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PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM PACIENTES DO CENTRO DE PATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS EM FRONTEIRAS, PIAUÍ

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TCC Miguel Ângelo definitivo.doc
FACULDADE CATHEDRAL 
I-BRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA 
Miguel Ângelo Pereira Sobreira
 
PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM PACIENTES DO CENTRO DE PATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS EM FRONTEIRAS, PIAUÍ
 
TERESINA
2014 �
FACULDADE CATHEDRAL 
I-BRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA 
Miguel Ângelo Pereira Sobreira 
PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM PACIENTES DO CENTRO DE PATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS EM FRONTEIRAS, PIAUÍ
Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do Curso de Pós-graduação em Análises Clínicas da Faculdade Cathedral/I-Bras. 
Orientadora:  Prof. Esp. Heliane de Souza
TERESINA
2014�
Miguel Ângelo Pereira Sobreira 
PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM PACIENTES DO CENTRO DE PATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS EM FRONTEIRAS, PIAUÍ
Trabalho apresentado para a obtenção do título de Especialista em Análises Clínicas, realizado pela Faculdade Cathedral/Instituto Brasil de Pós Graduação.
Aprovado em ____/____/____ nota--------------
Professor Avaliador
Professor Avaliador
   
TERESINA
2014
�
PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM PACIENTES DO CENTRO DE PATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS EM FRONTEIRAS, PIAUÍ
Miguel Ângelo Pereira Sobreira1
Prof. Esp. Heliane Sousa2
RESUMO: 
Este trabalho teve por objetivo verificar e avaliar a importância da realização de estudos sobre a prevalência de enteroparasitas e comensais intestinais em usuários do Centro de Patologia e Análises Clínicas da cidade de Fronteiras, Piauí, Brasil. No período compreendido entre janeiro e dezembro de 2013, foram estudadas 620 amostras do município com faixa etária entre 1 e mais de 45 anos de idade, os dados foram obtidos por meio de inquérito parasitológico com a realização de exames coproparasitológicos utilizando os métodos de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz - MIFC, Blagg ou Ritchie. A prevalência de enteroparasitoses observadas nestas análises foram: Strongyloides stercoralis (2,04%); Hymenolepis nana (1,02%), Entamoeba histolytica (28,57%); Giardia lamblia (22,44%); Entamoeba coli (18,36); Endolimax nana (2,55%) e Isospora belli (1,02). Foi identificada uma associação de poliparasitismo em 30,61% dos casos pesquisados com prevalência de Entamoeba histolytica com Giardia lamblia. Os dados obtidos demonstram ainda que a prevalência de helmintos e protozoários foi significativamente maior para crianças entre 1-9 anos de idade. Estes resultados sugerem que investimentos em infraestrutura básica e a adoção de políticas voltadas para melhorar a educação familiar poderiam contribuir significativamente na redução da prevalência das parasitoses intestinais especificamente em crianças.
Palavras-chave: Enteroparasitoses, prevalência, saneamento básico; higiene.
ABSTRACT: 
This study aimed to verify and assess the importance of studies on the prevalence of intestinal parasites and intestinal commensal on users of the Centre for Pathology and Clinical Analysis of City Borders, Piauí , Brazil. In the period between January and December 2013 , 620 samples of the county aged between 1 and more than 45 years old were studied , the data were obtained by means of parasitological investigation on the realization of fecal examinations using the methods of Hoffman , Pons and Janer or Lutz - MIFC , Blagg or Ritchie . The prevalence of intestinal parasites observed in these analyzes were : Strongyloides stercoralis ( 2.04 % ), Hymenolepis nana ( 1.02 % ) , Entamoeba histolytica ( 28.57 % ), Giardia lamblia ( 22.44 % ), Entamoeba coli ( 18 , 36), Endolimax nana (2.55 %) and Isospora belli ( 1.02) . An association of polyparasitism was identified in 30.61 % of the studied cases with Entamoeba histolytica with Giardia lamblia The data also demonstrate that the prevalence of helminths and protozoa was significantly higher in children between 1-9 years of age. These results suggest that investments in basic infrastructure and adoação of policies to improve family education could significantly contribute to the reduction of the prevalence of intestinal parasites in children specifically .
Keywords: Parasitic infections, prevalence, sanitation, hygiene.
¹ Miguel Ângelo Pereira Sobreira-Farmácia/Bioquimica(FURNE-Campina Grande PB)
Especialista em Gestão de Ensino Superior (UFPI- Teresina Piaui) e Imunohematologia (Faculdadde SENAC-São Paulo SP)
² Heliane de Sousa – Especialista em Administração e Planejamento para Docentes (Universidade Luterana do Brasil-Canoas RG) especialista em Segurança Transfusional (UNESP - Botucatu SP).
 
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1. INTRODUÇÃO
O parasitismo é uma associação entre os seres vivos, sendo o hospedeiro um dos associados e o prejudicado na associação, pois fornece o alimento e o abrigo ao parasita, sendo assim, a parasitose é o estado de infecção cuja agressão repercute prejudicialmente sobre o hospedeiro. As parasitoses intestinais, como as helmintíases e protozooses, representam a doença mais comum do globo terrestre. São endêmicas em países do terceiro mundo, onde se constituem problemas de Saúde Pública. (BARANSKI, 1998).
As enteroparasitoses são classificadas em helmintoses e protozooses. De acordo com o ciclo biológico, os helmintos podem ser subdivididos em: bio-helmintos (necessitam de hospedeiro intermediário) e geo-helmintos (que utilizam o solo para sua evolução). Entre os geo-helmintos, os ovos (no caso do Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis e Trichuris trichiura) ou as larvas (Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Strongyloides stercoralis) se tornam infectantes quando as condições de clima e umidade são favoráveis. (BARANSKI, 1998).
As parasitoses intestinais são universalmente distribuídas, o que depende dos seguintes fatores: constituição do solo, índice de aglomeração da população e de suas condições econômicas, sociais, sanitárias e educacionais, presença de animais no peridomicílio, condições de uso e contaminação do solo, da água e dos alimentos e da capacidade de evolução das larvas e ovos dos helmintos em cada um desses ambientes (ABRAHAM et al., 2007).
Apesar de bem estudadas em sua profilaxia e controle, as parasitoses estão entre as doenças mais frequentes na população de baixa renda, estando associadas a quadros de diarreia crônica e desnutrição, afetando principalmente as crianças devido aos hábitos inadequados de higiene, comprometendo o desenvolvimento físico e intelectual, principalmente em indivíduos jovens.
O bom estado nutricional das crianças é importante para aumentar sua resistência imunológica evitando também as parasitoses. Com efeitos patológicos diretos destes parasitos, as infecções helmínticas exercem importante influência sobre o estado nutricional, crescimento e função cognitiva de escolares de países subdesenvolvidos (VILLELA et al., 2003).
Tendo em vista a alta frequência de parasitoses na região Nordeste do Brasil, a disseminação das helmintíases está em estreita dependência com a umidade do solo. Sendo assim, considera-se que nas regiões semiáridas a longa estação seca é uma das circunstâncias limitantes para a proliferação de parasitos o ambiente seco dificulta a manutenção da infecção por Ascaris lumbricoides na população (ALVES et al., 2003).
Desta forma, as infecções intestinais por parasitos ocorrem com maior frequência nas regiões mais quentes, úmidas e desprovidas de saneamento básico e comprometem mais crianças e adultos jovens, seja pela maior exposição ou por maior suscetibilidade. Alguns enteroparasitos têm distribuições focais característica, acometendo simultaneamente
vários membros de uma família ou grupo de pessoas, como escolas e creches (PASQUALOTTO; SCHWARZBOLD, 2006).
Os danos que a classe das helmintoses pode causar aos seus portadores incluem, entre outros agravos, a obstrução intestinal (Ascaris lumbricoides), a desnutrição (Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura), a anemia por deficiência de ferro (Ancilostomídeos), prurido anal (Enterobius vermiculares), sendo que as manifestações clínicas são usualmente proporcionais à carga parasitária albergada pelo indivíduo (FERREIRA et al., 2000).
As infecções humanas por Giárdia lamblia são comuns e acometem principalmente crianças de baixa faixa etária, e ou subnutridas, tanto por ação espoliativa quanto por outros aspectos de sua patogenia, com a possibilidade de prejudicar a absorção intestinal (SATURNINO et al., 2003).
A presença do protozoário comensal, E.coli, não constitui agravo à saúde; porém, indica contaminação por via fecal-oral, estando os sujeitos suscetíveis à aquisição de patógenos (BÓIA et al., 2006).
As manifestações clínicas das infecções parasitárias dependem da patogenicidade do parasito, da resposta imune e da carga parasitária do indivíduo. Pessoas com múltiplos vermes são, frequentemente, assintomáticos. Enquanto que, em algumas situações, um único verme adulto pode produzir doenças graves como, por exemplo, obstrução do ducto pancreático por uma larva de Ascaris lumbricoides (JERNIGAN; GUERRANT.; PERARSON, 1994).
O tratamento dos indivíduos parasitados, sem que sejam conhecidas e extintas as fontes de contaminação, pode constituir, apenas, medida paliativa. Dados de estudos mostram que a combinação de medidas como saneamento e educação sanitária são opções de escolha para eliminar as infecções parasitárias (BÓIA et al., 2006).
A promoção de saúde é uma estratégia defendida pela OMS – Organização Mundial da Saúde, tendo como componente essencial o estabelecimento de políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento de habilidades pessoais e coletivas visando à melhoria da qualidade de vida e saúde. Essa ação pressupõe a necessidade de atividades de educação em saúde, importante instrumento para a garantia de melhores condições de saúde. Por meio da educação em saúde constrói-se o conhecimento que permite o exercício pleno da cidadania. Esta aplicação é fundamental para as crianças, pois ajuda a desenvolver nelas a responsabilidade perante seu próprio bem estar, a praticar hábitos saudáveis e contribuir para a manutenção de um ambiente saudável. Para que isso ocorra, é importante que o processo educativo não se dê de maneira impositiva, mas de forma adequada a suas capacidades cognitivas, num ambiente prazeroso, propiciando uma relação direta entre os conteúdos e seu dia a dia (TOSCANI et al., 2007). 
Considerando a morbidade e a mortalidade que podem advir das infecções por enteroparasitos e os custos sociais de assistência médica ao indivíduo e à comunidade, percebe-se facilmente que as parasitoses humanas representam expressivo problema de saúde pública, que necessita de maior atenção, principalmente nos países de Terceiro Mundo (BARATA et al., 2000).
Em decorrência dos efeitos deletérios à saúde dos indivíduos e, sobretudo, das repercussões econômicas, vários programas têm sido dirigidos para o controle das parasitoses intestinais em diferentes países, mas, infelizmente, constata-se um descompasso entre o êxito alcançado nos países mais desenvolvidos e aquele verificado nas economias mais pobres. Além do custo financeiro das medidas técnicas, a falta de projetos educativos com a participação da comunidade dificultam a implementação das ações de controle (LUDWING, K. M.; FREI, F.; ALVARES, F, F.,1999).
OBJETIVO GERAL 
Investigar, através de pesquisa epidemiológica, a prevalência de enteroparasitos na cidade de Fronteiras, Piauí.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Investigar nos livros de registros e no sistema X-Clinic, a prevalência de parasitos entéricos na população assistida no CEPAC no ano de 2013.
Realizar o Diagnóstico Situacional de Saúde, por meio de informações no banco de dados e repassá-los para Secretaria Municipal de Saúde do Município de Fronteiras, para posterior avaliação das condições socioeconômicas, sócio-demográficas, e dados socioambientais da população assistida no CEPAC. 
Associar os resultados dos exames coproparasitológicos, e outros dados informativos na pesquisa realizada.
3 METODOLOGIA
Realizou-se inquérito parasitológico no município de Fronteiras, localizada no estado do Piauí a 410 km da capital, com uma população estimada de 11.368 habitantes dos quais 84% vivem em área urbana e 16% em área rural. Com uma área territorial 775.681 Km² e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM de 0,619. Saúde e Educação satisfatória com estabelecimentos privados e públicos atendendo a demanda local, além de pessoas oriundas de outros municípios vizinhos. Pavimentação com calçamento 80%, em quase 100% das residências existe fossas sépticas. Cerca de 98% das casas possuem água tratada e 99% contam com serviço de coleta de resíduos sólidos. Apesar da coleta de resíduos em carros compactadores, a cidade não possui serviço para tratamento do mesmo; tendo como destino final o lixão controlado, gerenciado pela prefeitura municipal.
Os dados coletados destes indicadores sociais foram catalogados na prefeitura municipal e site do Instituto de Geografia e Estatística Brasileira – IBGE 2014.
O presente artigo fundamentou-se nas informações obtidas nas bases de dados eletrônicos X-Clinic Hurricane 9.3.5.0 e livros de registros do Serviço de Laboratório Clínico do Centro de Patologia e Análises Clínicas – CEPAC sob Responsabilidade Técnica do Farmacêutico Bioquímico Dr. Miguel Ângelo Pereira Sobreira, pesquisando-se artigos científicos indexados, revistas e bibliografias recentes e relevantes sobre o tema, além dos livros e periódicos.
Trata-se, portanto, de dados baseados na demanda espontânea e encaminhamento de exames conveniados pelo Sistema Único de Saúde - SUS e pela Secretaria Municipal da Saúde do Município de Fronteiras, Piauí.
As amostras foram colhidas em recipientes plásticos (frascos coletores) com conservantes MIF, devidamente identificados com nome, idade, sexo, data e hora de coleta fornecida pelo CEPAC, o paciente recebeu orientação técnica sob o procedimento da coleta do material e essas amostras foram conservadas sob refrigeração até o momento da sua análise.
Uma identificação segura e correta de um protozoário depende de critérios morfológicos, os quais estão sujeitos a uma boa colheita e conservação das amostras. Os estágios usuais de diagnóstico são os trofozoítos, cistos, oocistos e esporos. (CARLI, 2011).
"Os parasitos humanos estão classificados em sete grandes grupos, incluindo protozoários (amebas, flagelados, ciliados, esporozoários, coccídeos e microsporídios), nematóides, trematódeos e cestóides". (CARLI, 2011).
Todas as amostras coproparasitológicas foram analisadas, macro e microscopicamente, através dos métodos: de Sedimentação Espontânea (HOFFMAN; PONS; JANER, 1934) e BLAGG ou MIFC com conservantes Mertiolato-Iodo-Formaldeído (MIF). O método de Sedimentação Espontânea é tido como eficaz na detecção da maioria dos helmintos e protozoários, porém menos eficaz para detectar Ancilostomídeos e S. stercoralis e ineficaz para E. vermicularis (MONTEIRO et al., 1988).
O Método de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz ou método de sedimentação espontânea (2014), é um tipo de exame parasitológico de fezes. Consiste basicamente na mistura das fezes com água, onde será filtrada por uma gaze cirúrgica e deixado em repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice. Essa sedimentação é inserida em lâmina, feito um esfregaço e observado em microscópio com objetiva de 40x.
O método de MIFC: Centrífugo-sedimentação, Método de Ritchie, de Blagg ou “formol-éter” (2014). Baseia-se na sedimentação forçada
pela centrifugação, eficaz na identificação de ovos e larvas de helmintos, cistos e alguns oocistos de protozoários. 
Procedimento: Colher as fezes recém-emitidas em liquido conservador de MIF, homogeneizar bem, filtrar a suspensão de fezes em gaze dobrada em quatro ou em filtro descartável, num copo plástico descartável, transferir 1 a 2 ml do filtrado para um tubo cônico de centrifugação, com capacidade para 15 ml, acrescentar 4 a 5 ml de éter sulfúrico e agitar vigorosamente (importante para desengordurar o material); centrifugar por um minuto a 1.500 rpm, se formarão 4 camadas, no fundo está o sedimento com os parasitos.
Com o auxílio de um bastão, descolar a camada de detritos da parede do tubo. Inverter o tubo para desprezar o líquido, mantendo-o com a boca voltada para baixo, até limpar a parede do mesmo, utilizando um bastão de vidro (ou palito de picolé) contendo algodão na extremidade. Inverter o tubo em uma lâmina, deixando escoar todo o sedimento. Se a quantidade de sedimento for excessiva, utilizar uma pipeta para colhê-lo e preparar as lâminas. Colocar uma gota de lugol e cobrir com lamínula e examinar com as objetivas de 10 e 40x em “zig-zag”.
Método dos mais recomendados, rápido, fácil, sensível, desvantagem: necessita de centrífuga.(http://www.ebah.com.br/content/ABAAABOHwAD/metodos-diagnosticos-parasitologia. Acesso em: 04 fev. 2014).
Os dados referem-se a 07 enteroparasitas: Strongyloides stercoralis, Hymenolepis nana, Entamoeba histolytica, Entamoeba coli, Giardia lamblia, Isospora belli, Endolimax nana.
EXPRESSÃO DOS RESULTADOS 
Negativo: Ausência de ovos e/ou larvas de helmintos e cistos e/ou trofozoítos de protozoários. 
Positivo: Presença de ovos e/ou larvas de helmintos e/ou cistos e/ou trofozoítos de protozoários (especificar gênero e espécie).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram processadas 2 amostras de fezes em dias alternados de cada um dos 620 participantes do estudo, através do Exame Parasitológico de Fezes pelos métodos de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz e de MIFC ou Blagg . 
Em 620 amostras fecais analisadas 209 amostras obtiveram resultados positivos para as diferentes parasitoses intestinais. Essas amostras referiam-se a 184 indivíduos do sexo masculino e 436 do sexo feminino; sendo 465 residentes e domiciliadas no perímetro urbano e 155 da zona rural do município de Fronteiras, Piauí.
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Tabela 1: Presença de enteroparasitos em exames coprológicos, por faixa etária-2013.
		FAIXA ETÁRIA (ANOS)
		PRESENÇA
		PERCENTUAL
		1 – 9
		54
		25,84 %
		10 – 19
		28
		13,40 %
		20 – 29
		45
		21,53 %
		30 – 39
		35
		16,75 %
		40 OU +
		47
		22,48 %
		TOTAL
		209
		100,00%
Fonte: CEPAC (2013)
Os dados fornecidos pelo Laboratório CEPAC (janeiro a dezembro/2013) foram compilados na Tabela 1 e referem-se a casos positivos. Sendo assim, 54 (25,84%) até 9 anos de idade, 28 (13,40%) entre 10 e 19 anos, 45 (21,53%) entre 20 e 29 anos, 35 (16,75%) entre 30 e 39 anos e 47 (22,48%) com mais de 40 anos de idade.
Tabela 2: Casos de monoparasitismo encontrados nas amostras analisadas de Janeiro a Dezembro de 2013.
		Espécies Encontradas
		Percentual (%)
 
		Nº de Casos Positivos
		Entamoeba histolytica
		56
		37,58
		Entamoeba coli
		36
		24,16
		Giardia lamblia
		44
		29,53
		Endolimax nana
		05
		3,35
		Isospora belli
		02
		1,34
		Hymenolepis nana
		02
		1,34
		Strongyloides stercolaris
		04
		2,70
		TOTAL:
		149
		100,00
Fonte: CEPAC (2013)
Na tabela 2 há menor número de amostras positivas para casos de protozoários não patogênicos (Entamoeba coli e Endolimax nana). Naqueles patogênicos o protozoário Entamoeba histolytica foi o que teve maior índice de positividade 56 (37,58%), seguido por Giardia lamblia 44 (29,53%) e pelo helminto Strongyloides stercoralis 4 (2,70%).
Tabela 3: Casos de poli parasitismo encontrados nas amostras estudadas
		Espécies
		Nº de Casos Positivos
		(%)
		Entamoeba histolytica/Entamoeba coli
		07
		11,67
		Entamoeba histolytica/Giardia lamblia
		30
		50,00
		Entamoeba coli/Giardia lamblia
		04
		6,67
		Entamoeba histolytica/Entamoeba coli/Giardia lamblia
		16
		26,67
		Entamoeba histolytica/ Strongyloides stercoralis
		 3,33
		02
		Entamoeba coli/Hymenolepis nana
		01
		1,66
		TOTAL:
		60
		100,00
Fonte: CEPAC (2013).
Na tabela 3 há maior número de amostras positivas para casos de poliparasitismo por protozoários patogênicos (Entamoeba histolytica e Giardia lamblia), onde representam metade de positividade com 30 casos. O protozoário Entamoeba coli associada ao helminto Hymenolepis nana foi o que teve menor índice de positividade com apenas um caso (1,66%).
Tabela 4: Frequência e Presença de exames realizados por mês no ano de 2013.
		MÊS
		Número de exames
		(%)
		Positividade
		(%)
		Janeiro
		60
		9,68
		23
		11,0
		Fevereiro
		70
		11,29
		30
		14,3
		Março
		65
		10,48
		25
		12,0
		Abril
		54
		8,71
		19
		9,1
		Maio
		48
		7,74
		18
		8,6
		Junho
		44
		7,09
		16
		7,6
		Julho
		58
		9,35
		22
		10,5
		Agosto
		42
		6,78
		15
		7,2
		Setembro
		41
		6,61
		07
		3,3
		Outubro
		40
		6,45
		05
		2,4
		Novembro
		42
		6,78
		09
		4,3
		Dezembro
		56
		9,04
		20
		9,7
		TOTAL
		620
		100,00
		209
		 100,00
Fonte: CEPAC
O maior número de amostras positivas ocorreu em fevereiro com 14,3% e o menor em outubro com 2,4.
Tabela 5: Distribuição por sexo referente a 620 amostras coprológicas analisadas de janeiro a dezembro de 2013.
		GÊNERO
		AMOSTRAS POR SEXO
		%
		POSITIVIDADE
		%
		FEMININO
		436
		70,32
		134
		64,11
		MASCULINO
		184
		29,68
		75
		35,89
		TOTAL
		620
		100,00
		209
		100,00
Fonte: CEPAC (2013)
Dentre estes, 436 (70,32%) dos exames realizados ocorreram entre os indivíduos do sexo feminino com 134 (64,11%) casos positivos e 184 (29,67%) do sexo masculino, sendo 75 (35,89%) positivos. 
Tabela 6: Frequência (%) de enteroparasitos em exames coprológicos, por zona de origem.
		ORIGEM 
		EXAMES REALIZADOS
		%
		POSITIVIDADE
		%
		URBANO
		465
		75%
		147
		70,3 
		RURAL
		155
		25%
		 62
		29,7 
		TOTAL
		620
		100%
		209
		100
Na Tabela 6 referem-se a 620 exames parasitológico de fezes humana com 209 casos de positividade. Dentre estes, 465 (75%) dos exames realizados ocorreram entre os indivíduos que reside na sede do município (perímetro urbano) apresentando 157 (70,3) de casos de positividade, e 155 (25%) vieram de indivíduos que residem na zona rural, destes foram encontrados 62 (29,7) de casos de positividade.
De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que 209 (33,7%) da população estudada está infectada por algum tipo de parasito. Assim, destaca-se a alta taxa de infecção por protozoários patogênicos como a E. histolytica e a G. lamblia, parasitos marcadores de distúrbios gastrointestinais. Os mesmos também foram responsáveis pelo maior número de casos de poliparasitismo com 30 casos de positividade representando 50,0% das 60 amostras positivas.
O protozoário Entamoeba histolytica foi responsável por 56 casos positivos, equivalente a (28,57%) do índice de infecção por monoparasitismo.
Entre os helmintos o que apresentou maior prevalência foi o Strongyloides stercoralis,
representando 2,04% dos casos por monoparasitismo. O baixo índice encontrado neste estudo pode ser explicado pelo fato de que o laboratório CEPAC só utilizou dois métodos para análises do material, poderíamos também atribuir ao tipo de solo e clima dessa região do semiárido nordestino. 
A frequência de enteroparasitos observada em diferentes faixas etárias (tabela 1), mostra que crianças com idade até 9 anos são as mais acometidas e que, entre 10 e 19 anos, há uma queda na frequência de enteroparasitoses. Situação justificada pela baixa procura de pessoas nessa faixa etária. 
Os dados da tabela 1 são convergentes com esses relatos, evidenciando uma grave questão de saúde pública em população infantil em pleno crescimento e desenvolvimento.
Os enteroparasitos mais frequentes foram Entamoeba histolytica (37,58%), Giárdia lamblia (29,53%) e Entamoeba coli (24,16%).
Ademais, nos adultos, em especial, nos do sexo masculino e nas mulheres não gestantes, esta incidência e prevalência é subestimada, pois esses grupos frequentam um menor número de vezes os serviços de saúde. No caso do sexo masculino, esse fato é ainda mais presente.
Sendo assim, estudos com amostras populacionais desta temática devem considerar esses vieses. Entretanto, são de importância no cenário da Saúde Pública e permitem destacar as parasitoses mais frequentes num determinado ambiente, tal qual relatado no município de Fronteiras, PI, corroborando para constituição de inquérito parasitológico no cenário nacional. Destaca-se, pois, que amostras populacionais constituídas predominantemente por crianças e adultos após os 40 anos de idade caracterizam os vieses de interpretação (tabela 1), porém sendo relevantes de serem destacados, os quais produziram efeitos de intervenção sobre o ambiente com propósito de melhoria na qualidade de vida da população assistida.
Na convergência deste cenário, a alta incidência no grupo de mulheres acima de 20 anos (tabela 1) pode ser explicada pelo fato de que nessa faixa etária encontra-se a maioria das gestantes. Essas pacientes realizam exames coproparasitológicos como parte dos exames pré-natais, diferentemente do que ocorre com mulheres não gestantes que são encaminhadas para esses exames se houver queixa relativa à enteroparasitose.
A E. histolytica é a protozoose mais comumente encontrada, embora seja frequentemente assintomática. Desde 1997, a OMS e a OPAS reconheceram formalmente as espécies Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar (esta última não-patogênica) como duas espécies distintas, morfologicamente idênticas ao microscópio, só sendo diferenciadas por métodos de biologia molecular, como, PCR e anticorpos monoclonais. 
Desta maneira, por serem as parasitoses intestinais endemias, o UNICEF tem recomendado o fornecimento de vermífugos como medida auxiliar para combater as causas da desnutrição e da anemia em crianças e mulheres, já que a erradicação das parasitoses envolve medidas de longo prazo, como programas de orientação educacional e otimização das condições de saneamento básico (CIMERMAN, et al., 1999).
Não obstante às questões socioeconômicas, aspectos ambientais relacionados aos índices pluviométricos parecem influenciar na incidência e prevalência das enteroparasitoses.
O índice mais alto de parasitose foi encontrado no mês de fevereiro, que sucede o verão época de chuvas na região, e o menor no mês de outubro, período seco e quente.
Na tabela 4, observa-se que há ocorrências aumentadas de positividade na estação de verão (período chuvosa no semiárido nordestino), muito possivelmente pela maior exposição da população susceptível ao ambiente, ao aumento da umidade, bem como pelo pico de reprodução dos parasitas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora o município apresente boas condições de saneamento, ainda assim são encontradas parasitoses, devido à falta de orientação e higiene por parte da população. Há necessidade de dedicar mais atenção e planejamento estratégico dos dirigentes para captação de recursos financeiros a fim de programar ações que viabilizem o controle das parasitoses.
Neste contexto, através do presente estudo verificou-se que os resultados assemelham-se a outros estudos realizados em várias Regiões do Brasil, especificamente no Nordeste. A ocorrência desses dados reforça a necessidade de serem implementadas medidas preventivas de cunho teórico e prático, como educação sanitária, focando a importância de conhecimentos como noções de higiene, saneamento básico, prevenção e identificação de sinais e sintomas indicativos de parasitoses humanas. Isso associado à realização de exames parasitológicos de fezes, articulando-se, dessa forma, com a comunidade envolvida, proporcionando a essa população uma melhor qualidade de vida.
Em conclusão, os dados obtidos neste estudo confirmam a necessidade da implantação de medidas de educação continuada e sanitárias no município de Fronteiras, PI, visto que a parasitose intestinal não é um problema individual e sim familiar, constituindo agravo à saúde da população. Os inquéritos parasitológicos populacionais devem ser estimulados e apresentados aos gestores, com vistas a prover subsídios para a contínua intervenção do poder público no combate e controle desta endemia, que são as parasitoses.
Ademais, estes dados são importantes para a administração pública municipal coordenar, assessorar, supervisionar, avaliar e executar o conjunto das ações Inter setoriais integrantes do Plano Nacional de Vigilância e Controle das Enteroparasitoses, bem como capacitar recursos humanos, no âmbito de sua competência e criar mecanismos de disponibilização de documentação técnica atualizada.
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