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DIREITO TRABALHO I

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DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 INTERPRETAÇÃO: 
 
Princípio da Proteção: “in dubio pro operário”. 
 
Papel relevante na busca dos significados das normas trabalhistas. 
 
Descobrir o conteúdo e a extensão da norma. 
 
 
 INTEGRAÇÃO: 
 
Parte-se da premissa que o ordenamento tem resposta para todos os casos concretos. Prevê 
antecipadamente todas as hipóteses praticas de conflitos trabalhistas. 
 
Mas nem sempre essas hipóteses conseguem resolver todos os casos concretos das relações 
individuais no direito do trabalho. 
 
Art. 8º CLT. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de 
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por 
analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente 
do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito 
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular 
prevaleça sobre o interesse público. 
 
Analogia = situação fática semelhante e lacuna legal. 
 
Ex.: Artigo 72 CLT aplicável aos digitadores; Artigo 244, §2º CLT aplicável aos gerentes de bancos; 
 
Não se aplica às normas jurídicas autônomas privadas, criadas por meio de negociação 
coletiva!!! 
 
 
 
 APLICAÇÃO: 
 
1. Territorial: 
 
Lei Federal: via de regra, somente a União tem competência (Artigo 22, I C.F.). Uma vez 
editada uma lei trabalhista ela é aplicável em todo o território federal. 
 
Porém, é possível a delegação da competência de algumas matérias para os outros entes 
federados. Ex.: Salário Mínimo Regional (Estados-Membros); Feriados (Municípios – no 
máximo 4). 
 
- Campo de Aplicação: 
 
a. Heterônomas: Território Nacional. Salvo, Sentença Normativa (dissídios coletivos). 
 
 
b. Autônomas: na base territorial da entidade sindical; e no âmbito das categorias 
participantes da negociação coletiva (Artigo 611 CLT). 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
2. Temporal: 
 
- Aplicação imediata da lei nova, sem retroatividade. 
 
- Respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e a coisa julgada (Artigo 5º C.F.). 
 
 
Contrato: 2012 Congresso Nacional: 2014 
8 horas diárias Nova Lei = 6 horas diárias 
44 horas semanais 36 horas semanais 
 
APLICA OU NÃO A NOVA LEI?!? 
 
Melhora = Aplica-se ao contrato. 
 
No âmbito das relações trabalhistas não se admite retroatividade! 
 
Portanto, não retroage para fatos pretéritos. Mas aplica-se de imediato. Sendo assim, a hora-
extra começará a contar a partir da 6ª hora. 
 
 
Contrato: 2012 Congresso Nacional: 2014 
8 horas diárias Nova Lei = 10 horas diárias 
44 horas semanais 60 horas semanais 
 
APLICA OU NÃO A NOVA LEI?!? 
 
Prejudica = Preserva-se a condição contratual. 
 
Nova lei editada aplica-se ao contrato em curso, mas não terá ressonância no contrato 
concreto, pois no plano contratual prepondera a condição contratual mais benéfica (princípio 
da proteção). 
 
 
 
 
3. Espacial: 
 
- Brasileira ou Estrangeira? 
 
- Princípio da Territorialidade 
 
(Convenção Direito Internacional Privado de Havana – Código de Bustamante/1928): 
 
∟ Regência da lei do local da prestação de serviços – “lex loci executionis” – 
independentemente do lugar da contratação. 
 
Para garantir os direitos aos brasileiros, o Congresso Nacional editou a lei: 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Lei 7.064/82 – que é aplicável simultaneamente ao Código de Bustamante: 
 
∟ Trabalhador contratado no Brasil ou transferido para prestar serviço no exterior, 
salvo por período transitório (até 90 dias). 
 
∟ Aplicação da lei brasileira quando mais favorável do que a lei territorial, no conjunto 
das normas e em cada matéria (Súmula 207 do TST cancelada). 
 
Ex.: 
 
a. Contratado no Exterior para trabalhar no Exterior = Lei Estrangeira; 
 
b. Contratado no Brasil para trabalhar no Brasil = Lei Brasileira. 
 
c. Contratado no Brasil para trabalhar no Exterior; e contratado no Brasil sendo 
transferido posteriormente ao Exterior = Mais benéfica ao trabalhador (Teoria do 
Conglobamento). 
 
 
- Direito Marítimo: lei trabalhista da bandeira do navio. 
 
a. Contratado no Brasil para trabalhar em um navio estrangeiro = aplica-se a mais 
benéfica! 
 
 
 
 
4. Pessoal: 
 
- Regra = aplicação restrita aos sujeitos unidos por Relação de Emprego (urbano, rural e 
doméstico), em qualquer ramo de atividade econômica. 
 
- C.F./88: 
 
- Igualou direitos urbanos e rurais (Artigo 7º, caput C.F.). 
 
Eliminou o caráter discriminatório da lei trabalhista. 
 
 
- Equiparou direitos do avulso aos do empregado (Artigo 7º, XXXIV C.F.). 
 
Tem algum tipo de trabalhador que não é empregado, mas que conta com todas as 
garantias trabalhistas conferidas aos empregados? 
 
Resposta: Sim. Trabalhador Avulso. 
 
 
- Ampliou direitos domésticos (Artigo 7º, parágrafo único C.F.). 
 
EC 72/2013. 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
No plano das relações internacionais (Organismos Internacionais; Estados; Vaticano): 
 
 
a. Empregados de Estado Estrangeiro: 
 
- Imunidade Relativa de Jurisdição. 
 
Em decisão paradigmática em 1990 o STF estabeleceu que o Estado Estrangeiro deve se 
sujeitar a jurisdição brasileira (local) quando ele opta por contratar empregados no solo 
brasileiro, ainda que trabalhem na Embaixada (território estrangeiro) - (ACi 9696-3/SP, DJ 
12.10.90). 
i. Contratado no Brasil para trabalhar em embaixada ou missão diplomática 
= lei trabalhista brasileira se for mais benéfica. 
 
Imunidade de Execução: inviolabilidade dos bens afetos a missão consular ou diplomática. 
 
Se a lei trabalhista brasileira não é cumprida, o juiz/tribunal brasileiro não pode penhorar os 
bens do Estado Estrangeiro. 
 
Portanto, salvo se o Estado Estrangeiro renunciar de modo expresso a imunidade, o STF 
expedirá uma carta rogatória para que a decisão seja executada no Estado Estrangeiro por 
intermédio dos seus tribunais. 
 
 
 
b. Empregados de Organismos Internacionais (OIT, OEA, FMI, ONU): 
 
Segundo o TST os Organismos Internacionais desfrutam de Imunidade Absoluta; 
 
Quando a OI contrata um trabalhador brasileiro no Brasil, ela dispõe de imunidade 
plena/absoluta. 
 
- Respeito aos TRATADOS: inaplicabilidade do Direito do Trabalho Brasileiro (0J 416 SDI TST). 
416. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO 
INTERNACIONAL. As organizações ou organismos internacionais gozam de 
imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional 
incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra 
do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. 
Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia 
expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
Portanto, salvo se a OI renunciar de modo expresso a imunidade que lhe é conferida, aos seus 
trabalhadores não se aplica a lei trabalhista brasileira, ainda que contratados em solo 
brasileiro. 
 
Pois sempre que a sede de uma OI é instalada no Brasil, essa instalação é ajustada por meio de 
um Tratado. E se o Tratado não menciona nada, não se aplica a lei trabalhista. 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Jurisprudência: 
 
 Contratar empregado é: 
 
- Ato na órbita do direito público: ato de império. 
 
- Ato na órbita do direito privado: ato de gestão = não é ato de império = portanto, não 
há imunidade. 
 
 
 RELAÇÕES DE TRABALHO “LATO SENSU”: 
 
- Dizem respeito à contratação do trabalho humano, mas que não conjugam os 5 pressupostos 
de fato de uma relação de emprego. 
 
- São modalidades nas quais entre a pessoa que recebe o trabalho(tomador) e a pessoa que 
presta o serviço (trabalhador) não existe um vinculo de emprego. 
 
- Modalidades contratuais que dispõem de características peculiares que não se confundem 
com as relações de emprego. Pois falta nelas no mínimo um dos pressupostos elencados no 
artigo 2º e 3º da CLT. 
 
- Direito do trabalho, como regra geral, somente é aplicável a sujeitos que estão vinculados a 
uma relação de emprego. 
 
 Pressupostos da Relação de Trabalho: 
 
i. PESSOA FÍSICA; 
ii. PESSOALIDADE; 
 
 
1. TRABALHADOR AUTÔNOMO: 
 
Ausência de SUBORDINAÇÃO. 
 
Preserva a liberdade, autonomia e independência de ditar o modo e a forma pela qual vai 
executar o trabalho. 
 
 
Ex.: 
- Contratos de prestação de serviços (profissionais liberais); 
∟ Médico / Advogado; 
- Representação Comercial; 
 
 
Riscos e despesas da atividade: geralmente do trabalhador. 
 
Autônomo assume as despesas individualmente. Não transfere para terceiro (tomador) a 
incumbência de pagar as despesas no desempenho de suas atividades. 
 
Porém, muitas vezes ocorrem fraudes. Sendo a relação autônoma na verdade uma relação de 
emprego subordinada (princípio da primazia da realidade). 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
Obs.: 
- Vendedor Viajante = é na acepção jurídica do termo = EMPREGADO. 
 
∟ Pois possui geralmente um roteiro de viagem; deve prestar contas; fazer relatórios; 
e possui horário e dias específicos para viajar; 
 
A diferença entre o Vendedor Viajante (empregado) para o Representante Comercial 
(autônomo) são as circunstâncias do dia a dia. 
 
 
Discorra a respeito das características do trabalho autônomo. 
 
 
 
 
2. TRABALHADOR EVENTUAL: 
 
Ausência da NÃO EVENTUALIDADE; 
 
Eventual Permanente 
Serviços incertos; Serviços comuns; 
Ocasionais; Ordinários; 
Esporádicos; Corriqueiros; 
Extraordinários; 
 
Natureza Eventual = excepcional; extraordinário; anormal e incomum, etc. 
 
Eventual ou Permanente?? 
 
- Âmbito rural = boia-fria (?) 
 
- Âmbito urbano = chapa (?) 
 
- Âmbito doméstico = diarista (?) 
 
 
Jurisprudência se debate de modo intenso para discutir se é caso eventual ou permanente. 
 
 
2.1. TRABALHADOR AVULSO: 
 
É uma modalidade de Trabalhador Eventual; 
 
Possui natureza triangular (3 sujeitos) que também pode ser visualizada na terceirização. 
 
Mas a grande diferença está na circunstancia de que o trabalhador eventual propriamente dito 
é contratado diretamente pelo tomador de serviço para executar um serviço incerto, 
incomum, excepcional. 
 
Ao passo que o trabalhador avulso apesar de executar um trabalho eventual, é contratado por 
um intermediário (OGMO ou Sindicato). 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Área Portuária: 
 
Lei 12.815/13, artigo 40. 
 
Capatazia, estiva, conserto de carga, vigilância, limpeza, etc. Movimentação de mercadorias 
em portos. 
 
Trabalhadores avulsos cadastram-se no OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra). 
 
 
- Área Urbana e Rural: 
 
Lei 12.023/09, artigos 1º e 2º. 
 
Movimentação de mercadorias em geral (carga e descarga). 
 
Trabalhadores avulsos cadastram-se no Sindicato. 
 
 
Embora não tenha vínculo de emprego com o intermediário nem com o tomador, aos 
trabalhadores avulsos são estendidos todos os direitos próprios dos empregados (Artigo 7º, 
XXXIV CF). 
 
 
- Responsabilidade pelo cumprimento das normas de medicina, segurança e higiene do 
trabalho: 
 
∟ Tomador e Intermediário! 
 
Normas regulamentadoras editadas pelo MTE: 
 
Quando alguém optar por descentralizar o serviço (transferir para terceiro) tanto o 
tomador quanto o contratado, se responsabilizam. 
 
 
3. TRABALHADOR VOLUNTÁRIO: 
 
- Fraude: 
 
∟ Relação de emprego disfarçada de relação de trabalho voluntário. 
 
Ex.: Rádio comunitária = desde que não explore atividade econômica (lucro). 
 
- Artigo 1º, Lei 9.608/98: 
 
“atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer 
natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, 
culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive 
mutualidade”. 
 
 Ausência de ONEROSIDADE. 
 
∟ Trabalho não é prestado no intuito de receber contraprestação econômica. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 Entidade Pública (órgão da administração pública direta, indireta ou fundacional) ou 
por Entidade sem fins lucrativos. 
 
 
- Termo de Adesão: nomenclatura jurídica usada para o contrato pactuado. Firmado entre o 
trabalhador voluntário e a entidade contratante, com descrição do objeto e das condições. 
 
 
 
Contratação de trabalho diferente da de emprego (voluntário ou estágio), mas que não 
observou os ditames legais (não há termo de adesão), no caso de fraude, invalidade e 
ineficácia, qual a consequência??? 
 
R.: Se forma entre os dois sujeitos uma Relação de Emprego. 
 
 
Contratante: 
 
- Entidade Pública: formação da relação de emprego no plano fático. Mas no plano 
Jurídico, como não há a prévia realização de concurso público = súmula 363 TST (Horas 
Extras (conforme o salário combinado) e FGTS (sem os 40%)). 
 
 
- Despesas: ressarcimento (ajuda de custo – nome jurídico ao valor pago para indenizar 
despesas). 
 
Diária = indenizar despesas com hospedagem, alimentação e transporte. 
 
Ajuda de Custo = ressarcimento ao trabalhador que suportou individualmente despesas 
em razão do trabalho. 
 
 
 
 
 
4. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS: 
 
- Vínculo de natureza pública, regulado pelo Direito Administrativo. Não se aplica o Direito do 
Trabalho. 
 
Ações por servidores públicos municipais ou estaduais estatutários = Justiça Estadual. 
 
Ações por servidores públicos federais estatutários = Justiça Federal. 
 
- Administração Pública opta por contratar pelo regime celetista = Empregado Público (vinculo 
de emprego – direito do trabalho); 
 
Ações por empregados públicos = Justiça do Trabalho. 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
5. COOPERATIVAS DE TRABALHO: 
 
Lei 12.690/12. 
 
Sociedade criada por trabalhadores para exercício de atividades laborativas ou 
profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor 
qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho. 
 
Lucros são divididos / distribuídos entre todos os sócios!!! 
 
- Assembleia: 
 
Decorrente da Autogestão. Regras de funcionamento – forma execução trabalhos. 
 
 
- Objeto Social: 
 
É vedada a intermediação de mão de obra subordinada. 
 
Contraponto do cooperativismo: atuação autônoma isolada; 
 
 
Legalmente é possível a constituição de duas formas de cooperativas (Espécies): 
 
 
a. Produção: 
 
As pessoas reúnem-se e constituem uma sociedade (cooperativa) e o seu objeto é a 
PRODUÇÃO DE UMA DETERMINADA MERCADORIA – Produção em comum de bens. 
 
O regime jurídico que liga o sócio a cooperativa de produção é um vinculo de sociedade. Pois 
não há trabalho subordinado, e sim atuação AUTÔNOMA. 
 
 
b. Serviço: 
 
As pessoas reúnem-se e constituem uma sociedade (cooperativa) e o seu objeto é a 
PRESTAÇAO DE SERVIÇOS A TERCEIROS. 
 
Terceiros sem a presença dos pressupostos da relação de emprego. 
 
Ex.: UNIMED. 
 
 
- Garantias: 
 
Retribuição mínima definida pela Assembleia; 
Jornada Máxima (8h/44h); se exceder: Assembleia define. 
Repouso Semanal Remunerado; 
Repouso Anual Remunerado; 
Seguro contra Acidente de Trabalho; 
“plus” por trabalho noturno, insalubre e perigoso; 
 
Assembleia deve definir os detalhes, pois não se aplica a legislação trabalhista (CLT). 
 
Não há vinculo empregatício entre o sócio e a cooperativa, e entre o sócioe o tomador!!! 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Diferença para terceirização: 
 
Empresa contratada (terceirizada) coloca o seu empregado para prestar o serviço!!! 
 
 
 
 
Direito Civil 
 
 
 
 
Sociedade 
Relação de Trabalho 
 
 
 
 
 
 
≠ 
 
 
 
Direito Civil 
 
 
 
 
 
 
Vínculo de Emprego (CLT) com a 
terceirizada 
Relação de Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Responsabilidade Subsidiária: primeiro: terceirizado e posteriormente do tomador. 
 
 
 
 
Tomador 
 
Cooperativa 
Sócios 
Tomador 
(No seu 
estabelecimento) 
Ex.: BB; TAM. 
Terceirizada 
Trabalhador 
Empregado 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
6. TERCEIRIZAÇÃO: 
 
- Histórico: 
 
- Decreto Lei 200/1967: foi criada para regulamentar a terceirização na administração pública. 
 
∟Terceirização de: serviço de apoio, instrumental e de execução. 
 
- Lei 5.645/70: 
 
∟ Exemplifica os serviços que poderiam ser terceirizados (transporte, conservação, 
limpeza, operação de elevador e outras semelhantes). 
 
- Lei 6.019/74: 
 
∟ Prevê pela primeira vez na história, terceirização nas relações privadas 
(exclusivamente para trabalho temporário). 
 
- Lei 7.102/83: 
 
∟ Nasceu com aplicação restrita para bancos (serviço de vigilância). 
 
- Lei 8.863/94: 
 
∟ A Lei 7.102/83 foi alterada, e aquilo que era exclusivo dos bancos, foi estendido 
para outros segmentos. 
 
 
- Histórico Jurisprudencial: 
 
- Súmula 256 TST: 
 
É proibido terceirizar na iniciativa privada. Salvo em dois casos, previstos na lei 
6019/74 e 7102/83. 
 
----CF/88---- 
 
Tese baseada na ideia de que não se pode discriminar a iniciativa privada frente à adm. 
pública. O TST recoloca o tema na pauta dos julgamentos e CANCELA a sumula 256. 
Introduzindo no seu lugar a sumula 331. 
 
- Súmula 331 TST: 
 
Na adm. pública é possível terceirizar a atividade meio. Mas não a atividade fim (saúde, 
segurança, e educação). Nasce a clássica diferenciação entre a atividade fim e a atividade 
meio. 
 
Como regra geral, proíbe a terceirização. Com quatro exceções exaustivas (taxativas). 
 
 
- Espécies lícitas (exceções taxativas): 
 
i. Atividade de Vigilância (Lei 7.102/83): 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Serviço de vigilância e segurança patrimonial (tanto esfera publica quanto privada). 
 
Vigia (empregado que não tem autorização legal para usar arma de fogo, e não é 
contratado por empresa de terceirização, mas sim pelo próprio tomador); 
≠ 
Vigilante (presta serviço em postos de trabalho que a empresa de terceirização 
assumiu, e possui treinamento pela policia federal); 
 
 
 
ii. Atividade de Conservação e Limpeza: 
 
Lei 5645/70; 
 
Baseado na ideia de igualdade o TST estendeu à iniciativa privada; 
 
Tomador PODE terceirizar, mas também pode contratar diretamente uma servente 
(empregada). 
 
 
 
iii. Serviços especializados ligados a atividade meio do tomador, sem 
pessoalidade e subordinação: 
 
Sumula 331: é possível terceirizar serviço especializado ligado a 
atividade meio do tomador, desde que não haja pessoalidade e 
subordinação direta ao tomador. 
 
- Atividade fim: 
 
Em que ramo / segmento o tomador desenvolve suas atividades?? Geralmente disponíveis no 
contrato social ou CNPJ. 
 
Para qual atividade a empresa foi constituída. 
 
NÃO PODE TERCEIRIZAR! 
 
Ex.: Construção Civil. Não pode terceirizar serviço de pedreiro/eletricista/pintor. 
 
 
 
- Atividade meio: 
 
Se a empresa optar pela terceirização, dentre a equipe de terceirizados, um deles tem que se 
responsabilizar pelo comando e fiscalização da equipe. 
 
Pois se esses poderes forem exercidos pelo representante do tomador, forma-se um vinculo 
de subordinação, e a terceirização é considerada IRREGULAR. 
 
E o vinculo desloca-se para o tomador. Sendo todos os benefícios garantidos aos empregados 
do tomador estendidos aos trabalhadores contratados pela terceirização irregular. 
 
Ex.: Empresa que financia automóveis. Vistoria para avaliar o veículo financiado. 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
iv. Trabalho Temporário: 
 
É aplicável tanto na esfera privada quanto na esfera pública. 
 
Lei 6.019/74: pode contratar trabalhador temporário por intermédio de terceirização, para 
dois casos específicos: 
 
- Quando tiver acréscimo EXTRAORDINÁRIO de serviço. 
 
Ex.: lei que obriga uso extintor ABC 
 
Comércio para contratação de vendedores final do ano = não é extraordinário e sim ordinário. 
E não possui amparo legal. 
 
∟ Solução = possibilidade de contrato por prazo determinado – artigo 443 CLT – (Ex.: 
contrato experiência), sem a intermediação da empresa de terceirização, mas 
diretamente pelo tomador. 
 
 
- Substituição TRANSITÓRIA de um empregado. 
 
Substituir um empregado por determinado prazo. Por conta de férias; licenças; afastamentos; 
etc. 
 
 
O poder de direção, sobre o trabalhador temporário, é do próprio tomador. Pois é inserido 
numa situação idêntica do empregado 
 
 
Relação de emprego: com a empresa de trabalho temporário. 
 
 
- Formalidades: 
 
- Contrato de trabalho entre terceirizada e o trabalhador: escrito; não pode ser tácito 
ou verbal.  se for = Ilegal = vinculo se transfere ao tomador. 
 
- Contrato entre empresas: escrito. Identificando o motivo da contratação (se é pra 
suprir ou extraordinário). 
 
 
- Direitos: 
 
Somente eram aplicáveis os direitos previstos na lei 6.019/74 (Artigo 12). 
 
Após a Constituição Federal/88 (artigo 7º) houve a eliminação do caráter discriminatório. Pois 
a carta magna prevê a igualdade entre os trabalhadores. 
 
 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
- Efeitos Jurídicos: 
 
LICITA = vínculo empresa terceirização 
 
ÍLICITA = vínculo com o empregador. 
 
Se a terceirização for IRREGULAR = responsabilidade subsidiária. 
 
Se a terceirização for ILÍCITA (contra a lei) = responsabilidade solidária – artigo 942 CC. 
 
 
Para tentar eliminar danos a classe trabalhadora, houve pela jurisprudência a introdução do 
salario equitativo. 
 
∟ Trabalhador Temporário = Remuneração mínima igual a dos empregados do 
tomador. 
 
Porém levando-se em conta os princípios da igualdade e da proteção, para os demais casos 
(segurança, limpeza...) a jurisprudência, para evitar a discriminação, aplicar o salário 
equitativo. 
 
OJ 383 SDI do TST: 
 
383. TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA 
DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI Nº 
6.019, DE 03.01.1974. (mantida). A contratação irregular de trabalhador, 
mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da 
Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o 
direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e 
normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde 
que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da 
Lei nº 6.019, de 03.01.1974. 
 
 
Se por um lado há a terceirização, por outro deve ser garantido ao terceirizado o salario igual 
ao do empregado. 
 
Aplicação analógica aliada ao principio da igualdade = evitar discriminação! 
 
 
Atualmente o PL que tramita no Congresso Nacional da terceirização NÃO contempla o salário 
equitativo. 
 
 
- Efeitos Jurídicos: 
 
No caso da adm. Publica = Irregularidade na terceirização não enseja vinculo, pois falta o 
concurso público. 
 
Concurso público Impossibilita o vinculo com a administração pública. 
 
Sumula 363 TST: também vale para assegurar pagamento horas de trabalho e FGTS. 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO7. ESTÁGIO: 
 
Possui os 5 pressupostos da relação de emprego. Porém por uma opção legal, o legislador não 
enquadra a relação de estagio no universo das relações de emprego. 
 
Ou seja, não conta com a proteção jurídica dos empregados. Pois a natureza do vinculo que 
une o estagiário a quem lhe concede o estagio não é caracterizada legalmente como de 
emprego. 
 
Lei 11.788/08. 
 
Evidencia que o que se leva em conta não é o trabalho propriamente dito, mas sim o 
aprendizado. 
 
Por isso a lei conceitua com sendo um ATO EDUCATIVO ESCOLAR. 
 
Propiciar ao estudante a vivência prática num ambiente de trabalho. 
 
O objetivo primordial é o preparo para o trabalho produtivo, colocando em situações praticas, 
e que consiga obter o aprendizado pratico na linha de formação teoria que está vivenciando. 
 
- A lei do estágio estabelece dois tipos: 
 
a. Obrigatório: 
 
Aquele que o programa / currículo do curso estabelece como etapa imprescindível para 
finalizar as atividades acadêmicas. 
 
A lei dispensa a remuneração. 
 
Ex.: NPJ. 
 
 
b. Não Obrigatório: 
 
Trata-se de uma atividade complementar, que fica ao livre arbítrio de cada estudante, 
desenvolver ou não. 
 
Atividade suplementar que deve ser remunerada (bolsa-auxílio / seguro contra acidentes 
pessoais / auxílio-transporte – a parte concedente é que quando coloca a disposição a vaga de 
estágio define). 
 
 
3 sujeitos: 
 
- Parte concedente: entidade que disponibilizou a vaga de estágio. 
- Instituição de Ensino: é participante obrigatória. 
- Estagiário; 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Requisitos: 
 
Documento que retrata a relação de estágio: TERMO DE COMPROMISSO (instrumento formal). 
 
Em que participam: o educando (ou representante – quando for menor de 
idade), concedente do estágio e instituição de ensino. 
 
Não há idade mínima. Pode ser a partir dos anos finais do ensino fundamental. 
 
Condição do estudante: para que possa celebrar o contrato é imprescindível a matricula e 
frequência num dos cursos em que a lei prevê a possibilidade do estagio. 
 
Compatibilidade das atividades: estágio x termo de compromisso. 
 
Entre as atividades teóricas e as atividades práticas desenvolvidas é 
indispensável que haja certo vínculo de compatibilidade. Para evitar a fraude. 
 
Acompanhamento: professor orientador (entidade ensino) e supervisor da parte concedente 
(até 10 estagiários). 
 
Prazo: a cada 6 meses: relatório encaminhado a instituição de ensino. 
 
 
Não cumprimento dos requisitos = nulidade do contrato de estágio e vínculo empregatício 
com a parte concedente. 
 
 
- Agentes de integração: 
 
São Auxiliares (Coleta de vagas, cadastro dos estagiários, acompanhamento, etc.). 
 
Ex.: CIEE. 
 
É vedada a cobrança do estudante pelos serviços. Mas pode cobrar uma taxa da parte 
concedente. 
 
Responsabilidade: dois casos nos quais (numerus clausus) pode se inserir o agente de 
integração e responsabiliza-lo por danos: 
 
Reparação de danos contra a parte concedente e simultaneamente contra o agente de integração 
(solidariamente). 
 
a. Quando o agente de integração indica para atividade incompatível com o curso. 
 
 
b. Estagiário matriculado em curso ou instituição para as quais não há previsão de 
estágio. 
 
 
 
Possibilidade de responsabilização da instituição de ensino em hipótese de fraude??? Lei não 
prevê. 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
- Parte Concedente: 
 
- PJ de Direito Privado (associação, fundação, sociedades, SEM, partidos políticos, 
organizações religiosas, entidades sem fins lucrativos, etc.) 
 
- Órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional dos poderes da 
União, Estados, DF, e Municípios. 
 
- A partir de 2008: Profissionais liberais de nível superior registrados nos conselhos de 
fiscalização profissional. 
 
 
Obrigações: 
 
a. Contratar seguro contra acidentes pessoais; 
 
 
É obrigação da parte concedente instituir seguro contra acidentes pessoais!!! 
 
Não contratação do seguro: 
 
- Há decisões de alguns tribunais que reconhecem a irregularidade, mas dizem que a 
questão da ausência não é uma questão que influencia no núcleo da relação, e que 
seja capaz de contaminar a relação de estágio, mas desde que sejam cumpridos os 
outros requisitos. 
 
- Outras decisões isoladas elegem como elemento imprescindível a contratação do 
seguro. 
 
 
b. Enviar relatório de atividade a instituição de ensino cada 6 meses, no mínimo, 
com vista obrigatória ao estagiário. 
 
 
Obs.: Danos Morais ao estagiário: Competência Justiça do Trabalho (artigo 114, I C.F.) 
 
 
 
- Estagiário: 
 
- Carga horária: O que define é o curso; 
 
- 4 h/dia (limite 20h semana): para educação especial e anos finais do fundamental. 
 
- 6 h/dia (limite 30h semana): ensino superior e médio. 
 
 
Garantido, nas duas hipóteses, a redução pela metade da carga horaria nos dias de avaliação 
na instituição de ensino. Para que não prejudique o estudo, já que a finalidade primordial do 
estágio é o estudo. 
 
Desde que haja previsão no projeto pedagógico do curso (que altere teoria e prática), é 
possível que a carga horaria seja elevada até 40 horas semanais, nas épocas em que não 
precisa frequentar a instituição de ensino. 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 
- Duração: 
 
Até 2 anos, salvo estagiário portador de deficiência. 
 
 
- Recesso (não é férias): 
 
Preferencialmente nas férias escolares. 
 
Leva em conta a duração do contrato: 
 
- Igual ou superior a um ano = 30 dias 
 
- Menos um ano = proporcionalmente (2,5 dias a cada mês). 
 
 
- Saúde e Segurança no Trabalho: 
 
A cargo da parte concedente (dever jurídico) adotar medidas de prevenção, recuperação, da 
saúde, segurança e medicina no trabalho. 
 
 
- Número máximo de estagiários: 
 
Inaplicável aos estágios de níveis superior e médio profissional: 
 
a) 1 a 5 empregados: um estagiário; 
b) 6 a 10 empregados: até dois estagiários; 
c) 11 a 25 empregados: até cinco estagiários; 
d) acima de 25 empregados: até 20% de estagiários. 
 
Portadores de deficiência: 10% das vagas da parte concedente. 
 
 
- Irregularidades no contrato de estágio: vínculo de emprego com a parte concedente!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 EMPREGADO: 
 
 
URBANO DOMÉSTICO RURAL 
 
Aplica CLT 
(artigo 2º, 3º, 6º) 
 
 
Não se aplica CLT 
(artigo 7º, ‘a’) 
 
 
CLT: Subsidiária 
(artigo 7º, ‘b’) 
 
 
 
Artigo 7º C.F/88. 
 
 
 
 
Lei 5.859/72 
 
 
 
1º dispositivo: Estatuto do 
Trabalhador Rural: vigorou 
até 1973. 
 
 
 
34 Direitos; garantidos aos 
urbanos e domésticos. 
 
- porém 9 (nove) NÃO se 
aplicam aos domésticos. 
 
 
CF/88: artigo 7º, parágrafo 
único: estendeu benefícios 
que até então a Lei não 
previa. 
 
Editada a Lei 5.889/73. 
 
Artigo 1º: para relações de 
trabalho no campo é aplicável o 
regime jurídico desta lei. E o que 
não houver disposição, aplica-se 
a CLT. 
 
NÃO se aplicam: 
 
V – piso salarial. 
XI – partic. Lucros / result. 
XIV – turno ininterrupto 
revezamento1. 
XX – proteç. Merc. Mulher2. 
XXIII – adicional insalub., 
pericul., penosidade (precisa 
regulamentar). 
XXVII – prot. automação. 
XXIX – prescrição. 
XXXII – dist. Trab. 
Técnico/manual/intelectual. 
XXXIV – avulso. 
 
 
 
EC 72/13: mudou a redação 
do parágrafo único, 
ampliando benefícios que até 
então não lhe eram 
aplicáveis. 
 
 
2015: Regulamentação da 
Emenda pelo CN: FGTS; 
horas-extras; noturno; etc. 
 
 
 
 
 
É praticamente eliminado 
com a CF/88.Pois no seu artigo 7º, elenca 
o rol de direitos trabalhistas, 
e trata de forma isonômica o 
rural e o urbano, 
 
 
 
Projeto de Lei: 
 
Até 2 (dois dias) = doméstico 
autônomo - diarista. 
 
Até 3 (três) ou mais vezes = 
empregado doméstico. 
 
 
ATUALMENTE: 
 
Não há absoluta identidade, 
mas o regime jurídico 
garantido ao urbano é 
bastante próximo ao 
conferido ao doméstico e ao 
aplicável ao rural. 
 
 
ATUALMENTE: 
 
Não há absoluta identidade, 
mas o regime jurídico 
garantido ao urbano é 
bastante próximo ao 
conferido ao doméstico e ao 
aplicável ao rural. 
 
 
 
 
 
1 Trabalha no período da manhã; tarde; e noite num sistema de rodízio. 
2 Medida legal implantada no ordenamento para proteger mulher contra discriminação = equiparação 
salarial; ‘Artigo 373-A CLT’. 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for, em cada 
caso, expressamente determinado em contrário, NÃO se aplicam: 
 
a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam 
serviços de natureza não econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial 
destas; 
 
b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funções 
diretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em atividades 
que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas 
operações, se classifiquem como industriais ou comerciais; 
 
 
O único fator jurídico, que ainda justifica a discriminação ao doméstico dos outros é a 
finalidade lucrativa. 
 
 
 
 
- Requisitos necessários para a configuração de um vínculo DOMÉSTICO: 
 
a. Aquele que presta serviços a uma pessoa ou família; 
 
b. Trabalho exclusivo residencial3; 
 
c. Sem fins lucrativos; 
 
 
 
- Período de férias do doméstico: 
 
Atualmente, para cada ano – 30 dias de férias consecutivos, pagos com o acréscimo de 
1/3. 
 
 
 
- Projeto de Lei 
 
Atualmente: Projeto de Lei: 
 
Empregado: de 8 a 11% INSS. 
 
 
Mantém a contribuição (8 a 11%) 
 
 
Empregador: 12%. 
 
 
 
Empregador: 8% INSS + 8% FGTS + 3,2% 
Multa FGTS + 0,8% SAT. 
 
 
 
 
 
 
3 Não somente interior da residência. Ex.: Limpeza de piscina; cortador de grama; chácara de lazer. 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
- Requisitos necessários para a configuração de um vínculo RURAL: 
 
a. Trabalha num imóvel rural4 ou prédio rústico5; 
 
b. Para empregador rural; 
 
 
 Três casos: aquele que.... 
 
- Desenvolve atividade agro econômica 
(agrícola / pecuária); 
 
- Explora profissionalmente serviços agrários 
(Ex.: agrônomo / veterinário / agrimensor); 
 
- Instala indústria no segmento agrário (deve 
receber produto in natura, dar o primeiro 
tratamento sem transformá-lo em outro e nem 
retirar a matéria prima. Ex.: madeireira / 
frigorífico). 
 
Se transformar o produto em outro = Urbano!!! 
 
LATICÍNIO = ??? 
 
 
Recebe leite – transforma em queijo / nata / etc...: 
 
 
- Alguns entendem ser mero derivado, e, portanto, que não há transformação 
propriamente dita, se enquadrando como estabelecimento industrial agrário para efeitos 
legais. Porém não é o entendimento pacificado. 
 
 
 
 
 
 
 
 - Com fins lucrativos: 
Rural. 
 
 
 
 - Sem fins lucrativos: 
Doméstico. 
 
 
 
 
 
4 Imóvel que não se localiza na área urbana. 
5 Encravado na área urbana, mas que é usado para a exploração agro econômica. 
Milho 
Vaca 
Hortal. 
 
Casa 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
- FUNÇÕES DE CONFIANÇA: 
 
No âmbito da CLT 2 (duas) normas versam sobre o problema da função de confiança. 
 
 
*** Caráter geral / universal que se aplica a todos os empregados urbanos e 
rurais, independente da atividade econômica ***. 
 
Ex.: Indústria/comércio/transporte/metalurgia/atacadista, etc. 
 
 
 
Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste Capítulo: 
 
- Quando o empregado enquadra-se numa das situações do artigo 62: 
 
 
- Perde a proteção que lhe é dada de somente trabalhar 8 horas dia e 44 na semana. 
Não tem direito de ganhar horas extras, mesmo que trabalhe mais de 8 horas dia, mais de 44 
horas numa semana. 
 
 
- Não tem o direito de ganhar adicional noturno, mesmo que trabalhe a noite. 
 
 
- Perde a garantia de usufruir tempos mínimos de descanso em cada dia de trabalho, 
entre dois dias de trabalho. Só não perde o repouso, pois a CF88 diz que um dia de descanso 
por semana vale para todos os empregados. 
 
 
II – os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se 
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento 
ou filial. 
 
Todos os Gerentes = perdem o direito de ganhar horas extras, adicional noturno, períodos 
mínimo de descanso??? 
Deve ser respondida através dos dois requisitos do artigo 62. 
 
 
- Requisitos para o enquadramento em Função de Confiança: 
 
 
i. Concentre e exerça de fato poderes de gestão 
Ex.: contratações/rescisões/fixar preço de produto/celebrar contratos terceiros/etc. 
Prerrogativas / atribuições que a pessoa exerce e quando o faz coloca em jogo a própria 
atividade da empresa. 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
ii. Tenha um padrão remuneratório superior comparativamente aos colegas. 
 
Resposta: parágrafo único do artigo 62. Porém, foi mal redigido. 
 
Parágrafo único. O regime previsto neste Capítulo será aplicável aos empregados 
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, 
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do 
respectivo salário efetivo acrescido de quarenta por cento. 
 
- Efeitos: 
 
a) Inaplicabilidade da proteção legal da duração de trabalho. 
 
 
Ex.: 
 
 Gerente. 
 
Chefe - 2 mil. 
 
Secretária - 1 mil. 
 
Escrituário - 900 reais. 
 
Gerente é dispensado. Secretária é promovida para gerente. 
 
Quanto ela deve ganhar para preencher o requisito do padrão remuneratório??? 
 
Se fosse pelo seu salário (1 mil reais) = ganharia 1400,00. Porém, deve se levar em conta a estrutura 
remuneratória, imediatamente inferior ao do exercente da Função de Confiança. Ou seja, a secretária 
deveria ganhar no mínimo: R$ 2.800,00. 
 
Secretária é promovida a Gerente. Ficou 1 (um) mês no cargo, e não dispõe de aptidão para o 
cargo de chefia. 
 
Posso destituí-la do cargo de gerente e reconduzi-la ao cargo de secretária??? 
 
b) Reversão. 
 
Sim. Exceção ao Principio da Proteção (Artigo 468) – que se denomina Reversão (empregado promovido 
à função de confiança é destituído e reconduzido a situação original, situação que se encontrava antes 
da promoção). 
 
E a gratificação deve ser mantida??? 
 
c) Gratificação. 
 
Não há nenhuma norma que discipline a matéria. Apenas a norma constitucional (não pode reduzir 
salário, salvo com negociação coletiva). 
 
TST: Súmula 372. 
 
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES. I - 
Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o 
empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a 
gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. II - Mantido o 
empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o 
valor da gratificação. 
 
Secretária = perde a gratificação de função (R$ 1.800,00).Volta a receber o salário base de R$ 1.000,00. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
*** que se aplica a bancários *** 
 
Classes: 
 
Bancário Jornada Enquadramento 
 
 
Gerente geral. 
 
 
 
 
Desde que exerça poderes de 
gestão e possua padrão 
remuneratório mais elevado 
com diferença no mínimo de 
40%  
 
 
 
 
Artigo 62 CLT. 
 
Consequência: mesmo que 
trabalhe 14 horas por dia, 
não ganha horas extras. 
 
Súmula 287 TST. 
 
 
 
 
Poderes de direção, chefia, 
supervisão ou semelhantes. 
Mas não é o bancário gestor. 
 
 
 Exerça algum tipo de 
Poder; e 
 
 ganhe um adicional 
equivalente a 1/3 do seu 
salário. 
 
Não tem direito a redução da 
jornada  Artigo 225. 
 
 
 
 
Submissão a jornada de 8 h, 
limitada a 40 horas na 
semana (pois sábado não 
trabalha). 
 
Artigo 224, §2º CLT. 
 
Sumula 102 TST. 
 
Tarefas tipicamente 
bancárias, sem poderes de 
mando e fiscalização. 
 
 
 
6 h dia / 30 h semana 
 
 
 
 
Artigo 224, caput CLT. 
 
 
 
Obs.: É mais barato trabalhar 8 horas e pagar 1/3 do que pagar 2 horas extras por dia. 
 
 
Art. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e 
Caixa Econômica Federal será de seis horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos 
sábados, perfazendo um total de trinta horas de trabalho por semana. 
 
§ 2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, 
gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de 
confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do 
cargo efetivo. 
 
Art. 225. A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente 
prorrogada até oito horas diárias, não excedendo de quarenta horas semanais, 
observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho. 
 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
Súmula 287. JORNADA DE TRABALHO. GERENTE BANCÁRIO. 
A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 
224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o 
exercício de encargo de gestão, aplicando-se lhe o art. 62 da CLT. 
 
Súmula 102. BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA. 
I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 
224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é 
insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos. 
 
II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe 
gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas 
extraordinárias excedentes de seis. 
 
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT 
são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a 
menor da gratificação de 1/3. 
 
IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho 
de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. 
 
V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce 
cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da 
CLT. 
 
VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se 
perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa 
remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas 
extraordinárias além da sexta. 
 
VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não 
inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não 
tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de 
gratificação de função, se postuladas. 
 
 
 
- DIRETORES DE SOCIEDADES ANÔNIMAS: 
 
- Conselho de Administração. 
 
Toda S/A possui uma diretoria. 
 
Diretores são escolhidos através da Assembleia Geral (votados pelos Sócios). 
 
Ex.: 
 
 Diretoria composta de: 
 
Diretoria presidente; 
Diretoria comercial; 
Diretoria industrial; 
Diretoria administrativa; 
Diretoria financeira; 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Que tipo de vínculo o diretor tem com a sociedade anônima??? 
 
Vínculo Civil, dotado de uma característica distinta do vínculo empregatício. 
 
 
- Correntes doutrinárias: 
 
I. Fundamentada em dois dispositivos da CLT – EMPREGADO. 
 
Entendem que a subordinação do diretor se dá frente ao conselho de administração. 
 
Subordinação ao Conselho, que apenas obedecem aos comandos do Conselho. Relação de 
emprego especial que o empregado exerce uma função de confiança, na medida em que atua 
na gestação da organização. 
 
Enquadrado sim no artigo 62 (sem direitos), mas sujeito ao vínculo trabalhista. 
 
Artigo 62 e 499 CLT. 
 
Art. 499. Não haverá estabilidade no exercício dos cargos de diretoria, gerência ou 
outros de confiança imediata do empregador, ressalvado o cômputo do tempo de 
serviço para todos os efeitos legais. 
 
-- NÃO É A POSICAO PREDOMINANTE NO TST!!!! -- 
 
 
 
II. Súmula TST – MANDATÁRIO (ÓRGÃO DA SOCIEDADE). 
 
Súmula 269. DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE 
SERVIÇO. 
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho 
suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a 
subordinação jurídica inerente à relação de emprego. 
 
Consagra o entendimento de que a posição de diretoria é uma posição jurídica 
incompatível com a posição jurídica de empregado. Pois não é possível visualizar relação de 
subordinação de um diretor comparativamente ao conselho de administração (que fixa as 
diretrizes, mas quem executa com liberdade e independência são os diretores). 
 
Regra geral: não é Empregado. Salvo se conseguir visualizar a subordinação (nas circunstancia 
do dia a dia). 
 
Ex.: 
Diretor presidente  não seria subordinado. 
Diretoria comercial; Diretoria industrial; Diretoria administrativa; Diretoria financeira  em tese haveria 
subordinação (empregados). 
 
 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 EMPREGADOR: 
 
Artigo 2º CLT. 
 
Art. 2º. Considera-se empregador a empresa1, individual ou coletiva, que, assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviços. 
 
1 Não é a empresa = mas sim a pessoa física ou jurídica; 
 
Pois empresa é a exploração da atividade econômica e não é sujeito de direito, e tampouco é 
dotada de personalidade jurídica. 
 
- Empregador = Titular do negócio; aquele que explora a empresa (seja pessoa física ou 
jurídica). 
 
 
- Entidades sem fins lucrativos: 
 
Art. 2º 
§ 1º. Equiparam‑se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, 
os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou 
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como 
empregados. 
 
Não exploram atividade lucrativa = não há diferenciação. 
 
Ex.: APAE, FUNDABEM, Lar dos Idosos, Partidos Políticos; 
 
 
 
- Entes despersonificados: 
 
 
Casos sui generes: 
 
Lei concede personalidade e capacidade para esses entes contratarem empregados. 
 
 
- Condomínio: 
 
Reunião de pessoas. Representante = Síndico. 
 
 
- Espólio: 
 
Acervo de bens e direitos. Representante =Inventariante. 
 
Empregador pessoa física morre. Contrato dos empregados. Espólio assume lugar do 
empregador. E dá seguimento a relação de emprego. 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO- Massa falida: 
 
Acervo de bens e direitos. Representante = Síndico. 
 
Após a falência, é possível dar seguimento a relação de emprego? Ou acarreta a extinção de 
todos os contratos de emprego? 
 
É possível sim dar continuidade da relação de emprego, e até mesmo estabelecer uma 
nova relação. 
 
 
- Riscos do negócio: 
 
Exclusivos do empregador. 
 
Art. 2º. Considera-se empregador (...) assumindo os riscos da atividade econômica. 
 
Não é possível por meio de ajuste contratual entre empregado e empregador que o 
empregador transfira os ônus e despesas aos empregadores. 
 
Qualquer estratégia / cláusula do contrato, que estenda ao empregado o dever de arcar com 
despesas geradas pela execução do contrato = NULA de pleno direito! 
 
 
 
- SUCESSÃO DE EMPREGADORES: 
 
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos 
adquiridos por seus empregados. 
 
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará 
os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 
 
É preservado com todas as suas cláusulas e condições. Na medida em que o patrimônio é 
transferido para um novo dono e serve de garantia as obrigações trabalhistas. 
 
Obrigações trabalhistas (artigo 1.146 CC) pretéritas da época da sucessão ou futuras são de 
responsabilidade do sucessor. 
 
Responsabilidade solidária. 
 
Litisconsórcio passivo entre o sucedido e o sucessor. 
 
Doutrina: a sucessão consuma-se no momento em que uma unidade econômico-jurídico é 
transferida para o novo titular. 
 
- Requisitos: 
a) transferência de unidade econômico-jurídica para novo titular (compra e venda, 
arrendamento, cisão, fusão, incorporação). 
 
Nem sempre será venda ou transferência total da empresa. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
b) continuidade da prestação de serviços para o novo titular. 
 
Contrato incluindo cláusula que o sucedido pagaria tudo ate a transferência e o sucessor 
pagaria da transferência em diante só vale para as partes. Não se aplica a terceiros. 
 
 
Não é possível sucessão quando não há exploração de atividade econômica! 
 
Não se aplicando, portanto aos empregados domésticos (já que não há exploração lucrativa). 
 
E se... 
 
Dentro do trabalho urbano, aplica-se a sucessão a empresas que não exploram atividade 
econômica?? 
 
R.: Artigo 2º. Sim, pois ainda que não explore atividade econômica, a empresa sem fins 
lucrativos, equipara-se ao empregador. 
 
 
E se... 
 
Não houver continuidade do contrato de emprego (dispensa dos empregados)? 
 
Primeira corrente. Mandar embora e não pagar ninguém antes da sucessão  Devem cobrar 
do antigo dono. 
 
Corrente que está ganhando consistência  entende que a sucessão não se vincula a 
continuidade da prestação de serviços, mas se vincula tão somente a mudança do titular do 
negócio. 
 
 
 
 
 
- GRUPO ECONÔMICO: 
 
É necessária, sempre, a presença de no mínimo duas empresas distintas (dois entes 
econômicos dotados de personalidade jurídica própria). 
 
 
Ex.: 
BANCO BRADESCO (CNPJ 1) 
 
SEGURADORA BRADESCO (CNPJ 2) 
 
 
Controle acionário da seguradora é de propriedade do Banco Bradesco = as duas constituem 
grupo econômico. 
 
A forma mais fácil é um comprar o controle acionário (maioria das quotas sociais) da outra. 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Art. 2º, 
§ 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, 
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de 
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade 
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis 
a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
 
 
Não havendo controle de uma sobre a outra, pode existir no mínimo uma relação de 
coordenação (uma cria um vínculo de coordenação com a outra para que ambas explorem 
atividade econômica em comum). 
 
 Ex.: 
 
EIRELI (comércio) e LTDA (comércio) = composta no quadro societário pelo titular da EIRELI e 
sua esposa. 
 
Faculdade Mater Dei e Colégio Mater Dei. 
 
 
- Requisitos: 
 
- Entes com fins econômicos; 
 
- Nexo de direção ou de coordenação entre eles; 
 
 
- Empregador único (grupo): 
 
Quando alguém trabalhar para um conglomerado = o conglomerado é considerado com um 
único empregador para os efeitos legais. 
 
Empregado que desempenha atividades para o seu empregador e para outras empresas que 
integram o mesmo grupo = mantem um único contrato de emprego com o grupo em sua 
universalidade. 
 
Súmula 129 TST. CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a 
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de 
trabalho, salvo ajuste em contrário. 
 
Contudo, admite exceção: 
 
Se for pactuado mais de um contrato, é possível a coexistência de dois ou mais contratos, 
ainda que do mesmo grupo. Porém se o contrato silencia, não significa que ele mantem mais 
de uma relação de emprego. 
 
Súmula 93 TST. BANCÁRIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. 
Integra a remuneração do bancário a vantagem pecuniária por ele auferida na 
colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao 
mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horário e no local de trabalho e 
com o consentimento, tácito ou expresso, do banco empregador. 
 
Ex.: 
Banco: R$ 2.000,00 (salário). 
Seguradora: R$ 1.000,00 (comissão). 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- CONSÓRCIO SIMPLIFICADO DE EMPREGAORES RURAIS: 
 
Legislador tentou evitar contratação fraudulenta de contratação de empregados, no âmbito 
rural. 
Possibilidade de dois ou mais produtores rurais que exploram atividade agrícola ou pecuária, 
constituírem um consorcio. 
 
- Requisitos: 
 
- Dois ou mais produtores rurais que exploram propriedade rural na condição de 
pessoa física (não se admite participação de pessoa jurídica), reúnam-se e constituíam 
um consorcio. 
 
- elaboração de um contrato entre os integrantes; 
 
- Levar o contrato à registro no cartório de títulos e documentos; 
 
- Eleição de um dos integrantes para representa-lo (gestor); 
 
- Não há limite de componentes, e nem territorial. 
 
 
É vedada a contratação para trabalhar em propriedade de terceiros! 
 
 
- Após o registro = Consorcio obtém personalidade jurídica. 
 
Entre as obrigações que podem contrair figuram as oriundas da contratação de mão de obra. 
 
 
- Gestor pagará o salário e obrigações trabalhistas em nome do grupo. 
 
 
Como é feita a divisão para o pagamento? 
 
No contrato, é inserida uma clausula de quanto cada integrante participará do custeio. 
 
 
 
- Cada integrante possui poderes de direção, fiscalização e punição perante os empregados. 
 
 
 
Cobrança judicial por empregado vitimado. Dá-se proporcionalmente conforme o ato 
constitutivo? Ou pode exigir o total da divida de um só, e este possui direito de regresso? 
 
Responsabilidade: solidária! 
 
Se o consorcio não tiver patrimônio, atingirá os bens dos integrantes. 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 RESPONSABILIDADE POR OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS: 
 
 
 EMPREGADOR: 
 
No âmbito de um contrato de emprego o primeiro responsável é o empregador = responsável 
primitivo / originário. 
 
Artigo 2º CLT. 
 
 
- Responsabilidade de terceiros, além do empregador: 
 
 GRUPO ECONÔMICO: 
 
Além do empregador as demais empresas integrantes possuem responsabilidade Solidária 
pelas obrigações trabalhistas. 
 
 
 SUCESSÃO: 
 
Organizaçãoempresarial na sua totalidade ou em parte dela é transferida de um antigo dono 
(sucedido) para um novo dono (sucessor). 
 
SUCESSOR: responsável pelas dívidas antigas, presentes, e futuras. 
 
SUCEDIDO: permanece responsável solidário pelas obrigações vencidas ate o 
momento em que ele transferiu a empresa ou um estabelecimento (artigo 
1.146 CC). 
 
 
 TERCEIRIZAÇÃO: 
 
INICIATIVA PRIVADA: 
 
Lícita: subsidiária (primeiramente da empresa terceirizada – 
empregadora; e posteriormente da tomadora, desde que 
ambas tenham participado do processo). 
 
Ilícita (fora das 4 hipóteses autorizadas): solidária, desde que 
ambas tenham participado da relação processual. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: subsidiária. 
 
Artigo 71 da lei 8.666/93 = STF concluiu que se trata de norma válida e eficaz. Em uma situação 
normal a administração pública não responde pelas dividas trabalhista da empresa 
terceirizada, na medida em que a lei a isenta dessas obrigações. 
 
Porem o artigo 37, §6º da CF diz que a administração pública responde se o dano tiver sido 
causado por um agente seu. 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
Regra geral: a administração pública é ISENTA das obrigações trabalhistas, salvo se o lesado 
provar que a administração pública de alguma forma concorreu culposamente para o evento 
lesivo. 
 
Não basta provar inadimplemento. Tem que provar a conduta culposa. 
 
 
 
 TRABALHO TEMPORÁRIO: 
 
FALÊNCIA: solidária – pelas dívidas de INSS, salários e indenizações (artigo 16, 
Lei 6.019/74). 
 
DEMAIS CASOS: subsidiária (Súmula 331, IV TST). 
 
 
 
 SUBEMPREITADA: 
 
Subsidiária do empreiteiro principal (artigo 455 CLT). 
 
Art. 455. Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas 
obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos 
empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo 
inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. 
 
Obs.: Se não houver subempreitada, o próprio empreiteiro contrata os empregados = ele é o 
empregador (responsável originário); 
 
 
 
 DONO DA OBRA: 
 
Duas correntes se formaram: 
 
- TST (OJ 191 SDI) – corrente majoritária: isento. Salvo, as construtoras e as 
incorporadoras (responsabilidade subsidiária). 
 
- Corrente minoritária: subsidiária (artigo 1º e 170 CF). Salvo quando o trabalho é 
aproveitado na construção ou reforma residencial (uso pessoal, sem finalidade 
econômica). 
 
 
 
 
 CONSÓRCIO DE EMPREGADORES RURAIS: 
 
Solidariedade de todos os integrantes. 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 SÓCIO DE PESSOA JURÍDICA: 
 
 
Se a sociedade não honrar as obrigações trabalhistas, existe legalmente autorização para 
invadir o patrimônio dos sócios? Se sim, há um limite? 
 
 
a) Responsabilidade Secundária: artigo 592 e 596 CPC: Subsidiária. 
 
Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens: 
II – do sócio, nos termos da lei; 
 
Art. 596. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade 
senão nos casos previstos em lei; o sócio, demandado pelo pagamento da dívida, tem 
direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade. 
 
 
 
 
b) Espécies de sociedade: 
 
 
 
- Não personificada (irregular ou fato): solidária e 
ilimitada de todos os sócios (art. 990 CC). 
 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais, (...). 
 
 
 
 
- Personificada: 
 
- Limitada = quotas (art. 1052 CC). 
 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor 
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital 
social. 
 
Se não tiver patrimônio  sócios ou administrador. 
 
 
RESPONDEM PELA DÍVIDA INTEGRAL!!! 
 
Ex.: sócio A com 1% das ações (possui bens), sócio B com 99% (sem bens). Sócio A responde por 100% da 
dívida, e tem direito de regresso contra sócio B. 
 
 
- Anônima = ações (art. 1088 CC). 
 
Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações (...) 
 
Se não tiver patrimônio  diretoria  administrador. 
 
 
- EIRELI = artigo 980-A CC. 
 
Patrimônio em nome da EIRELI ou do empresário individual. Se não tiver  desconsideração 
para atingir os bens do empresário, ou do titular da EIRELI. 
 
 
Sim é 
possível 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
c) Desconsideração: artigo 50 CC e 28 CDC. 
 
Juiz ignora a diferenciação que se faz no plano teórico entre a responsabilidade e patrimônio 
da sociedade e dos sócios. Determinando a inclusão dos sócios no polo passivo da execução. 
 
 
Art. 28 CDC. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade 
quando, em detrimento do consumidor (empregado), houver abuso de direito, excesso 
de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato 
social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de 
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração. 
 § 5º. Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que 
sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores. 
 
 
Art. 50 CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, 
ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares 
dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
 
Deve incluir no polo passivo a pessoa jurídica, os sócios e o administrador. 
 
Para que se houverem bens transferidos pelos devedores durante a ação, e que pode resolver 
a insolvência = fraude a execução. 
 
 
 
 
 CONTRATO DE EMPREGO (DE TRABALHO): 
 
- Conceito: 
 
“Negócio jurídico expresso ou tácito mediante o qual uma pessoa natural obriga-se perante 
pessoa natural, jurídica ou ente despersonificado a uma prestação pessoal, não eventual, 
onerosa e subordinada de serviços”. 
 
 Obrigações que derivam do contrato de emprego (tanto para o empregado quanto 
para o empregador): 
 
- Dar: pagar salário; 
 
- Fazer: registrar a CTPS; pontualidade; 
 
- Não fazer: invadir a privacidade; 
 
 
- Denominação: 
 
No plano teórico a expressão mais correta é: Contrato de Emprego. Em que pese a doutrina, a 
jurisprudência e a lei utilizem “Contrato de Trabalho” como sinônimo. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Identificação profissional: 
 
a. CTPS: 
 
A partir do momento que o empregador formaliza a relação de emprego, dispõe do prazo de 
48 horas para anotar e restituir a CTPS ao empregado. 
 
Art. 13. A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de 
qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e 
para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. 
 
Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente 
apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá 
o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de 
admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a 
adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem 
expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
 
b. Falta ou recusa de anotação: 
 
Fiscal remete a justiça do trabalho que instaura uma ação judicial. 
 
 
c. Experiência prévia; 
 
 
 
- Características: 
 
a. Direitoprivado: 
 
Pois na sua essência os direito e interesses regulados e ajustados dizem respeito a particulares. 
Não se trata, portanto de um contrato de natureza publica. Muito embora seja invadido por 
normas públicas mínimas de proteção. 
 
b. Sinalagmático; 
 
c. Consensual: 
 
A regra geral, é que o contrato pode ser pactuado tácita ou expressamente (verbal ou escrito). 
 
Art. 442. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente 
à relação de emprego. 
 
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou 
expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. 
 
d. Intuitu personae: 
 
Somente relativamente ao empregado. Não vale ao empregador devido ao fenômeno da 
sucessão. 
 
e. Trato sucessivo: 
 
Pois as obrigações de dar, fazer e não fazer renova-se diariamente para os contratantes. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
f. De atividade: 
 
A principal obrigação é o: trabalho. 
 
O salário é a consequência. 
 
 
g. Oneroso: 
 
Se não houver a onerosidade é caso de trabalho voluntário. Em troca do trabalho há 
retribuição econômica. 
 
 
h. Alteridade: 
 
Empregado não arca com as despesas e não colhe os resultados econômicos do trabalho. 
 
Riscos são do empregador. 
 
Quando o tomador quiser distribuir parte do lucro = Participação nos Lucros e Resultados. 
 
 
i. Complexo: 
 
Podem ser inseridas outras relações contratuais, que assumem posição secundária. Sendo 
possível, por exemplo, inserir um contrato de comodato dentro do contrato de emprego. 
 
Competência: Justiça do Trabalho, pois se discute uma das cláusulas do contrato de emprego. 
 
 
j. Bilateralidade: 
 
As obrigações se equivalem; 
 
Ex.: trabalho x remuneração; 
 
 
 
- Elementos Constitutivos: 
 
i. Essenciais: 
 
(Pressupostos jurídicos da relação de emprego). 
 
1.1. Capacidade: 
 
Empregador: qualquer pessoa (física ou jurídica), capaz ou incapaz (desde que representada). 
 
Empregado: somente adquire capacidade a partir dos 16 anos (relativa), e capacidade plena 
aos 18 anos, salvo o aprendiz (14 anos). 
 
 
1.2. Licitude do objeto: 
 
Ilícito: aproveitado num crime ou contravenção penal. 
 
Irregular: proibido em lei. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
1.3. Forma / solenidade prescrita em lei: 
 
Contrato escrito ou Concurso (para serviço público). 
 
 
 
ii. Acidentais: 
 
2.1. Termo Final: 
 
Contrato por prazo determinado. 
 
 
2.2. Condição Resolutiva: 
 
Falta grave. 
 
 
 
 
- Teoria das Nulidades: 
 
Trabalho irregular. Trabalho ilícito. Quais suas consequências? 
 
Direito Civil. Nulidade absoluta: efeitos ex tunc. Retroage. Status quo ante. 
 
Direito do Trabalho: prestação do serviço não tem como retornar ao status quo ante, na 
medida em que o trabalho já foi prestado. 
 
 
Portanto... 
 
Toda e qualquer nulidade no curso da relação de emprego, produz efeitos ex nunc. 
Para o futuro. Nulidade Relativa. Respeita-se os fatos vividos. 
 
Salvo no caso do trabalho ilícito, pois a jurisprudência parte da premissa que o vício 
agride toda a coletividade e contamina todo o negocio jurídico. Retirando sua eficácia 
e validade. 
 
 
 
- Modalidades de contrato de emprego: 
 
 
I. Natureza do ajuste: 
 
Em regra, não se exige nenhuma regra especial para a pactuação. Somente deve observar a 
forma prevista em lei, quando expressamente a norma legal assim exigir. 
 
Se não houver nada expresso, pode ser: 
 
1.1. Tácitos; 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
1.2. Expresso: 
 
1.2.1. Verbal; 
 
1.2.2. Escrita; 
 
 
Exceções, que exigem uma forma especial (ESCRITA): 
 
1.3. Contrato de experiência: 
 
Cláusula que estabelece um termo final. 
 
Por isso deve ser somente através do contrato escrito. 
 
O ônus de estipular o termo final é de quem contratou. 
 
 
1.4. Aprendizagem 
 
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por 
escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao 
maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos inscrito em programa de 
aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu 
desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e 
diligência, as tarefas necessárias a essa formação. 
 
 
1.5. Provisório: 
 
O empregado é contrato por empresa de terceirização para prestar serviço a uma tomadora. 
Pode ser pactuada por até 3 meses, prorrogáveis até 9 meses. 
 
 
1.6. Temporário: 
 
 
 
 
 
 
 
II. Duração: 
 
 
2.1. Indeterminado 
 
Regra geral. 
 
Não contem termo final. 
 
Exige aviso prévio (para empregado: 30 dias + 3 dias a cada mês, até total 90 dias; 
empregador: 30 dias). 
 
 
 
Obs.: 
Termo: evento futuro e certo. 
 
Condição: evento futuro e incerto. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
2.2. Determinado: 
 
É exceção. 
 
Termo Final. 
 
Artigo 443. 
§ 1º. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência 
dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da 
realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. 
 
 
- Hipóteses: 
 
Aprendizagem: até 2 anos. 
 
Temporário: 3 meses, prorrogáveis ate 9 meses. 
 
Experiência (Artigo 443, §2º, “c”, CLT): até 90 dias. 
 
Serviço Transitório (artigo 443, §2º, “a” CLT): trabalho do empregado. 
 
Atividade Empresarial Transitória (artigo 443, §2º, “b” CLT): a atividade 
empresarial. 
 
Artigo 443. 
§ 2º. O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: 
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; 
b) de atividades empresariais de caráter transitório; 
c) de contrato de experiência. 
 
 
Rural: 
 
Safrista (Art. 14, Lei 5.889/73): preparo do solo; plantio ou colheita. 
 
 
Pequeno Prazo (Art. 14-A, Lei 5.889/73): inseriu a possibilidade de 
contratação por prazo determinado de pessoas que trabalhem por 
ate 2 meses no curso do ano. 
 
Somente por produtor rural pessoa física. 
 
Dispensa o registro na carteira  No final do mês, empregador 
inclui o trabalhador para depósito do fundo de garantia, e na 
previdência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não vale Aviso Prévio e nem a 
Multa do FGTS. 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Meios de fixação do termo final: 
 
Artigo 443. 
§ 1º Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência 
dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da 
realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. 
 
Data precisa cronologicamente; 
 
Execução de um serviço específico; 
 
Acontecimento suscetível de previsão aproximada; 
 
 
 
- Prazo legal: 
 
02 anos, no máximo. Salvo contrato de experiência (90 dias). 
 
 
 
- Prorrogação: 
 
Somente UMA vez e desde que a soma dos períodos não ultrapasse o 
prazo máximo. 
 
Art. 451. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, 
for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. 
 
Ex.: contratação por prazo determinado – contrato experiência – 5 dias de vigência. Término. 
Pode prorrogar por uma vez por 85 dias; 30 dias de vigência. Prorrogação por 60 dias; etc. 
 
Se prorrogar mais de uma vez  automaticamente transforma-se em contrato por prazo 
INDETERMINADO. 
 
Se prosseguir após o final do prazo  automaticamente transforma-se em contrato por prazo 
INDETERMINADO. 
 
 
 
-Sucessividade:Em um contrato determinado, para que possa contratar o mesmo empregado, empregador 
deve esperar (entre a rescisão do primeiro e o inicio do segundo), no mínimo o prazo de 6 
meses. 
 
Exceções: 
Art. 452. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 
seis meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste 
dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos 
acontecimentos. 
 
Ex.: Safrista. Não precisa esperar 6 meses para recontratar. 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Irregularidade: 
 
Qualquer irregularidade transforma-se em contrato por prazo indeterminado. 
 
 
 
- Súmula 244 TST. 
 
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na 
sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado 
em 25, 26 e 27.09.2012, 
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao 
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). 
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante 
o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais 
direitos correspondentes ao período de estabilidade. 
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, 
inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na 
hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. 
 
Hipótese de garantia de emprego: são aplicáveis mesmo nos casos de contratação por prazo 
determinado. 
 
Ex.: gestante; empregado acidentado. 
 
 
 
 
- Contrato Provisório: 
 
Lei 9.601/98. 
 
Foi criada com o intuito de solucionar o problema de desemprego na época. Incentivando a 
contratação de novos empregados. 
 
Reduzir obrigações legais, flexibilizar a lei trabalhista, e estimular novas contratações. 
 
Ex.: Reduziu o FGTS de 8% para 2%. 
 
 
- Hipóteses: 
 
QUALQUER ATIVIDADE desenvolvida no estabelecimento. 
 
 
- Requisitos: 
 
- Ampliar o número de empregados (artigo 3º). 
 
- Instituída por negociação coletiva. 
Como o Governo não conseguia fiscalizar inseriu o sindicato da categoria para autorizar. 
 
 
- Prazo de duração: 
 
02 anos, no máximo (Artigo 445 CLT). 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Termo Final: 
 
Artigo 443, §1º CLT. 
 
 
- Sucessividade: 
 
Aplicação da regra geral: artigo 452 CLT. Precisa aguardar o prazo de 6 meses, salvo se foi por 
conta de serviço específico. 
 
 
- Prorrogação: 
 
Permite tantas quantas se fizeram necessárias, mas desde que o prazo de vigência não 
ultrapasse dois anos. 
 
(artigo 1º, § 2º, Lei 9.601/98). 
 
 
 
- Efeitos do contrato de emprego: 
 
a. Próprios: 
 
Naturalmente surgem a partir do instante da pactuação do contrato. Integram o conjunto 
natural das condições contratuais. 
 
Todo e qualquer contrato de emprego no momento em que é ajustado, faz nascer uma série 
de condições que são inerentes a sua essência. Contem em sua substância: 
 
- Obrigações de dar, fazer, e não fazer. 
 
São impostas tanto ao empregado quanto ao empregador. 
 
Empregador: 
Dar: salário; 
Fazer: assinar a CTPS; 
Não fazer: não descontar salário, salvo previsão em lei. 
 
Empregado: 
Dar: indenizar no caso de dano doloso; 
Fazer: prestar serviço; 
Não fazer: falta injustificada; 
 
 
 
- Poder empregatício. 
 
Decorre do principio constitucional da livre iniciativa. 
 
- Diretivo (regulamentar): 
 
Fixar posturas e condutas que os empregados devem observar. Empregador pode editar 
Regulamentos Empresariais. 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Fiscalizatório (controle): 
 
Implementar medidas de controle. 
 
Ex. cartão ponto; prestação de contas; 
 
 
 
- Disciplinar: 
 
Aplicar sanções disciplinares. 
 
São possíveis ser aplicáveis 3 tipos de sanções (com a finalidade = pedagógica): 
 
Advertência: verbalmente ou por escrito. 
 
Suspensão: máximo: 30 dias. 
 
Resolução por falta grave; 
 
 
Despedida sem justa causa: 
 
- Verbas Rescisórias (aviso prévio em contrato indeterminado; férias proporcionais; 
décimo terceiro proporcional; FGTS e multa; seguro-desemprego). 
 
 
 
b. Conexos / Acessórios: 
 
Concernentes a danos morais e direitos intelectuais. 
 
 
b.1. Direitos Intelectuais: 
 
 
b.2. Dano Moral: 
 
O dano moral não é reparado, mas sim compensado. 
 
PJ pode ser vítima de dano moral. 
 
Dimensões: 
- estética; 
- intimidade; 
- relações sociais: honra (subjetiva x objetiva), dignidade, imagem, nome, honestidade; 
- biológico (vida); 
- psíquico (assédio moral). 
 
A compensação de danos morais não pode servir para enriquecimento ou empobrecimento 
sem causa. 
 
O arbitramento deve basear-se no principio da proporcionalidade e razoabilidade. 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES CONTRATUAIS: 
 
- Alterações: 
 
- Subjetivas: dos sujeitos contratantes. 
 
- Objetivas: das clausulas do contrato. 
 
 
O assunto abordado não diz respeito aos sujeitos contratantes (subjetiva), mas sim a 
possibilidade de alteração das condições pactuadas entre os contratantes – cláusulas 
(objetivas). 
 
 
- Princípios: 
 
- Principio da proteção: 
 
- Preservação da condição contratual mais favorável: 
 
Preservar a condição contratual mais benéfica ao empregado. 
 
- Inalterabilidade contratual lesiva: 
 
Não se admite no âmbito da relação contratual a alteração de uma clausula em prejuízo ao 
empregado; 
 
- Imperatividade das normas trabalhistas: 
 
Os sujeitos contratantes detém autonomia para negociar, mas limita-se ao espaço de melhoria 
(criar condição mais benéfica a aquele estabelecida em lei). 
 
 
 
- Limites em que o empregador pode alterar o contrato: 
 
Analise do artigo 468 CLT. 
 
 
Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas 
condições por mútuo consentimento, e ainda assim, desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente 
desta garantia. 
 
 
Requisitos para que o empregador consiga variar as condições originariamente acertadas 
(exceção): 
 
 
- haja mútuo consentimento (anuência dos dois contratantes); 
 
- não pode derivar qualquer prejuízo (direto ou indireto) ao empregado; 
 
 
 
DIREITO TRABALHO I 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- Jus variandi: 
 
Direito de variar / alterar as condições do contrato; (Reversão, promoção, transferência, 
substituição, readaptação, etc.). 
 
 
- Substituição: 
 
Sumula 159 TST: nas hipóteses em que um empregado afasta-se 
momentaneamente, no período de substituição, o substituto tem o direito de 
ganhar o mesmo salario que o substituído ganhava. 
 
∟ Devido ao Princípio da Isonomia. 
 
Toda substituição que durar pelo período de férias = já da direito a quem substituiu de ganhar 
o mesmo salário. 
 
Porém... 
Quando não há substituição, ou seja, houver a sucessão de um empregado pelo outro 
(um foi dispensado e o outro entre no lugar) = quem assumiu não tem direito de 
ganhar o mesmo salario contratual que o antigo recebia. 
 
 
- Salário: 
 
Princípio constitucional da Irredutibilidade Salarial. 
 
Única exceção: através de negociação coletiva. 
 
 
- Horário: 
 
Depende da anuência e não causar prejuízo; 
 
Súmula 265 TST. 
 
 
- Jus resistentiae: 
 
Direito de resistir. 
 
Se o empregado abusar do poder de dirigir e no exercício da prerrogativa incorrer em 
alteração contratual irregular: dá ao empregado à prerrogativa

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