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DIMENSÃO ÉTICA DA AVALIAÇÃO DIGNÓSTICA EM

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Avaliação diagnóstica: o processo de avaliação psicológica é compreendido como um processo técnico-científico, coleta de dados e informações com indivíduos ou grupo.
Meios: de questionários, métodos, instrumentos psicológicos, entrevistas, entre outros.
Dilemas da profissão na atualidade: elaboração das avaliações psicológicas nos diversos âmbitos: do judiciário ao educacional. 
2011 momentos da  avaliação psicológica pelo o Conselho Federal de Psicologia.
Avaliação psicológica: é uma prática exclusiva do profissional de Psicologia e historicamente contribuiu para a inserção profissional nos diferentes contextos de atuação. Mesmo que importância já tenha sido devidamente reconhecida, é necessário à importância da qualidade de seus serviços.
Pois é o que garante os direitos dos cidadãos e dos cuidados éticos e técnicos dos profissionais no que tange aos processos de avaliação e aos documentos deles decorrentes.
Histórico da avaliação psicológica: Ambiel e Pacanaro: o histórico da Avaliação Psicológica no Brasil foi tumultuado, com um período de entusiasmo inicial, com o uso indiscriminado e predominante de testes psicológicos.
Desde 2003: existe um movimento do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em direção a uma reorganização e regulamentação em âmbito nacional.
Esse movimento crítico: se deu na baixa qualidade de formação dos alunos na questão da avaliação psicológica e pela grande quantidade de cursos de Psicologia que abriram no Brasil. 
Para sair de momento critico: foi os cursos de Pós Graduação em avaliação psicológica e a fundação do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP).
Ensino da avaliação psicológica (Reppold): exercício restrito aos psicólogos, priorize, além de competências técnicas, a vivência de situações práticas que envolvam dilemas relacionados à ética, ao respeito à dignidade e aos Direitos Humanos, à preocupação com o bem-estar do outro e à responsabilidade social.
Marco importante: Manual Técnico e Ético sobre a elaboração de laudos e avaliações psicológicas, 2003, o CFP criou um documento com diretrizes claras e objetivas, e assim padronizou o instrumento, constituindo critérios mínimos de qualidade.
Principais requisitos de qualidade na avaliação psicológica: fundamentação teórica do instrumento com ênfase na definição do construto; evidências empíricas de validade e precisão das interpretações  dos escores do teste; dados empíricos sobre as propriedades psicométricas dos itens dos instrumentos; Informações sobre os procedimentos de correção e interpretação dos resultados, comunicando detalhadamente o procedimento e o sistema de interpretação no que se refere às normas brasileiras; Apresentação clara dos procedimentos de aplicação e correção, bem como das condições nas quais o teste deve ser aplicado, para que haja uniformidade dos procedimentos envolvidos na sua aplicação. 
(SATEPSI).Ainda 2003, o CFP propôs uma Comissão Nacional de Avaliação Psicológica, denominada Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI).
Função: analisar as dificuldades que o psicólogo enfrentava no contexto das avaliações psicológicas.  todos os instrumentos e testes psicológicos passam pela avaliação dessa comissão. Além disso, sobre a produção e a utilização de testes psicológicos.
Atualmente os testes: tem sido utilizada atualidade: tem sido considerado a mais um instrumento diagnóstico dentro de um contexto, do que o único meio como acontecia anteriormente.
Ou, seja antes o teste era o único meio de instrumento de avaliação, hoje é um complemento na avaliação.
CFP e a classe profissional se mobilizavam para criar um novo Código de Ética do psicólogo. Um contexto favorecido por uma gestão que priorizava a Cultura dos Direitos Humanos e o compromisso social da Psicologia com a sociedade brasileira em transformação.
O processo de avaliação psicológica pode vir a promover os direitos humanos pelo seu caráter de descrição e interpretação das condutas, viabilizando  o encaminhamento dos sujeitos que possuem demandas psicossociais para tratamentos adequados e dignos, evitando-se os  cuidados inócuos.
O processo de avaliação diagnóstica deve respeitar os princípios bioéticos das práticas que são eles: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça social. 
O psicólogo a ponderar entre os ganhos e riscos envolvidos no processo, assim como respeitar o direito à devolutiva para o sujeito, garantindo que as pessoas sejam informadas sobre o processo avaliativo e as implicações no diagnóstico e prognóstico. Deve-se ainda dar a devolutiva numa linguagem clara, objetiva e compreensível ao sujeito e usar de instrumentos normatizados e validados para o grupo  que será analisado.
Queixas éticas denunciadas ao CFP: problemas com o exercício inadequado da avaliação diagnostica, como o uso de técnicas inapropriadas, falta de orientações e encaminhamentos adequados, como também, a emissão de documentos sem a devida fundamentação teórica.
A importância do contínuo aprimoramento do psicólogo: o profissional que atua de forma ética quanto ao uso de instrumentos, deve procurar manter contínuo aprimoramento profissional.
Usar testes: apenas testes psicológicos com parecer favorável, que se encontram listados no site do SATEPSI; ao realizar a avaliação psicológica: deve ser em condições ambientais adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o sigilo das informações obtidas.
Guarda dos documentos: da avaliação Psicológica em arquivos seguros e de acesso controlado; proteger a integridade dos instrumentos, não os comercializando, publicando ou ensinando aqueles que não são psicólogos. 
Pontos importantes: resoluções resultantes do processo de amadurecimento da Psicologia com as novas demandas psicossociais, escolha do método regulamentado a ser melhor utilizado pelo psicólogo, sigilo profissional e a divulgação dos resultados.
Resolução 007/2003, a avaliação psicológica é definida dentro de um contexto multideterminado e por isso, ela contribui para a compreensão das subjetividades existentes no contemporâneo, ao considerar e analisar também os determinantes históricos, culturais, sociais e seus efeitos na constituição do homem, não só descrevê-lo, mas para modificar esses condicionantes até o momento conclusivo dessa etapa diagnóstica. 
Na avaliação psicológica deve considerar: Natureza dinâmica, não pode ser definitiva e não nem cristalizada, pois assim, o psicólogo evita de enunciar prognósticos conclusivos e fechados.
Superando o viés adaptativo e eugênico: presente na história da Psicologia Brasileira: é qdo o psicólogo contextualiza critico e reflexivamente o resultado de um processo de avaliação psicológica.
Resolução 007/2003: o principio II do Código de Ética do psicólogo:
*trabalho psicológico como promotor de saúde e que contribuirá para eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
*recusa-se a segregação, quando nega sob toda e qualquer condição, do uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação.
Os testes mudam conforme o contexto histórico, por isso é necessário a revisão dos testes.
Delimitação – atuação e técnicos empregados.
Devido o reconhecimento da profissão de psicologo, novos regulamentações são necessárias.
O CRP tem o compromisso de acompanhar e apontar os princípios que norteam o exercício profissional do psicologo para garantir a todos o direito de cidadania
Avaliação psicológica – é o uso de exclusivamente do psicologo não pode ser divulgado, não pode ser doado, não pode emprestar ou vender para leigos.
Pois se houver essas coisas contribuem facilita, permite o exercício ilegal da profissão.
So pode ser vendido ou doado para outro psicologo em caso de uma com uma declaração de venda ou doação com a transferência do CRP do profissional para o outro.
Ensino do métodos e técnicas psicológicos – somente ou exclusivamentepara alunos matriculado no curso de psicologo.
Ensino ilegal comete infração ao código de ética profissional
SATE PSI – profissionais que avaliam os testes, se é adequado ou não. Eles não são renumerados para não haver subordinação pela editoras que fabricam os testes
Critérios de avaliação de qualidade de testes psicológicos: Existe uma preocupação constante na qualidade dos serviços prestados pela formação profissional e pelo cuidado com a avaliação e aprimoramento periódico de seus instrumentos.
 Porque há necessidade de aprimorar os instrumentos e procedimentos técnicos: periodicamente- com objetivo de garantir um serviço com qualidade técnica e ética aos usuários dos serviços.
Demanda social – Há uma necessidade de contrair um sistema continuo de avaliação dos testes psicológicos, adequando a dinâmica da comunidade cientifica e profissionais. Porque os testes devem ser adaptados conforme o contexto histórico, pois há culturas diversas e não podem ser aplicadas de forma generalizada.
Os testes
Art. 1 – são instrumentos de avaliação mensuração de características psicológicas consolidado por métodos ou técnicas de uso privativo ao psicologo.
Características psicológicas – emoção/afeto, cognição /inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção, memoria, percepção, etc.
Requisitos mínimos – devem ser reconhecidos ter objetivo de descrever, mensurar, avaliar características psicológicas destes erros escolares, fundamentação teórico, definição do construto. Evidencia empíricos, validade, precisão, técnicos, procedimento.
Comissão consultiva em avaliação psicológica: CFP possui uma comissão consultiva. Av.psic. no mínimo com 4 membros psicológicos desconhecido de saber em testes psicológicos, com objetivo de analisar em cada parecer sobre os testes enviados do CFP no intuito de sugerir aprimoramento dos procedimentos e critérios.
Psicólogos convidados, não são renumerados, não tem vinculo empregatício com o CFP.
ETAPAS PARA TRAMITAÇÃO DOS TESTES RECEBIDOS PELO CRP. 6 etapas recepção, analise, avaliação, comunicação da avaliação dos requerentes com prazo para recurso. Analise de recurso, avaliação final. Pesquisar cada um.
Após avaliação final. Se a avaliação desfavorecida não foi aprovada pela CCAP e pelo CFP – o parecer deve apresentar a razões de não terem aceitado.
Avaliação favorecido – aprovado CCAP e depois pelo CCFP, pois contem todos os requisitos para a resolução do teste.
Site para verificar os testes – SATE – PSI: Prazo para revisão periódica dos testes.
Não pode ultrapassar 15 anos “ entre estado,Não pode ultrapassar 20 anos para testes padronizados – validade e precisão, Não apresentando a revisão dentro do prazo o teste perderá sua validade e relação de uso e comercialização. Estado para revisão – olhar pesquisa.
Elaboração de laudos psicológicos:
Resolução 007/2003: o documento que deve ter uma clareza e rigorosidade na escrita para ser compreensível ao leitor; ter uma estrutura ordenada e lógica para ser acompanhado; “sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento psíquico”. 
Os psicólogos produzem documentos escritos, baseando “exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados”.
art 2º, é vedado ao psicólogo: ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação”.
Quebra do sigilo: em avaliações psicológicas, caso o psicólogo precise compartilhar informações com equipe multiprofissional, é indicado apenas que compartilhe aquilo que for essencial para configurar o caso do ponto de vista psicológico, sem expor informações especificas que possam identificar o sujeito.
Reppold (a importância da avaliação psicológica) como prática responsável e  promotora de uma cultura de direitos humanos.
A prática de avaliação psicológica, quando realizada de forma responsável e coerente com o contexto social do indivíduo e quando substanciada com instrumentos validados e normatizados para a população da qual o indivíduo faz parte, busca garantir atenção aos Direitos Humanos e, portanto, às diferenças individuais e às necessidades dos indivíduos/grupos. 
É somente assim, reconhecendo as diferenças individuais, que pode subsidiar novas práticas e intervenções que venham ao encontro das demandas que tais diferenças implicam. 
Bicalho: defende uma psicologia comprometida com sua sociedade e seu tempo: recusa quaisquer práticas diagnósticas excludentes ou descontextualizadas. 
Desafio da Psicologia e das avaliações psicológicas no século XXI: é lançando mão de uma “caixa de ferramentas” teórico-conceitual, pois recusamos a perspectiva que incompatibiliza Psicologia e política, um tipo hegemônico de racionalidade que impõe a oposição dicotômica entre teoria e prática, ciência e ideologia. Recusando o lugar de “ortopedista social”, com seus saberes prontos em planejamentos metodológicos.
Intervir como psicólogo: propõe a analisar um território individual, interiorizado ou, no máximo “outro especialista”. 
As novas interfaces da psicologia brasileira: São as novas práticas profissionais desempenhadas pelo psicólogo na atualidade. 
Interfaces conquistadas pela ciência psicológica nos últimos anos: que contribuíram para o trabalho multiprofissional do psicólogo na área judiciária, no  Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), em unidades hospitalares, cujos relatos dos profissionais buscam qualificar e ampliar a atuação psicológica coletiva para conceituar a Psicologia nesse processo contextual.
A história da Psicologia no Brasil: cenário profissional múltiplo, porém nem sempre foi assim. 
Seus primórdios: de 1950 e 1960, o saber psicológico dialogava com as áreas da medicina, educação e o universo organizacional. 
Crescente hegemonia da área clínica: baseada no modelo biomédico, com predomínio  de um fazer remediativo, que tinha  como objetivo  curar, atacar o sintoma já instaurado. 
Ação que englobava as atividades: como psicodiagnóstico, psicoterapias e seleção de pessoal, visando ajustar os sujeitos a padrões estabelecidos pelas instituições com poderio econômico e cultural.
Esse percurso marcou: uma visão de psicologia clínica tradicional, calcada no modelo liberal, que visava resolver conflitos mentais, com enfoque intraindividual, e que compreendia o sujeito como instância universal a ser ajustado ao convívio social.
1980, com as crises econômicas no Brasil, o avanço das neurociências, a inovação paradigmática, com  a inserção das idéias emergentes sobre a complexidade na multideterminação dos fenômenos psicológicos e  o inchaço do mercado clínico, houve uma crise instaurada nesse cenário clássico da Psicologia brasileira. Esse contexto demarcou um novo desenho de fazeres,: se espalhou  da Psicologia da Saúde Pública às mais diversas instituições, em Organizações Não Governamentais (ONGs) e  instâncias jurídicas.
 A partir de 1970(Bomfim), espalharam-se diversas experiências profissionais, de psicólogos sociais em comunidades carentes aos postos de saúde pública.  
1980 houve a marca da intensificação das trocas entre os profissionais e as discussões teóricas, com a ampliação dos centros de pós-graduações scricto sensu. 
Indicando uma emergência de novas práticas, como os trabalhos com o meio ambiente e os movimentos sociais. 
1990 houve um empobrecimento da população, inúmeras crises econômicas, e ao mesmo tempo, presenciou-se um avanço da vivência democrática, com a conquista de direitos sociais no mundo do trabalho, o que coadunou(juntou) com a inserção dos psicólogos em lugares até então desconhecidos pela psicologia tradicional.
As atividades psicossociais(Bomfim) passaram a ser aplicadas a uma clientela que não dispunha destes atendimentos, a partir da década de 80, caminham hoje na direção de se desenvolverem abordagens mais específicas em função das características dos grupos, instituições, comunidades e movimentos sociais. 
Assim, as práticas de dinâmica de grupo, grupos operativos, intervenção psicossociológica e análise institucional, aliadas às metodologias de pesquisa do tipo da pesquisa participantes, história, estudo de caso com pespectiva histórica e outras.  
Mudanças significativas: (Yamamoto e Gouveia) mesmo na área clínica, houve mudanças significativas, passou-se de uma prática tradicional privado, para um amplo espectro de atuação.
o psicólogo clínico passou a estar presente nas instituições, nas comunidades e em outras diferentes frentes de trabalho. Dessa forma, acumulou funções, demarcando o campo da dupla jornada do psicólogo brasileiro.
O campo clínico abriu-se para o contexto social, e houve uma mudança nos referenciais teóricos, que deixaram de considerar somente o aspecto individual para contemplar uma visão multideterminada de homem e do seu sofrimento, buscando teorias que contemplem a subjetividade como  processo relacional e não apenas como instância  intrapessoal.
Esse novo cenário demandou do psicólogo: uma nova formação e por consequência uma revisão urgente das teorias, métodos e fazeres. Mudanças na grade curricular universitária se fizeram necessárias, por exemplo, exigindo uma maior relação entre a psicologia aplicada e as novas visões epistêmicas.
Novas interfaces e os desafios profissionais. na mudança do lugar da  psicologia clínica. Houve uma maior preocupação com os aspectos sócio culturais e o movimento mais destacado foi a expansão do trabalho psicológico ao campo da saúde.
Transição foi marcada pela inserção do psicólogo em instituições, como hospitais, ambulatórios, unidades básicas de saúde, e outras, como escolas e ONGs.  Como orientação geral de atuação, o psicólogo no âmbito da saúde, reconhece “o caráter global da saúde de indivíduos e o chamamento à multidisciplinaridade, o reconhecimento da qualidade de vida e da educação dos grupos e indivíduos como fontes essenciais de sobrevivência da humanidade” .
O psicólogo na rede básica de saúde: tem sido chamado a atuar com a atenção primária, com ações que vão desde as ações preventivas complexas até as mais pontuais e especializadas. 
Confusão entre ações de promoção de saúde e preventivas no nível secundário: O que demanda uma formação diferenciada também nas universidades, que precisam instruir e educar os novos psicólogos a atuarem no nível primário, com ações mais complexas e integradoras.
A área da saúde pública tem oferecido diversos desafios ao psicólogo, tais como: ações profissionais com base em necessidades coletivas, a demanda em lidar com um número maior de indivíduos, levando o profissional a escolher estratégias grupais, além do contato mais próximo com as condições concretas de uma população  mais carente de recursos financeiros e culturais.
Trabalho em grupo: a Psicologia tem sido chamada a compor equipes multiprofissionais, compostas por outros integrantes da área da saúde, como enfermeiros, médicos e terapeutas ocupacionais e a negociar fronteiras de atuação, nem sempre tão claras e objetivas.
Três tendências nesse novo panorama da interface com a área da saúde: a flexibilização do setting terapêutico, a pluralidade de recursos, procedimentos e técnicas e a permeabilidade entre concepções teóricas.
Diferentes interfaces da Psicologia com outras áreas, tais como: a jurídica, a informática e o esporte.
1.  A aliança da Psicologia com a área jurídica, refletindo sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e as diretrizes éticas contidas na assistência psicossocial das crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
A psicologia jurídica surgiu a serviço das demandas da justiça, principalmente através da construção de laudos psicológicos. Possuiu por muito tempo, uma ênfase positivista, marcada pela visão dos juristas, com laudos conclusivos e fechados. Atualmente, os psicólogos jurídicos não estão somente a serviço das instituições jurídicas, mas a serviço da cidadania, superando o viés do controle social.
Psicólogos atuando: junto às Varas das Famílias, junto a casos de adoção, separação, além de atuar nas Varas da Infância e Juventude, junto as crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, com a elaboração de laudos para decisões judiciais.
Os desafios éticos nessa interface a elaboração desses laudos e relatórios psicológicos, desde aspectos técnicos até questões éticas, como a devolutiva ao sujeito, a assertiva conclusiva, entre outros.
2. A aliança da Psicologia com a Informática, refletindo sobre as novas possibilidades terapêuticas mediadas pelas novas tecnologias, assim como, investigando os processos de subjetivação multideterminados pela inserção crescente do homem no mundo globalizado. A dimensão ética presente nessa interface repensa a questão do sigilo profissional possibilitado ou não pelas terapêuticas mantidas e mediadas pelas novas tecnologias.
3. A aliança da Psicologia com a área esportiva, com estudos motivacionais e liderança em equipes desportivas. É uma área recente, datando da década de 1950, num Dentro desse cenário, surge o trabalho do psicólogo atento ao desportista e seu desenvolvimento psicossocial. 
O trabalho do psicólogo do esporte orienta-se para o alcance de um melhor desempenho, sendo em vários aspectos, semelhantes as demais atividades de psicólogos que lidam com a questão do trabalho. Trata-se de um profissional que busca valorizar ao máximo o potencial de seu cliente, ao mesmo tempo, que tenta minimizar  ou neutralizar suas deficiências. Atua no sentido de melhorar o desempenho e otimizar as relações entre esportistas, técnicos e dirigentes.
Questões éticas função social do psicólogo, como no campo organizacional. 
Hoje a questão essencial que se coloca para a Psicologia em sua diversidade diz respeito em como essas interfaces tem respondido às demandas contemporâneas colocadas para a sociedade brasileira, nos seguintes pontos: (a) à produção de conhecimento; (b) ao avanço tecnológico; (c) a renovação dos profissionais.
Todas as novas interfaces da Psicologia precisam se organizar continua e criticamente para responder e criar conhecimento frente a uma sociedade em transformação.
 
Leia o trecho presente no preâmbulo do nosso CEP (2005) e escreva um texto, refletindo sobre quais seriam as novas interfaces da psicologia na pós modernidade: “Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus pares e com a sociedade como um todo. Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca de sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por suas ações e suas consequências no exercício profissional. A missão do código de ética profissional não é a de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro dos valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.”
Exercício comentado: A inserção do psicólogo no atendimento público de saúde exigiu a produção de um novo conhecimento científico. Essa produção de conhecimento parte de algumas necessidades e cria outras. O código de ética, respeitando a diversidade interna da psicologia nas suas teorias e fazeres, absorve e baliza a prática e a nova produção de conhecimento, deste novo lugar de trabalho. Assinale a alternativa que em vez de revelar as exigências que levaram à produção deste novo conhecimento, revela o desrespeito à diversidade.d) foi necessário abandonar e denunciar os referenciais teóricos existentes até então como elitistas e comprometidos com uma política individualista e de exclusão, e começar do zero.
Temas emergentes: A expansão dos cursos de psicologia no Brasil ocorreu nos anos 70 e 80 do século passado, até então, o país contava apenas com seus quatro primeiros cursos de Medicina e Direito. Atualmente, no Brasil, existem autorizados 488 cursos de psicologia (MEC, 2005). Percebe-se a expansão da Psicologia como ciência e profissão no âmbito nacional.
O crescimento da Psicologia no Brasil: é significativa, comemora seus mais de 50 anos de regulamentação com aumento exponencial dos seus cursos de formação e desenvolveu conhecimentos e técnicas em diferentes áreas de atuação.
Diante  essa ampliação e complexificação do universo profissional da Psicologia: nas últimas décadas, surgiu a obrigação ética e cientifica de estar atenta as condições de formação do psicólogo, as reflexões sobre as demandas psicossociais de uma sociedade em transformação e os modos práticos de atuação profissional diante os novos desafios impostos pelas mudanças no mundo do trabalho. 
A principal característica deste final do século XX é, o intenso e acelerado processo de transformação vivido pelas sociedades, independente do seu regime político e apesar dos profundos desníveis quanto ao grau de desenvolvimento sócio econômico. 
São mudanças econômicas, políticas, tecnológicas e socioculturais que estão configurando, entre outros, novos cenários para o mundo do trabalho que impõem, em diversos planos, a necessidade de alterações nas definições, atitudes e competências dos trabalhadores e, em especial, dos profissionais.  
Relação ao universo ocupacional, uma das suas marcas diz respeito a emergência de uma sociedade de serviços, com o peso do setor terciário na economia mundial e globalizada.  
Profissões voltadas nas áreas de educação e saúde: prometem serem as mais procuradas. A Psicologia está presente tanto em um setor como em outro, pode estar voltada a promoção de saúde integral do individuo como pode estar inserida nas escolas em atuações diretivas.
Segundo o Conselho Federal de Psicologia ( 2012): o Brasil possui o maior número de psicólogos ativos do mundo.
*Psicologia tem evoluído para uma identidade mais social, preocupada com uma visão interdisciplinar com outras ciências, essencialmente disparada pelas transformações no campo da saúde na década de 80, quando houve uma reconstrução da visão do sujeito humano, com a perspectiva promocional da saúde, ao invés de uma atuação apenas remediativa.
Diante desse cenário em mudança, a Psicologia tem sido chamada a desenvolver qualificações específicas como a capacidade analítica para interpretar informações em diferentes contextos de atuação, a competência social na comunicação, como a flexibilização intelectiva e dialógica para agir em novos campos de trabalho.
Essas novas demandas tem modificado o modo da Psicologia Brasileira se rever e propor outros modelos de atuação, por exemplo, com mudanças significativas nos seus currículos, através de novas diretrizes como o MEC tem realizado junto a categoria profissional. 
Principais movimentos emergentes no exercício profissional do psicólogo no século XXI: calcados em três direções:
(1) ampliação das situações em que o psicólogo atua, diversificando os problemas com que se lida, assim como ocorrem mudanças com sua clientela e recursos técnicos; 
(2) a intervenção psicológica torna-se mais complexo, superando o viés remediativo e individualizante e 
(3) um forte questionamento das teorias existentes na psicologia, buscando novos olhares frente aos novos contextos de atuação. 
Os autores descrevem esses três eixos nas seguintes problemáticas:
1)Mudanças na concepção sobre o fenômeno psicológico: tradicionalmente a Psicologia Brasileira fomentou uma visão centrada no plano individual, a-histórico e a parte do contexto social, com as mudanças no mundo do trabalho, como a inserção do psicólogo em instituições e em comunidades, essa concepção foi revista e atualmente, existem teorias que reconsideram o contexto social. Dessa forma, o fenômeno psicológico tem sido compreendido na interdependência com o aspecto sócio cultural.
2) A adoção da perspectiva multidisciplinar versus a unidisciplinar na prática profissional: “ decorre da mudança na concepção do fenômeno psicológico a busca de referenciais e conhecimentos de outras disciplinas ou campos do saber para embasar a análise e intervenção frente a problemas concretos. “ 
3)Uma intervenção profissional do psicólogo junto a equipes multiprofissionais: superando a ação do psicólogo individualmente, isolado em seu consultório, por exemplo. As revisões teóricas do fenômeno psicológico obrigaram o psicólogo a dialogar com outros profissionais e seus saberes.
4) Uma intervenção profissional centrada em contextos, em grupos e de ação preventiva: contraponto a uma ação tradicional da Psicologia com foco no individuo, no intra psíquico, com caráter curativo e remediativo. Isso pode ser visto na inserção do psicólogo nas instituições, que demandam um diálogo aberto e flexível em equipes multiprofissionais.
5) A atuação profissional no nível estratégico, com maior poder de decisão: em funções de assessoria, gerência e consultoria, em contraponto a uma ação profissional tecnicista. Esse movimento emergente tem estreita relação com a amplitude do setor terciária de serviços e a inovação de fazeres ocupacionais diante das mudanças no mundo do trabalho.
6) A ampliação e inovação no uso de recursos e instrumentos técnicos na psicologia: “ coerentemente com o rompimento de um padrão restrito de atuação psicológica- centrada no individuo e voltada para a superação de problemas de ajustamento ao contexto escolar- observa-se o envolvimento do psicólogo em um conjunto de atividades de lazer, recreativas, de teatro, como instrumentos de intervenção em problemas escolares”. 
7)Nova Clientela, mais diversificada: a entrada da Psicologia em novos campos, como as instituições de saúde, recompõem sua clientela, agora mais diversa e colocando o profissional em contato com segmentos sociais, antes excluídos pelo modelo tradicional clínico, que atendia a setores elitistas. Essa ampliação da clientela forçou uma revisão teórica epistêmica até as estratégias usadas para promover saúde a populações antes não atendidas.
8)Um compromisso social e  profissional da Psicologia: fortalece-se o engajamento político, ligado ao mote da transformação social, oriundo das mudanças teóricas, a mudança de clientela, entre outros motivos. Essa postura política da Psicologia visa superar o viés assistencialista presente na história da profissão no Brasil, engajando o profissional em novos movimentos sociais, como a organização diante as políticas públicas e os movimentos pelos direitos humanos.
O Conselho Federal de Psicologia ( 2012)  afirma que apesar dessas questões delicadas, o panorama da Psicologia Brasileira é otimista pela amplitude de atuação e o comprometimento político, pois: “com todas essas mudanças, a Psicologia pode continuar crescendo em sintonia com os anseios e necessidades da sociedade brasileira. O profissional de hoje está muito mais comprometido na construção das políticas públicas. O universo da área conta com mais de 50 mil profissionais atuando no Sistema Único de Saúde (SUS), na Assistência Social, na Justiça, na Segurança Pública e Forças Armadas.
Com um cenário profissional universitário cada vez mais competitivo e especializado, como uma profissão generalista, como a psicologia deve se preocupar com sua formação? A formação do psicólogo deve acompanhar a mudança constante da sociedade e do mercado de trabalho. Diversos autores defendem a prática do ensino de psicologia e a produção do conhecimento científico como caminho para o desenvolvimento da psicologia. Você acha que a psicologia deve se especializar crescentemente? Deve se especializar a direção a um cenário promotor de saúdee de comprometimento social.
Quando um psicólogo elabora relatórios psicológicos de crianças das classes populares, e descreve a análise do grupo familiar como “família desestruturada” está agindo de acordo os pressupostos atuais do Código de Ética Profissional e da Resolução do Conselho Federal de Psicologia 007/2003.
Porque Os princípios éticos contidos na elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas recusam expressamente o uso de técnicas, instrumentos e experiência profissional em Psicologia em caso de modelos de segregação das subjetividades. correta.
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
Paula é uma psicóloga educacional, comumente elabora avaliações psicológicas dos alunos encaminhados pelas professoras ou que os pais procuram, organizando-os em uma pasta, que fica guardada em sua sala. Atualmente, Paula percebeu que seus estagiários de psicologia estão comentando com as professoras os conteúdos das avaliações sem critérios ou justificativas pertinentes. Chegou a sentir falta de alguns relatórios que depois apareceram novamente. A partir da análise desse caso e das discussões realizadas em sala de aula, sobre a quebra de sigilo e o código de ética do psicólogo, assinale a alternativa que melhor configure uma atitude ética e responsável do Psicólogo: b) Paula deveria promover uma reunião da equipe, reler o código de ética do psicólogo, esclarecendo e discutindo sobre a questão do sigilo com suas estagiárias.
Leia os artigos, a questão e assinale a alternativa correta:
Artigo 9º do Código de ética Profissional do Psicólogo: É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Artigo 5 do Estatuto da Criança e do Adolescente: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma de lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Artigo 70 do Estatuto da Criança e do Adolescente: É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.Se, por um lado, o sigilo não só protege o atendimento psicológico como, na maioria dos casos, é o que o possibilita (dificilmente alguém se submeteria a um tratamento psicológico não tendo a garantia do sigilo), por outro lado, em casos de violência extrema, por exemplo praticada pela pessoa atendida contra uma criança (cárcere privado, tortura, abuso sexual), faz parte dos deveres de qualquer cidadão, inclusive o psicólogo, denunciar a violência.
Assinale a afirmação que contenha a orientação do Código de Ética Profissional do Psicólogo, para a ação do psicólogo nestes casos: c) O psicólogo poderá decidir pela quebra do sigilo, baseando sua decisão na busca de menor prejuízo.
LEIA OS SEGUINTES ARTIGOS DO CEP ( 2005)  E RESPONDA EM SEGUIDA:
 Art. 3º do Código de Ética do Psicólogo:O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.
Parágrafo único – Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.
Princípios éticos do Manual de Elaboração de documentos decorrentes de Avaliações psicológicas da Resolução CFP Nº 007/2003: Torna-se imperativo a recusa, sob toda e qualquer condição, do uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação. Sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a manutenção das estruturas de poder que sustentam condições de dominação e segregação.
Do artigo 3º do código e da Resolução nº 007/2003, podemos tirar a seguinte orientação:
b) O psicólogo deve comprometer-se minimamente com os objetivos da instituição ou empresa.
Sobre a polêmica discussão em torno do sigilo profissional e sua quebra, podemos afirmar que no novo CEP ( 2005), essa questão está contemplada: de forma ponderada, pois o psicólogo pode vir a quebrar o sigilo, mesmo em situações de suspeita de maus tratos do seu cliente, seja consigo ou com outros.
  Um advogado solicita que um psicólogo elabore um laudo, a fim de trazer elementos que contribuam para a decisão do juiz sobre as condições de visitação de uma criança pelo pai, no seguinte caso: 
 A criança, de nove anos, vive sob a guarda da avó desde a morte da sua mãe, ocorrida há quatro anos. O pai, após a decisão judicial relativa à guarda, permaneceu aproximadamente três anos sem estabelecer contato com a filha, salvo uma tentativa de retirá-la da escola, sem prévio aviso. 
Atualmente o pai obteve na justiça o direito de passar finais de semana, férias e feriados com a criança. A avó reivindica revisão judicial de tal decisão, alegando que o pai da criança não apresenta condições psicológicas para isso, assim como não possui um lar estável e adequado para acolher a filha quando esta se encontra sob seus cuidados. É o advogado da avó que solicita o laudo psicológico.
Com base no Código de Ética do Psicólogo, no Estatuto da Criança e do Adolescente e nas leituras indicadas, analise as alternativas e identifique aquelas  que melhor configurem os aspectos a que o psicólogo deve estar atento no planejamento das ações que irão subsidiar a preparação do laudo psicológico.
I)a  ação do psicológo deve estar  baseada numa escuta de todas as partes envolvidas e acima de tudo num estudo cuidadoso com a criança envolvida.
II) O psicólogo deve ouvir e estabelecer vínculo com essa criança , em mais de um encontro, para somente então poder esboçar e elaborar um laudo com assertivas mais comprometidas com a saúde mental da criança, que é o foco do caso.
III) O psicólogo deve também tomar cuidado para não ser induzido a elaborar um relatório que favoreça o advogado que o contratou, tendo em vista que sua avaliação deve estar comprometida com o bem-estar da criança.
corretas com relação a uma ação profissional ética são: I, II e III.
A inserção do psicólogo em hospitais psiquiátricos é mais antiga, embora em número reduzido e ocupando um lugar bastante secundário. Normalmente, neste tipo de instituição, ele tinha um papel muito restrito, condizente com a primazia do tratamento médico: pertencia a um serviço de psicologia, prioritariamente voltado para avaliação psicodiagnóstica. O ingresso de maior número de psicólogos “ajuda a mudar a correlação de forças na hegemonia da prática psiquiátrica”, inclusive porque entram na condição de terem que demonstrar a sua capacidade ou a sua utilidade dentro da instituição, valendo-se de uma crítica ao instituído.
Assinale a alternativa correta no que diz respeito à inovação do trabalho do psicólogo nos hospitais psiquiátricos:
I Uma das inovações diz respeito ao trabalho do psicólogo junto aos NAPS (Núcleo de Atenção Psicossocial). Em que funcionam núcleos de trabalhos nos quais os pacientes são inseridos e que envolvem o trabalho remunerado junto à comunidade (fabricação de tijolo, organização de lixo, etc) assim como a produção cultural e artística.
II O marco importante desse caminho inovador na assistência aos chamados pacientes psiquiátricos refere-se a busca de alternativas à internação, cuja expressão mais importante é o movimento antimanicomial.
III Algumas inovações referem-se aos dispositivos institucionais típicos do modelo psicossocial, tais como Centros de Atenção Social (CAPS), Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS), hospital-dia, ambulatório de saúde mental, equipesmultiprofissionais.
 
Quando o psicólogo G articula-se numa instituição de saúde pública, implementando um projeto de orientação sexual com jovens grávidas, podemos afirmar que esse é um típico projeto que inaugura as novas interfaces da psicologia, porque: A enfrenta um novo campo de atuação, com os desafios provindos de práticas que tem como público populações excluídas e constrói novas ferramentas para promover saúde nessa interface com a saúde pública, por exemplo.
Em recente pesquisa do CFP ( 1989), afirma-se que as atividades desempenhadas pelo psicólogo organizacional tem se localizado ainda no rol tradicional tais como 38,4% de seleção pessoal, 16% de treinamento e 11,3% para recrutamento pessoal. Porém o campo está se movimentando, assinale a alternativa que exemplifique com uma prática inovadora no campo organizacional. 
C : desenvolvimento de recursos humanos, com uso de dinâmicas grupais e novas ferramentas tecnológicas.
A partir das leituras aqui indicados para seu estudo em ética profissional, qual das interfaces é indicada pelos autores como uma das essenciais para a transformação da psicologia brasileira, em direção ao compromisso social :
C :psicologia da saúde ( hospitalar).
Continuando o assunto sobre “Psicologia e mídia”, leia a situação abaixo: Assinale a alternativa correta:
Num programa de rádio, a fim de esclarecer a população acerca do trabalho do psicólogo, o profissional, mestre em psicologia, declara as seguintes afirmações:
I- Os psicólogos, diferente dos médicos psiquiatras, não receitam remédios; não se utilizam de técnicas místicas tais como baralhos e quiromancia.
III - Os psicólogos não têm como oferecer garantias exatas de resultado de seus serviços.
Em pesquisa na Revista Brasileira de Orientação Profissional (2008, 9(2), pp. 113-125) encontramos o artigo de Scorsolini-Comin, Souza e Santos intitulado “Tornar-se psicólogo: Experiência de estágio de Psico-oncologia em equipe multiprofissional de saúde”. Extraímos o trecho abaixo que se refere ao retrospecto histórico da prática psi.
 
“No âmbito da saúde, especificamente, a atuação do psicólo­go se iniciou sem que houvesse uma revisão de concepções teóricas e modelos práticos, o que provocou um enfoque centrado em uma noção de indivíduo abstrato e a-histórico. (Spink, M. J. P. (2003). Psicologia da Saúde: A estruturação de um novo campo do saber. Em M. J. P. Spink (Org.), Psicologia social e saúde: Práticas, saberes e sentidos. Petrópolis, RJ: Vozes).”
 
Considerando o trecho acima, podemos afirmar que:
I. Trata do início da prática emergente da Psicologia no campo da saúde, especificamente na Oncologia, onde o modelo profissional era o tradicional;
II. Trata do início da prática emergente da Psicologia no campo da saúde, especificamente na Oncologia, onde o modelo profissional era o liberal;
III. Discute a prática atual do psicólogo, cuja demanda maior está concentrada nos atendimentos em consultório particular;
IV. Faz uma crítica às carências na formação continuada do psicólogo, que desconsidera o olhar para as condições de vida e para o investimento criativo do conhecimento disponível;
 V. Discute as dificuldades encontradas pela Psicologia para atender as novas demandas profissionais e para sua integração em equipes multidisciplinares. Incorreta.
Em seu texto “Quem é o homem na psicologia?”, Ana Mercês Bahia Bock, discute sobre a imagem tradicional do psicólogo. Esta imagem continha contradições e, na perspectiva da autora, enfraquecia o reconhecimento do trabalho do psicólogo. Sobre a imagem tradicional do psicólogo e as mudanças que a categoria, os orgãos de classe e o próprio Código de Ética estão buscando construir. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE DEMONSTRE UMA PRÁTICA INOVADORA:
a)    ( F) “As crianças não aprendem na escola porque não se esforçam ou porque têm pais que bebem e mães ausentes.”
b)    ( V ) “Nosso trabalho pode ajudar a romper um ciclo de violência que geralmente ultrapassa gerações. Podemos apresentar alternativas de ação e pensar em soluções intersetoriais.”
c)    ( V ) “O trabalho com os desempregados é uma questão que deveria ser incluida nos serviços prestados por psicólogos já que suas consequências psicológicas são muitas e tem força suficiente para impedir os sujeitos de atuar para solucionar a situação.”
d)    ( F ) “Os instrumentos de medição (testes psicológicos) são fundamentais para dectarmos as barreiras e as potencialidades do indivíduo.”
e)    ( V) “No trabalho de inclusão precisamos ter claro que a sociedade capitalista exclui para incluir. Incluir segundo suas próprias regras. A compreensão deste fator é  fundamental par em nosso trabalho não acabarmos produzindo inclusões precárias e marginais.”
No Código de Ética, em suas premissas, cita-se “ Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus direitos fundamentais”. A partir dessa colocação e das discussões ministradas em sala de aula, assinale a alternativa correta em relação a concepção de saúde pertencente a visão do Código de Ética profissional, que passou a vigorar a partir do dia 27/08/2005.
b) Saúde concebida como quadro de medidas promotoras de maior qualidade de vida e consciência social do sujeito frente sua vida.
(ENADE, 2006) Ações voltadas para a promoção de saúde têm sido fundamentadas em estratégias que enfatizam a transformação das condições de vida e de trabalho subjacentes aos problemas de saúde. São consideradas essenciais, portanto, ações e políticas intersetoriais que envolvam educação, habitação, saneamento, transporte, lazer, etc. Nesse contexto de implementação de políticas públicas de saúde, a psicologia vê-se diante de exigências como:corretas.
III- um campo teórico e prático que trata das questões psicológicas com enfoque mais social e coletivo e que exige a incorporação de outros saberes para compor a produção do cuidado com a saúde.
IV – um campo teórico e prático que se volta para a filiação histórica, das idéias e para o confronto de interesses que integram políticas, projetos e saberes, inclusive os da própria psicologia.
Com o inchamento do mercado da psicologia clínica tradicional e a inauguração do atendimento psicológico ambulatorial, houve o crescimento da inserção da Psicologia no cenário da Saúde Pública. O SUS tem demandado crescentemente a participação do psicólogo, em diversos níveis de complexidade: atenção primária de saúde, serviços especializados .... Em outra dimensão, os psicólogos também têm atuado como gestores no SUS. Essa aproximação com o cenário da saúde também nos trouxe uma dimensão profunda sobre a postura ética do psicólogo em relação ao usuário do serviço, e uma mudança de paradigma frente a este novo usuário:
1. ( F ) que deve compreender que embora sendo cidadão de direito, dependendo do serviço de saúde a que tenha acesso, receberá atendimento de maior ou menor qualidade, uma vez que o serviço não tem como objetivo geral atender as condições particulares das pessoas;
2. ( F ) que deve enfrentar individualmente as dificuldades que a realidade lhe apresenta, pois projetos coletivos não visam o bem de todos e sim os interesses particulares;
3. ( V ) que carente de recursos básicos e cuidados bio psico sociais demanda que o psicólogo adapte seus referenciais teóricos frente a este;
4. (F ) que deve ser entendido como cidadão portador de direitos e que deve seguir as orientações dadas pelo profissional que no exercício da profissão deve manter uma postura baseada na regra, na moral e naquilo que valoriza;
A psicologia quando afirma que o jovem delinquente se fez assim porque seu meio ambiente o desafavoreceu, numa lógica causal e linear, por exemplo, tendo práticas assistencialistas no cuidado psicossocial em instituições sociais, podemos afirmar que: II) a psicologia tem contextualizado criticamenteo fenômeno psicológico.
A prefeitura Municipal de Caxias do Sul, preocupada com os elevados índices nacionais e regionais alarmantes acerca da violência contra crianças e adolescentes nas suas diversas formas, engajou-se na luta para traçar estratégias eficazes e, dessa forma, contribuir na resolução desse fato social patológico visando a garantia do exercício da cidadania com dignidade e respeito. Diante desta preocupação o município implantou em 2001, através da Secretaria Municipal da Saúde, o Ambulatório Municipal de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítima de Maus-tratos (físicos, psicológicos e sexuais), denominado APOIAR.
O Serviço Sentinela foi vinculado ao APOIAR porque a assistência prestada pelo referido serviço de saúde corresponde ao proposto pelo Serviço Sentinela para um Centro de Referência no atendimento desta demanda. Todavia suas ações são coordenadas pela Fundação de Assistência Social-FAS, tendo em vista o que preconiza o Sistema Único da Assistência Social-SUAS enquanto um Serviço Especializado no tratamento e prevenção da violência infanto-juvenil.
Uma das ações proposta neste serviço é o acompanhamento do profissional de psicologia. Para isso, o profissional engajado neste trabalho deverá ter bem claro algumas concepções que norteiam a questão da violência. Assinale a alternativa correta que condiz com essas concepções:
I O psicólogo deve entender a questão de maus-tratos como um problema de saúde pública e não, simplesmente, uma questão individual voltado ao agressor e a vítima.
III As diversas formas de violência contra crianças e adolescentes (violência física, sexual, psicológica, negligência, exploração de mais valia) devem ser entendidas pelo psicólogo no complexo contexto das relações sociais, econômicas, políticas, culturais, afetivas, para que possam entender e planejar ações mais eficazes de prevenção nesta área.
III O psicólogo deve intervir nesta realidade de forma a não culpabilidade as famílias, mas entender a transversalidade dos múltiplos fatores implicados nestas relações, para então pensar estratégias eficazes de prevenção e combate a violência, incluindo aqui todas as situações de violência sexual.
Leia um trecho da Carta de Brasília, documento que avalia o ano da Educação na Psicologia, retirado do site do CFP, acesso em 01/11/2009: Como princípios fundamentais produzidos neste processo, destacamos: a educação de qualidade para todos em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino; a necessidade de um projeto educacional, garantindo a horizontalidade nas relações; o compromisso com a reestruturação do sistema educacional com enfoque na diversidade; a participação junto às instituições escolares/educacionais em articulação com os profissionais e demais atores envolvidos no processo educacional; o combate a medicalização, patologização e judicialização dos estudantes e intervir junto ao sistema escolar que produz a exclusão. Sobre a medicalização, patologização e judicialização dos estudantes e de acordo com o texto, assinale a alternativa correta: Espera-se que as questões escolares sejam solucionadas no âmbito escolar, pelo desenvolvimento do próprio processo educacional e de todos os agentes envolvidos no mesmo.
 
 
1 – psicologia escolar – obstrução – condição generalização sócio cultural-Democracia pluralismo teórico  - psicologia social Luria – politicas publicas x não dissecação do conhecimento-Focar qualidade – falta de paradigma limita
  
2 – Matemática-Principal instrumento de analise-Quantificar conhecimento cientifico--transição                     
1 dicotomia entre ciência naturais e sociais-2 ir além dos fragmentações reducionistas -enfoques teóricos e metodológicos-3 a sociedade é afetada pelas crenças e julgamentos -mudanças que romperam o paradigma matemático-4 interagir  com o senso comum, enriquecendo a relação.                       
 
3- Psicologia escolar Sec. XX-Fracasso escolar  - ----abuso da psicometria não considerando contexto social-Formação profissional e as novas exigências da sociedade-Atuação do CFP para novo currículo da psicologia
4-psicologos escolares inovadores- não adota o mesmo paradigma- desconstrução da culpalização na baixa renda- atendimento individual em rede publica- atuação do psicólogo na escola publica(-) e privada(+)-visão politica-psicólogo chamado para dificuldade escolar/fracasso escola-olha para a pessoa associado ao seu contexto social e histórico de vida- propondo uma pedagogia cooperativa- beneficiando a todos-desconstrução da ideologia e cristalização da sociedade.
5- Novos pensamentos do desenvolvimento - ----novos pensamentos que tipos de sociedade estamos construindo o que passa  a ser cultural- Transformação cultural- Modelo interativo cultural-Relação com o mundo
6 - Instrumento de conhecimento - ---- ciências ----- modo de pensar
Pluralidade Metodológica  --------psicologia -----------------comp. Humano - ----ad. teoria
Novas estratégias - -------------psicologia escolar --------------demanda da sociedade
Preparação do profissional ------------------------------------setores empobrecidos e majoritários
7-A construção do psicologo escolar na modernidade a matemática
Torna-se o principal instrumento de analise e o partir dessa perspectiva só o que era quantificável era relevante
Era preciso quantificar, reduzir, dividir, simplificar, só assim produzir conhecimento cientifico.
Na ciência pós-moderna acontece uma transição epistemológica e essas mudanças invadiram as formas de conhecer da própria psicologia
Essas mudanças romperam com o  paradigma matemático da ciência moderna.
O enfoque teórico não mais responderia isoladamente as questões maiores sobre seu objeto. A psicologia pode utilizar diversos enfoques teóricos e metodológicos.
São eles: 1ª tradicional dicotomia estabelecida entre ciências naturais e ciências sociais
Introduziu no roteiro conceitos de historicidade, autodeterminação e consciência.
Criou-se tentativa de ir além das fragmentações reducionista trabalhou a atividade humana
Projeto do futuro e não é determinista e utiliza a pluralidade metodológica.
	1 – psicologia escolar – obstrução – condição generalização sócio cultural-Democracia pluralismo teórico  - psicologia social Luria – politicas publicas x não dissecação do conhecimento-Focar qualidade – falta de paradigma limita 2 – Matemática-Principal instrumento de analise-Quantificar conhecimento cientifico--transição       1 dicotomia entre ciência naturais e sociais-2 ir além dos fragmentações reducionistas -enfoques teóricos e metodológicos-3 a sociedade é afetada pelas crenças e julgamentos -mudanças que romperam o paradigma matemático-4 interagir  com o senso comum, enriquecendo a relação. 3- Psicologia escolar Sec. XX-Fracasso escolar  - ----abuso da psicometria não considerando contexto social-Formação profissional e as novas exigências da sociedade-Atuação do CFP para novo currículo da psicologia 4-psicologos escolares inovadores- não adota o mesmo paradigma- desconstrução da culpalização na baixa renda- atendimento individual em rede publica- atuação do psicólogo na escola publica(-) e privada(+)-visão politica-psicólogo chamado para dificuldade escolar/fracasso escola-olha para a pessoa associado ao seu contexto social e histórico de vida- propondo uma pedagogia cooperativa- beneficiando a todos-desconstrução da ideologia e cristalização da sociedade.5- Novos pensamentos do desenvolvimento - ----novos pensamentos que tipos de sociedade estamos construindo o que passa  a ser cultural- Transformação cultural- Modelo interativo cultural-Relação com o mundo 6 - Instrumento de conhecimento - ---- ciências ----- modo de pensar-Pluralidade Metodológica  -----psicologia---comp. Humano - ----ad. Teoria. Novas estratégias - -----psicologia escolar---demanda da sociedade e Preparação do profissional.-----setores empobrecidos e majoritários7-A construção do psicologo escolar na modernidade a matemática Torna-se o principal instrumento de analise e o partirdessa perspectiva só o que era quantificável era relevante. Era preciso quantificar, reduzir, dividir, simplificar, só assim produzir conhecimento cientifico.Na ciência pós-moderna acontece uma transição epistemológica e essas mudanças invadiram as formas de conhecer da própria psicologia.. Essas mudanças romperam com o  paradigma matemático da ciência moderna.O enfoque teórico não mais responderia isoladamente as questões maiores sobre seu objeto. A psicologia pode utilizar diversos enfoques teóricos e metodológicos.São eles: 1ª tradicional dicotomia estabelecida entre ciências naturais e ciências sociaisIntroduziu no roteiro conceitos de historicidade, autodeterminação e consciência.Criou-se tentativa de ir além das fragmentações reducionista trabalhou a atividade humanaProjeto do futuro e não é determinista e utiliza a pluralidade metodológica.

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