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Recuperação de Áreas Degradadas - Slides de Aula - Unidade II

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Unidade II 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS 
 
 
 
 
Profa. Dra. Claudia Figueiredo 
Recuperação de áreas degradadas 
 Na unidade II da disciplina Recuperação de áreas degradadas, 
abordaremos tópicos referentes a: 
 tendências atuais direcionadas à recuperação de áreas 
degradadas; 
 com destaque para a recuperação das propriedades dos solos 
 e o processo de amostragem e análises para possíveis 
correções, bem como alguns modelos de restauração 
de áreas degradadas. 
 Abordaremos o preparo de projetos para a recuperação 
de áreas degradadas, suas limitações e os aspectos legais 
envolvidos. 
 A avaliação e monitoramento para acompanhamento 
de áreas que sofreram intervenções para recuperação. 
 
Recuperação de áreas degradadas 
 Há de se ressaltar o papel da educação para a manutenção 
do meio ambiente. 
 É necessário capacitar pessoas para que aprendam 
a lidar com as situações rotineiras e que consigam 
aplicar a sustentabilidade em seu dia a dia. 
 A alfabetização ecológica é forma de educação voltada 
para a sustentabilidade. 
 Assim, para que um empreendimento humano seja 
sustentável, precisa ser: 
 ecologicamente correto; 
 economicamente viável; 
 socialmente justo; 
 culturalmente diverso. 
Recuperação de áreas degradadas 
 Quando pensamos em diminuição da poluição do solo, a 
população tem que participar e contribuir segregando 
adequadamente os resíduos sólidos recicláveis e reutilizáveis, 
 As empresas devem utilizar o conceito de responsabilidade 
compartilhada através da logística reversa  o produto, 
quando inutilizado, é devolvido ao fabricante ou importador 
para ser reciclado, reutilizado ou tratado. 
 Produtos passíveis de logística reversa: agrotóxicos (seus 
resíduos e suas embalagens), pilhas e baterias, pneus, óleos 
lubrificantes (seus resíduos e suas embalagens), lâmpadas 
fluorescentes, aparelhos eletrônicos e embalagens de 
produtos perigosos. 
 O governo deve estimular este sistema através 
de medidas legais e incentivos fiscais. 
Recuperação de áreas degradadas 
 Com a crescente preocupação com o meio ambiente, a 
recuperação de áreas degradadas ganhou mais atenção. 
 A recuperação de áreas degradadas passou a ser uma prática 
a ser estudada e se tornou uma área de conhecimento, 
denominada Restauração Ecológica ou Ambiental. 
 Os principais objetivos da recuperação de uma área 
degradada é devolver a integridade física, química 
e biológica (estrutura) do solo. 
 Recuperar a capacidade produtiva (função) de alimentos, 
matérias-primas ou mesmo prestação de serviços ambientais. 
 De acordo com o grau de degradação, alguns casos 
podem ser considerados, como: Restauração, 
Reabilitação ou Redefinição. 
 
Recuperação de áreas degradadas 
 Restauração: retorno da área degradada às condições de 
antes, onde a recuperação ocorre de forma natural. 
 Reabilitação: retorno da área para um estado intermediário do 
original, havendo a necessidade de uma intervenção antrópica 
(uso do ser humano). 
 Redefinição ou redestinação: recuperação da área, 
objetivando o uso e a destinação diferente da pré-existente 
e se faz necessário a intervenção antrópica. 
 Voltar ao estado original é um processo que se torna cada 
vez mais complexo, de acordo com a extensão da área 
de degradação. 
 O termo mais viável, nesses casos, é recuperação 
ambiental. 
 
Recuperação de áreas degradadas 
 Atualmente, existe uma preocupação social com a degradação 
das florestas, 
 favorecendo a utilização de produtos gerados sem degradação. 
 Essa forma nova de lidar com a sustentabilidade como alternativa 
para diminuir a degradação do meio ambiente é conhecida como 
manejo sustentável. 
 O manejo sustentável sistêmico é um modelo que permite a 
criação de bens e serviços para a sociedade, sem prejudicar 
o meio ambiente. 
 Um exemplo são as zonas ripárias das microbacias, onde 
a preservação das matas ciliares, une manejo sustentável e 
preservação ambiental e favorece a criação de corredores 
ecológicos, interagindo com os fragmentos florestais. 
Recuperação de áreas degradadas 
 A erosão dos solos é considerada um dos maiores riscos 
naturais ao solo, causando grandes danos econômicos, 
ambientais e sociais. 
 A erosão do solo pode levar à formação de ravinas 
e voçorocas, causando destruição ou inoperância 
de diversas atividades antrópicas, como estradas, 
dutos, edificações, barragem etc. 
 Movimentos de massa são processos desencadeados 
nas encostas, caracterizados pelo movimento 
gravitacional de material. 
 Conhecer a dinâmica dos processos erosivos e dos 
movimentos de massa é decisivo para o planejamento 
e gestão ambiental e para mitigar as perdas materiais 
e humanas que eles geram. 
Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias 
 Técnicas ligadas ao geoprocessamento emergem com 
sucesso como ferramentas para a avaliação de perda dos 
solos por erosão e ocorrência de deslizamentos de terra. 
Sistema de Informação geográfica (SIG): 
 as imagens de sensores remotos; 
 as fotografias aéreas e imagens de satélite 
 fornecem informações para a avaliação de riscos, tomada 
de decisões e compreensão das causas e consequência 
desses eventos. 
 Auxiliam na criação e manutenção de sistemas de alerta, 
 A evolução e popularização do SIG propiciam custos mais 
baixos e contínuas melhorias nos estudos de processos 
erosivos e de movimentos de massa. 
Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias 
 As fotografias aéreas permitem alcançar uma escala maior 
de detalhes por apresentarem maior resolução espacial 
(tamanho do pixel). 
 As imagens de satélite permitem o uso de ferramentas mais 
sofisticadas, com um eficiente processamento digital de 
imagens (PDI). 
 Estas ferramentas melhoram o georreferenciamento por 
meio de inúmeros softwares que facilitam a identificação 
e a extração das informações contidas nas imagens. 
 A classificação digital de imagens identifica ocorrências 
quase em tempo real. 
 A escolha do sensor ou fotografia aérea dependerá do 
tipo de estudo e da escala de trabalho que será empregada. 
Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias 
 Os sensores transformam algum tipo de energia (luz, calor, 
movimento) em energia elétrica, utilizada para a leitura de 
alguma condição ou característica do ambiente. 
Sensores aptos a captar os comprimentos de onda na faixa do 
infravermelho são capazes de fornecer informações como: 
 índice de vegetação: abundância e atividade da vegetação 
verde; 
 o índice de área foliar, porcentagem de cobertura verde; 
 teor de clorofila, biomassa verde e 
 radiação fotossintetizante ativa absorvida. 
 Altos índices são indicadores da conservação de uma 
determinada área. 
 Baixos índices representam degradação dos solos. 
Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias 
Sensores óticos podem fornecer registros da superfície dos 
solos, tais como: 
 textura; 
 salinidade; 
 presença de matéria orgânica. 
 A quantidade de água presente no solo aumenta 
a ‘intensidade’ de leitura do sensor. 
 Solos secos possuem leitura relativamente simples. 
 Solos umedecido: a leitura do sensor é modificada 
pela presença da água. 
 Solos argilosos apresentam uma leitura muito mais complexa, 
pois o solo tem a textura fina e com presença de água. 
Interatividade 
Analise as sentenças e assinale a alternativa correta. 
I. Áreas perturbadas são aquelas que sofreram algum tipo 
de interferência, mas são capazes de autorregeneração. 
II. Áreas degradadas são aquelas que sofreram interferências 
tão impactantes que não são capazes de se regenerar sozinhas, 
necessitando de ações mitigadorashumanas para seu 
restabelecimento. 
III. Uma área degradada é uma área perturbada. 
a) Apenas I está correta. 
b) Apenas II está correta. 
c) Apenas III está correta. 
d) Apenas I e II estão corretas. 
e) Apenas II e III estão corretas. 
 
Recuperação do solo 
 Para recuperar um solo é necessário conhecê-lo, como 
se originou, sua composição e características. 
 Identificar as causas da degradação e cessá-las. 
 Recuperá-lo significa restabelecer seus nutrientes, manter 
uma produtividade primária para que seja capaz de abrigar 
organismos diferentes. 
 Para alcançar estes objetivos é necessário retirar amostras 
do solo e realizar análise de seus componentes. 
 Uma vez em processo de recuperação, este solo necessita 
de monitoramento contínuo. 
 E avaliação do grau de resposta ao longo do tempo, 
possibilitando novas interferências, se necessário. 
Propriedades do solo 
 Há certas características do solo que podem ser vistas a olho 
nu, como: a cor, textura ou granulometria, estrutura, consistência 
e espessura dos horizontes. 
 Do ponto de vista ecológico, o grau de acidez, a composição 
e a capacidade de troca de íons é essencial para a ciclagem 
de nutrientes. 
 A faixa de pH em que ocorre maior disponibilidade de nutrientes 
situa-se entre 6,0 e 6,5. 
 Solos com pH menor que 5,5, reduzem a atividade de bactérias 
decompositoras e favorecem a solubilidade do alumínio, do 
manganês e do ferro. 
 Solos com pH mais elevado, acima de 6,5, reduzem 
a disponibilidade de zinco, cobre, ferro e manganês, 
entre outros. 
Propriedades do solo 
Presença de matéria orgânica (húmus) 
 As substâncias húmicas são uma mistura de produtos 
em vários estágios de decomposição. 
 São resultantes da degradação química e biológica de 
resíduos vegetais e animais e da atividade de síntese 
de micro-organismos. 
 As substâncias húmicas representam a principal forma 
de matéria orgânica distribuída no planeta Terra. 
 São encontradas não apenas em solos, mas também em 
águas naturais, turfas, pântanos, sedimentos aquáticos 
e marinhos. 
 As propriedades físico-químicas de solos e sedimentos 
estão diretamente ligadas às substancias húmicas. 
Propriedades do solo 
 Os solos possuem três fases: sólida (fração mineral 
e orgânica), líquida e gasosa, cujas proporções relativas 
variam de solo para solo. 
 A fração mineral da fase sólida é resultante da desagregação 
física das rochas. 
 As frações minerais mais grossas são responsáveis pela 
drenabilidade, a permeabilidade e a aeração indispensáveis 
para o equilíbrio água e do ar no solo. 
 As partículas de menores podem apresentar cargas elétricas, 
configurando a capacidade de troca iônica do solo. 
 Capacidade de Troca Catiônica (CTC): solo é trocador de cátions. 
 Capacidade de Troca Aniônica (CTA): solo é trocador de ânions. 
Propriedades do solo 
 A fração orgânica é constituída pela porção do solo formada 
de substâncias provenientes da degradação biológica 
(bactérias e fungos) de plantas e animais mortos. 
 O material orgânico decomposto é transformado em gás 
carbônico, água e sais minerais. 
 A fase líquida: é marcada pela presença da água. 
 A quantidade de água absorvida pelo solo depende 
da permeabilidade do solo. 
 A água no solo contém numerosos materiais orgânicos 
e inorgânicos, os quais foram dissolvidos da fase sólida. 
 A água da chuva, ao se formar na atmosfera, já constitui uma 
solução de vários elementos e compostos químicos 
absorvidos do ar. 
 
Propriedades do solo 
 A chuva atravessa as camadas de solo, e passa a transportar 
também outras substâncias, até chegar às raízes. 
 A fase gasosa do solo apresenta os mesmos componentes 
principais presentes no ar atmosférico, mas em quantidades 
diferentes. 
 Propriedades biológicas: estão ligadas à presença 
de organismos vivos. 
 Nos solos férteis, com densa vegetação, existe uma complexa 
fauna, constituída de pequenos mamíferos, como ratos 
e outros roedores, protozoários, bactérias, fungos. 
 Minhocas, insetos e vermes, que desempenham função 
de trituração, aeração, decomposição e mistura 
da matéria orgânica no solo. 
 
Propriedades do solo 
 As características do solo variam com a profundidade, 
diferenças de temperatura, teor de água, concentração 
de gases (particularmente CO2 e O2) e movimento de solutos 
e de partículas, fluxos de material formando diferentes camadas 
(denominados horizontes). 
No solo que apresenta ótimas condições para o crescimento 
de plantas, verifica-se: 
 50% de sólidos (45% de origem mineral e 5% de orgânica), 25% 
de líquida e 25% de gases). 
 Os quatros componentes (mineral, orgânica, líquida e gás) 
estão intimamente misturados, permitindo a ocorrência de 
reações e constituindo um ambiente adequado para a vida 
vegetal. 
 Faixa de pH entre 6,0 e 6,5. 
 
Propriedades do solo 
 O perfil do solo mostra as diferentes camadas (horizontes), 
permitindo que se identifique, classifique e planeje o manejo 
mais adequado para o solo. 
 
Horizonte R
Horizonte 0
Horizonte A
Horizonte C
Horizonte B
Fonte: autoras do livro-texto 
 O: matéria orgânica 
 A: húmus 
 B: acúmulo de argila e ferro 
e alumínio 
 C: minérios e poucos 
organismos 
 R: rocha matriz 
 
 
Coleta de amostras e análise do solo 
 Na coleta de amostras sólidas, geralmente o material é pouco 
homogêneo. 
 Uma solução é coletar de 15 a 20 amostras em vários 
pontos diferentes, sendo todo o material recolhido misturado 
e homogeneizado. 
 Deste material retira-se uma nova amostra para seguir as 
análises químicas. 
 As amostras devem ser coletadas a uma profundidade de pelo 
menos 20 cm. 
 As análises se baseiam em: teores de macro e 
micronutrientes, de matéria orgânica, o pH, a capacidade de 
troca de cátions, a soma de bases e os percentuais de silte, 
de argila e de areia fina e grossa, presença de poluentes. 
 
Coleta de amostras e análise do solo 
Cuidados com a amostragem: 
 dividir a propriedade em áreas uniformes de até 10 hectares 
para a retirada de amostras; 
 cada uma dessas áreas deve ser uniforme quanto à cor, 
topografia e textura e quanto às adubações e calagens 
que recebeu; 
 deve-se limpar a superfície dos locais escolhidos para 
a coleta, removendo as folhas e outros detritos; 
 as áreas escolhidas devem ser percorridas em ziguezague, 
retirando-se as amostras em pontos diferentes; 
 não retirar amostras quando o terreno estiver encharcado, 
ou de locais próximos à residência, galpões, estradas, 
formigueiros, depósito de fertilizante etc. 
 
Interatividade 
Analise as sentenças e assinale a alternativa correta. 
I. O desmatamento é considerado um dos motivos de degradação 
do meio ambiente e ocorre devido à exploração ilegal de 
árvores de valor comercial. 
 No entanto, 
II. A recuperação de áreas desmatadas e o aumento de 
produtividade das pastagens podem contribuir para a redução 
do desmatamento. 
a) Apenas a sentença I está correta. 
b) Apenas a sentença II está correta. 
c) As sentenças I e II não estão relacionadas. 
d) As sentenças I e II estão corretas. 
e) A sentença I é justificada pela sentença II. 
Recuperação de áreas degradadas 
 Em muitas situações, o processo natural de recuperação 
de uma área degradada pode levar centenas de anos. 
 Este processo natural de recuperação ocorre através 
do processo de sucessão primária 
 Nestes casos, é necessária a aplicação de técnicas para 
a recuperação dessas áreas, 
 com o objetivo de encurtar o tempo de recuperação. 
 Transformar um processo que naturalmente levaria centenas 
de anos para poucas décadas, 
 acelerando o processode sucessão secundária. 
 A escolha de cada modelo a ser implantado dependerá do 
tamanho da área, condições do solo e nível de degradação. 
Recuperação de áreas degradadas 
 A sucessão primária é iniciada por organismos pioneiros 
em local desabitado. 
 Envolve modificações substanciais do ambiente, causadas direta 
ou indiretamente pelos organismos pioneiros. 
 O processo tende a ser muito lento, uma vez que plantas e outros 
organismos precisam formar o solo, o que pode levar dezenas ou 
centenas de anos. 
 No caso de sucessão em rochas, líquens, fungos, 
microrganismos e vegetais de pequeno porte, iniciam o processo 
erodindo a rocha e formando uma tênue camada de solo, 
propiciando a colonização de outros organismos 
 Através da troca sucessiva de organismos, a sucessão avança 
para uma comunidade com maior biomassa e maior 
diversidade (sucessão secundária). 
 
Recuperação de áreas degradadas 
 Uma característica da sucessão secundária é o fato de já 
existir um solo formado, mais a capacidade de regeneração 
da vegetação. 
 A sucessão secundária pode ser rápida ou lenta, 
depende do grau de perturbação ocorrido. 
 A velocidade é influenciada por um conjunto de fatores, 
como: o tamanho da clareira no dossel de florestas. 
 A composição florística remanescente. 
 A presença de banco de sementes no solo. 
 A presença de indivíduos remanescentes ou com capacidade 
de rebrota. 
 Quantidade de fontes de propágulos (frutos, sementes 
e outros) vindos de áreas próximas. 
 
Recuperação de áreas degradadas 
 Quanto mais próximo de fontes de propágulos estiver a área 
perturbada, mais rápido tende a ser o processo de sucessão. 
O processo de recuperação pode ser influenciado: 
 pelo tipo de vegetação (e sua dispersão) aos arredores 
da área degradada; 
 pela conservação de remanescentes de vegetação nativa, 
seja como fragmentos da área degradada ou mesmo árvores 
isoladas; 
 as maiores dificuldades para o processo de recuperação estão 
associadas à eliminação das camadas superficiais do solo, 
compactação excessiva e erosão acentuada 
 e pela presença e quantidade de pequenos roedores, 
formigas e outros insetos, através da predação 
de sementes e plântulas. 
Modelos de recuperação 
 A substituição florística ocorre em casos de distúrbios mais 
intensos, onde o banco de sementes do solo de espécies 
florestais nativas foram eliminadas. 
 A sucessão, nesse caso, deve passar pelos estágios de ervas, 
arbustos, espécies arbóreas pioneiras e finalmente espécies 
finais de sucessão, com gradual substituição de grupos de 
espécies ao longo do tempo. 
 Modelo de facilitação: espécies pioneiras colonizam uma 
área recém-aberta, facilitando a entrada de novas espécies 
mais exigentes. 
 Uso do plantio de leguminosas fixadoras de nitrogênio. 
 Caracteriza-se pela melhora das condições ecológicas 
na ciclagem de nutrientes e da fertilidade em solos. 
Modelos de restauração 
 Modelos de restauração para áreas extensas podem ser simples 
ou mais complexos. 
 Nos modelos simples são utilizadas poucas espécies ou poucos 
arranjos de espécies. 
 São efetivos apenas na proteção inicial do solo contra a erosão, 
mas apresentam problemas em termos de sustentabilidade, 
pois necessitam de periódicas intervenções, elevando o custo 
a longo prazo. 
 Os modelos complexos procuram imitar a natureza, utilizando um 
número elevado de espécies, combinando espécies de diferentes 
grupos sucessionais. 
 Os custos de implantação são mais elevados, mas geralmente 
não necessitam de intervenções ao longo do tempo, 
se tornam autossustentáveis. 
Modelos de restauração 
 A nucleação é um modelo de facilitação da sucessão. 
 Em áreas menores sem grande extensão ou quando se dispõe 
de pouco recurso financeiro para a restauração, pode-se optar 
pela nucleação. 
 Nucleação: utiliza a vegetação remanescente (pequenos 
fragmentos ou até mesmo por árvores isolada) como núcleo 
de expansão da vegetação. 
 Pode-se usar a galhada (galhos, folhas e material reprodutivo) 
como fontes de sementes e outros tipos de plantas. 
 Esse material vegetal é depositado em pilhas ou fileiras. 
 Utilizam-se poleiros de caules de árvores mortas ou 
recém-derrubadas, unidos por cordas para atração 
de aves e morcegos dispersores de sementes. 
Modelos de restauração 
 Plantio aleatório: baseado no fato de que a regeneração 
natural das espécies arbóreas não obedece a nenhum 
tipo de espaçamento predeterminado. 
 Mas procura distribuir as mudas no campo de uma forma mais 
regular, evitando-se deixar grandes áreas com solo exposto e 
áreas com adensamento de mudas. 
 Esse modelo apresenta a dificuldade de se combinar espécies 
sombreadoras (não pioneiras) com sombreadas (pioneiras). 
 Em casos onde ocorra elevada infestação de espécies 
herbáceas invasoras (capim-gordura, braquiária e trepadeiras 
agressivas), recomenda-se primeiro controlar a população 
destas plantas. 
Restauração florestal 
 Alguns critérios básicos: plantar espécies nativas e eliminar 
espécies exóticas. 
 Plantar o maior número possível de espécies para gerar alta 
diversidade. 
 Utilizar combinações de espécies pioneiras e sucessionais. 
 Plantar espécies atrativas à fauna. 
 Em solos degradados, plantar espécies leguminosas fixadoras 
de nitrogênio, juntamente com outras espécies nativas. 
 Para as áreas permanentemente encharcadas, optar por espécies 
típicas de florestas de brejo e florestas inundáveis. 
 Os sacos plásticos onde se fizeram mudas devem ser retirados 
na hora do plantio da muda no solo. 
 Realizar monitoramento mensal das formigas. 
Interatividade 
A respeito do processo de sucessão, analise as sentenças. 
I. A biomassa aumenta ao longo da sucessão. 
II. A biodiversidade aumenta ao longo da sucessão. 
III. A complexidade aumenta ao longo da sucessão. 
IV. A estabilidade aumenta ao longo da sucessão. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas as sentenças I e II estão corretas. 
b) Apenas as sentenças II e III estão corretas. 
c) Apenas as sentenças III e IV estão corretas. 
d) Apenas as sentenças I, II e III estão corretas. 
e) As sentenças I, II, III e IV estão corretas. 
 
 
Prevenção, controle e correção da erosão 
 
 Quando a erosão é superficial, mas os horizontes superiores 
são preservados, é necessário corrigir a drenagem. 
 Aliar práticas vegetativas: reflorestamento, o cultivo em faixas 
e vegetação em nível, plantio de gramas em taludes, cobrir o 
solo com palha e folhagem. 
 E práticas edáficas: avaliação do solo, adição de fertilizantes, 
correção do pH, rotação de culturas, controle de queimadas. 
 Quando há formação de voçorocas, as correções são 
onerosas, com interceptação e desvio das águas pluviais. 
 Instalações de tubulações para corrigir a rede de drenagem 
natural, bacias de retenção para decantação de sedimentos 
e barramentos ‘em escada’, formando terraços. 
 
 
Recuperação de áreas de pecuária e mineração 
 Na pecuária, o solo apresenta problemas de compactação, 
pelo longo tempo de utilização da área com pastagem 
 é necessário empregar técnicas convencionais de preparo do 
solo, como aração, gradagem e subsolagem, acompanhando 
as curvas de nível do terreno, de forma a evitar processos 
erosivos. 
 Quando há emissão de uma licença para atividades de 
mineração, isso implica o represamento de cursos d'água e 
outros, a vegetação de uma determinada floresta é suprimida, 
 mas, deve ser restaurada em outra área como medida 
compensatória. 
 É indicada a produção de mudas através do resgate 
de plântulas. 
 
Recuperação de áreas de mineração 
 Para aumentar a diversidade de espécies, a coleta das 
plântulas deveser feita mais de uma vez ao ano, se possível 
nas quatro estações (primavera, verão, outono e inverno), 
ou pelo menos duas vezes, uma na estação seca e outra 
na estação chuvosa. 
 Para a recuperação de áreas de mineração deve-se proceder 
a transposição do banco de sementes de uma floresta. 
 O banco de sementes traz junto outras estruturas 
reprodutivas, como pedaços de raízes com capacidade 
de rebrota. 
 A serapilheira e a camada superficial de solo são depositadas 
em determinadas áreas para que se tornem núcleos de alta 
diversidade, desencadeando o processo sucessional na área 
degradada como um todo. 
Recuperação de taludes (encostas) 
 Mudança abrupta na encosta, que pode indicar tanto 
uma área com deslizamento antigo como uma mudança 
nas características da erosão do material superficial. 
 Para a estabilidade de massas, há benefícios dos protetores 
da vegetação arbórea, que vão desde o reforço e contenção 
mecânica pelas raízes e caules até a modificação da 
hidrologia da encosta, como resultado da extração de 
umidade do solo. 
 A escolha correta das plantas é uma fase crítica. Uma 
cobertura de gramíneas ou vegetação herbácea muito 
apertada e densa evita a erosão superficial. 
 Uma vegetação arbórea com raízes profundas previne 
rupturas na estabilidade superficial e de massas de solo. 
Recuperação de áreas contaminadas 
 As tecnologias que permitem a recuperação ou remediação de 
solos contaminados se baseiam nas propriedades químicas 
de substâncias e/ou processos físicos utilizados para retenção, 
mobilização ou destruição de um determinado contaminante 
presente no solo. 
 Podem ser aplicadas “in situ” (tratamento no lugar da 
contaminação) ou “ex situ” (remoção do material 
contaminado para outro local). 
As técnicas utilizadas são onerosas e baseadas na: 
 biorremediação: utilização de organismos vivos, especialmente 
micro-organismos, para degradar ou transformar poluentes; 
 fitorremediação: uso de vegetação para a descontaminação 
de solos e sedimentos. 
 
Bioengenharia 
 A bioengenharia exige a utilização de trabalho manual 
e exige conhecimento profissional da mão de obra. 
 Normalmente são executados na época da seca, uma época 
do ano em que a mão de obra está geralmente mais disponível. 
 A bioengenharia preconiza o uso principalmente de materiais 
nativos, tais como plantas ou partes delas (ramos ou galhos), 
pedra, madeira e terra. 
 A utilização de materiais nativos diminui o custo financeiro. 
 É uma alternativa útil para locais íngremes ou altamente 
sensíveis, em que o uso de máquinas não é viável e o trabalho 
manual é uma necessidade. 
Avaliação dos processos de recuperação 
 A fim de mensurar o impacto da degradação do meio ambiente, 
principalmente no Brasil, foram criados índices de avaliação. 
 Esses índices têm como principal objetivo auxiliar a criação 
de políticas públicas e acordos internacionais para melhorar 
o meio ambiente. 
 Índice de Degradação (ID): analisa o índice de desertificação 
da área. 
 O Brasil, um país de tamanho continental, possui desigualdades 
microrregionais no quesito de índice de degradação devido à 
atividade econômica de cada área. 
 A recuperação de áreas rurais acontece em áreas de preservação 
permanente (APP) devido à importância das matas ciliares 
para a proteção do sistema hídrico. 
Avaliação dos processos de recuperação 
 1973 – o Brasil começou a discutir sobre áreas frágeis a partir 
do início das modificações no Código Florestal Brasileiro. 
No Brasil são considerados oito tipos de áreas frágeis: 
1. Topos de morros, encostas e escarpas de serras 
(bordas de depressões). 
2. Nascentes de cursos d’água. 
3. Margens de cursos d’água, várzeas e leitos inundáveis. 
4. Lagos, lagoas e lagunas. 
5. Áreas de recarga de aquíferos. 
6. Áreas de ação eólica intensa, arenização e desertificação. 
7. Mangues. 
8. Restingas. 
Interatividade 
Pesticidas são contaminantes ambientais altamente tóxicos aos 
seres vivos, geralmente com grande persistência ambiental. 
A biorremediação de pesticidas utilizando microrganismos tem 
se mostrado uma técnica muito promissora para essa finalidade, 
por apresentar vantagens econômicas e ambientais. 
Assinale a alternativa correta sobre a função dos 
microrganismos utilizados. 
a) Transferir o contaminante do solo para a água. 
b) Absorver o contaminante sem alterá-lo quimicamente. 
c) Apresentar alta taxa de mutação ao longo das gerações. 
d) Estimular o sistema imunológico do homem contra 
o contaminante. 
e) Metabolizar o contaminante, liberando subprodutos. 
 
 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
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	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias
	Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias
	Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias
	Recuperação de áreas degradadas – geotecnologias
	Interatividade
	Resposta
	Recuperação do solo
	Propriedades do solo
	Propriedades do solo
	Propriedades do solo
	Propriedades do solo
	Propriedades do solo
	Propriedades do solo
	Propriedades do solo
	Coleta de amostras e análise do solo
	Coleta de amostras e análise do solo
	Interatividade
	Resposta
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Recuperação de áreas degradadas
	Modelos de recuperação
	Modelos de restauração
	Modelos de restauração
	Modelos de restauração
	Restauração florestal
	Interatividade
	Resposta
	 �Prevenção, controle e correção da erosão�
	Recuperação de áreas de pecuária e mineração
	Recuperação de áreas de mineração
	Recuperação de taludes (encostas)
	Recuperação de áreas contaminadas
	Bioengenharia
	Avaliação dos processos de recuperação
	Avaliação dos processos de recuperação
	Interatividade
	Resposta
	Slide Number 48

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