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Tudo sobre Farmacologia

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Definição 1: o estudo do mecanismo de ação de drogas 
 no organismo (Farmacodinâmica)
Definição 2: o estudo daquilo que o organismo faz com 
 as drogas (Farmacocinética)
Definição 3: o estudo do uso e aplicação de drogas em 
 humanos 
		 (Farmacologia clínica)
		 (Farmacologia terapêutica)
	 	 (Farmacoepidemiologia)
O que é a FARMACOLOGIA ?
Profa. Dra. Sara Maria Thomazzi
O que é FARMACOLOGIA ?
Farmacologia geral
FARMACOLOGIA
Farmacologia clínica
Farmacologia terapêutica
Farmacoepidemiologia
Farmacologia de sistemas
Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso central
Sistema músculo-esquelético
Sistema cardiovascular
Sistema trato gastrointestinal
Farmacodinâmica
Farmacocinética
Administração Metabolização
Absorção Excreção
Distribuição Cinética
Aplicada
Básica
Interação droga-receptor
Farmacocinética: 
	Vias de Administração, Absorção, Distribuição, Biotransformação e Excreção			dos Fármacos.
Profa. Dra. Sara Maria Thomazzi
Farmacocinética
Refere-se ao processamento
dos fármacos no organismo,
incluindo sua: 
Absorção,
Distribuição, 
Biotransformação,
Excreção.
OBS.: Estuda o que o organismo faz com a droga.
Uma vez estabelecida a farmacocinética de um fármaco, pode-se elaborar esquemas racionais de posologia.
Percurso da Droga no Organismo
ADMINISTRAÇÃO
SEM ABSORÇÃO
Membrana
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
Fármaco Livre
Fármaco Livre
Fármaco Ligado
ABSORÇÃO
Tecidos: gordura, ossos, etc.
RESERVATÓRIOS
Local de ação para
efeito terapêutico
Local de ação para
efeito colateral
EFEITO 
TERAPÊUTICO
EFEITO 
COLATERAL
Fígado:
Ativação
Inativação
Rins, Pulmões, 
Sistema Biliar, etc. 
BIOTRANSFORMAÇÃO
EXCREÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
ELIMINAÇÃO
Urina, Fezes, Ar 
Expirado, etc
. 
ADMINISTRAÇÃO
COM ABSORÇÃO
LOCAL DE AÇÃO
Vias de Administração e Locais de Absorção
	Vias Enterais
			Via Oral - Mucosas gástrica e intestinal
			Via Sublingual - Mucosa oral
			Via Retal - Mucosa retal
	Vias Tópicas
			Via Respiratória		Nasal - Mucosa Nasal, Traqueal e Brônquica
		Inalação - Alvéolos Pulmonares
Via Cutânea		Pele - Epiderme	
	Via Genitourinária	Vagina - Mucosa vaginal
		Uretra - Mucosa uretral
	Via Ocular		Olho - Conjuntiva ocular
	Vias Parenterais	
			Via Intramuscular
Via Subcutânea
Via Intraperitoneal
Via Intradérmica
Via Intravenosa
Via Intra-arterial
Via Peridural
Ocorre o processo de absorção
Não ocorre o processo de absorção
Cáries, lesões cutâneas,...
Etapas Farmacocinéticas
Administração
Absorção
Distribuição
Metabolização
Eliminação
Farmacodinâmica
Pró-drogas
Via i.v.
Membrana Celular
Camada dupla de lipídeos que deve ser transposta para que o fármaco atinja a circulação ou alcance o seu local de ação.
Fosfolipídeos
Carboidratos
Proteínas
Colesterol
Glicolipídeos
Proteínas
MEIO EXTRA-CELULAR
MEIO INTRA-CELULAR
Receptor
Droga
Canal
Glicoproteína
Transporte de Fármacos
Os fármacos podem atravessar as membranas celulares por:
 Difusão passiva
 Difusão simples - maioria
 Filtração (poros e canais)
 Difusão mediada por transportadores
 Transporte ativo (bomba Na+-K+-ATPase)
 Difusão facilitada
 Difusão por troca
 Endocitose e Exocitose
 Pinocitose
 Fagocitose
Difusão Passiva
Dissolução na Membrana Lipídica
	Lipossolubilidade é importante
Difusão a favor de um Gradiente de
	Concentração
Influência do pH
Drogas lipossolúveis
Água
Moléculas polares
e apolares
Íons
DIFUSÃO SIMPLES
FILTRAÇÃO
MEIO EXTRA-CELULAR
MEIO INTRA-CELULAR
Apolares
Uréia
Difusão Passiva: Difusão Simples
	Permeabilidade
 Peso molecular - difusibilidade
 Lipossolubilidade – coeficiente de partição óleo/água
 Grau de ionização e Influência do pH - Carga
 Espessura da membrana
 Tamanho e forma da molécula
 Solubilidade da droga no local de absorção
 Concentração do fármaco
 Diferenças entre os gradientes de concentração
Efeito do peso molecular e da lipossolubilidade na permeabilidade
através da pele
0 2 4 6
Coeficiente de Partição Octanol/H2O
(Escala Logarítmica)
Permeabilidade, cm/sec
(Escala Logarítmica)
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
100
200
400
600
800
Peso molecular
(g/mol)
1g
1mL=0,01mg
 óleo  H2O
990mg
 10mg
100:1
CP = Droga no óleo (mg) = 990 / 10
 Droga na água (mg)
Quanto maior o CP, maior e
mais rápida será a difusão.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
pka
Ácidos
Bases
Acido cromoglícico
Penicilinas
Ácido Salicílico
AAS
Varfarina
Tolbutamida
Sulfadimetoxina
Tiopental
Fenitoína
Teofilina
Glutetimida
Nitrazepan
Oxazepan
Cafeína
Cafeína
Dapsona
Oxazepam
Nitrazepam
Diazepam
Quinidina
Clordiazepóxido
Propoxifeno
Reserpina
Cimetidina
Lidocaína
Quinina
Meperidina
Procainamida
Efedrina
Anfetamina
Tolazolina
Mecamilamina
Guanetidina
Acetazolamida
Fenobarbital
}
Forte
Forte
Fraco
Fraco
Henderson-Hasselbalch para ácidos
 
 pH = pKa + log10
 
[Ionizada]
[Não-ionizada]
(
)
Henderson-Hasselbalch para bases
 
 pH = pKa + log10
 
[Não-ionizada]
[Ionizada]
(
)
14
 Aspirina
Ácido fraco
 pKa 3,5
Petidina
Base fraca
pka 8,6
Concentração relativa
Concentração efetiva
0 20 40 60 80
% da droga que resta
para ser absorvida
100
80
60
40
20
0
Tempo (min)
Estômago
pH 1,5
Intestino
pH 6,5
Absorção do ácido salicílico (pKa =3,5)
pH – importante na intoxicação
Área de absorção
Espessura da membrana
~ 200 vezes maior em área
Absorção da Ranitidina depende do 
local de administração
500
400
300
200
100
0
Tempo (h)
Concentração Plasmática 
Ranitidina (mg/L)
0 4 8 12
Estômago
Jejuno/Íleo
Ceco/Cólon
17
Ranitidina = antagonista de receptor H2
Influência da formulação sobre a absorção
Difusão Passiva: Filtração
Água
Moléculas polares ou apolares
Íons
Poro
MEIO EXTRA-CELULAR
MEIO INTRA-CELULAR
Filtração através de poros ou canais
Depende de uma combinação entre:
 Pressão hidrostática
 Força Eletrostática
 Osmose
 Gradiente de Concentração
Uréia
Transporte Ativo
 (mediada por transportador)
Requer energia metabólica
Transporta moléculas contra um gradiente de concentração
É um processo saturável
É seletiva para a estrutura química de um fármaco
Pode ser inibida – antagonismo competitivo
ATP
ATP
Energia
+
+
ADP
Pi
Certas vitaminas
Alguns aminoácidos
L-Dopa
Difusão Facilitada 
(mediada por transportador)
É um processo saturável
É seletiva para a estrutura química de um fármaco
Não requer energia
Ocorre a favor de um gradiente de concentração
MEIO EXTRA-CELULAR
MEIO INTRA-CELULAR
Glicose
Pinocitose
Célula
Vesícula
Moléculas da droga
Insulina
Administração Oral
Metabolismo
Metabolismo
Local de Medida
Fígado
Veia
Porta
Parede Intestinal
Luz 
Intestinal
Fezes
Efeito de
Primeira Passagem
pH do
estômago
Bactérias
da flora
intestinal
PORTAL
VEIN
Efeito de
Primeira
Passagem
Biodisponibilidade
Infarto do Miocárdio
Via Sublingual
Via Retal
0 1 2 3 4 5
Concentração Plasmática de Acetaminofeno (mg/L)
15
10
5
0
Tempo (h)
Metoclopramida (10 mg i.v.)
Sozinho
Propantelina (30 mg i.v.)
Efeito do tempo de esvaziamento gástrico na absorção do acetaminofeno
27
Metoclopramida = antiemético = plazil
Propantelina = anticolinérgico - antiespasmolítico
100
75
50
25
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Concentração plasmática (μg/L)
Tempo (h)
CORAL® após refeição
CORAL® (genérico) jejum
ADALAT® OROS após refeição
ADALAT® OROS (Bayer) jejum
Efeito da alimentação
na absorção de nifedipina administrada por duas formulações de liberação prolongada
Mesmo indivíduo – 4 administrações em tempos diferentes
1
0,1
0,01
0,001
0 8 16 24 32 40 48 56 64 72
Concentração (μg/mL)
Tempo (h)
Efeito da alimentação na absorção da gliclazida
(comprimido de 30 mg - liberação modificada)
Jejum
com alimentos
29
Gliclazida – antidiabético - hipoglicemiante
0 12 24 36 48 60 72
Tempo (h)
Concentração plasmática (mg/mL)
600
550
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
Efeito do tipo de alimentação na absorção do posaconazol (suspensão 200 mg)
Susp jejum
Susp alim gorduroso
Susp alim pouco gorduroso
Cp alim gorduroso
30
Posaconazol – antifungico - micostático
Influência da alimentação no Cmax, Tmax, t1/2 e ASC0-inf do Paracetamol
J	= Jejum
C	= Café Continental
 I 	= Café Inglês
0
10
20
30
40
*
**
Cmax (mg/L)
*P<0,05 e **P<0,01 comparado com jejum
J C I
Tmax (mg/L)
J C I
**
*
#
0
0,5
1,0
1,5
2,0
*P<0,05 e **P<0,01 comparado com jejum
#P<0,05 comparado com café da manhã inglês
J C I
0
25
50
75
ASC0-inf [(mg/L).h]
J C I
0
1
2
3
4
0
t1/2 (h)
10
8
6
4
2
1
0.5
0.3
0 4 8 12
Tempo (h)
dissolvidos em 500 mL em H2O
com alimentação
dissolvidos em 20 mL em H2O
Comprimidos de teofilina
em voluntários sadios
Concentração plasmática de Teofilina
(mg/L)
Cmax de diferentes formulações (VO)
mesmo fármaco e mesma dose
Concentração Sérica
(mg/mL)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 
 Tempo (h) 
CMT
NPE
formulação A
formulação B
formulação C
2
4
6
CMT = concentração máxima tolerada
NPE = nível plasmático efetivo
33
Ex.: lítio – pequena faixa terapêutica
0 5 10 15 20 25 30 35 40
700
600
500
400
300
200
100
0
Concentração plasmática (mg/mL)
Tempo (h)
Liberação imediata x liberação controlada de tramadol em voluntários sadios
Cp 50 mg x 4
Cp 200 mg
Obs.: algumas vezes não se deseja uma boa absorção por v.o. – mesalazina (IBD)
 Circulação local
 Interação com alimentos – tetraciclina + Ca2+
34
Tramadol = opióide
D
M
Fígado
D
M
Bile
D
M
Intestino
Eliminação da
droga ou de seu metabólito
Veia
porta
Ciclo Êntero-Hepático
Tetraciclina e produtos do leite
Varfarina e alimentos contendo vitamina K
	(antagonismo competitivo)
Suco de Grapefruit
	(inibidor CYP3A)
Interação Droga-Alimento
Dresser GK et al Clin Pharmacol Ther 2000;68(1):28–34
Horas após a dose
Horas após a dose
Interação Droga-Alimento
Inibidor CYP3A4
Via Oral
	Vantagens
  Conveniente
  Aceita socialmente
  Mais segura
  Custo baixo
	Desvantagens
  Passagem pelo estômago
  Passagem pelo trato intestinal
  Passagem pelo fígado
  Efeito de alimentação
  Drogas não absorvidas pelo intestino
  Drogas metabolizadas por enzimas digestivas e 	bactérias intestinais
  Vômitos
Via Sublingual
	Vantagens
  Evita efeito primeira passagem
  Absorção rápida – resposta rápida – substância 	lipossolúveis
	Desvantagens
  Inconveniente se o uso for crônico
  Irritação da mucosa
  Salivação excessiva pode fazer o paciente engolir
  Imprópria para substâncias irritantes e de 	sabores desagradáveis
	Via Retal
	Vantagens
  Evita efeito primeira passagem
  Pacientes com náuseas, vômitos
  Pacientes com dificuldade de engolir
  Pacientes sedados
  Pós-operatório
  Pacientes pediátricos
	Desvantagens
  Sociais
  Inflamação da mucosa devido a uso prolongado
  Absorção irregular
Absorção
Plexo hemorroidário
Veia Cava
Coração
Circulação
Via Subcutânea
 Pequenos volumes
 Suspensões insolúveis
 Não pode ser irritante
 Pellets sólidos
		Vantagens
  Pode ser auto-administrado
  Absorção mais lenta (anestésico local + adrenalina)
	Desvantagens
  Absorção prejudicada em falência circulatória periférica
  Uso crônico pode causar lipodistrofia – absorção 	irregular
 Via Intramuscular
Volumes moderados
	Suspensões oleosas
	Substâncias irritantes
	Vantagens
  Confiável
  Apropriada para drogas irritantes
  Apropriada para formulações de depósito
  Absorção mais rápida que a subcutânea
	Desvantagens
  Não apropriada para auto-administração
  Dolorosa
  Atenção para com o veículo
Droga
Líquido intestinal
Endotélio vascular
Circulação
	Via Endovenosa
	Grandes volumes
	Suspensões insolúveis
	Soluções irritantes
	Vantagens
  Absorção imediata – total (100%)
  Cálculo preciso da concentração atingida
  Permite modificação rápida da dose
  Interrupção imediata no caso de evento adverso 
	Desvantagens
  Absorção imediata – níveis altos rapidamente
  Algumas drogas agem no espaço braço-língua - 15 s
  Trombose local com drogas irritantes
  Infecções
	Via Respiratória
	Nasal - Sprays
	Inalatória: 	Aerosol
			Nebolizador
	Vantagens
  Ação local – ex.: descongestionante
 
	Desvantagens
  Pode ocorrer efeitos sistêmicos
  Irritação
  Dificuldade em ajustar a dose
ação sistêmica: cocaína/heroína, hormônios, insulina
	Via Cutânea
	
	Vantagens
  Efeito local
	Desvantagens
  Custo elevado
  Pode ocorrer efeito sistêmico
  Substâncias lipossolúveis
Patch – efeito sistêmico
	(nicotina, nitroglicerina, estradiol)
DEPENDE DA UNIDADE DA PELE
	Via Ocular
	Vantagens
  Ação local – ex.: colírios - antibióticos
	Desvantagens
  Pode ocorrer efeitos sistêmicos
Ligação à Proteínas Plasmáticas
Albuminas - mais às substâncias ácidas - ex.: AINEs
Glicoproteínas a1-ácidas - substâncias básicas - ex.: ADT ( na inflamação)
b-globulina – esteróides androgênicos e estrogênicos
Transcortina (globulina) – específica cortisol
Somente o fármaco livre
exerce efeito biológico.
Ex.:
Furosemida – 97% 
Propranolol – 96%
Ácido salicílico – 84%
Heparina – 0%
PODE HAVER COMPETIÇÃO ENTRE OS FÁRMACOS.
Drogas que se ligam consideravelmente a proteínas plasmáticas e/ou outros constituintes do plasma
Albumina
Glicoproteína 
a
Lipoproteínas
Barbituratos
Benzodiazepinas
Bilirrubina
Digitoxina
Ácidos graxos
Penicilinas
Fenitoína
Fenillbutazona
Probenecide
Estreptomicina
Sulfonamidas
Tetraciclina
Tolbutamina
Ácido valpróico
Warfarina
Alprenolol
aina 
Desmetilperazina
Dipiridamol
Disopiramida
Etidocaína
Imipramina
Lidocaína 
Metadona
Prazosina
Propanolol
Quinidina
Verapamil
Amitriptilina
Nortriptilina
Bupivac
Distribuição
Disseminação da droga na circulação, líquidos intersticial e celular
Capilar
Líquido intersticial
Proteínas
Células
Volume de Distribuição Real
Homem 70 Kg
Distribuição
Fatores que afetam a distribuição
Coeficiente de partição lipídio/água
Débito cardíaco – fluxo sanguíneo
Permeabilidade Capilar em vários tecidos
Conteúdo de lipídio no tecido
Ligação às proteínas plasmáticas e tecidos
 Tecido adiposo – ex.: anestésicos gerais
 Músculo
 Proteínas plasmáticas
 Tecido ósseo – ex.: tetraciclina
 Dente – ex.: tetraciclina
Depósitos de Armazenamento
Barreiras Anatômicas
 Barreira hematoencefálica
 Barreira placentária
Célula
endotelial
Membrana
basal
Mitocôndrias
Vesículas
pinocitóticas
Fenda
Célula
endotelial
Junção
oclusiva
Capilar Cerebral
Capilar Geral
Pés dos
Astrócitos

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