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CASOS CONCRETOS 1 A 16 - CORRIGIDOS 2015 - CONSTITUCIONAL I

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CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
2015 (corrigidos) 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO 
AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO PENAL 2015 
 
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PLANO DE AULA 1 - CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
A Constituição de 1988 desenhou em seu texto um Estado de bem-estar social, consagrando 
princípios próprios do modelo liberal clássico de forma conjugada com outros, típicos do 
modelo socialista. Esse pluralismo principiológico se faz sentir ao longo de todo o texto 
constitucional, especialmente no art. 170, CRFB, que adota a livre iniciativa como princípio da 
ordem econômica, sem desprezar, no entanto, o papel do Estado na regulação do mercado. 
Considerando tal constatação, responda: 
a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a estabilidade da CRFB/88? 
De acordo com o pluralismo principiológico, a CRFB/88 é dotada pelo Estado Democrático de 
Direito, onde sua população possui seus direitos e deveres igualitários a Constituição desde a 
sua elaboração até a sua promulgação obteve participação da população (neste caso a de 
1988, não obteve a eleição da população direta para a elaboração da Assembleia Constituinte 
certa vez de que a população se interagiu por meio de movimentos DIRETAS JÁ). 
Seus princípios e garantias fundamentais são Cláusulas Pétreas (imutáveis), que fazem do 
nosso país um país de pessoas livres, com seus direitos e deveres garantidos, onde o Estado 
Democrático de Direito predomina em todos os aspectos da nossa sociedade! 
 
b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a CRFB/88? 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 se classifica como: Formal, escrita, 
dogmática, promulgada, rígida (alguns doutrinadores adotam a terminologia de super-
rígida), analítica e dirigente. 
 
PLANO DE AULA 2 - APLICABILIDADES DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
1 - Numa audiência no Juizado Especial Cível, em cujo processo o autor pleiteava uma 
indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), o advogado da empresa 
demandada, com amparo no art. 133 da Constituição da República, pleiteou a extinção do 
processo sem apreciação de mérito (CPC, art. 267, IV), sob o fundamento de que o advogado é 
essencial à administração da justiça. O autor, mesmo não tendo formação jurídica, ofereceu 
defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 lhe garantia a possibilidade de postular em juízo sem 
assistência de defensor técnico. 
Diante de tal hipótese, considerando a aplicabilidade do art. 133, CRFB, seria correto afirmar 
que a Lei n.º 9.099/95 padece de vício de inconstitucionalidade? 
A aplicabilidade do Art. 133 CF (O art. 133 da CRFB diz que: O advogado é indispensável à 
administração da justiça, a Lei n.º 9.099/95 no seu art. 9 nas causas de valor até vinte 
salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por 
advogados; nas de valor superior, a assistência é obrigatória), que conforme interpretação 
do STF é uma NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA, a lei nº 9099/95, quando dispensa a presença 
de advogado em determinadas situações. 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
2015 (corrigidos) 
 
 
 
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2 – (RECEPÇÃO) A Emenda Constitucional nº 1/69 permitia a criação, em sede de Lei 
infraconstitucional, de monopólios estatais. Com o advento da Constituição da República de 
1988, a possibilidade de criação de monopólios por lei não foi mais contemplada. 
À luz da teoria da recepção, é possível sustentar a manutenção de monopólios estatais 
criados em sede infraconstitucional pelo ordenamento pretérito e não reproduzidos pela 
Constituição de 1988? 
A questão trata da legislação infraconstitucional pretérita que atribuía ao estado o 
monopólio para prestar o serviço postal, que se considerado como atividade econômica este 
realmente tal legislação não poderia ser recepcionada pela nova CF de 1988, que proíbe 
monopólios estatais quanto a atividade econômica, seria materialmente incompatível no 
entanto, o STF julgou a questão e interpretou no sentido de que serviço postal não configura 
atividade econômica e sim serviço público, portanto, a lei foi recepcionada pela CF nova 
tendo sido revogada parcialmente somente no que tange a entrega de pacotes. 
 
PLANO DE AULA 3 - INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
Ronaldo, militar do exército, estava matriculado no Curso de Direito numa Universidade 
Particular de Pernambuco, quando foi transferido ex officio da Unidade sediada em Boa 
Viagem para a Unidade localizada no Município do Rio de Janeiro. 
Por conta do seu deslocamento e da necessidade de dar continuidade aos estudos na Cidade 
do Rio de Janeiro, o militar solicitou à Sub-reitoria de Graduação da UERJ, transferência do 
curso de Direito da referida Universidade Particular para o mesmo curso na Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro, com base na Lei n° 9.536/97. 
O pedido do militar foi indeferido pela Sub-reitora da UERJ, com fulcro no ato normativo 
interno desta Universidade (Deliberação n° 28/2000), o qual regula esta matéria, uma vez que 
a Universidade de origem do militar era uma instituição de ensino superior particular. 
O militar impetra mandado de segurança alegando, em sua defesa, os seguintes argumentos: 
I - que o seu direito está amparado pelo parágrafo único do artigo 49 da Lei Federal n° 9536/97 
– dispositivo este que regulamenta o parágrafo único da Lei Federal n° 9.394/96 (estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional); 
II - que a norma restritiva do art. 99 da Lei 8.112/90 (entidades congêneres) não se aplica aos 
militares; 
III - que o ato normativo n° 28/2000, no qual o sub-reitor se baseou para indeferir o pedido de 
transferência, “tem vício de ilegalidade a negativa de matrícula”, pois contraria o conteúdo da 
Lei nº 9536/97, uma vez que a Lei federal não exige o caráter congênere entre instituições de 
ensino; 
Diante da situação acima descrita, questiona-se: qual a interpretação constitucional mais 
adequada para a solução deste conflito? 
Ficou decidido pelo STF na ADIN nº 3324 que para transferência entre instituições de ensino 
deve se observar o caráter congênere das instituições de ensino sob pena de violação dos 
princípios da isonomia, impessoalidade e do mérito no acesso às universidades públicas. 
Então, pela filtragem constitucional toda ordem jurídica deve ser lida à luz da CF/88 e 
passada pelo seu crivo. 
 
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2 – (PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE) O Estado do Tocantins publicou edital no Diário Oficial do 
Estado de concurso público para o preenchimento de vagas para o cargo de policial. Uma das 
provas é a realização de testes físicos e um dos testes exige que os candidatos façam a 
seguinte atividade: “Flexões abdominais: consiste em o candidato executar exercícios 
abdominais, por flexão de braços, deitado em decúbito ventral, em um maior número de 
repetições dentro de suas possibilidade, no período de um minuto, obedecendo à tabela de 
pontuação abaixo: ...” 
Em função da redação incoerente do texto desse teste, o Estado publicou uma errata do edital 
no mesmo órgão oficial de imprensa, duas semanas antes de iniciarem as provas, com a 
seguinte redação: “Flexõesabdominais: consiste em o candidato executar exercícios 
abdominais, por flexão de tronco, em decúbito dorsal em um maior número de repetições 
tocando os cotovelos nos joelhos ou coxas, no período de um minuto.” 
Como os candidatos já haviam se inscrito na prova no momento da percepção do equívoco da 
referida redação, muitos deles se consideraram surpreendidos, no dia da realização desse 
teste físico, pois não tomaram conhecimento da errata do edital. 
Alguns desses, que não conseguiram passar na prova de esforço físico, ingressaram com 
mandado de segurança com a alegação de que esse teste deve ser desconsiderado como 
critério de aprovação, pois foi incluído após as inscrições, apenas duas semanas antes do 
começo das provas e porque não foi publicado num jornal de grande circulação para que todos 
tivessem a chance de tomar conhecimento da modificação. Assim, alegam que houve ofensa 
ao princípio da razoabilidade. 
A quem assiste razão no caso? Dê os fundamentos jurídicos cabíveis (fundamentos 
normativos, jurisprudenciais e doutrinários). 
A RAZÃO É DO ESTADO. 
O que houve foi um simples erro material, não implicando em novo critério de avaliação. 
A errata publicada no diário oficial do estado é o meio ordinário para dar efeito as atos do 
administrativo junto à sociedade. 
Assim, não há ofensa ao princípio da razoabilidade justamente por ser mero erro material de 
redação, por não ter sido incluído novo critério de avaliação e por errata ter sido publicado 
antes da realização das provas, por não haver qualquer justificativa que tornasse obrigatória 
a publicação em jornal de grande circulação e, principalmente por não ter fundamento a 
alegação de surpresa 
 
PLANO DE AULA 4 - CLÁUSULAS PÉTREAS OU SUPERCONSTITUCIONAIS 
Tramita no Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucional convocando uma nova 
Revisão Constitucional nos moldes do artigo 3º da ADCT. A referida proposta de Emenda 
Constitucional prevê a realização de Referendo para a entrada em vigor dos dispositivos 
alterados pela Assembleia Revisora. 
É legítima tal proposta? 
Conforme entendimento não seria possível uma nova revisão constitucional considerando 
que o constituinte originário criou esse processo de modificação somente uma vez, que após 
 
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5 anos da promulgação da CF/88 já ocorreu em 1993 com 6 emendas de revisão 
configurando hoje NORMA DE EFICÁCIA EXAURIDA e aplicabilidade esgotada. 
No entanto, existem aqueles que em posição minoritária defendem a possibilidade de 
através de uma nova emenda constitucional criar na ADCT outra possibilidade de revisão 
constitucional, que tem processo legislativo bastante diferente do da emenda constitucional, 
sendo em sessão unicameral e exigindo aprovação por apenas maioria absoluta dos votos 
 
2 – (PODER CONSTITUINTE DECORRENTE) A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de 
Janeiro, no exercício do Poder Constituinte Derivado Decorrente inseriu no texto da 
Constituição Estadual norma que assegurava aos candidatos aprovados em concurso público, 
dentro do número de vagas obrigatoriamente fixado no respectivo edital, o direito ao 
provimento no cargo no prazo máximo de cento e oitenta dias, contado da homologação do 
resultado. 
É Constitucional a o artigo 77, VII da Constituição do Estado do Rio de Janeiro? 
O artigo acima indicado da constituição estadual do Rio de Janeiro fere princípio da CF/88 de 
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA, considerando que as normas pertinentes a administração 
federal devem ser repetidas pela administração dos demais entes federados sob pena de 
incostitucionalidade 
 
PLANO DE AULA 5 - TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E DOS DIREITOS 
HUMANOS 
1 - A União Brasileira de Artesãos, sociedade civil sem fins lucrativos, por decisão de sua 
diretoria determinou a exclusão de alguns de seus sócios sem garantia da ampla defesa e do 
contraditório. Entendendo que os direitos fundamentais assegurados pela Constituição não 
vinculam somente os poderes públicos, estando também direcionados à proteção dos 
particulares nas relações privadas, tais sócios buscam tutela jurisdicional no sentido de 
invalidar a referida decisão. 
Diante do que dispõe o art. 5º, XIX, CRFB, poderia o Poder Judiciário invalidar a decisão da 
diretoria da entidade? 
SIM, PODE. 
Considerando que no contexto socio-econômico atual o particular também deve ser 
protegido do outro particular, e não somente contra o poder do estado, pois de um lado 
temos a iniciativa privada, a autonomia da vontade, a propriedade dos meios de produção, 
enquanto que de outro lado há que se proteger a dignidade da pessoa humana, como 
também no caso apresentado o direito ao contraditório, ampla defesa e o devido processo 
legal. 
Certo é que a teoria da eficácia horizontal dos direitos fundamentais teve sua origem na 
Alemanha e o Brasil importou tal teoria, que está sendo aplicada de forma direta pelo STF. 
 
2 – A ABRATI – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal, 
Interestadual e Internacional de Passageiros - ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade no 
Supremo Tribunal Federal onde pedia a declaração de inconstitucionalidade da Lei 8.899/1994. 
 
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Tal norma assegura o direito ao passe livre às pessoas portadoras de deficiência, desde que 
comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual. 
Segundo a ABRATI, a norma viola os seguintes dispositivos constitucionais: art. 1ª, IV; art. 5º, 
XXII; art. 170, II e art. 195, § 5º. Alega, em síntese, violação do direito de propriedade e da livre 
iniciativa, direitos fundamentais que devem ser protegidos pelo Supremo Tribunal Federal. 
Em parecer, o Procurador-Geral da República manifestou-se pela improcedência da ação, uma 
vez que a Constituição consagra como Direito Fundamental a proibição de discriminação e a 
norma em xeque procura realizar a efetiva inclusão social dos deficientes físicos com carências 
econômicas, razão pela qual, numa ponderação entre os direitos em conflitos estes deveriam 
prevalecer em detrimento do direito à propriedade. 
Analise o conflito acima, assinalando se a Lei 8.899/1994 deve realmente ser declarada 
inconstitucional. Para a solução deste caso procure utilizar a técnica da ponderação de 
interesses. 
Considerando a técnica da ponderação de interesses, através da qual diante de um aparente 
conflito de normas constitucionais e das especificidades do caso concreto o intérprete deve 
privilegiar um direito em detrimento do outro. 
No caso apresentado, os direitos em conflitos são os das empresas de transporte, como 
direito de propriedade, autonomia da vontade e iniciativa privada, tendo no outro pólo os 
direitos dos portadores de necessidades especiais, que também estão assegurados na CF/88 
como o direito à inclusão social, à dignidade, à solidariedade, tendo neste caso o STF 
interpretado de forma favorável aos deficientes cujos interesses devem prevalecer diante 
dos das empresas de transporte. 
 
PLANO DE AULA 6 - DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro abriu edital para concurso público para o 
provimento de vagas para Primeiro-Tenente, médico e dentista,do seu quadro de oficiais de 
saúde. 
De acordo com as regras do edital seriam admitidos apenas candidatos do sexo masculino, 
uma vez que a Polícia Militar, por sua natureza de ser uma polícia de confronto, poderia 
diferenciar quanto ao gênero na contratação de seus oficiais. 
Inconformada com a restrição do edital, Alethéia Maria, dentista regularmente inscrita no CRO 
(Conselho Regional de Odontologia) e com mais de dez anos de experiência na área de saúde, 
procura seu escritório de advocacia em busca de uma orientação jurídica quanto à legalidade 
do edital da PMERJ. 
É constitucional a restrição imposta pelo edital do concurso? 
A exigência imposta pelo edital é inconstitucional. A discriminação aqui apresentada viola 
claramente os princípios da razoabilidade e da igualdade entre os sexos. Por força de 
isonomia, existe um dever de não discriminar e um dever de igualizar. 
 
PLANO DE AULA 7 - DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Num sábado à noite um cidadão recebe a visita de um Oficial de Justiça que havia se dirigido 
até sua residência com o fim de citar sua esposa, que se encontrava enferma e acamada. 
 
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Preocupado com o estado de saúde de sua mulher, o cidadão não permitiu a entrada do Oficial 
de Justiça em sua casa, e quando este tentou ingressar forçosamente, foi repelido com um 
empurrão. 
Foi o cidadão então indiciado pelo crime de desobediência (art. 330, Código Penal). O Juiz de 
primeira instância o absolveu, entendendo ter o agente agido com inexigibilidade de conduta 
diversa, em face do exposto no art. 5º, XI da Constituição da República. 
No entanto, provendo apelo do Ministério Público, o Tribunal de Justiça reformou a decisão de 
primeiro grau, entendendo que o autor atuou com violência contra agente público 
competente que executava ordem com amparo legal. Ressaltou o Tribunal que o Oficial de 
Justiça encontrava-se de posse de mandado de citação que continha autorização expressa para 
cumprimento em domingo ou em dia útil, em horário diverso do estabelecido no caput do art. 
172 do Código de Processo Civil, nos termos do § 2º deste mesmo artigo, condenando-o assim 
nas penas do crime de desobediência. 
Dessa decisão do Tribunal de Justiça o advogado interpôs Recurso Extraordinário, pedindo a 
reforma da decisão do TJ com o restabelecimento da sentença de 1º grau. 
Analise tecnicamente as possibilidades de sucesso desse recurso, conforme a jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal. 
Houve inegável violação ao preceito do art. 5º, XI da Carta da República. 
Tal dispositivo constitucional é claro ao afirmar que só se pode entrar na casa de uma pessoa 
com ordem judicial durante o dia. Assim, se o mandado judicial possibilitava ao oficial 
efetuar a citação da ré na sua casa em qualquer horário inclusive no horário noturno, sob 
pena de nulidade do ato por inconstitucionalidade. 
Desta forma não houve crime de desobediência e o Recurso Extraordinário deve prosperar. 
Este é o posicionamento de nossa Suprema Corte explicitado no julgamento do RE 460.880-4. 
 
PLANO DE AULA 8 - DIREITOS SOCIAIS 
 
Soldado do Exército Brasileiro, indignado por ter uma remuneração inferior ao salário mínimo, 
fato que contrariaria o art. 7º, IV da CRFB/88, lhe procura para saber da constitucionalidade 
dessa remuneração inferior ao salário mínimo. 
Fundamente a sua resposta na doutrina e na jurisprudência. 
O caso sugere uma inconstitucionalidade aparente. Entretanto, o art. 142, § 3º, inciso VIII, 
não reconhece a garantia de salário mínimo ao militar. O entendimento do STF acerca da 
questão é de que a Constituição não incluiu os praças iniciais como uma categoria que 
deveria receber salário mínimo. “Não viola a Constituição o estabelecimento de 
remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial 
(Súmula Vinculante nº6)”. 
 
PLANO DE AULA 9 - DIREITOS SOCIAIS 
Mulher grávida, que trabalha sob a regime de contratação temporária, lhe consulta como 
advogado trabalhista para saber se tem direito à licença maternidade. 
Fundamente a sua resposta na doutrina e na jurisprudência. 
 
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O caso acima é tratado conforme o art. 7°, XVIII da CF juntamente com o art. 10°, II, b, do 
ADCT. Tanto o STF quanto o STJ entendem que a empregada sob regime de contratação 
temporária faz jus a licença maternidade, principalmente aquelas que celebram vários 
contratos com o mesmo empregador. A temporariedade do vínculo não retira da gestante 
tal direito, pois se o fizesse seria um ato discriminatório. 
 
PLANO DE AULA 10 – EXTRADIÇÃO E NACIONALIDADE 
João da Silva Smith, filho de Ana Maria da Silva, brasileira, natural dos Estados Unidos da 
América, cometeu um homicídio em Nova York em 26 de janeiro de 2000. No dia 28 de janeiro 
de 2000 fugiu para o Brasil. Ao chegar aqui, João da Silva Smith opta pela nacionalidade 
brasileira na Justiça Federal de acordo com os artigos 12, I, c e 109, X da CRFB/88. No ano de 
2001, antes de se concluir o processo de opção de nacionalidade, o governo norte-americano 
pede a extradição de João da Silva Smith ao Brasil pelo homicídio cometido em 2000. 
Pergunta-se: o Brasil vai extraditá-lo? Por quê? 
Segundo o STF o processo de opção de nacionalidade não acontece de forma livre, sendo 
necessário faze-lo junto à justiça federal. Sendo assim, o solicitante só é considerado 
brasileiro nato após a conclusão de tal processo. Smith poderá ser extraditado, pois sua 
extradição foi solicitada antes de ser concluído o referido pedido de opção de nacionalidade. 
 
PLANO DE AULA 11 – EXTRADIÇÃO E NACIONALIDADE 
 
Marco Fiori, italiano pelo critério do jus sanguinis e brasileiro pelo critério do jus soli, e 
domiciliado no Rio de Janeiro, viaja a Roma onde comete um furto de duas obras de arte e 
retorna ao Brasil. O governo italiano pede a sua extradição. 
Pergunta-se: o Supremo Tribunal Federal vai conceder a extradição? Por quê? 
O STF não concedera a extradição de Marcos, pois apesar dele possuir cidadania italiana por 
ser descendente de italianos (jus sanguinis), ele nasceu em solo brasileiro (jus soli), sendo 
assim Marco é brasileiro nato. 
 
PLANO DE AULA 12 – DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS 
O Vice-Governador do Estado do Pará, eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador, 
sendo que no segundo mandato sucedeu o titular, consulta-lhe para saber se há possibilidade 
constitucional de se reeleger Governador. 
Fundamente a sua resposta na doutrina e na jurisprudência. 
O art. 14, §5° da CF, já alterado pela EC 16/97, prevê para chefes do executivo a reeleição 
para um único período subsequente. Sendo assim é possível que o vice em questão se 
candidate para eleição/reeleição para o mandato de governador, pois a substituição ocorreu 
no segundo mandato, sendo possível a reeleição para o cargo titular por mais um mandato 
subsequente. 
 
 
 
 
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PLANO DE AULA 13 –DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS 
A Emenda Constitucional No. 52/06, que entrou em vigor em março de 2006, alterou a 
redação do art. 17, §1º, CRFB, para conferir aos partidos políticos plena autonomia para definir 
o regime de suas coligações eleitorais, extinguindo a chamada verticalização das coligações 
partidárias. Logo, a partir da referida reforma as coligações partidárias realizadas em âmbito 
nacional deixaram de ser obrigatórias em âmbito estadual, distrital ou municipal. 
Diante de tais circunstâncias, seria possível aplicar as novas regras ao pleito de outubro de 
2006? Resposta fundamentada. 
Segundo Ação Direta de Inconstitucionalidade N° 3.6858 de 22 de março de 2006 que o STF 
jugou como procedente, NÃO seria possível aplicar as novas regras para o pleito de 2006, 
pois tais regras só poderiam ser aplicadas um ano após sua vigência. 
 
PLANO DE AULA 14 – HISTÓRIAS DAS CONSTITUIÇÕES 
Referindo-se ao poder constituinte originário, o preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos 
do Brasil, de 1937, dizia que o Presidente da República, “atendendo às legitimas aspirações do 
povo brasileiro à paz política e social (...)” e atendendo a outras circunstâncias, resolvia 
“assegurar à Nação a sua unidade, o respeito à sua honra e à sua independência, e ao povo 
brasileiro, sob um regime de paz política e social, as condições necessárias à sua segurança, ao 
seu bem-estar e à sua prosperidade, decretando a seguinte Constituição, que se cumprirá 
desde hoje em todo o Pais”. 
Considerando tal preâmbulo, como classificar a Carta, quanto à origem? Por quê? 
O preâmbulo supracitado podemos observar que a constituição de 1937 passou a vigorar 
através de um decreto de presidente da república, portanto, trata-se de uma constituição 
outorgada, ou seja, imposta de maneira unilateral sem que o agente tenha recebido do povo 
a legitimidade para tanto. Saliente-se que esse tipo de constituição recebeu o apelido de 
carta constitucional por parte de alguns estudiosos. 
 
PLANO DE AULA 15 – HISTÓRIAS DAS CONSTITUIÇÕES Questão Objetiva 
As Constituições brasileiras se mostraram com avanços e retrocessos em relação aos direitos 
humanos. A esse respeito assinale a alternativa correta. 
(A) A Constituição de 1946 apresentou diversos retrocessos em relação aos direitos humanos, 
principalmente no tocante aos direitos sociais. 
(B) A Constituição de 1967 consolidou arbitrariedades decretadas nos Atos Institucionais, 
caracterizando diversos retrocessos em relação aos direitos humanos. 
(C) A Constituição de 1934 se revelou retrógrada ao ignorar normas de proteção social ao 
trabalhador. 
(D) A Constituição de 1969, mesmo incorporando as medidas dos Atos Institucionais, se 
revelou mais atenta aos direitos humanos que a Constituição de 1967. 
 
PLANO DE AULA 16 – TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 
1-Acerca do conceito, dos elementos e da classificação da CF, do poder constituinte e da 
hermenêutica constitucional, assinale a opção correta: 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
2015 (corrigidos) 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO 
AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO PENAL 2015 
 
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De acordo com o princípio da força normativa da constituição, defendida por Konrad Hesse, as 
normas jurídicas e a realidade devem ser consideradas em seu condicionamento recíproco: 
(A) norma constitucional não tem existência autônoma em face da realidade. Para ser 
aplicável, a CF deve ser conexa à realidade jurídica, social e política, não sendo apenas 
determinada pela realidade social, mas determinante em relação a ela. 
(B) Segundo Kelsen, a CF não passa de uma folha de papel, pois a CF real seria o somatório dos 
fatores reais do poder. Dessa forma, alterando-se essas forças, a CF não teria mais 
legitimidade. 
(C) A CF admite emenda constitucional por meio de iniciativa popular. 
(D) Segundo Pedro Lenza, os elementos limitativos da CF estão consubstanciados nas normas 
constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da 
Constituição, do Estado e das instituições democráticas. 
(E) Constituição rígida é aquela que não pode ser alterada. 
 
2-Com relação aos partidos políticos, ao alistamento, à eleição e aos direitos políticos, 
assinale a opção correta: 
(A) Considere que Petrônio tenha sido eleito e diplomado no cargo de prefeito de certo 
município no dia 1.º/1/2008. Nessa situação hipotética, o mandato eletivo de Petrônio 
poderá ser impugnado ante a justiça eleitoral, no prazo de 15 dias a contar da diplomação, 
por meio de ação instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
(B) Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com registro dos seus estatutos no 
Tribunal Superior Eleitoral. 
(C) É vedado aos estrangeiros, ainda que naturalizados brasileiros, o alistamento como 
eleitores. 
(D) Suponha que Pedro, deputado federal pelo estado X, seja filho do atual governador do 
mesmo estado. Nessa situação hipotética, Pedro é inelegível para concorrer à reeleição para 
um segundo mandato parlamentar pelo referido estado. 
(E) A condenação criminal com trânsito em julgado ensejará a perda dos direitos políticos do 
condenado. 
 
3- Assinale a opção correta acerca do conceito, da classificação e dos elementos da 
constituição: 
(A) Segundo a doutrina, os elementos orgânicos da constituição são aqueles que limitam a 
ação dos poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito e consubstanciam o rol 
dos direitos fundamentais. 
(B) No sentido sociológico, a constituição seria distinta da lei constitucional, pois refletiria a 
decisão política fundamental do titular do poder constituinte, quanto à estrutura e aos órgãos 
do Estado, aos direitos individuais e à atuação democrática, enquanto leis constitucionais 
seriam todos os demais preceitos inseridos no documento, destituídos de decisão política 
fundamental. 
(C) Na acepção formal, terá natureza constitucional a norma que tenha sido introduzida na lei 
maior por meio de procedimento mais dificultoso do que o estabelecido para as normas 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
2015 (corrigidos) 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO 
AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 
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infraconstitucionais, desde que seu conteúdo se refira a regras estruturais do Estado e seus 
fundamentos. 
(D) Considerando o conteúdo ideológico das constituições, a vigente Constituição brasileira é 
classificada como liberal ou negativa. 
(E) Quanto à correspondência com a realidade, ou critério ontológico, o processo de poder, 
nas constituições normativas, encontra-se de tal modo disciplinado que as relações políticas 
e os agentes do poder se subordinam às determinações de seu conteúdo e do seu controle 
procedimental. 
 
4- Julgue os itens subsequentes, relativos aos poderes constituintes originário e derivado: 
I - O poder constituinte originário não se esgota quando se edita uma constituição, razão 
pela qual é considerado um poder permanente. 
II - Respeitados os princípios estruturantes, é possível a ocorrência de mudanças na 
constituição, sem alteração em seu texto, pela atuação do denominado poder constituinte 
difuso. 
III - O STF admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo editado 
antes da nova constituição e perante o novo paradigma estabelecido. 
IV - Pelo critério jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado decorrente 
mantém-se adstrita à atuaçãodos estados-membros para a elaboração de suas respectivas 
constituições, não se estendendo ao DF e aos municípios, que se organizam mediante lei 
orgânica. 
V - O poder constituinte originário pode autorizar a incidência do fenômeno da 
desconstitucionalização, segundo o qual as normas da constituição anterior, desde que 
compatíveis com a nova ordem constitucional, permanecem em vigor com status de norma 
infraconstitucional. 
 
Estão certos os itens: 
(A) I e V. 
(B) II e III. 
(C) I, III e IV. 
(D) I, II, IV e V. 
(E) II, III, IV e V.

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