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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Pato Branco Laboratório de Eng. Mecânica – Professor ILO Pato Branco, 17 de Junho de 2015 GERENCIAMENTO DE RISCO Curso: Engenharia Mecânica – Segurança do Trabalho Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Pato Branco Acadêmicos: Daniel Comin Elias Macedo Jovani Cossa Marcelo Miguel T. Peluso INTRODUÇÃO O gerenciamento de riscos trabalha justamente com a incerteza, visando a identificação de problemas potenciais e de oportunidades antes que ocorram com o objetivo de eliminar ou reduzir a probabilidade de ocorrência e o impacto de eventos negativos para os objetivos do projeto, além de potencializar os efeitos da ocorrência de eventos positivos. No presente relatório vamos conhecer e compreender os fatores humanos, a cultura de segurança, fazer o FMEA de uma maquina, a qual o torno mecânico foi a escolhida pela equipe, e fundamentalmente conseguir fazer um mapa de risco em qualquer ambiente pesquisado. FATORES HUMANOS Referem-se a fatores ambientais, organizacionais e de trabalho, e as características humanas e individuais que influenciam o comportamento no trabalho de uma forma que pode afetar a saúde e segurança. Para haver uma boa segurança no trabalho é necessário, mas não somente, que três fatores estejam em harmonia: A tarefa e as suas características (função); O indivíduo e a sua competência (individuo); A organização e as suas características (organização). Com relação ao nosso objeto de pesquisa, laboratório H006, foi inferido os seguintes fatores humanos relacionado as suas respectivas características: FUNÇÃO Por ser um laboratório de pesquisa e desenvolvimento, as cargas horárias e as tarefas de trabalho não são bem definidas como em uma indústria. Não há uma linha de montagem ou algo do tipo. Logo, o trabalho realizado neste local se dá pela necessidade de produzir algo específico, ficando a critério do usuário (estudante, professor, etc.) a carga horária e a demanda do processo, obedecendo as regras impostas pela instituição. A utilização do laboratório só pode ocorrer quando um responsável (estagiário, laboratorista, professor, coordenador, etc.) estiver presente e este deverá dizer se o indivíduo pode ou não utilizar o maquinário. INDIVÍDUO A utilização do laboratório e seus maquinários está aberta a todos membros da comunidade acadêmica, desde que haja um responsável presente. A capacitação do usuário vai depender de seu gral de aprendizado. Quem for utilizar alguma máquina deve ter conhecimento prévio do funcionamento da mesma, ou se o indivíduo não for adepto ao uso, uma outra pessoa deve utilizar o maquinário, este pode ser o laboratorista. ORGANIZAÇÃO Com relação aos horários de funcionamento, limpeza e disponibilidade de recursos o laboratório está satisfatoriamente organizado, porém a disposição do espaço, em muitas vezes, deixa a desejar. Existem muitas passagens “trancadas”. A instituição oferece alguns equipamentos de segurança, mas a vestimenta adequada para o trabalho está aberta para escolha do usuário, desde que cumpra alguns requisitos mínimos, como por exemplo calça, calçados fechados, etc. As barreiras contra acidentes se dá de forma preventiva. No laboratório existem várias placas de avisos explicando a necessidade do uso de EPI’s e do uso consciente do maquinário. Por ser um ambiente aberto a visitas é essencial a presença de responsáveis, como já dito anteriormente. Existem muitos focos de prováveis acidentes que podem ser causados pela falta organização por parte dos usuários. CULTURA DE SEGURANÇA “A cultura de segurança não é algo que floresce pronta em uma organização, assim como uma experiência de alguém que viu a morte de perto; ao contrário, ela emerge gradualmente através da persistência e aplicação sucessiva de práticas terrenas. Não há nada de místico nisto”. Reason (2000) Uma cultura de segurança é um conjunto de hábitos compartilhados por uma comunidade cujos membros possam realizar atividades ilegais, cujas praticas minimizam os riscos de tais atividades. Ter uma cultura de segurança poupa a todos do trabalho de ter que decidir medidas de segurança inúmeras vezes. A cultura se torna inconsciente, instintiva e, portanto, sem esforço: quando o comportamento mais seguro possível se torna habitual em todos os círculos pelos quais você transita, você pode gastar menos tempo e energia enfatizando a necessidade dele, ou sofrendo as consequências de não o ter, ou se preocupando com o quanto você já está em perigo, já que você sabe que já está fazendo tudo o que pode para ser cuidados. No laboratório analisado foi averiguado a falta de uma cultura de segurança ativa. Alguns erros provenientes da falta de cultura eficaz são: Advertências apenas visuais; Figura 1 – Placa de advertência 1 Figura 2 – Placa de advertência 2 Figura 3 – Placa de advertência 3 Foi construído um local para armazenamento de produtos químicos e inflamáveis, porém não está sendo utilizado para esse fim, existem muitos produtos ainda no laboratório; Figura 4 – Latas de tinta e tinner logo abaixo dos esmeris (Laboratório) Figura 5 – Latas de tinta guardadas em cima de um armário (Laboratório) Figura 6 – Local de armazenamento de produtos químicos e inflamáveis Óculos de proteção guardados em local inapropriado; Figura 7 – Óculos de proteção em baixo produtos químicos sem nenhuma proteção O responsável pelo laboratório não acompanha efetivamente o uso das máquinas. EQUIPAMENTO PARA FMEA A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha é uma ferramenta que busca implantar melhorias em um produto ou processo. Esse processo analítico foi para melhor organização e prever as possíveis falhas ocorrentes no sistema de movimentação de trabalho dos equipamentos que a compõem. Para construção do FMEA é necessário que se tenha uma organização sobre a distribuição das falhas que casualmente podem ocorrer. Através do regime de funcionamento do torno mecânico foi identificada possíveis falhas possibilitando a construção do FMEA. A determinação das possíveis falhas é importante para que o operador fique mais informado sobre as falhas da máquina. O FMEA é importante para o procedimento de manutenção, pois ajuda o operador a preparar o procedimento de manutenção antes que ocorra alguma falha. A organização do FMEA foi executada através da construção de tabelas que descrevem a severidade, ocorrência e detectibilidade. Através dos índices dessas tabelas foi gerada a tabela de risco. Aqui também será apresentado um FMEA de uma máquina utilizada do laboratório analisado, para aplicar se na prática princípios de segurança aprendidos em sala de aula. A máquina escolhida para o experimente foi um torno mecânico. Figura 8 – Torno mecânico utilizado ERGONOMIA A profissão do torneiro mecânico é reconhecida como um trabalho que exige de pequeno, médio à grande esforço e que representa riscos de acidentes e ocupacionais para os profissionais (TONINO ROSSETTI, 2004). ERGONOMIA DO TORNO ANALIZADO: Verificar se o torno mecânico se adequa às características e necessidades dos operadores, se exige movimentos com excesso de força, movimentos repetitivos, posição estática ou incômoda ao trabalhador, existência de máquinas ou saliênciasque forçam grupos musculares. Podem ser necessárias medidas de organização de trabalho tais como pausas regulares de 10 minutos /h de trabalho, proibição de prêmios de produtividade, minimização de jornada ou proibição de horas extras no caso de risco ergômetro elevado. Verificar condições do mobiliário, existência de acentos adequados. Trabalho em pé requer bancos para os momentos de pausa. Outras exigências devem ser verificadas como iluminação, umidade, esforço visual, etc. MAPA DE RISCOS Afim de analisar aspectos que possam prejudicar a saúde e segurança dos indivíduos que utilizam o laboratório foi levantado um mapa risco do mesmo. “Vale lembrar que no caso dos riscos não serem bem tratados, o gerenciamento de risco se tornará um custo extra ao projeto e não uma vantagem. Com consequências, dependendo da amplitude e complexidade da rede de atividades de projeto, incalculáveis.” Conclusão Conhecendo as abordagens que incorporam os aspectos sociais na prevenção dos acidentes industriais, cujos são tratados como produto das organizações, contrapondo-se aos modelos tradicionais culpabilizantes. Discutimos a cultura de segurança dentro das organizações e vemos como ela se torna de fundamental importância para as empresas de sucesso. Também após finalizar esse relatório, somos capazes de analisar qualquer empresa ou laboratório, e fazer um levantamento com o mapa de risco para conhecer os tipos de riscos presentes em seu espaço. Referências WOILER, S.; WASHINGTON, F. M. Projetos: planejamento, elaboração, análise. São Paulo: Atlas, 1996. AMARAL, J.A.A. Plano de Gestão de Riscos; VERZUH, E. MBACompacto em gestão de Projetos, Rio de Janeiro RJ, Editora Campos;
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