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RESUMO REDAÇÃO JURÍDICA A linguística classifica os tipos textuais em: Narrativo Descritivo Argumentativo Dissertativo Injuntivo Dialogal Conceito: A narrativa é um tipo de texto que apresenta fatos em sequencia, dando origem a outros fatos e assim por diante. Os fatos são vividos por personagens, protagonista e secundários. Os fatos ocorrem em um determinado tempo e lugar. Os fatos são contados por um NARRADOR OBSERVADOR. Há um enredo(assunto tratado) A narrativa jurídica é importante começar pelos fatos JURIDICAMENTE RELEVANTES para depois narrar os fatos secundários. Os fatos juridicamente relevantes são aqueles que importam diretamente para a aplicação da norma jurídica. Os fatos secundários contribuem para a compreensão dos fatos principais. O Fato jurídico é entendido como um acontecimento de que dele decorrem efeitos jurídicos. O fato jurídico é narrado de acordo com as VERSÕES TRAZIDAS PELAS PARTES. PRINCIPAIS ELEMENTOS DA NARRATIVA JURÍDICA: O QUÊ? ONDE? QUANDO? QUEM? DE QUEM? QUER O QUÊ? MODALIZAÇÃO DE DISCURSO: NARRATIVA VALORADA: A narrativa jurídica é um movimento ativo, ligado a um processo social de NEGOCIAÇÕES DE PODER. Para isso, a SELEÇÃO VOCABULAR é um recurso retórico muito importante, pois a escolha dos termos a serem usados na narrativa jurídica tem grande poder PERSUASIVO, como alguns substantivos, advérbios e adjetivos. Ela é produzida no âmbito jurídico MOTIVADAS pelo papel de acusação ou defesa, e está presente nas peças sentença, parecer e acórdão que sofrem valoração por que nelas se observa a presença de MODALIZADORES. NARRATIVA SIMPLES: É uma narrativa sem compromisso de representar qualquer das partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante para a compreensão da lide, de forma IMPARCIAL. Ela é marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo com a versão da parte que se representa em juízo. (NÃO TEM MODALIZADORES) POLIFONIA, PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS NA CONSTRUÇÃO DO DISCURSO JURÍDICO A polifonia é caracterizada por: Intertextualidade: Dividida em explicita e implícita. a) É a influencia de um texto sobre outro texto. b) O objetivo é ressignificar o novo texto. c) É preciso alguns conhecimentos prévios dos textos-fonte. EXPLÍCITA: a) citação direta: quando uma informação é retirada na literalidade de outras obras, serve para dar legitimidade ao texto. b) citação indireta ou paráfrase: quando uma citação é transcrita pelas “palavras” do autor/locutor do texto sem mudar o SENTIDO ORIGINAL. É uma reformulação do texto, onde troca palavras e expressões originais, mas mantendo a originalidade da ideia central da informação. IMPLÍCITA: Inferências. É possível elaborar um texto novo a partir de um texto já existente. É comum encontrar “ecos” ou referências de um texto já existente em outros. Paródia: Reformulação de um texto-fonte, mudando-lhe o sentido. Seu objetivo é contestar ou criticar e provocar ironia ou sarcasmo. Subentendido e Pressupostos: São informações IMPLÍCITAS num texto apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo contexto. Ambos exigem do LEITOR/OUVINTE, conhecimentos prévios para ir além da informação que se encontra EXPLÍCITA. PRESSUPOSTOS: São informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a PALAVRAS OU EXPRESSÕES PRESENTES NA FRASE que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. São de fácil identificação, pois estão sugeridos no texto. a) Marcas linguísticas que facilitam a identificação de pressupostos: 1- Verbos- indicam fim, continuidade, mudança e implicações. 2- Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, antes... SUBENTENDIDOS: Os subentendidos são INSINUAÇÕES E/OU INFORMAÇÕES ESCONDIDAS DEPENDENTES DA INTERPRETAÇÃO DO LEITOR. NÃO POSSUEM MARCAS LINGUÍSTICAS Exigem um alto grau de conhecimento prévio do leitor/ouvinte. TEXTO ARGUMENTATIVO JURÍDICO E OPERADORES ARGUMENTATIVOS: TEXTO ARGUMENTATIVO: tem como objetivo a PERSUAÇÃO DO LEITOR, na petição inicial ele irá compor a parte DOS DIREITOS. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes tipos: Exemplos Comparação Dados históricos, estatísticos Pesquisas Causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos, enfim tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor. OPERADORES ARGUMENTATIVOS: Coesão textual: Todo texto, pede um sistema de amarração textual com elos que operam no interior do texto, costurando o sentido. As palavras que funcionam como operadores argumentativos são os CONECTIVOS, ou ADVÉRBIOS e outras palavras que, dependendo do contexto, não se enquadram em nenhuma dessas categorias gramaticais. Aditivos: operadores que introduzem argumentos que se somam a outro, tendo em vista a mesma conclusão. EX: e, nem, e nem, e também, como também, tanto... como, além de, ainda... Adversativos: Operadores que introduzem argumentos que se contrapõe a outro (mudança na direção argumentativa), visando a uma conclusão contrária. EX: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Alternativos: Operadores que introduzem argumentos alternativos. EX; ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. Conclusivos: Operadores que introduzem enunciados que exprimem conclusão ao que foi expresso anteriormente. EX: Logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, em decorrência, consequentemente. Comparativos: Operadores que estabelecem relações de comparação. EX: mais que, menos que, tão... quanto, tão... como, etc. Operadores cuja função é introduzir enunciados pressupostos: Ex: agora, ainda, já, até. Operadores que estabelecem a hierarquia numa escala assinalando ideia de inclusão de elementos: Ex: inclusive, até, mesmo, até mesmo... Integrantes: introduzem um argumento decisivo apresentado como acréscimo como decisivo, apresentado como acréscimo, como se fosse DESNECESSÁRIO, justamente para dar um golpe final no argumento contrário. Ex: aliás, além do mais, além de tudo, além disso... Operadores que introduzem uma retificação, um esclarecimento: EX: isto é, ou seja, quer dizer... CONECTORES CONCESSIVOS: embora, ainda que, posto que, apesar de. Marcam desde o início o caráter contra-argumentativo da construção. A orientação argumentativa que sobressai é a do segmento que NÃO é introduzida pela conjunção. O objetivo da concessiva é fazer uma RESSALVA, que, no entanto, não irá anular o argumento principal. CONECTORES ADVERSATIVOS – mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Fazem o contra-argumentativo no início do segundo enunciado. Nas orações adversativas, argumentativas, o argumento mais forte é aquele que acompanha a conjunção. Tantos os conectores concessivos como os adversativos SINALIZAM A RUPTURA DE EXPECTATIVA. OPERADORES CONCESSIVOS: pode-se INVERTER as frases que o sentido NÃO MUDA. OPERADORES ADVERSATIVOS: não se pode inverter as frases, pois o sentido NÃO mudaria.
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