ou Ambiental. Os principais objetivos da recuperação de uma área degradada é devolver a integridade física, química e biológica (estrutura) do solo. Recuperar a capacidade produtiva (função) de alimentos, matérias-primas ou mesmo prestação de serviços ambientais. De acordo com o grau de degradação, alguns casos podem ser considerados, como: Restauração, Reabilitação ou Redefinição. Recuperação de áreas degradadas Restauração: retorno da área degradada às condições de antes, onde a recuperação ocorre de forma natural. Reabilitação: retorno da área para um estado intermediário do original, havendo a necessidade de uma intervenção antrópica (uso do ser humano). Redefinição ou redestinação: recuperação da área, objetivando o uso e a destinação diferente da pré-existente e se faz necessário a intervenção antrópica. Voltar ao estado original é um processo que se torna cada vez mais complexo, de acordo com a extensão da área de degradação. O termo mais viável, nesses casos, é recuperação ambiental. Recuperação de áreas degradadas Atualmente, existe uma preocupação social com a degradação das florestas, favorecendo a utilização de produtos gerados sem degradação. Essa forma nova de lidar com a sustentabilidade como alternativa para diminuir a degradação do meio ambiente é conhecida como manejo sustentável. O manejo sustentável sistêmico é um modelo que permite a criação de bens e serviços para a sociedade, sem prejudicar o meio ambiente. Um exemplo são as zonas ripárias das microbacias, onde a preservação das matas ciliares, une manejo sustentável e preservação ambiental e favorece a criação de corredores ecológicos, interagindo com os fragmentos florestais. Recuperação de áreas degradadas A erosão dos solos é considerada um dos maiores riscos naturais ao solo, causando grandes danos econômicos, ambientais e sociais. A erosão do solo pode levar à formação de ravinas e voçorocas, causando destruição ou inoperância de diversas atividades antrópicas, como estradas, dutos, edificações, barragem etc. Movimentos de massa são processos desencadeados nas encostas, caracterizados pelo movimento gravitacional de material. Conhecer a dinâmica dos processos erosivos e dos movimentos de massa é decisivo para o planejamento e gestão ambiental e para mitigar as perdas materiais e humanas que eles geram. Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias Técnicas ligadas ao geoprocessamento emergem com sucesso como ferramentas para a avaliação de perda dos solos por erosão e ocorrência de deslizamentos de terra. Sistema de Informação geográfica (SIG): as imagens de sensores remotos; as fotografias aéreas e imagens de satélite fornecem informações para a avaliação de riscos, tomada de decisões e compreensão das causas e consequência desses eventos. Auxiliam na criação e manutenção de sistemas de alerta, A evolução e popularização do SIG propiciam custos mais baixos e contínuas melhorias nos estudos de processos erosivos e de movimentos de massa. Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias As fotografias aéreas permitem alcançar uma escala maior de detalhes por apresentarem maior resolução espacial (tamanho do pixel). As imagens de satélite permitem o uso de ferramentas mais sofisticadas, com um eficiente processamento digital de imagens (PDI). Estas ferramentas melhoram o georreferenciamento por meio de inúmeros softwares que facilitam a identificação e a extração das informações contidas nas imagens. A classificação digital de imagens identifica ocorrências quase em tempo real. A escolha do sensor ou fotografia aérea dependerá do tipo de estudo e da escala de trabalho que será empregada. Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias Os sensores transformam algum tipo de energia (luz, calor, movimento) em energia elétrica, utilizada para a leitura de alguma condição ou característica do ambiente. Sensores aptos a captar os comprimentos de onda na faixa do infravermelho são capazes de fornecer informações como: índice de vegetação: abundância e atividade da vegetação verde; o índice de área foliar, porcentagem de cobertura verde; teor de clorofila, biomassa verde e radiação fotossintetizante ativa absorvida. Altos índices são indicadores da conservação de uma determinada área. Baixos índices representam degradação dos solos. Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias Sensores óticos podem fornecer registros da superfície dos solos, tais como: textura; salinidade; presença de matéria orgânica. A quantidade de água presente no solo aumenta a ‘intensidade’ de leitura do sensor. Solos secos possuem leitura relativamente simples. Solos umedecido: a leitura do sensor é modificada pela presença da água. Solos argilosos apresentam uma leitura muito mais complexa, pois o solo tem a textura fina e com presença de água. Interatividade Analise as sentenças e assinale a alternativa correta. I. Áreas perturbadas são aquelas que sofreram algum tipo de interferência, mas são capazes de autorregeneração. II. Áreas degradadas são aquelas que sofreram interferências tão impactantes que não são capazes de se regenerar sozinhas, necessitando de ações mitigadorashumanas para seu restabelecimento. III. Uma área degradada é uma área perturbada. a) Apenas I está correta. b) Apenas II está correta. c) Apenas III está correta. d) Apenas I e II estão corretas. e) Apenas II e III estão corretas. Recuperação do solo Para recuperar um solo é necessário conhecê-lo, como se originou, sua composição e características. Identificar as causas da degradação e cessá-las. Recuperá-lo significa restabelecer seus nutrientes, manter uma produtividade primária para que seja capaz de abrigar organismos diferentes. Para alcançar estes objetivos é necessário retirar amostras do solo e realizar análise de seus componentes. Uma vez em processo de recuperação, este solo necessita de monitoramento contínuo. E avaliação do grau de resposta ao longo do tempo, possibilitando novas interferências, se necessário. Propriedades do solo Há certas características do solo que podem ser vistas a olho nu, como: a cor, textura ou granulometria, estrutura, consistência e espessura dos horizontes. Do ponto de vista ecológico, o grau de acidez, a composição e a capacidade de troca de íons é essencial para a ciclagem de nutrientes. A faixa de pH em que ocorre maior disponibilidade de nutrientes situa-se entre 6,0 e 6,5. Solos com pH menor que 5,5, reduzem a atividade de bactérias decompositoras e favorecem a solubilidade do alumínio, do manganês e do ferro. Solos com pH mais elevado, acima de 6,5, reduzem a disponibilidade de zinco, cobre, ferro e manganês, entre outros. Propriedades do solo Presença de matéria orgânica (húmus) As substâncias húmicas são uma mistura de produtos em vários estágios de decomposição. São resultantes da degradação química e biológica de resíduos vegetais e animais e da atividade de síntese de micro-organismos. As substâncias húmicas representam a principal forma de matéria orgânica distribuída no planeta Terra. São encontradas não apenas em solos, mas também em águas naturais, turfas, pântanos, sedimentos aquáticos e marinhos. As propriedades físico-químicas de solos e sedimentos estão diretamente ligadas às substancias húmicas. Propriedades do solo Os solos possuem três fases: sólida (fração mineral e orgânica), líquida e gasosa, cujas proporções relativas variam de solo para solo. A fração mineral da fase sólida é resultante da desagregação física das rochas. As frações minerais mais grossas são responsáveis pela drenabilidade, a permeabilidade e a aeração indispensáveis para o equilíbrio água e do ar no solo. As partículas de menores podem apresentar cargas elétricas, configurando a capacidade de troca iônica do solo. Capacidade de Troca Catiônica (CTC): solo é trocador de cátions. Capacidade de Troca Aniônica (CTA): solo é trocador de ânions. Propriedades do solo A fração orgânica é constituída pela porção do solo formada de substâncias provenientes da degradação biológica (bactérias e fungos) de plantas e animais mortos. O material orgânico decomposto é transformado em gás carbônico, água e sais minerais. A fase líquida: é marcada pela presença da água. A quantidade de água absorvida pelo solo depende da permeabilidade do solo. A água no solo contém numerosos materiais orgânicos e inorgânicos, os quais foram dissolvidos da fase sólida. A água da chuva, ao se formar na atmosfera, já constitui uma solução de vários elementos e compostos químicos absorvidos do ar. Propriedades do solo A chuva atravessa as camadas de solo, e passa a transportar também outras substâncias, até chegar às raízes. A fase gasosa do solo apresenta os mesmos componentes principais presentes no ar atmosférico, mas em quantidades diferentes. Propriedades biológicas: estão ligadas à presença de organismos vivos. Nos solos férteis, com densa vegetação, existe uma complexa fauna, constituída de pequenos mamíferos, como ratos e outros roedores, protozoários, bactérias, fungos. Minhocas, insetos e vermes, que desempenham função de trituração, aeração, decomposição e mistura da matéria orgânica no solo. Propriedades do solo As características do solo variam com a profundidade, diferenças de temperatura, teor de água, concentração de gases (particularmente CO2 e O2) e movimento de solutos e de partículas, fluxos de material formando diferentes camadas (denominados horizontes). No solo que apresenta ótimas condições para o crescimento de plantas, verifica-se: 50% de sólidos (45% de origem mineral e 5% de orgânica), 25% de líquida e 25% de gases). Os quatros componentes (mineral, orgânica, líquida e gás) estão intimamente misturados, permitindo a ocorrência de reações e constituindo um ambiente adequado para a vida vegetal. Faixa de pH entre 6,0 e 6,5. Propriedades do solo O perfil do solo mostra as diferentes camadas (horizontes), permitindo que se identifique, classifique e planeje o manejo mais adequado para o solo. Horizonte R Horizonte 0 Horizonte A Horizonte C Horizonte B Fonte: autoras do livro-texto O: matéria orgânica A: húmus B: acúmulo de argila e ferro e alumínio C: minérios e poucos organismos R: rocha matriz Coleta de amostras e análise do solo Na coleta de amostras sólidas, geralmente o material é pouco homogêneo. Uma solução é coletar de 15 a 20 amostras em vários pontos diferentes, sendo todo o material recolhido misturado e homogeneizado. Deste material retira-se uma nova amostra para seguir as análises químicas. As amostras devem ser coletadas a uma profundidade de pelo menos 20 cm. As análises se baseiam em: teores de macro e micronutrientes, de matéria orgânica, o pH, a capacidade de troca de cátions, a soma de bases e os percentuais de silte, de argila e de areia fina e grossa, presença de poluentes. Coleta de amostras e análise do solo Cuidados com a amostragem: dividir a propriedade em áreas uniformes de até 10 hectares para a retirada de amostras; cada uma dessas áreas deve ser uniforme quanto à cor, topografia e textura e quanto às adubações e calagens que recebeu; deve-se limpar a superfície dos locais escolhidos para a coleta, removendo as folhas e outros detritos; as áreas escolhidas devem ser percorridas em ziguezague, retirando-se as amostras em pontos diferentes; não retirar amostras quando o terreno estiver encharcado, ou de locais próximos à residência, galpões, estradas, formigueiros, depósito de fertilizante etc. Interatividade Analise as sentenças e assinale a alternativa correta. I. O desmatamento é considerado um dos motivos de degradação do meio ambiente e ocorre devido à exploração ilegal de árvores de valor comercial. No entanto, II. A recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a redução do desmatamento. a) Apenas a sentença I está correta. b) Apenas a sentença II está correta. c) As sentenças I e II não estão relacionadas. d) As sentenças I e II estão corretas. e) A sentença I é justificada pela sentença II. Recuperação de áreas degradadas Em muitas situações, o processo natural de recuperação de uma área degradada pode levar centenas de anos. Este processo natural de recuperação ocorre através do processo de sucessão primária Nestes casos, é necessária a aplicação de técnicas para a recuperação dessas áreas, com o objetivo de encurtar o tempo de recuperação. Transformar um processo que naturalmente levaria centenas de anos para poucas décadas, acelerando o processode sucessão secundária. A escolha de cada modelo a ser implantado dependerá do tamanho da área, condições do solo e nível de degradação. Recuperação de áreas degradadas A sucessão primária é iniciada por organismos pioneiros em local desabitado. Envolve modificações substanciais do ambiente, causadas direta ou indiretamente pelos organismos pioneiros. O processo tende a ser muito lento, uma vez que plantas e outros organismos precisam formar o solo, o que pode levar dezenas ou centenas de anos. No caso de sucessão em rochas, líquens, fungos, microrganismos e vegetais de pequeno porte, iniciam o processo erodindo a rocha e formando uma tênue camada de solo, propiciando a colonização de outros organismos Através da troca sucessiva de organismos, a sucessão avança para uma comunidade com maior biomassa e maior diversidade (sucessão secundária). Recuperação de áreas degradadas Uma característica da sucessão secundária é o fato de já existir um solo formado, mais a capacidade de regeneração da vegetação. A sucessão secundária pode ser rápida ou lenta, depende do grau de perturbação ocorrido. A velocidade é influenciada por um conjunto de fatores, como: o tamanho da clareira no dossel de florestas. A composição florística remanescente. A presença de banco de sementes no solo. A presença de indivíduos remanescentes ou com capacidade de rebrota. Quantidade de fontes de propágulos (frutos, sementes e outros) vindos de áreas próximas. Recuperação de áreas degradadas Quanto mais próximo de fontes de propágulos estiver a área perturbada, mais rápido tende a ser o processo de sucessão. O processo de recuperação pode ser influenciado: pelo tipo de vegetação (e sua dispersão) aos arredores da área degradada; pela conservação de remanescentes de vegetação nativa, seja como fragmentos da área degradada ou mesmo árvores isoladas; as maiores dificuldades para o processo de recuperação estão associadas à eliminação das camadas superficiais do solo, compactação excessiva e erosão acentuada e pela presença e quantidade de pequenos roedores, formigas e outros insetos, através da predação de sementes e plântulas. Modelos de recuperação A substituição florística ocorre em casos de distúrbios mais intensos, onde o banco de sementes do solo de espécies florestais nativas foram eliminadas. A sucessão, nesse caso, deve passar pelos estágios de ervas, arbustos, espécies arbóreas pioneiras e finalmente espécies finais de sucessão, com gradual substituição de grupos de espécies ao longo do tempo. Modelo de facilitação: espécies pioneiras colonizam uma área recém-aberta, facilitando a entrada de novas espécies mais exigentes. Uso do plantio de leguminosas fixadoras de nitrogênio. Caracteriza-se pela melhora das condições ecológicas na ciclagem de nutrientes e da fertilidade em solos. Modelos de restauração Modelos de restauração para áreas extensas podem ser simples ou mais complexos. Nos modelos simples são utilizadas poucas espécies ou poucos arranjos de espécies. São efetivos apenas na proteção inicial do solo contra a erosão, mas apresentam problemas em termos de sustentabilidade, pois necessitam de periódicas intervenções, elevando o custo a longo prazo. Os modelos complexos procuram imitar a natureza, utilizando um número elevado de espécies, combinando espécies de diferentes grupos sucessionais. Os custos de implantação são mais elevados, mas geralmente não necessitam de intervenções ao longo do tempo, se tornam autossustentáveis. Modelos de restauração A nucleação é um modelo de facilitação da sucessão. Em áreas menores sem grande extensão ou quando se dispõe de pouco recurso financeiro para a restauração, pode-se optar pela nucleação. Nucleação: utiliza a vegetação remanescente (pequenos fragmentos ou até mesmo por árvores isolada) como núcleo de expansão da vegetação. Pode-se usar a galhada (galhos, folhas e material reprodutivo) como fontes de sementes e outros tipos de plantas. Esse material vegetal é depositado em pilhas ou fileiras. Utilizam-se poleiros de caules de árvores mortas ou recém-derrubadas, unidos por cordas para atração de aves e morcegos dispersores de sementes. Modelos de restauração Plantio aleatório: baseado no fato de que a regeneração natural das espécies arbóreas não obedece a nenhum tipo de espaçamento predeterminado. Mas procura distribuir as mudas no campo de uma forma mais regular, evitando-se deixar grandes áreas com solo exposto e áreas com adensamento de mudas. Esse modelo apresenta a dificuldade de se combinar espécies sombreadoras (não pioneiras) com sombreadas (pioneiras). Em casos onde ocorra elevada infestação de espécies herbáceas invasoras (capim-gordura, braquiária e trepadeiras agressivas), recomenda-se primeiro controlar a população destas plantas. Restauração florestal Alguns critérios básicos: plantar espécies nativas e eliminar espécies exóticas. Plantar o maior número possível de espécies para gerar alta diversidade. Utilizar combinações de espécies pioneiras e sucessionais. Plantar espécies atrativas à fauna. Em solos degradados, plantar espécies leguminosas fixadoras de nitrogênio, juntamente com outras espécies nativas. Para as áreas permanentemente encharcadas, optar por espécies típicas de florestas de brejo e florestas inundáveis. Os sacos plásticos onde se fizeram mudas devem ser retirados na hora do plantio da muda no solo. Realizar monitoramento mensal das formigas. Interatividade A respeito do processo de sucessão, analise as sentenças. I. A biomassa aumenta ao longo da sucessão. II. A biodiversidade aumenta ao longo da sucessão. III. A complexidade aumenta ao longo da sucessão. IV. A estabilidade aumenta ao longo da sucessão. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as sentenças I e II estão corretas. b) Apenas as sentenças II e III estão corretas. c) Apenas as sentenças III e IV estão corretas. d) Apenas as sentenças I, II e III estão corretas. e) As sentenças I, II, III e IV estão corretas. Prevenção, controle e correção da erosão Quando a erosão é superficial, mas os horizontes superiores são preservados, é necessário corrigir a drenagem. Aliar práticas vegetativas: reflorestamento, o cultivo em faixas e vegetação em nível, plantio de gramas em taludes, cobrir o solo com palha e folhagem. E práticas edáficas: avaliação do solo, adição de fertilizantes, correção do pH, rotação de culturas, controle de queimadas. Quando há formação de voçorocas, as correções são onerosas, com interceptação e desvio das águas pluviais. Instalações de tubulações para corrigir a rede de drenagem natural, bacias de retenção para decantação de sedimentos e barramentos ‘em escada’, formando terraços. Recuperação de áreas de pecuária e mineração Na pecuária, o solo apresenta problemas de compactação, pelo longo tempo de utilização da área com pastagem é necessário empregar técnicas convencionais de preparo do solo, como aração, gradagem e subsolagem, acompanhando as curvas de nível do terreno, de forma a evitar processos erosivos. Quando há emissão de uma licença para atividades de mineração, isso implica o represamento de cursos d'água e outros, a vegetação de uma determinada floresta é suprimida, mas, deve ser restaurada em outra área como medida compensatória. É indicada a produção de mudas através do resgate de plântulas. Recuperação de áreas de mineração Para aumentar a diversidade de espécies, a coleta das plântulas deveser feita mais de uma vez ao ano, se possível nas quatro estações (primavera, verão, outono e inverno), ou pelo menos duas vezes, uma na estação seca e outra na estação chuvosa. Para a recuperação de áreas de mineração deve-se proceder a transposição do banco de sementes de uma floresta. O banco de sementes traz junto outras estruturas reprodutivas, como pedaços de raízes com capacidade de rebrota. A serapilheira e a camada superficial de solo são depositadas em determinadas áreas para que se tornem núcleos de alta diversidade, desencadeando o processo sucessional na área degradada como um todo. Recuperação de taludes (encostas) Mudança abrupta na encosta, que pode indicar tanto uma área com deslizamento antigo como uma mudança nas características da erosão do material superficial. Para a estabilidade de massas, há benefícios dos protetores da vegetação arbórea, que vão desde o reforço e contenção mecânica pelas raízes e caules até a modificação da hidrologia da encosta, como resultado da extração de umidade do solo. A escolha correta das plantas é uma fase crítica. Uma cobertura de gramíneas ou vegetação herbácea muito apertada e densa evita a erosão superficial. Uma vegetação arbórea com raízes profundas previne rupturas na estabilidade superficial e de massas de solo. Recuperação de áreas contaminadas As tecnologias que permitem a recuperação ou remediação de solos contaminados se baseiam nas propriedades químicas de substâncias e/ou processos físicos utilizados para retenção, mobilização ou destruição de um determinado contaminante presente no solo. Podem ser aplicadas “in situ” (tratamento no lugar da contaminação) ou “ex situ” (remoção do material contaminado para outro local). As técnicas utilizadas são onerosas e baseadas na: biorremediação: utilização de organismos vivos, especialmente micro-organismos, para degradar ou transformar poluentes; fitorremediação: uso de vegetação para a descontaminação de solos e sedimentos. Bioengenharia A bioengenharia exige a utilização de trabalho manual e exige conhecimento profissional da mão de obra. Normalmente são executados na época da seca, uma época do ano em que a mão de obra está geralmente mais disponível. A bioengenharia preconiza o uso principalmente de materiais nativos, tais como plantas ou partes delas (ramos ou galhos), pedra, madeira e terra. A utilização de materiais nativos diminui o custo financeiro. É uma alternativa útil para locais íngremes ou altamente sensíveis, em que o uso de máquinas não é viável e o trabalho manual é uma necessidade. Avaliação dos processos de recuperação A fim de mensurar o impacto da degradação do meio ambiente, principalmente no Brasil, foram criados índices de avaliação. Esses índices têm como principal objetivo auxiliar a criação de políticas públicas e acordos internacionais para melhorar o meio ambiente. Índice de Degradação (ID): analisa o índice de desertificação da área. O Brasil, um país de tamanho continental, possui desigualdades microrregionais no quesito de índice de degradação devido à atividade econômica de cada área. A recuperação de áreas rurais acontece em áreas de preservação permanente (APP) devido à importância das matas ciliares para a proteção do sistema hídrico. Avaliação dos processos de recuperação 1973 – o Brasil começou a discutir sobre áreas frágeis a partir do início das modificações no Código Florestal Brasileiro. No Brasil são considerados oito tipos de áreas frágeis: 1. Topos de morros, encostas e escarpas de serras (bordas de depressões). 2. Nascentes de cursos d’água. 3. Margens de cursos d’água, várzeas e leitos inundáveis. 4. Lagos, lagoas e lagunas. 5. Áreas de recarga de aquíferos. 6. Áreas de ação eólica intensa, arenização e desertificação. 7. Mangues. 8. Restingas. Interatividade Pesticidas são contaminantes ambientais altamente tóxicos aos seres vivos, geralmente com grande persistência ambiental. A biorremediação de pesticidas utilizando microrganismos tem se mostrado uma técnica muito promissora para essa finalidade, por apresentar vantagens econômicas e ambientais. Assinale a alternativa correta sobre a função dos microrganismos utilizados. a) Transferir o contaminante do solo para a água. b) Absorver o contaminante sem alterá-lo quimicamente. c) Apresentar alta taxa de mutação ao longo das gerações. d) Estimular o sistema imunológico do homem contra o contaminante. e) Metabolizar o contaminante, liberando subprodutos. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias Interatividade Resposta Recuperação do solo Propriedades do solo Propriedades do solo Propriedades do solo Propriedades do solo Propriedades do solo Propriedades do solo Propriedades do solo Coleta de amostras e análise do solo Coleta de amostras e análise do solo Interatividade Resposta Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Recuperação de áreas degradadas Modelos de recuperação Modelos de restauração Modelos de restauração Modelos de restauração Restauração florestal Interatividade Resposta �Prevenção, controle e correção da erosão� Recuperação de áreas de pecuária e mineração Recuperação de áreas de mineração Recuperação de taludes (encostas) Recuperação de áreas contaminadas Bioengenharia Avaliação dos processos de recuperação Avaliação dos processos de recuperação Interatividade Resposta Slide Number 48
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