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Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 1 Notas de Aulas – Forragicultura e Pastagem IFMG - 2011 Bambuí – MG 2011 Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 2 Gênero Panicum As gramíneas (Poaceae) são classificadas em duas categorias quanto a sua adaptação ambiental e eficiência fotossintética, espécies temperadas (plantas C3) e tropicais (plantas C4). Normalmente, as espécies forrageiras temperadas apresentam melhor qualidade, definida em termos de digestibilidade, consumo e teor de proteína (Moreira et al. 2006). O comportamento das gramíneas tropicais como o Panicum maximum é estacional com maiores taxas de crescimento no período de maior precipitação e temperaturas médias mínimas acima de 25-30ºC (Pedreira & Mattos, 1981) e não existe uma espécie capaz de permanecer com alta produção durante o período seco. O gênero Panicum L. é um dos maiores e mais importantes da família Poaceae. De acordo com a circunscrição anteriormente aceita para o gênero, 470 espécies foram reconhecidas para o mesmo por Clayton & Renvoize (1986) e aproximadamente 370 por Watson & Dallwitz (1992). De acordo com a circunscrição atual (Aliscioni et al. 2003), o gênero Panicum "sensu lato", compreende cerca de 400 espécies, das quais cerca de 100 incluídas no subgênero Panicum, distribuídas em regiões pantropicais, algumas das quais se estendem até as regiões temperadas. O conhecimento das diversas características das plantas forrageiras fornece informações básicas para promover a sua eficiente utilização e auxilia no manejo de pastagens, de forma a garantir o atendimento das exigências de mantença, produção e reprodução dos animais que praticam a herbivoria. Entre as ações a serem dadas manejo de pastagens uma consiste em conhecer as características da pastagem, para melhor direcionar as tomadas de decisão. A disponibilidade de forragem, altura, densidade e a composição botânica são características do pasto que podem ser mensuradas e proporcionar informações básicas do quanto e de que forma a forragem está disponível, embora amostragens estratificadas contribuam mais para detalhar o perfil da pastagem. As participações dos componente folha, colmo e material morto (senescente) na pastagem têm sido estimadas pela separação manual de amostras colhidas a campo, e são importantes na caracterização da massa de forragem, pois, além de apresentarem composição química e digestibilidade próprias, a proporção destes componentes pode influenciar a apreensão da forragem pelos animais (Santos, 1997). Os trabalhos de seleção de gramíneas forrageiras da espécie Panicum maximum na Embrapa tiveram inicio em 1982 com a assinatura de um convênio-cooperação entre a Embrapa e o Institut de Recherche pour le Développement (IRD), antes denominado Institut Français de Recherche Scientifique pour le Développement en Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 3 Coopération (ORSTOM), que contemplava a transferência da coleção de P. maximum do ORSTOM para a Embrapa Gado de Corte, no município de Campo Grande, MS, com a assistência técnica do pesquisador Yves H. Savidan. Até 1984, a Embrapa Gado de Corte havia recebido 426 acessos apomíticos e 417 plantas sexuais essenciais ao melhoramento genético dessa espécie. Essa coleção é o resultado de duas viagens de coleta no Leste da África em 1967 e 1969 pelo IRD. O Leste da África é o centro de origem dessa espécie, portanto, a coleção é representativa da variabilidade natural da espécie. A variabilidade genética existente na coleção é grande, o que permitiu a seleção direta da cultivar Massai, entre outros acessos. Gênero Panicum – Principais cultivares do gênero cv. Colonião (Brasil séc. XVIII) cv. Tobiatã cv. Vencedor cv. Tanzânia cv. Mombaça cv. Green Panic cv. Massai cv. Aruana cv. Aries cv. Guiné Capim Colonião – Panicum maximum Jack - cv. Colonião O Panicum maximum Jacq cv. Colonião é conhecido como capim colonião e tem sua origem na África. É uma planta perene, que forma touceiras grandes e densas com capacidade de atingir até (3) metros de altura. Exigente em altas temperaturas e umidade para o crescimento e desenvolvimento; é pouco tolerante a geadas e medianamente tolerante à seca, não é muito tolerante ao fogo. É uma gramínea que tem crescimento limitado em solos inundados (mal drenados), é muito exigente em fertilidade de solo, com maior adaptação em solos arenosos férteis, em áreas com boa precipitação. O maior rendimento em matéria seca foi obtido com 120 kg/ha de P2O5. Origem: África, alguns autores creditam a sua introdução como acidental enquanto outros consideram um capim nativo. Descrição: é uma gramínea perene, crescimento cespitoso, forma touceiras com largura média de 1m densas, que podem apresentar-se tombadas quando muito desenvolvidas, atinge em média de 2,5 - 3,0m de altura. As folhas são largas com coloração verde azulada inflorescência aberta, de cor verde clara. Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 4 Exigências: apresenta elevada exigência em temperatura e umidade, desenvolvendo bem em locais com precipitação superior a 800 mm, alta luminosidade, a produção é estacional sendo 80% da produção no período da (prim.-ver.), exigência elevada em fertilidade do solo, prefere solos mais arenosos, não tolera a geada e encharcamento do solo. Capacidade de suporte: média entre 3,0 - 4,0 U.A/ha. Produtividade: apresenta uma média anual entre 40 – 100 t/MV e entre 45-50 t/MS/ha em 2-3 cortes. Composição química: 4-10%%PB na MS. O colonião quando maduro apresenta perdas elevadas de qualidade, aumento da fibra, e redução da palatabilidade. Indicações: mais recomendado para pastejo, contra indicado para a fenação e ensilagem. Plantio: planta com alta capacidade de produção de sementes (produz 150 200 kg/ha). No plantio pode ser utilizada a densidade de 15-20 kg/ha em linha ou 40 kg/ha em plantio a lanço, caso seja implantado por mudas o gasto médio é de 4 t/ha com espaçamento de 0,5 x 0,5 m utilizando de 3-5 mudas por cova. Problemas: ataque de cigarrinha das pastagens e lagartas. Manejo do colonião: recomenda-se um manejo alto, com a entrada dos animais com as plantas numa altura média de 60-80 cm e a saída aos 30-40 cm. Em pastejo contínuo, recomenda-se passar a roçadeira uma (1) vez ao ano, na estação das chuvas, com vistas a eliminar colmos secos (Macega). Tolerância: apresenta moderada ao sombreamento e a queimadas, rebrota rápida após a queima. Consórcio: pode ser feito com as leguminosas; siratro, soja perene. Capim Tobiatã – Panicum maximum – cv. Tobiatã O capim-tobiatã (Panicum maximum), embora de menor porte comparada a outras cultivares de P. purpureum, é uma alternativa para formação de capineiras. Forma touceiras bastante vigorosas, é uma gramínea, que também pode ser usada para pastejo, e tem capacidade de atingir até 3 m de altura, com as folhas apresentando 80 cm de comprimento e 4,5 cm de largura, e uma coloração verde escura (Simão Neto et al. 1992). Origem: Costa do Marfim. Introduzido no Brasil em 1977 pela EMBRAPA, foi avaliado pelo IAC até 1982. Descrição: é uma forrageira com características similares ao colonião, apresenta folhas de comprimento médio 80 cm e com largura 4,5 cm. As folhas, bainhas e lígulas apresentam-se densamente pilosas com inflorescência arroxeada, é uma gramínea altamente responsiva a aplicação de fertilizantes. Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 5 Exigências: em clima e solo é muito semelhante ao colonião, requer solos mais profundos, apresenta mais folhasdo que talos, comparado ao colonião, não tolera solos com acidez elevada. Composição química: apresenta entre 8-16%PB na MS e DIVMS 65-70%. Tolerância: Apresenta uma tolerância a seca maior do que o colonião, em função de um sistema radicular profundo, resiste mais aos ataques de cigarrinha e pragas do que o colonião, entretanto produz menos quantidade de sementes. Plantio: mais freqüente é feito utilizando sementes. Capim Vencedor - Panicum maximum - cv. Vencedor O capim Vencedor é uma gramínea cespitosa que chega a atingir 1,60m de altura. Apresenta folhas com 1,9cm de largura, coloração verde clara, sem pilosidade e cerosidade. Adapta-se bem a solos de média a alta fertilidade, sendo recomendado para plantio após culturas anuais, cultivado em rotação lavoura pecuária. Foi lançada em 1990 pela EMBRAPA, CPAC, como opção de gramínea forrageira para formação de pastagens. Origem: África. Introduzido, avaliado e lançado pela EMBRAPA CERRADOS. Características: É uma planta de menor porte do que colonião. Apresenta folhas e colmos mais finos com uma coloração menos azulada. Exigência: menor exigência em fertilidade do que o colonião e o cv. tobiatã, tolera níveis elevados em acidez do solo e níveis de Al, indicado para o cultivo em solos com fertilidade mediana, exige precipitação superior a 700 mm, tolerante a seca e ao frio. Produtividade: produção inferior comparado a outros Panicum, os colmos finos são a sua principal vantagem, característica que permite um maior aproveitamento da planta pelo animal. Composição química: média de 12% PB/MS, pode atingir uma produção de 90 kg sementes/ha/ano. Indicações: mais recomendado para pastagens, para espécies bovinos, eqüinos e ovinos. Plantio: mais comum por sementes. Capim Tanzânia - Panicum maximum - cv. Tanzânia A cultivar Tanzânia-1, lançada em maio de 1990, pela EMBRAPA-CNPGC. Várias características destacam das demais cvs. disponíveis no mercado: comparada à cv. Colonião, apresenta maior produção foliar 80%, superioridade de 30% a 40% em produção de sementes, e pode promover ganhos de peso/ha/ano 15% maiores. Avaliado em pastejo sob lotação rotacionada por um período de quatro anos, suportou 2,6 e 1,1 UA/ha, nos períodos das águas e da seca, respectivamente, com o ganho médio de 720 kg de peso vivo/ha/ano. Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 6 Origem: Tanzânia – África. Avaliado e lançado em 1990 em uma parceria de instituições EMBRAPA’s ACRE, CERRADOS e Amazônia Oriental,EPAMIG e CEPLAC. Características: as plantas são bem semelhantes ao colonião, no entanto, apresentam maior quantidade de folhas e colmos mais finos, a inflorescência apresenta pigmentação arroxeada nas espiguetas, e o eixo central ou (raquis) tem coloração verde, a altura média da planta é de 1,30 m. Exigência: É semelhante ao colonião e ao tobiatã, em fertilidade de solos, exige precipitação anual superior a 750 mm e apresenta melhor distribuição da produção ao longo do ano, tolerante a seca, entretanto, não tolera o encharcamento. Manejo: recomenda-se um manejo com a entrada dos animais a altura média de 70 cm e a saída com altura média de 30 cm altura. Utilização: muito utilizada em pastejo rotacionado e ensilagem sendo contra indicado a fenação. Resistência: maior resistência às cigarrinhas, Notozulia entreriana e Deois flavopicta do que os cvs.Tobiatã e Mombaça. Composição química: 13,5 % PB na MS, pode atingir 18% PB com adubação nitrogenada, cultivar Panicum com maior valor nutricional, apresenta coeficiente de digestibilidade médio de 65% (DIVMS) com excelentes resultados em desempenho animal, A EMBRAPA relata ganhos de 720 g/dia utilizando 2,0 U.A/ha sendo a média 610 a 1100 g no período das águas e 100-400 g nas secas. Plantio: feito utilizando sementes 3 kg/ha conforme VC (produção média de 150- 200 kg/sementes/ha/ano). Produtividade: maior que 30 t/MS/ha. Capacidade de suporte: 2 - 6 U.A no período das águas e 1,0 - 1,5 U.A/ha nas secas. Produção: estacional sendo 90% na época das águas. Capim Mombaça - Panicum maximum - cv. Mombaça O capim-Mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça) é uma gramínea com crescimento na forma de touceiras com altura média de 1,65 m e folhas quebradiças. Os colmos são levemente arroxeados. As folhas apresentam poucos pelos na face superior (axial) e as bainhas são glabras (sem pelos), e ambas folhas e bainha não apresentam cerosidade. A inflorescência é do tipo panícula similar a da cv. colonião comum. O capim Mombaça é originário da Tanzânia, África, sendo lançadas pela Embrapa Gado de Corte em 1993, com características semelhantes ao Tanzânia suas folhas são mais largas e longas apresentando touceiras robustas e cespitosas. Quando submetida à num bom manejo, prefere solos de média à alta fertilidade, sendo muito eficiente na reciclagem do fósforo fixado, apresenta alto teor de rebrota (SEPROTEC, 2008). Produz cerca de 20 a 23 t.ha-1 por ano de matéria seca (MATSUDA, 2008). Origem: África. Avaliado entre 1984-1993 EMBRAPA. Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 7 Características: apresenta crescimento cespitoso, altura média de 1,65 m, folhas com largura média de 3,0 cm, pouco pilosas apresentam bainhas glabras (sem pêlos) e colmos levemente arroxeados e inflorescência com panícula longa com eixo central arroxeado, apresenta alta produção MS. Produtividade: 30 t/MS/ha 130% maior que o Colonião e 28% maior que o cv. Tanzânia. Apresenta maior produção/animal/ha. A cv. Mombaça, como a maioria das cultivares Panicum, exige solos de média à alta fertilidade para um bom e rápido estabelecimento, assim como para a cobertura total do solo. Entretanto, os resultados obtidos até o presente para a cv. demonstraram que essa gramínea é mais eficiente na utilização do P disponível. Na região Amazônia Ocidental, os rendimentos médios de matéria seca são em torno de 15 a 20 t/ha/ano. O capim- Mombaça produz em média 130% mais que o cv. colonião comum e 28% mais que a cv. Tanzânia-1. Exigências: em precipitação superior a 800 mm, tolera seca, exige fertilidade, menor do que o Colonião, Tobiatã e Tanzânia, não tolera encharcamento, apresenta problema de pastejo desuniforme. Em relação à fertilidade dos solos, em solos ácidos, a recomendação é de 2,0 a 3,0 t/ha de calcário dolomítico (PRNT = 100%) e a aplicação de 80 a 120 kg de P2O5/ha. A adubação potássica deve ser realizada quando os teores deste nutriente forem inferiores a 30 ppm, sugerindo-se a aplicação de 40 a 60 kg de K2O/ha. Para áreas de cerrado recém-desmatadas, recomenda-se aplicar 30 kg/ha de enxofre e 30 a 40 kg/ha de uma fórmula de FTE que contenha cobre, zinco, boro e molibdênio. Composição química: média de 11,5% PB – MS. Capacidade de suporte: 2,3 U.A/ha. Plantio e Manejo: mais utilizado por sementes. a semeadura deve ser realizada no início do período chuvoso (outubro/novembro). O plantio pode ser feito em linhas espaçadas de 0,5 a 1,0 m entre si ou mesmo à lanço, com maior gasto de sementes. A profundidade de plantio da cv. Mombaça varia de 2 a 4 cm. A densidade de semeadura entre 10 a 15 kg/ha, em função do valor cultural das sementes e do método de plantio. Quando consorciada com leguminosas, o plantio poderá ser feito à lanço ou linhas espaçadas de 1,0 a 1,5 m. O primeiro pastejo poderá ser realizado 90 a 120 dias após o plantio. Em pastagens bem formadas e manejadas a cv. Mombaça apresenta uma capacidade de suporte média 1,5 a 2,5 UA/ha, no período das chuvas, e 0,8 a 1,0 UA/ha nas secas (UA = 450 kg de peso vivo). Os ganhos em peso/animal/dia variam de 450 a 700 g na época das chuvas e de 150 a 350 g na época das secas. Os ganhos de peso/ha estão em torno de350 a 600 kg. O pastejo deve ser iniciado quando as plantas atingem entre 1,2 a 1,6 m de altura, e devem ser rebaixadas até 30 cm de altura acima do solo. Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 8 Fonte: Brâncio et al, 2003 CAPIM GREEN PANIC - Panicum maximum - var. Trichoglume, cv. Petrie O Panicum maximum Jacq Trichoglume cv. Petrie é originário da África. O Green Panic apresenta um sistema radicular muito bem desenvolvido, o que possibilita maior tolerância à seca e sobrevivência em situações adversas. É uma planta de porte menor do que o Colonião, e com folhas e caules menores. É ligeiramente tolerante a geadas, e muito palatável. Embora responsivo à adubação, cresce em condições de baixa fertilidade e sombreada, competindo com a vegetação nativa. Não tolera o fogo e solos encharcados. Pode ser cultivado com sucesso em solos arenosos ou argilosos. Os principais atributos da forrageira são: habilidade de crescer e produzir com baixa intensidade de luz (sombra). O valor crítico para fósforo é de 0,19% na matéria seca, na fase pré-florescimento. Origem: África para alguns, Índia (Austrália). Foi melhorado na Austrália levado pelo General Inglês Petrie, que possuía fazendas naquele país, de lá veio para o Brasil. Características: crescimento em touceiras com 1,5 - 1,7 m de altura, sendo menor do que o colonião. Apresentam colmos e folhas finos com coloração verde amarelada, a inflorescência é semelhante a do colonião, entretanto é menor, o sistema radicular é mais desenvolvido do que o cv. colonião. Produtividade: 10 t/MS/ha/ano. Exigência: adapta-se bem em pluviosidade média entre 650 a 1700 mm, requer solos férteis, tolerante a seca, desenvolve bem em áreas com sombra, menos Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 9 exigente em fertilidade do solo do que o cv. colonião, apresenta boa resposta a adubação, com boa palatabilidade e pouca tolerância a fogo. Composição química: 13 - 16% PB MS e DIVMS 63%. Indicações: Pastejo e fenação. Restrições: apresenta alta suscetibilidade a cigarrinha e lagartas. Plantio: pode ser feita por sementes com densidade 10-14 kg/ha pode ser utilizado o plantio em mudas. CAPIM MASSAI - Panicum maximum - cv. Massai O capim Massai tem origem africana, sendo um Panicum híbrido espontâneo. Seu porte é reduzido em torno de 70 cm de altura, mas com sistema radicular extremamente desenvolvido. Seu porte baixo, que permite sua indicação para eqüinos, animais de pequeno porte e bovinos, produz forragem de excelente qualidade, com potencial de 15 t de MS.ha ano. Altamente tolerante ao frio e a seca além de tolerar solos de baixa fertilidade (SEPROTEC, 2008). A cv. Massai (Registro SNPA BRA 007102, e ORSTOM T21) é um híbrido espontâneo entre P. maximum e P. infestum, e foi coletada na Tanzânia numa rota entre Dar es Salaam e Bagamoyo em 1969. É uma planta com crescimento na forma de touceira e com altura média de 60 cm e folhas quebradiças, que não apresenta cerosidade e uma largura média de 9 mm. As lâminas foliares dessa cv. apresentam densidade média de pelos curtos e duros na face superior (axial). A bainha apresenta densidade alta de pêlos curtos e duros. Os colmos da cv. Massai são verdes. Por ser uma planta híbrida entre as duas espécies citadas, as inflorescências são intermediárias entre uma panícula, típica de P. maximum, e um racemo, típico de P. infestum. As espiguetas do massai são pilosas, distribuídas uniformemente, com a metade da superfície externa arroxeada. A cv. Massai é uma opção de forrageira morfologicamente muito distinta das demais cultivares da espécie Panicum existentes no mercado. Ela encontra-se entre os acessos classificados como de porte baixo. Origem: Capim híbrido entre Panicum maximum e Panicum infestum, coletado em Tanzânia – África. A EMBRAPA lançou a cultivar em 2001. Características: É o cultivar de menor porte entre os Panicum, forma touceiras com altura média de 0,60 m, apresenta folhas finas, largura média de 1 cm com inflorescência intermediária entre a panícula e o racemo, promove uma boa cobertura do solo e rebrota rápida após desfolha. É considerado um capim precoce, portanto, floresce e produz sementes várias vezes ao ano. O florescimento é intenso, rápido e agrupado. A época de maior produção é em maio, e pode atingir 85 kg/ha em média. Indicações: pastejo bovinos, ovinos, caprinos e eqüinos, e fenação. Exigências: em precipitação superior a 700 mm/ano, tolerante a secas prolongadas, exigente em fertilidade do solo, tolera solos ácidos. A cv. Massai, a exemplo de outras cultivares de P. maximum, é exigente em níveis médios a altos de fertilidade do solo na fase de implantação, mas é a menos exigente em Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 10 adubação de manutenção e apresenta alta persistência no tempo em baixa fertilidade com boa produção sob pastejo. É uma das cultivares de P. maximum, a mais tolerante ao alumínio (Al3+) do solo. A quantidade de calcareo e fertilizantes deve ter como base a análise de solos. Para a sua implantação na pastagem, recomenda-se a aplicação de calcário para elevar a saturação por bases de 40% a 45% na camada de 0 a 20 cm de solo. E a adubação fosfatada deverá elevar os teores de fósforo em Mehlich-1: _solos muito argilosos (>60%), para acima > 4 mg/dm3; _solos argilosos (35% a 60%), para acima > 6 mg/dm3; _solos textura média (15% a 35%), para acima > 12 mg/dm3; e em solos arenosos (<15%), para acima >15 mg/dm3. Composição química: apresenta de 9-11% de PB na e coeficiente de digestibilidade entre 49 -55% DIVMS. Os valores na concentração de proteína bruta do Massai nas folhas (12,5%) e nos colmos (8,5%) são muito semelhantes à cv. Tanzânia-1. Produtividade: promove ganhos de peso vivo médio de 620 g ha/ano. A cv. Massi comparada às cultivares Tanzânia-1 e Mombaça, apresentou porcentagem semelhante de folhas (média de 80% folhas), mas em função de seu porte menor (mais baixo) que ambas as cvs., a sua produção de matéria seca foliar também é menor. A cv. Massai apresenta produção de matéria seca de folhas em parcelas (15,6 t/ha) similares à cv. Colonião (14,3 t/ha), apesar do porte baixo (60 cm) de altura, em contraste com 1,50 m do capim Colonião, em mesmas condições. Essa alta produção em relação ao capim Colonião é devida principalmente a capacidade 30% maior que esta cv. na produção de folhas em relação aos colmos, e 83% maior na capacidade de rebrota após os cortes. Resistência: é a cultivar de Panicum de maior resistência ao ataque da cigarrinha das pastagens, é tolerante ao fogo e ao pastejo intensivo. Um aspecto importante de adaptação apresentado por essa CV. a grande resistência à cigarrinha-das- pastagens. A cv. Massai foi avaliada, em várias ocasiões, quanto à resistência à cigarrinha Notozulia entreriana por meio de parâmetros, como: percentual de sobrevivência de ninfas; duração do período ninfal; níveis populacionais no campo; notas de dano; preferência de alimentação por adultos; peso seco de fêmeas e taxa de excreção. O teste mais importante, nesse conjunto de avaliações, foi o que verificou a adequabilidade da planta hospedeira com base na sobrevivência de ninfas e duração do período ninfal. Verificaram-se, consistentemente, baixos níveis de sobrevivência e prolongados períodos ninfais para a cv. Massai, caracterizando-a como uma planta pouco adequada ao desenvolvimento do inseto. Os valores encontrados para este parâmetro de duração média do período ninfal foi superior Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 11 na ‘Massai’ (41 dias) comparado às cvs. Tanzânia-1 (32,5 dias), Mombaça (29,3 dias) eTobiatã (30,5 dias), e nesse sentido é possível afirmar que essa cultivar apresenta a maior resistência à cigarrinha N. entreriana que as demais cultivares. Quando se avaliaram os danos causados por adultos de cigarrinhas confinados em plantas da cv. massai, constataram-se danos moderados. Essa cultivar de P. maximum foi a mais avaliada quanto à resistência a uma cigarrinha, revelando-se resistente. Tendo em vista a existência de várias outras espécies de cigarrinhas, ocorrendo numa multiplicidade de condições ambientais, apenas com o tempo e uso mais amplo da planta é que se terá um quadro de informações mais abrangente e seguras do relacionamento inseto-planta. . Plantio: pode ser realizado por sementes e mudas, profundidade de plantio 0,5 a 1 cm. Tabela. Médias dos pesos vivos iniciais e finais, dos ganhos de peso e do consumo de suplemento por novilhos da raça Nelore, durante o período seco. Tanzânia-1 Mombaça Massai Peso vivo inicial (kg) 288 288 283 Peso vivo final (kg) 353 350 348 Ganho de peso (g/novilho/dia) 730 690 720 Consumo de suplemento (kg/novilho/dia) 2,35 2,35 2,35 Fonte: EMBRAPA, 2001 A cv. Massai foi, também, avaliada na alimentação de equinos. E neste sentido, durante o período das águas 1 ha de capim-massai foi pastejado por seis cavalos, com peso vivo médio de 250 kg. Os animais foram mantidos exclusivamente nessa pastagem e receberam apenas suplementação mineral. Houve uma boa aceitação desse capim pelos cavalos e estes apresentaram ganho de peso médio de 300 gramas/dia. O preparo de solo recomendado é o mesmo para a formação de outras pastagens, isto é, aração e gradagem, quando necessário. A recomendação média de 2 kg/ha de sementes puras viáveis e a semeadura poderá ser feita a lanço ou em linhas a uma profundidade não superior a 2 cm e maior que 20 cm de espaçamento. Uma ligeira compactação favorece a emergência de plântulas de Massai. Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 12 Tabela. Disponibilidades de matéria seca total (MST), de matéria verde seca (MVS) e de folhas, e da relação folha:caule, das pastagens de ‘Tanzânia-1’, ‘Mombaça’ e ‘Massai’, antes e após o pastejo, nos períodos seco e das águas, médias de quatro anos de pastejo. Período das águas Período seco Tanzânia- 1 Mombaça Massai Tanzânia- 1 Mombaça Massai Antes do pastejo MST (kg/ha) 2.900 2.790 3.660 2.720 2.560 3.280 MVS (kg/ha) 2.120 2.260 2.500 1.030 990 990 Folha (kg/ha) 1.365 1.390 1.770 730 745 670 Relação folha:caule 3,1:1 2,6:1 6,8:1 2,4:1 2,3:1 6,1:1 Após pastejo MST (kg/ha) 2.110 1.990 2.810 2.120 1.940 2.500 MVS (kg/ha) 1.085 1.155 1.425 670 655 670 Folha (kg/ha) 620 595 950 355 360 350 Relação folha:caule 1,5:1 1,5:1 3,5:1 1,5:1 1,5:1 2,9:1 Fonte: EMBRAPA, 2001 CAPIM ARUANA - Panicum maximum - cv. Aruana Segundo Aronovich (1995), a espécie Panicum maximum chegou a ocupar área superior a seis milhões de hectares no Brasil e, provavelmente, pela crescente degradação dessas pastagens, essa área pode ter sofrido processos drásticos de redução. Quanto ao cultivar Aruana, as informações atuais são escassas, por se tratar de cultivar recentemente lançado no mercado. Sabe-se, porém, que a utilização desse capim vem crescendo principalmente em áreas destinadas ao pastejo por ovinos (Bianchini et al., 1999). É uma gramínea de ciclo vegetativo perene com crescimento ereto e decumbente. A cv.Aruana tem apresentado bons resultados na criação de ovinos por apresentar características interessantes ao sistema, tais como: Porte médio (adequado ao ovino), atingindo aproximadamente 80 cm de altura; grande capacidade e rapidez de perfilhamento; fácil propagação por sementes; alta produtividade de forragem no inverno, com 35 a 40% da produção anual ocorrendo na seca; boa tolerância ao pastejo baixo promovido pelo ovino, e isto possibilita a adoção dessa técnica como parte estratégica no controle de helmintos parasitas (favorecendo a exposição de larvas às intempéries climáticas como radiação solar e ventos); e, uma arquitetura foliar aberta e ereta, típica das forragens cespitosas, proporcionando uma maior incidência de radiação solar e maior ventilação dentro do perfil da pastagem. Estas características forçam a migração das larvas para a base do capim logo nas primeiras horas da manhã, após a secagem do orvalho, e deste modo favorecem o controle das verminoses. Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 13 Origem: África. Esta gramínea foi introduzida no Brasil pelo Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, SP em 1974, atual APTA, sendo avaliado e lançado como cultivar em 1995. Características: apresenta hábito de crescimento cespitoso e porte médio, atinge entre 1 - 1,4 m de altura, apresenta folhas estreitas de coloração verde escuro. As inflorescências são do tipo panícula pequena, e de menor tamanho do que as do cv. colonião. Apresenta rebrote rápido após pastejo e uma boa cobertura de solo. Exigências: alta exigência em fertilidade de solos, desenvolvendo bem em locais com precipitação pluviométrica entre 800 a 1000 mm. Como a maioria dos Panicuns, o Aruana prefere solos leves, friáveis, férteis bem drenados e profundos. Produtividade: capacidade de produção média de 18 - 21 t/MS/ha/ano, sendo a produção distribuída em 40% no período da seca. Utilização: é mais recomendada para o pastejo baixo por ovinos e eqüinos. Composição química: apresenta em média de 9 - 12% PB na MS 64 - 66% DIVMS. Capacidade de suporte: pode suportar até 7UA/ha. Plantio: mais comum por mudas e sementes, sendo as taxas de semeadura: semelhantes as exigida pelo Tanzânia-1 e Mombaça. A profundidade de plantio: com os melhores resultados obtidos com o uso de rolo compactador incorporando as sementes em torno de 2,0 cm de profundidade o que permite um aumento do contato das mesmas com o solo, e favorece a germinação. Não é recomendado o uso de grade niveladora. Pode-se adaptar um sistema de correntes atrás das semeadoras o que permite jogar um volume pequeno de terra nas sementes. Após 90 dias de germinação, faz-se o primeiro pastoreio com animais jovens, promovendo um corte até 30 a 40 cm de altura, para favorecer o perfilhamento e fortalecer o sistema radicular. Para um melhor aproveitamento da forragem no verão, recomenda-se que cada piquete seja subdividido com auxílio de cerca elétrica móvel, sendo movimentada em faixas, liberando-se 1/3 da pastagem a cada período de 3 a 5 dias. Resistência: tolerância mediana a seca, maior tolerância ao frio e a cigarrinha das pastagens, não tolera encharcamento. CAPIM ATLAS - Panicum maximum - cv. Atlas O capim Atlas (Panicum maximum Jacq.) é uma planta cespitosa, de ciclo perene, com altura entre 1,5 a 2,0 m com alto perfilhamento basal, colmos de diâmetro médio, comprimento de internódio curto e com pouca cerosidade, as folhas apresentam pouca pilosidade na bainha, com comprimento da lâmina também médio e coloração verde clara. É uma forrageira híbrida desenvolvida pela Matsuda Sementes, através do cruzamento de uma linhagem sexual do Tobiatã com o K-68 (proveniente da Costa do Marfim). Esta planta forrageira é de mediana exigência em solos sendo indicada para solos com Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 14 saturação das bases acima de 40%, sendo bastante tolerante ao alumínio; sua exigência em P é acima de 5 mg dm. Apresenta boa resistência à seca devendo ser plantado em regiões com precipitação pluviométrica acima dos 800 mm/ano (SEPROTEC, 2008). A produtividade de matéria seca é de 20 a 22 t.ha.ano (MATSUDA, 2008). Origem: é um híbrido desenvolvido pela Matsuda Sementes. É provenientedo cruzamento da linhagem Tobiatã com a linhagem K-68 (originária da Costa do Marfim). Os trabalhos foram iniciados em 1993 e o lançamento do cv. Atlas foi em 2003. Características: é uma planta cespitosa, perene, com altura média variável entre 1,5 a 2,0 m. Apresenta colmos com diâmetro médio, internódios curtos e pouca cerosidade, as folhas possuem pouca pilosidade na bainha, comprimento médio e coloração verde clara. Exigência: mediana em fertilidade tolera níveis elevados de Al, muito semelhante ao cv. Vencedor, tolerante a seca, desenvolvendo bem em locais com precipitação anual média entre 800 – 1800 mm. Produtividade: produção média entre 20 - 22 t/MS/ha em 6 (seis) cortes anuais. É menos produtivo do que o cv. Tobiatã e Tanzânia. Promovendo ganhos de peso vivo GPV 850 g/animal/dia na estação das águas e 216 g animal/dia nas secas. Composição química: média de 10 - 12%PB na MS e coeficiente de digestibilidade entre 60-70% (DIVMS). Indicações: mais recomendado para a utilização na forma de pastagens para espécies, bovinos e eqüinos. Plantio: uso de sementes com densidade 10 kg/ha conforme VC ou plantio em mudas. CAPIM ARIES - Panicum maximum - cv. Aries O capim Áries (Panicum maximum Jacq.) é um cultivar híbrido do cruzamento entre os cultivares de origem africana, Centauro e Aruana, cruzados e selecionados pela Matsuda Sementes e Nutrição Animal caracterizando-o como de ciclo precoce, plantas de porte baixo, talos finos, sem pilosidade, grande produtor de sementes e de florescimento indeterminado. É uma espécie forrageira exigente em fertilidade de solo, possui intenso perfilhamento, rápida rebrota boa qualidade nutricional e excelente digestibilidade, com produtividade de 18 a 20 t.ha.ano de matéria seca em cultivo exclusivo. Apresenta boa tolerância às secas e é recomendado para pastejo de eqüinos, ovinos, caprinos e bezerros recém- desmamados (FILHO, 2007; MATSUDA, 2008). Origem: é um cultivar obtido do cruzamento realizado em 1993 pela Matsuda Sementes entre o LSC2 (linhagem Centauro) com o cv. Aruana (IZ), avaliado nos anos de 2001 e 2002 e lançado em 2003. Características: é uma planta cespitosa, perene, com altura média entre 1,2m e 1,5m apresenta um porte baixo, com colmos finos e internódios curtos Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 15 apresentando pouca cerosidade, bainha com folhas sem pêlos, lâmina curta e de coloração verde clara. Exigências: precipitação média entre 800 – 1800 mm apresenta rebrote rápido, e desenvolve bem em solos de fertilidade mediana. Produtividade: média de 18-20 t/MS/ha/ano em 6 cortes. Composição química: em média apresenta de 12-15%PB MS e coeficiente de digestibilidade entre 66 - 70% DIVMS. Indicações: recomendada para pastejo por bovinos, ovinos e eqüinos. Tolerância: não apresenta tolerância à cigarrinha, tolera bem condições de encharcamento e seca temporária, não tolera frio. Plantio: por sementes com densidade de 10 kg/ha e por mudas. Referencias bibliográficas AGUIAR, A P. A e DRUMOND, L. C. D. Pastagens Irrigadas. In: CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MANEJO DA PASTAGEM. 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