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Comunicação e Política

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MATERIAL PARA AV 2 COMUNICAÇÃO E POLÍTICA
- Distinção entre público e privado: - Segundo Hanna Arendt (1991,p.59-62), o termo ´público´” significa em primeiro lugar, que tudo o que vem a público pode ser visto e ouvido por todos e tem a maior divulgação possível” (1991, p.59), é aquilo que por ser visível à todos, o que é comum a todos, o que é aparente e que assume a dimensão de realidade. Nesse sentido se opõe ao privado, que diz respeito à esfera da vida íntima (emoções, pensamentos, deleites do sentido), acontecimentos que tem existência incerta e obscura, a não ser que sejam tornadas públicas, que sejam transformadas, desprivatizadas e assumam um modo que se tornem adequadas à aparição pública.
 
 - Num segundo sentido, “público” é o próprio mundo, na medida em que é comum a todos nós e diferente do lugar que nos cabe dentro dele. Esse mundo não é a natureza nem a terra, “tem a ver com o artefato humano, com o produto de mãos humanas, com os negócios realizados entre os que, juntos, habitam o mundo feito pelo homem”(1991, p, 62).
 
 - Arendt para apresentar o sentido de “privado” na sociedade moderna relaciona ao que se passa no interior da propriedade privada, e diz respeito à vida particular, aos hábitos e posses particulares, à liberdade, às necessidades e/ou riquezas dos indivíduos e famílias.
 
 1) Construção histórica dessa distinção: - Essa distinção surge com o direito romano, que separava lei pública de lei privada e se transforma historicamente, de acordo com as novas configurações da organização política. No último período medieval e no início da era moderna, a distinção entre público e privado começou a ter novos significados.
 
 - Vejamos alguns sentidos dessa dicotomia entre público e privado:
 
a) A relação entre o domínio do poder político exercido por um estado soberano, delimitavam o universo do público, enquanto o domínio da atividade econômica e das relações pessoais que fugiam ao controle direto do poder político, delimitavam a esfera do privado.
 
b) A partir do séc. XVI, público passou a significar a atividade ou autoridade relativa ao estado, e privado começou a significar as atividades ou esferas da vida que eram excluídas da dimensão pública.
 
c) Entre os séculos XVIII e XIX, surge a distinção entre estado e sociedade civil. Segundo Hegel, sociedade civil é constituída da esfera de indivíduos privados, organizações e classes reguladas pelo direito, e formalmente distintas do estado.
 
d) Ao final do século XIX, as fronteiras entre o público e o privado se tornaram bem tênues. Os estados assumem um papel intervencionista, com políticas de controle da atividade econômica.
 
e) Nas sociedades ocidentais ao longo dos séculos XIX e XX, a distinção entre público e privado passa a ter uma configuração distinta. O domínio privado inclui organizações econômicas privadas operando num mercado econômico com fins lucrativos, como também, as relações pessoais e familiares. Já o domínio público inclui instituições estatais, como: corporações legislativas, judiciais, polícia, serviços militares, indústrias nacionalizadas (de propriedade do estado) e empresas de utilidade pública.
 
f) Porém, surgem também várias organizações intermediárias, que não pertencem ao estado e nem se situam dentro do domínio privado. Por exemplo: instituições sem fins lucrativos (Ong`s), clubes, associações comerciais, etc. São instituições privadas não estatais em termos de seus estatutos legais, mas elas são distintas das organizações econômicas privadas de fins lucrativos.
 
 2) É importante verificar que público significa “aberto” ou “acessível ao público” e privado, é o que se esconde, enfim o que dito em privacidade ou segredo. Portanto, um outro sentido da dicotomia está ligado a: publicidade X privacidade, abertura X segredo e visibilidade X invisibilidade.
 
A) Modelo de inspiração republicana - orientado pelo trabalho de Hanna Arendt. Nesta perspectiva, o espaço público não representa campo de disputa por posições de poder , mas arena da auto-organização da sociedade como comunidade politica de iguais. Nessa perspectiva, a sociedade é entendida como sociedade política. Segundo Arendt, política é a atividade que constitui o campo da liberdade e, portanto, da imprevisibilidade inerente à ação humana, isto é, como campo de comunicação que permite através da criatividade da ação, o poder de agir em conjunto.
 
B) Modelo liberal ou pluralista - nesta concepção, a esfera pública representa o espaço de ação dos atores coletivos que disputam visibilidade e influência, além da arena onde atores politicos buscam conquistar apoio plebiscitário dos cidadãos. Esta perspectiva não diferencia os atores coletivos ligados à sociedade civil, dos grupos que representam interesses econômicos específicos.
 
C) Modelo de sociedade de massas - orientado pelo conceito de Industria Cultural, formulado por Adorno e que pressupõe um público disperso, atomizado e despolitizado.
 
D)Modelo discursivo de esfera pública- proposto pelo trabalho de Habermas. Habermas relativiza a ideia de um público atomizado e desargonizado e mostra que a comunicação controlada pelos meios massivos não corresponde a toda extensão da esfera pública, na medida em que há sempre espaço para reinterpretações e divergências. Para Habermas, a política é entendida como prática de mediação de sujeitos portadores de identidades coletivas que encontram, no espaço público, o lugar privilegiado para debater e negociar diferentes perspectivas e visões de mundo.
 
- Conceito de POLIARQUIA: Poliarquia é um conceito que surgiu no âmbito da ciência política americana, criado por Robert Dahl para designar a forma e o modo como funcionam os regimes democráticos dos países ocidentais desenvolvidos (ou industrializados). O conceito de poliarquia tem o mérito de permitir que a ciência social efetue uma análise mais realística dos regimes democráticos existentes, uma vez que, a partir desse conceito, torna-se possível estabelecer "graus de democratização" e, desse modo, avaliar e comparar os regimes políticos. (Fonte: UOL Educação).
 
- O conceito típico ideal de poliarquia produzido por Robert Dahl estabelece oito condições para definir um sistema democrático:
 
1) Liberdade de criar e associar-se a organizações;
 
2) Liberdade de expressão;
 
3) Direito de voto;
 
4) Elegibilidade para cargos públicos;
 
5) Direito de líderes políticos de competirem por apoios;
 
6) Existência de fontes alternativas de informação;
 
7) Eleições livres e limpas;
 
8) Instituições que tornem as política governamentais dependentes de votos e outra manifestações de preferências.
 
 - Para Wanderley Guilherme dos Santos (1998: 210) uma definição mínima de poliarquia é aquela cujo sistema político deve satisfazer completamente às seguintes condições:
 
1) “Exista um competição eleitoral pelos lugares de poder, a intervalos regulares, com regras explícitas, e cujos resultados sejam formalmente reconhecidos pelos competidores”.
 
2) “a participação da coletividade na competição se dê sob o sufrágio universal, tendo por única barreira o requisito da idade limítrofe.
 
 
 
A MÍDIA E A VISIBILIDADE DO PODER
 
- Atualmente estamos acostumados com o aparecimento de celebridades (atores, músicos, artistas, esportistas, políticos, participantes de reality shows, etc) - construídas ou não - na mídia (TV, rádio, periódicos impressos, internet). Sentimos uma certa familiaridade com estas personalidades, que pertencem a um mundo público aberto para todos.
 
 - Porém, antes do desenvolvimento da mídia, isto não acontecia. Os líderes políticos, por exemplo, eram invisíveis para a maioria das pessoas que eles governavam. A condição de visibilidade do poder varia na história: na Grécia democrática essa visibilidade permitia que se conhecesse os temas em discussão sobre os destinos da coletividade nas assembléias; na Idade Média, só era possível conhecer a pujança do poder pelas manifestações de riqueza da aristocracia; na Idade Moderna,é possível à alguns conhecer posturas políticas nas sessões parlamentares, mas há espaços de invisibilidade legitimadas como os segredos de Estado. A partir do advento da comunicação midiática, as atividades do poder ganham maior publicidade.
 
 - Hoje, querendo ou não, esses líderes políticos devem adaptar suas atividades a um novo tipo de visibilidade (o autor utiliza em vários momentos a palavra publicidade, no sentido de tornar público, dar visibilidade).
 
 - A relação entre visibilidade e poder, na sociedade contemporânea, provoca uma evolução mais ampla na gênese da esfera pública. Com o advento dos meios de comunicação de massa, a visibilidade do poder passa por novos condicionamentos de acordo com a especificidade e variedade das mídias existentes.
 
 - As transformações na visibilidade e publicidade do poder com o desenvolvimento da mídia vão modificar tanto a possibilidade de verificação das reações do público por parte dos representantes do poder (numa situação de publicidade de co-presença o representante de poder tem como verificar imediatamente a reação do público diante do seu discurso, o que não acontece com a mediação dos impressos, do rádio e da TV), quanto as possibilidades dialógicas e de participação do público. A publicidade do poder que o advento e desenvolvimento midiático trazidas pela mídia trazem à cena pública a questão da mídia como “quarto poder”.
 
 - Impacto da mídia na relação entre poder e visibilidade: - Publicidade tradicional de co-presença: Antes do desenvolvimento da mídia, a publicidade (tornar público) estava ligada ao compartilhamento em lugar comum (praças públicas, por exemplo).
 
 - Publicidade mediada: Já com o desenvolvimento da mídia (começando com a imprensa) surgem novas formas de visibilidade que ocorrem a partir de uma extensão de disponibilidade oferecida pela mídia.
 
 
 
PODER E SOCIEDADE DISCIPLINAR SEGUNDO FOUCAULT
 
Mecanismos de controle na sociedade industrial e na sociedade pós-industrial.
 
- O poder se exerce na sociedade não apenas através do Estado e das autoridades formalmente constituídas, mas de maneiras as mais diversas, em uma multiplicidade de sentidos. Como os poderes locais, regionais, específicos, circunscritos a uma pequena área de ação.
 
 - O poder não existe, existem sim práticas ou relações de poder. O que significa dizer que o poder é algo que se exerce, que se efetua, que funciona. Não é um objeto, uma coisa, mas uma relação. Esse caráter relacional do poder nos mostra que não está isento de poder.
 
 - Ocorre normalmente uma concepção negativa, que identifica o poder com o Estado e o considera essencialmente como aparelho repressivo, no sentido de que seu modo básico de intervenção sobre os cidadãos se daria em forma de violência, coerção, opressão. É preciso dissociar poder de dominação e repressão. Segundo Foucault o poder cria, produz formas de assujeitamento que são formas de produção de subjetividades.
 
 - Foucault destaca a relação entre saber/política/poder. Todo conhecimento, seja ele científico ou ideológico, só pode existir a partir das condições políticas que são as condições para que se formem, tanto o sujeito, quanto os domínios de saber. NÃO HÁ SABER NEUTRO. TODO SABER É POLÍTICO. TODO SABER TEM SUA GÊNESE (origem) EM RELAÇÕES DE PODER. Saber e poder se implicam mutuamente: não existe relação de poder sem constituição de um campo de saber, como também, reciprocamente, todo saber constitui novas relações de poder. Todo saber assegura o exercício de um poder.
 
 2.1 - A SOCIEDADE DISCIPLINAR - Segundo Foucault, a sociedade disciplinar foi implantada a partir dos séculos XVII e XVIII, consistindo basicamente num sistema de controle social através da conjugação de várias técnicas de classificação, de seleção, de vigilância, de controle, que se ramificam pelas sociedades a partir de uma cadeira hierárquica vinda do poder central e se multiplicando numa rede de poderes interligados e capilares.
 
 - Neste caso, o ser humano é selecionado e catalogado individualmente, não no sentido de valorizar suas particularidades que o fazem ser único, mas para melhor controla-lo.
 
 - Foucault aponta que a motivação de toda essa rede de controle se justifica pela necessidade que a burguesia teve de efetivar um controle mais determinado sobre as massas, que poderiam representar um perigo explosivo.
 
 - A questão central para Foucault antes de se aprofundar na proposta de Jeremy Bentham e sua proposta arquitetônica do Panóptico era: a preocupação na época com a visibilidade de todos os corpos, dos indivíduos e das coisas para um olhar centralizado.
 
 
 
A SOCIEDADE DISCIPLINAR E O PANOPTISMO
 
- IDEIA DO PANÓPTICO: -
 
 - Foucault admite que o poder das sociedades disciplinares se baseou no modelo do Panóptico (final do Séc. XVIII) de Jeremy Bentham (1748-1832): filósofo inglês que idealizou o sistema de prisão* com disposição circular das celas individuais, divididas por paredes e com a parte frontal exposta à observação do Diretor por uma torre do alto, no centro, de forma que o Diretor veria sem ser visto. Isto permitiria um acompanhamento minucioso da conduta do detento, aluno, militar, doente ou louco, pelo Diretor, mantendo os observados num ambiente de incerteza sobre a presença concreta daquele.
 
 - O contexto histórico da emergência da sociedade disciplinar é a do capitalismo industrial, a da construção da sociedade burguesa moderna. O crescimento das cidades forçava um processo de urbanização racional, onde se devia evitar o risco de desordem que a multidão evocava. Os processos de disciplinamento, como processos baseados da idéia de dividir e categorizar os indivíduos, além de confiná-los em espaços passíveis da vigilância centralizada e capilarizada era um modo de identificar e controlar os indivíduos na massa.
 
 - O panóptico é a estrutura arquitetônica paradigmática da sociedade disciplinar, aquela que permite a individualização e a apropriação utilitária dos corpos, tornados dóceis, dos seres humanos confinados, visando a otimização da produção, o melhor aproveitamento da sua energia para o trabalho.
 
 - O panóptico é uma forma arquitetônica que permite o exercício do poder de forma vantajosa:
 
1) porque permite a despersonalização do poder, dificultando o a quem opor-se,
 
2) é vantajosa do ponto de vista econômico, e do ponto de vista da eficiência precisa e minuciosa, já que a estrutura mobiliza a auto-censura e a auto-correção, prescindindo de um grande contingente de policiais ou profissionais que fiscalizem o cumprimento das normas sociais;
 
3) permite o aumento da produtividade;
 
4) o ponto privilegiado de observação que os dispositivos de vigilância possibilitam o registro de dados que permitirão a construção de um conhecimento que aumentará a eficiência dessa forma de poder.
 
 - O panoptismo é a lógica de poder que rege o funcionamento da sociedade entre os séculos XVIII e XX, onde a produção de informações sobre os indivíduos, e a promoção da disciplina se reproduzem em toda e qualquer relação, atravessando a sociedade como um todo, garantindo eficiência, produtividade e ordem, sem limites.
 
 - A observação/vigilância estava de acordo com os valores mais elevados de uma sociedade burguesa, humanista e iluminista. A vigilância está perfeitamente inserida numa sociedade que valoriza a liberdade de opinião e a possibilidade de expressá-la publicamente; as decisões e atos baseados no juízo racional e fundamentados no conhecimento racional/científico e na idéia humanista de que o homem pode evoluir, se transformar se submetido aos procedimentos pedagógicos e às instituições de ensino e correcionais.
 
 - A questão do efeito de visibilidade, no caso do Panóptico, remete a idéia de que a existência de um ponto central deve ser o local do exercício do poder. Bentham, segundo Foucault, descobriu uma tecnologia de poder própria para resolver os problemas de vigilância, mas pensando em uma visibilidade organizada inteiramente em torno deum olhar dominador e vigilante.
 
 - Por outro lado, Foucault admite que os procedimentos de poder nas sociedades modernas foram muitos, diversos e ricos. A idéia de visibilidade (como no Panóptico) não necessariamente era a única tecnologia de poder do século XIX.
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE DE CONTROLE
 
… 2.2: CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE DE CONTROLE. DELEUZE, Gilles, “Post-Scriptum”. IN: Conversações, São Paulo: Editora 34, 2006, p.219-226.
 
 - Gilles Deleuze apresenta as características da Sociedade de Controle, no artigo Post- Scriptum sobre a Sociedade de Controle, escrito em 1990. Nesse artigo Deleuze mapeia uma nova forma de poder, seus dispositivos de funcionamento e sua formas de assujeitamento, em comparação com a Sociedade Disciplinar, tal qual descrita por Michel Foucault. Essa nova forma de poder tipificaria o que ele denomina Sociedade de Controle, demarcando seu surgimento a partir da segunda metade do século XX, ou seja, a partir do fim da Segunda Guerra Mundial:
 
 - Deleuze apresenta as características de tipos de sociedade:
 
 a) Sociedades de soberania, aquelas que antecedem o surgimento das sociedades disciplinares, e que tem como objetivos e funções: apropriar-se da produção mais do que organiza-la, e decidir sobre a morte mais do que gerir a vida.
 
 b) Sociedades disciplinares, aquelas que privilegiam: a concentração e a distribuição no espaço, a ordenação no tempo, visando compor, no espaço-tempo, uma força produtiva cujo efeito de era superior à soma de outras forças no corpo social.
 
 c) Sociedades de Controle, aquelas que surgem após a Segunda Guerra Mundial, quando as instituições disciplinares e o exercício do poder baseado no confinamento entram em crise (prisões, hospitais, escolas, fábricas, famílias). As Sociedades de controle são aquelas em que o poder é exercido a partir de formas de controle ao ar livre. O poder na sociedade de controle se exerce pela possibilidade de determinar a posição de cada um, lícita ou ilícita e operar uma modulação universal – garantindo ou impedindo o livre trânsito, o livre fluxo.
 
 1) Deleuze vai mostrar que surgem diferentes modos de controle, o que ele denomina de os controlatos, que são variações inseparáveis, formando um sistema de linguagem numérica, ao passo que nas sociedades disciplinares a linguagem era analógica.
 
 2) Os controles são uma modulação, como uma moldagem que muda continuamente. /Para entender o processo dessa sociedade de controle em relação à idéia disciplinar, é preciso compreender a passagem do universo da fábrica para o mundo da empresa, ou seja, diretamente relacionada com a corrida eletrônica e as máquinas informáticas.
 
 3) As sociedades disciplinares têm dois pólos: a assinatura que indica o indivíduo, e o número de matrícula que indica sua posição numa massa. Nas sociedades de controle, ao contrário, o essencial não é mais uma assinatura e nem um número, mas uma cifra: a cifra é uma senha. A linguagem numérica do controle é feita através das cifras que marcam o acesso à informação ou à exclusão a esse acesso.
 
 4) A sociedade de controle, que tenta justificar-se pela garantia aos cidadãos de seus direitos, tende somente a contribuir para a manutenção da ordem social que interessa ao mundo gerido pelo capital. É o dinheiro que melhor exprima a distinção entre as duas sociedades.
 
 5) A condição de sujeição do indivíduo na sociedade de controle é a do homem endividado, enquanto na sociedade disciplinar era a do indivíduo confinado e vigiado.
 
 6) As máquinas típicas da sociedade de controle são as de informática e computadores, cujo perigo passivo é a interferência, e o ativo, a pirataria e o vírus. Já nas sociedades disciplinares, tinham equipamentos, máquinas energéticas, que apresentavam o perigo de entropia e de sabotagem. Já as sociedades de controle operam máquinas de informática e computadores, cujo perigo passivo é a interferência, e o ativo é a pirataria, o vírus. As máquinas típicas são as energéticas, cujo perigo passivo é a entropia, e o ativo, a sabotagem.
 
 7) O contexto econômico da sociedade de controle é o capitalismo de sobre produção, de serviços, financeiro e de vendas. Na sociedade disciplinar se inscreve no seio do capitalismo de produção, capitalismo industrial.
 
 8) Na sociedade de controle, a educação, a formação é um processo que nunca termina (as funções estão em perpétua transformação, sujeitas à modulação). Na sociedade disciplinar, nunca se deixa de recomeçar o processo.
 
 _ Deleuze aponta para o estado atua, (contexto da sociedade de controle) das instituições típicas da sociedade disciplinar:
 
 a) Prisão – busca-se, hoje, evitar o confinamento (oneroso e insuficiente para abrigar a quantidade de transgressores da lei), e desenvolver penas substitutivas (para a pequena delinqüência) e a “coleira eletrônica” que obriga o condenado a estar em casa em certas horas (através de mecanismos de localização).
 
 b) Escola – formas de controle e avaliação contínuos, introdução da empresa em todos os níveis de escolaridade (fim da pesquisa nas universidades), aperfeiçoamento de formas de ensino à distância compatíveis com as nova máquinas disponíveis.
 
 c) Hospitais – medicina preventiva, medicina sem médico nem paciente (corpo- informação genética).
 
 d) Empresa – competição, sistemas de prêmio e espetáculos, novas formas comuns de se tratar os homens, os produtos e o dinheiro.
 
 
 
ESPETÁCULO, MERCADO E CONSUMO.
 
- O espetáculo existe desde os tempos pré-modernos. A própria globalização se expandiu através do espetáculo militar e do império.
 
 - O entretenimento popular há muito tempo tem suas raízes no espetáculo, como também, as guerras, a religião, os esportes e outros domínios da vida pública foram bases para a propagação do espetáculo durante séculos.
 
 - Segundo o autor vivemos agora os tecnoespetáculos, com o desenvolvimento de novas tecnologias da informação e multimídia. O espetáculo midiático se tornou um elemento determinante numa era de terrorismo e guerra. Conceito de espetáculo segundo Guy Debord (desenvolvimento em 1960, no livro “A Sociedade do Espetáculo):
 
 - Para Debord o espetáculo constitui um conceito abrangente para descrever a mídia e a sociedade de consumo, incluindo produção, promoção e exibição de mercadorias. Ele descreve uma mídia e uma sociedade de consumo organizadas em torno da produção e consumo de imagens, mercadorias e eventos culturais.
 
 - Para Debord o espetáculo é um instrumento para a pacificação e a despolitização, é uma “guerra do ópio permanente”. A idéia do espetáculo está ligada diretamente ao conceito de alienação e passividade, pois ao consumir de forma submissa os espetáculos, o indivíduo se afasta de uma vida produtiva e criativa.
 
 - Kellner afirma que existem níveis e categorias de espetáculos. Destaca os megaespetáculos, que são aqueles fenômenos que dramatizam controvérsias e embates, assim como os modos de resolução de conflitos (por exemplo, o casamento do princípe William com a plebéia Kate Middleton, a morte e o funeral da princesa Diana, os escândalos sexuais de Clinton, a guerra contra o terrorismo) e definem eras .
 
 - O espetáculo envolve os meios e instrumentos que incorporam os valores básicos da sociedade contemporânea e servem para doutrinar o estilo de vida dos indivíduos. A experiência e a vida cotidiana são moldadas e mediadas pelos espetáculos.
 
 - O espetáculo, segundo Kellner, tanto funciona como uma reafirmação dos valores do capitalismo e do consumo, condicionando inclusive os processos de construção de identidade, quanto pode ser utilizado como forma capaz de articular formas de protesto, de questionamento da ordem instituída.
 
 - Enquanto Guy Debord é radicalmente pessimista e crítico em ralação a papel dos meios massivos e a cultura na sociedade de consumo, Kellner chama a atenção que é necessário analisar essas formas emergentes de cultura e de sociedade ligadas à Globalização e ao espetáculo, avaliando deque modo elas podem conter novas formas de domínio e opressão, como também, o potencial existente para a democratização e a justiça social.
 
 
 
AS IDEIAS DE NAÇÃO E DE ESTADO: PARA ENTENDER A QUESTÃO DO FIM DOS ESTADOS NACIONAIS.
 
? O Estado é uma relação de dominação, ou mais estritamente, um aspecto das relações sociais de dominação. Analiticamente o Estado apóia e organiza estas relações sociais de dominação através de instituições que gozam geralmente do monopólio da coerção dentro de um território delimitado. Articula ao mesmo tempo de maneira desigual os componentes da sociedade civil, apoiando e organizando o sistema de dominação social.
 
 ? Mediações ? O que torna esse apoio efetivo são certas manifestações objetivas do Estado: suas instituições e a lei que devem parecer, assim como o Estado, como agentes do interesse geral da comunidade. O estado tende a criar várias mediações entre ele e a sociedade civil, através das quais o consenso tende a ser criado. A principal mediação é a Nação.
 
 ? Por Nação se entende as identidades coletivas que definem um “nós” que consiste:
 
 1) de uma rede de solidariedade superpostas sobre a diversidade e antagonismos da sociedade civil;
 
2) do reconhecimento de uma coletividade distinta do “eles”.
 
 ? A segunda mediação é a cidadania no duplo sentido:
 
 1) De igualdade abstrata que, pelo sufrágio e do regime correspondente de democracia política – é o fundamento da afirmação de que o poder exercido pelos governantes está baseado no consentimento dos cidadãos e,
 
2) Em segundo lugar, o direito de poder recorrer à proteção juridicamente regulamentada conta atos arbitrários por parte das instituições do Estado. 
 
3) A terceira mediação é o povo ou popular. Esta envolve um nós que é portador de exigências de justiça substantiva que constitui a base para as obrigações do Estado para com os segmentos menos favorecidos da população.
 
4) A eficácia dessas três mediações do Estado – nação, cidadania e popular - permite às suas instituições parecerem agentes que conseguem e protegem um interesse geral, isto é, que fica acima dos antagonismos da sociedade civil.
 
 - Segundo Kellner, para falar sobre globalização é necessário aborda a reestruturação do capitalismo. Porque a globalização envolve o fluxo de bens, informação, cultura e entretenimento, de pessoas e de capital através de economias, sociedades e culturas cada vez mais interligadas.
 
 - Kellner chama a atenção que a maioria das análises sobre a globalização são negativas. Propõe uma Teoria Crítica da globalização, que possa de fato avaliar seus pontos negativos e positivos, suas contradições e ambigüidades.
 
 - Sua conclusão é extremamente importante: Kellner aponta que os países em desenvolvimento e o mundo globalizado estão entrando numa nova cultura do espetáculo que constitui uma nova configuração da economia, da sociedade, da política, enfim da vida cotidiana.
 
 - Importante entender que Estado moderno para manter sua soberania apoia-se no “tripé” das soberanias: militar, econômica e cultural. Ou seja o Estado Moderno fundamenta sua soberania na utilização dos recursos necessários para sustentar as instituições, estabelecer e garantir a ordem, defender com eficiência o território contra os desafios de outros modelos de ordem, tanto interno quanto exterior, e preserva as referências culturais que permitem o reconhecimento de pertencimento à nação (construção e manutenção da identidade nacional).
 
 - No contexto contemporâneo da economia globalizada, percebe-se que mudanças afetaram acima de tudo o papel do Estado. O pés do “tripé da soberania” foram quebrados: auto-suficiência militar, econômica e cultural do Estado e sua própria auto-sustentação deixaram de ser uma perspectiva viável. Estados tiveram que buscar alianças e entregar pedaços cada vez maiores de sua soberania.
 
 - Os Estados contemporâneos não desapareceram (o Estado não morreu), mas desempenham papéis como o de gerente e fiscal, que visam garantir as condições ideais para o funcionamento da ordem econômica mundial, em território nacional. Os Estados contemporâneos não desapareceram (o Estado não morreu), mas desempenham papéis como o de gerente e fiscal, que visam garantir as condições ideais para o funcionamento da ordem econômica mundial, em território nacional.
 
 
 
MUDANÇAS NA CONFIGURAÇÃO DO PODER NA SOCIEDADE
 
? Geração anterior: nações e suas cidades podiam controlar suas riquezas, planejar suas economias de acordo com os interesse e projetos políticos nacionais.
 
 ? Hoje: Abre-se uma divisão entre Estado e economia. As grandes corporações transnacionais estabelecem os parâmetros de organização da economia global. Economia X Estado - Economia: capital (dinheiro e outros recursos necessários para fazer as coisas) – move-se rápido. Aniquilou as restrições espaciais, relativas a organização dos Estados em relação aos limites territoriais.. - Capital: passou a não ter mais domicílio fixo. Está além do controle dos governos nacionais. Surgem as empresas, organizações supranacionais, “planetárias”: fora do controle dos Estados. - “Nação-estado”: desgastada e “definhando por forças erosivas transnacionais”. As forças modeladoras transnacionais são, na maioria, anônimas e difíceis de identificar. São aglomerados de sistemas manipulados por atores em grande parte “invisíveis”. Nesse cenário, parece que o definhamento da “nação-estado” é uma catástrofe natural.
 
 ERA MODERNA: - Nos acostumamos com a idéia de que a ordem é equivalente a “estar no controle”.
 
- Ordem Mundial antes do colapso comunista: o estado volúvel das coisas era tirado de foco pela reprodução diária do equilíbrio entre as potências mundiais, que consumia todas as energias e pensamentos.
 
- Mundo dividido: produzia a imagem da totalidade da política do poder. Nada podia ser indiferente do ponto de vista do equilíbrio das duas potências, EUA e URSS (centro dividido, mas único).
 
 ERA PÓS-MODERNA:
 
- Colapso da rotina política dos blocos de poder. O mundo parece que não tem mais totalidade. Parece um campo de forças dispersas e díspares. Parece que ninguém está no controle agora. O que seria estar no controle? O controle era limitado à nação. Estar no controle seria teleguiar e captar a totalidade dos assuntos mundiais e impor concordância global.
 
- Enquanto os parâmetros do funcionamento da economia de mercado se dá em escala global, com a volatilidade do capital que se desloca ao sabor da ambição de gerar mais capital para alguns poucos investidores multimilionários, as conseqüências sociais (e suas vítimas sempre ignoradas) desses deslocamentos são sempre territorializadas, locais.
 
- As conseqüências humanas do movimento econômico global se faz perceber num aumento da pobreza em termos qualitativos e quantitativo, embora nunca apareçam, na produção jornalística mundial, associado à tal “ nova desordem mundial” . Nem tão pouco o avesso dessa conseqüência, que é a concentração da riqueza na mão de alguns poucos.
 
- A produção global de informações costuma reduzir a questão da pobreza, às situações críticas da miséria e da fome, que parecem fatalidades, tragédias “naturais”, que inspiram a caridade planetária, de forma episódica. Culpar os pobres pela pobreza ou quere-los distantes como uma ameaça e ataque violento ou contágio são outras formas típicas e recorrentes das empresas jornalísticas mundiais tratarem as conseqüências humanas do processo de globalização econômica.
 
 - Segundo Milton Santos, em seu livro "Por uma outra globalização", as perversões do capital se relacionam tão intimamente com as perversões da informação de modo a formar um sistema que se retroalimenta.
 
- A perversão do capital se dá pelas diversas formas pelas quais ele se sobrepões à dimensão social, seja no funcionamento do capitalismo financeiro, seja no ethos em que a competitividade e rivalidade são exaltadas, seja na forma como os interesses do capital se apropriam dos saberes e discursos científicos.- A perversão da informação se relaciona com a promoção de mitos e ilusões que exaltam o desenvolvimento tecnológico, o fim das barreiras para a circulação dos indivíduos e mercadorias, incrementam o interesse pelo consumo e a alienação.
 
 
 
AS MÍDIAS SOCIAIS NA RECONSTRUÇÃO DA ESFERA PÚBLICA
 
- Como as novas tecnologias estão possibilitando a reconstrução da esfera pública.
 
 1) Vantagens (de curto, médio e longo prazos) da comunicação virtual para os variados setores da sociedade civil que desejam divulgar suas causas; dialogar com os seus públicos e mobilizar para suas lutas são:
 
A) Barateamento dos custos da comunicação e organização; B) Abrangência global e velocidade de transmissão;
 
C) Autonomia frente aos princípios ideológicas e mercadológicas dos impérios de comunicação.
 
D) Ampliam o universo de interlocutores e os espaços de conversação, produzindo uma gama de recursos interativos publicações, murais, fóruns e grupos de discussão eletrônicos, multiplicando espaços de conhecimento em um mesmo site.
 
E) Constituição de comunidades virtuais por afinidades eletivas, formando assim, coletivos em rede, por aproximações temáticas, espectativas e práticas comuns de cidadania.
 
F) propiciar aos movimentos sociais uma intervenção ágil em assuntos específicos, acentuando-lhes a visibilidade pública. 
G) fortalecimento dos laços comunitários e de uma ética por interações, assentada em princípios de diálogo, de cooperação e de participação.
 
 2) Desafios:
 
A) a necessidade de políticas competentes de comunicação eletrônica, capazes de ampliar o raio de difusão dos sites, ainda restrito;
 
B) a exigência de se ampliar substancialmente o número de usuários plugados, o que pressupõe a superação de obstáculos econômico-financeiros (custos de computadores, modems, linhas e tarifas telefônicas, provedores de acesso) e a simplificação dos procedimentos informáticos para se acessar a rede - apenas 2% da população brasileira têm acesso a ela".
 
 3)Ilusões devem ser evitadas porque:
 
A) a cibermilitância necessita aprofundar experiências de comunicação eletrônica, em sintonia com expectativas e demandas de seus públicos-alvo;
 
B) convivemos com um fenômeno ao mesmo tempo extremamente rápido (graças à expansão tecnológica) e lento (por conta de hábitos culturais e políticos muitas vezes difíceis de atualizar);
 
C) porque os sistemas de busca e localização das homepages na vastidão da Web precisam ser aprimorados e popularizados. É um desafio dizer às pessoas onde está a informação, a interação, a discussão, o debate.
 
 4) Iniciativas importantes:
 
 A) A Rits, desde que foi criada em 1997, fornece informações, serviços e apoio em tecnologias de comunicação e informação, com o objetivo de modernizar as formas de gestão de organismos da sociedade civil.
 
 B) A Ongnet, primeiro provedor do Terceiro Setor, de Minas Gerais, organiza e fomenta o desenvolvimento de novas redes, integrando as organizações e potencializando o uso de novas tecnologias e serviços.
 
 C) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria, a Anistia Internacional, Confédération Internationale des Syndicats Libres, o Human Rights Watch, o Greenpeace, a Rede de Informações do Terceiro Setor (Rits), o Fórum Nacional pela Democratização dos Meios de Comunicação, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), do México, entidades feministas e partidos políticos inscrevem-se entre as organizações da sociedade civil que decidiram apostar na Web.
 
 Neste sentido, novas formas de participação política estão gerando mobilização e ampliação da concepção de cidadania.
 
 
 
CIDADANIA E NOVAS MÍDIAS
 
- As transformações produzidas na sociedade feudal tradicional pela ação política da burguesia dão lugar a construção do estado moderno que tem, no desenvolvimento do conceito de cidadania um dos elementos que legitimam os valores da burguesia em ascensão.
 
 - Entre as características distintivas do estado moderno podemos considerar:
 
 a) O estabelecimento de uma nítida separação entre as esferas pública e privada.
 
 b) Pelo surgimento de uma burocracia constituída por profissionais especializados encarregada de administrar um Estado racional legal, conforme a clássica caracterização weberiana, assim como orientada pelo fenômeno que este autor caracteriza como de crescente racionalização do estado moderno que dispõe do monopólio dos meios de violência responsável pelo processo de pacificação interna das sociedades.
 
 c) Pelos processos de disciplinamento discutidos por Foucault responsável pela administração de uma população cada vez mais individualizada e singularizada pela tecnologia de controle social.
 
 d) O processo de democratização como valor cada vez mais universal acompanhado da ideia de cidadania como instituição fundamental deste tipo de sociedade.
 
 e) O estado moderno será concebido principalmente como estado nacional, isto e, trata-se da construção de estados nacionais que utilizando o recurso de invenção das tradições produzem o fenômeno da unidade e da integração nacional que derivará, entre outras coisas, na invenção dos nacionalismos.
 
 f) Finalmente, a própria ideia de cidadania entendida basicamente como o direito a ter direitos, mas que teria se constituído, segundo a clássica interpretação de Marshall de maneira evolutiva:

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