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Gênero Panicum

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Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 1
Notas de Aulas – Forragicultura e Pastagem
IFMG - 2011
 
Bambuí – MG
2011
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 2
Gênero Panicum
As gramíneas (Poaceae) são classificadas em duas categorias quanto a sua 
adaptação ambiental e eficiência fotossintética, espécies temperadas (plantas C3) e 
tropicais (plantas C4). Normalmente, as espécies forrageiras temperadas 
apresentam melhor qualidade, definida em termos de digestibilidade, consumo e 
teor de proteína (Moreira et al. 2006).
O comportamento das gramíneas tropicais como o Panicum maximum é estacional 
com maiores taxas de crescimento no período de maior precipitação e temperaturas 
médias mínimas acima de 25-30ºC (Pedreira & Mattos, 1981) e não existe uma 
espécie capaz de permanecer com alta produção durante o período seco. 
O gênero Panicum L. é um dos maiores e mais importantes da família Poaceae. De
acordo com a circunscrição anteriormente aceita para o gênero, 470 espécies foram
reconhecidas para o mesmo por Clayton & Renvoize (1986) e aproximadamente
370 por Watson & Dallwitz (1992). De acordo com a circunscrição atual (Aliscioni et 
al. 2003), o gênero Panicum "sensu lato", compreende cerca de 400 espécies, das 
quais cerca de 100 incluídas no subgênero Panicum, distribuídas em regiões
pantropicais, algumas das quais se estendem até as regiões temperadas.
O conhecimento das diversas características das plantas forrageiras fornece 
informações básicas para promover a sua eficiente utilização e auxilia no manejo de 
pastagens, de forma a garantir o atendimento das exigências de mantença,
produção e reprodução dos animais que praticam a herbivoria.
Entre as ações a serem dadas manejo de pastagens uma consiste em conhecer as 
características da pastagem, para melhor direcionar as tomadas de decisão. A 
disponibilidade de forragem, altura, densidade e a composição botânica são 
características do pasto que podem ser mensuradas e proporcionar informações 
básicas do quanto e de que forma a forragem está disponível, embora amostragens 
estratificadas contribuam mais para detalhar o perfil da pastagem. As participações 
dos componente folha, colmo e material morto (senescente) na pastagem têm sido 
estimadas pela separação manual de amostras colhidas a campo, e são importantes 
na caracterização da massa de forragem, pois, além de apresentarem composição 
química e digestibilidade próprias, a proporção destes componentes pode 
influenciar a apreensão da forragem pelos animais (Santos, 1997).
Os trabalhos de seleção de gramíneas forrageiras da espécie Panicum maximum na 
Embrapa tiveram inicio em 1982 com a assinatura de um convênio-cooperação 
entre a Embrapa e o Institut de Recherche pour le Développement (IRD), antes 
denominado Institut Français de Recherche Scientifique pour le Développement en 
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 3
Coopération (ORSTOM), que contemplava a transferência da coleção de P. 
maximum do ORSTOM para a Embrapa Gado de Corte, no município de Campo 
Grande, MS, com a assistência técnica do pesquisador Yves H. Savidan. Até 1984, a 
Embrapa Gado de Corte havia recebido 426 acessos apomíticos e 417 plantas 
sexuais essenciais ao melhoramento genético dessa espécie.
Essa coleção é o resultado de duas viagens de coleta no Leste da África em 1967 e 
1969 pelo IRD. O Leste da África é o centro de origem dessa espécie, portanto, a 
coleção é representativa da variabilidade natural da espécie. A variabilidade 
genética existente na coleção é grande, o que permitiu a seleção direta da cultivar 
Massai, entre outros acessos.
Gênero Panicum – Principais cultivares do gênero
cv. Colonião (Brasil séc. XVIII)
cv. Tobiatã
cv. Vencedor
cv. Tanzânia
cv. Mombaça
cv. Green Panic
cv. Massai
cv. Aruana
cv. Aries
cv. Guiné
Capim Colonião – Panicum maximum Jack - cv. Colonião
O Panicum maximum Jacq cv. Colonião é conhecido como capim colonião e tem sua origem na África. É 
uma planta perene, que forma touceiras grandes e densas com capacidade de atingir até (3) metros de 
altura. Exigente em altas temperaturas e umidade para o crescimento e desenvolvimento; é pouco 
tolerante a geadas e medianamente tolerante à seca, não é muito tolerante ao fogo. É uma gramínea 
que tem crescimento limitado em solos inundados (mal drenados), é muito exigente em fertilidade de 
solo, com maior adaptação em solos arenosos férteis, em áreas com boa precipitação. O maior 
rendimento em matéria seca foi obtido com 120 kg/ha de P2O5.
Origem: África, alguns autores creditam a sua introdução como acidental enquanto 
outros consideram um capim nativo.
Descrição: é uma gramínea perene, crescimento cespitoso, forma touceiras com 
largura média de 1m densas, que podem apresentar-se tombadas quando muito 
desenvolvidas, atinge em média de 2,5 - 3,0m de altura. As folhas são largas com 
coloração verde azulada inflorescência aberta, de cor verde clara.
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 4
Exigências: apresenta elevada exigência em temperatura e umidade, desenvolvendo 
bem em locais com precipitação superior a 800 mm, alta luminosidade, a produção é 
estacional sendo 80% da produção no período da (prim.-ver.), exigência elevada em 
fertilidade do solo, prefere solos mais arenosos, não tolera a geada e encharcamento do 
solo.
Capacidade de suporte: média entre 3,0 - 4,0 U.A/ha. 
Produtividade: apresenta uma média anual entre 40 – 100 t/MV e entre 45-50
t/MS/ha em 2-3 cortes.
Composição química: 4-10%%PB na MS. O colonião quando maduro apresenta
perdas elevadas de qualidade, aumento da fibra, e redução da palatabilidade.
Indicações: mais recomendado para pastejo, contra indicado para a fenação e
ensilagem.
Plantio: planta com alta capacidade de produção de sementes (produz 150 200
kg/ha). No plantio pode ser utilizada a densidade de 15-20 kg/ha em linha ou 40
kg/ha em plantio a lanço, caso seja implantado por mudas o gasto médio é de 4
t/ha com espaçamento de 0,5 x 0,5 m utilizando de 3-5 mudas por cova.
Problemas: ataque de cigarrinha das pastagens e lagartas.
Manejo do colonião: recomenda-se um manejo alto, com a entrada dos animais
com as plantas numa altura média de 60-80 cm e a saída aos 30-40 cm. Em
pastejo contínuo, recomenda-se passar a roçadeira uma (1) vez ao ano, na estação
das chuvas, com vistas a eliminar colmos secos (Macega).
Tolerância: apresenta moderada ao sombreamento e a queimadas, rebrota rápida
após a queima.
Consórcio: pode ser feito com as leguminosas; siratro, soja perene.
Capim Tobiatã – Panicum maximum – cv. Tobiatã
O capim-tobiatã (Panicum maximum), embora de menor porte comparada a outras 
cultivares de P. purpureum, é uma alternativa para formação de capineiras. Forma 
touceiras bastante vigorosas, é uma gramínea, que também pode ser usada para 
pastejo, e tem capacidade de atingir até 3 m de altura, com as folhas apresentando 
80 cm de comprimento e 4,5 cm de largura, e uma coloração verde escura (Simão 
Neto et al. 1992).
Origem: Costa do Marfim. Introduzido no Brasil em 1977 pela EMBRAPA, foi
avaliado pelo IAC até 1982.
Descrição: é uma forrageira com características similares ao colonião, apresenta
folhas de comprimento médio 80 cm e com largura 4,5 cm. As folhas, bainhas e
lígulas apresentam-se densamente pilosas com inflorescência arroxeada, é uma
gramínea altamente responsiva a aplicação de fertilizantes.
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 5
Exigências: em clima e solo é muito semelhante ao colonião, requer solos mais
profundos, apresenta mais folhasdo que talos, comparado ao colonião, não tolera
solos com acidez elevada.
Composição química: apresenta entre 8-16%PB na MS e DIVMS 65-70%.
Tolerância: Apresenta uma tolerância a seca maior do que o colonião, em função
de um sistema radicular profundo, resiste mais aos ataques de cigarrinha e pragas
do que o colonião, entretanto produz menos quantidade de sementes.
Plantio: mais freqüente é feito utilizando sementes.
Capim Vencedor - Panicum maximum - cv. Vencedor
O capim Vencedor é uma gramínea cespitosa que chega a atingir 1,60m de altura. Apresenta folhas com 
1,9cm de largura, coloração verde clara, sem pilosidade e cerosidade. Adapta-se bem a solos de média a 
alta fertilidade, sendo recomendado para plantio após culturas anuais, cultivado em rotação lavoura 
pecuária. Foi lançada em 1990 pela EMBRAPA, CPAC, como opção de gramínea forrageira para formação 
de pastagens.
Origem: África. Introduzido, avaliado e lançado pela EMBRAPA CERRADOS.
Características: É uma planta de menor porte do que colonião. Apresenta folhas e
colmos mais finos com uma coloração menos azulada.
Exigência: menor exigência em fertilidade do que o colonião e o cv. tobiatã, tolera
níveis elevados em acidez do solo e níveis de Al, indicado para o cultivo em solos
com fertilidade mediana, exige precipitação superior a 700 mm, tolerante a seca e
ao frio.
Produtividade: produção inferior comparado a outros Panicum, os colmos finos
são a sua principal vantagem, característica que permite um maior aproveitamento
da planta pelo animal.
Composição química: média de 12% PB/MS, pode atingir uma produção de 90 kg
sementes/ha/ano.
Indicações: mais recomendado para pastagens, para espécies bovinos, eqüinos e
ovinos.
Plantio: mais comum por sementes.
Capim Tanzânia - Panicum maximum - cv. Tanzânia
A cultivar Tanzânia-1, lançada em maio de 1990, pela EMBRAPA-CNPGC. Várias características destacam 
das demais cvs. disponíveis no mercado: comparada à cv. Colonião, apresenta maior produção foliar 
80%, superioridade de 30% a 40% em produção de sementes, e pode promover ganhos de peso/ha/ano 
15% maiores. Avaliado em pastejo sob lotação rotacionada por um período de quatro anos, suportou 2,6
e 1,1 UA/ha, nos períodos das águas e da seca, respectivamente, com o ganho médio de 720 kg de peso 
vivo/ha/ano.
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 6
Origem: Tanzânia – África. Avaliado e lançado em 1990 em uma parceria de
instituições EMBRAPA’s ACRE, CERRADOS e Amazônia Oriental,EPAMIG e CEPLAC.
Características: as plantas são bem semelhantes ao colonião, no entanto,
apresentam maior quantidade de folhas e colmos mais finos, a inflorescência
apresenta pigmentação arroxeada nas espiguetas, e o eixo central ou (raquis) tem
coloração verde, a altura média da planta é de 1,30 m.
Exigência: É semelhante ao colonião e ao tobiatã, em fertilidade de solos, exige
precipitação anual superior a 750 mm e apresenta melhor distribuição da produção
ao longo do ano, tolerante a seca, entretanto, não tolera o encharcamento.
Manejo: recomenda-se um manejo com a entrada dos animais a altura média de
70 cm e a saída com altura média de 30 cm altura.
Utilização: muito utilizada em pastejo rotacionado e ensilagem sendo contra
indicado a fenação.
Resistência: maior resistência às cigarrinhas, Notozulia entreriana e Deois
flavopicta do que os cvs.Tobiatã e Mombaça.
Composição química: 13,5 % PB na MS, pode atingir 18% PB com adubação
nitrogenada, cultivar Panicum com maior valor nutricional, apresenta coeficiente de
digestibilidade médio de 65% (DIVMS) com excelentes resultados em desempenho
animal, A EMBRAPA relata ganhos de 720 g/dia utilizando 2,0 U.A/ha sendo a
média 610 a 1100 g no período das águas e 100-400 g nas secas.
Plantio: feito utilizando sementes 3 kg/ha conforme VC (produção média de 150-
200 kg/sementes/ha/ano).
Produtividade: maior que 30 t/MS/ha.
Capacidade de suporte: 2 - 6 U.A no período das águas e 1,0 - 1,5 U.A/ha nas
secas.
Produção: estacional sendo 90% na época das águas.
Capim Mombaça - Panicum maximum - cv. Mombaça
O capim-Mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça) é uma gramínea com crescimento na forma de 
touceiras com altura média de 1,65 m e folhas quebradiças. Os colmos são levemente arroxeados. As 
folhas apresentam poucos pelos na face superior (axial) e as bainhas são glabras (sem pelos), e ambas 
folhas e bainha não apresentam cerosidade. A inflorescência é do tipo panícula similar a da cv. colonião 
comum. O capim Mombaça é originário da Tanzânia, África, sendo lançadas pela Embrapa Gado de Corte 
em 1993, com características semelhantes ao Tanzânia suas folhas são mais largas e longas 
apresentando touceiras robustas e cespitosas. Quando submetida à num bom manejo, prefere solos de 
média à alta fertilidade, sendo muito eficiente na reciclagem do fósforo fixado, apresenta alto teor de 
rebrota (SEPROTEC, 2008). Produz cerca de 20 a 23 t.ha-1 por ano de matéria seca (MATSUDA, 2008). 
Origem: África. Avaliado entre 1984-1993 EMBRAPA.
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 7
Características: apresenta crescimento cespitoso, altura média de 1,65 m, folhas
com largura média de 3,0 cm, pouco pilosas apresentam bainhas glabras (sem 
pêlos) e colmos levemente arroxeados e inflorescência com panícula longa com eixo
central arroxeado, apresenta alta produção MS.
Produtividade: 30 t/MS/ha 130% maior que o Colonião e 28% maior que o cv.
Tanzânia. Apresenta maior produção/animal/ha. A cv. Mombaça, como a maioria 
das cultivares Panicum, exige solos de média à alta fertilidade para um bom e 
rápido estabelecimento, assim como para a cobertura total do solo. Entretanto, os 
resultados obtidos até o presente para a cv. demonstraram que essa gramínea é 
mais eficiente na utilização do P disponível. Na região Amazônia Ocidental, os 
rendimentos médios de matéria seca são em torno de 15 a 20 t/ha/ano. O capim-
Mombaça produz em média 130% mais que o cv. colonião comum e 28% mais que 
a cv. Tanzânia-1.
Exigências: em precipitação superior a 800 mm, tolera seca, exige fertilidade, 
menor do que o Colonião, Tobiatã e Tanzânia, não tolera encharcamento, apresenta 
problema de pastejo desuniforme. Em relação à fertilidade dos solos, em solos 
ácidos, a recomendação é de 2,0 a 3,0 t/ha de calcário dolomítico (PRNT = 100%) 
e a aplicação de 80 a 120 kg de P2O5/ha. A adubação potássica deve ser realizada 
quando os teores deste nutriente forem inferiores a 30 ppm, sugerindo-se a 
aplicação de 40 a 60 kg de K2O/ha. Para áreas de cerrado recém-desmatadas, 
recomenda-se aplicar 30 kg/ha de enxofre e 30 a 40 kg/ha de uma fórmula de FTE 
que contenha cobre, zinco, boro e molibdênio.
Composição química: média de 11,5% PB – MS.
Capacidade de suporte: 2,3 U.A/ha.
Plantio e Manejo: mais utilizado por sementes. a semeadura deve ser realizada 
no início do período chuvoso (outubro/novembro). O plantio pode ser feito em 
linhas espaçadas de 0,5 a 1,0 m entre si ou mesmo à lanço, com maior gasto de 
sementes. A profundidade de plantio da cv. Mombaça varia de 2 a 4 cm. A 
densidade de semeadura entre 10 a 15 kg/ha, em função do valor cultural das 
sementes e do método de plantio. Quando consorciada com leguminosas, o plantio 
poderá ser feito à lanço ou linhas espaçadas de 1,0 a 1,5 m. O primeiro pastejo 
poderá ser realizado 90 a 120 dias após o plantio. Em pastagens bem formadas e 
manejadas a cv. Mombaça apresenta uma capacidade de suporte média 1,5 a 2,5 
UA/ha, no período das chuvas, e 0,8 a 1,0 UA/ha nas secas (UA = 450 kg de peso 
vivo). Os ganhos em peso/animal/dia variam de 450 a 700 g na época das chuvas e 
de 150 a 350 g na época das secas. Os ganhos de peso/ha estão em torno de350 a 
600 kg. O pastejo deve ser iniciado quando as plantas atingem entre 1,2 a 1,6 m 
de altura, e devem ser rebaixadas até 30 cm de altura acima do solo.
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 8
Fonte: Brâncio et al, 2003
CAPIM GREEN PANIC - Panicum maximum - var. Trichoglume, cv. Petrie
O Panicum maximum Jacq Trichoglume cv. Petrie é originário da África. O Green Panic apresenta um
sistema radicular muito bem desenvolvido, o que possibilita maior tolerância à seca e sobrevivência em 
situações adversas. É uma planta de porte menor do que o Colonião, e com folhas e caules menores. É 
ligeiramente tolerante a geadas, e muito palatável. Embora responsivo à adubação, cresce em condições 
de baixa fertilidade e sombreada, competindo com a vegetação nativa. Não tolera o fogo e solos 
encharcados. Pode ser cultivado com sucesso em solos arenosos ou argilosos. Os principais atributos da 
forrageira são: habilidade de crescer e produzir com baixa intensidade de luz (sombra). O valor crítico 
para fósforo é de 0,19% na matéria seca, na fase pré-florescimento.
Origem: África para alguns, Índia (Austrália). Foi melhorado na Austrália levado 
pelo General Inglês Petrie, que possuía fazendas naquele país, de lá veio para o 
Brasil.
Características: crescimento em touceiras com 1,5 - 1,7 m de altura, sendo
menor do que o colonião. Apresentam colmos e folhas finos com coloração verde
amarelada, a inflorescência é semelhante a do colonião, entretanto é menor, o
sistema radicular é mais desenvolvido do que o cv. colonião.
Produtividade: 10 t/MS/ha/ano.
Exigência: adapta-se bem em pluviosidade média entre 650 a 1700 mm, requer
solos férteis, tolerante a seca, desenvolve bem em áreas com sombra, menos
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 9
exigente em fertilidade do solo do que o cv. colonião, apresenta boa resposta a
adubação, com boa palatabilidade e pouca tolerância a fogo.
Composição química: 13 - 16% PB MS e DIVMS 63%.
Indicações: Pastejo e fenação.
Restrições: apresenta alta suscetibilidade a cigarrinha e lagartas.
Plantio: pode ser feita por sementes com densidade 10-14 kg/ha pode ser
utilizado o plantio em mudas.
CAPIM MASSAI - Panicum maximum - cv. Massai
O capim Massai tem origem africana, sendo um Panicum híbrido espontâneo. Seu porte é reduzido em 
torno de 70 cm de altura, mas com sistema radicular extremamente desenvolvido. Seu porte baixo, que 
permite sua indicação para eqüinos, animais de pequeno porte e bovinos, produz forragem de excelente 
qualidade, com potencial de 15 t de MS.ha ano. Altamente tolerante ao frio e a seca além de tolerar 
solos de baixa fertilidade (SEPROTEC, 2008). A cv. Massai (Registro SNPA BRA 007102, e ORSTOM T21) 
é um híbrido espontâneo entre P. maximum e P. infestum, e foi coletada na Tanzânia numa rota entre 
Dar es Salaam e Bagamoyo em 1969. É uma planta com crescimento na forma de touceira e com altura 
média de 60 cm e folhas quebradiças, que não apresenta cerosidade e uma largura média de 9 mm. As 
lâminas foliares dessa cv. apresentam densidade média de pelos curtos e duros na face superior (axial). 
A bainha apresenta densidade alta de pêlos curtos e duros. Os colmos da cv. Massai são verdes. Por ser 
uma planta híbrida entre as duas espécies citadas, as inflorescências são intermediárias entre uma 
panícula, típica de P. maximum, e um racemo, típico de P. infestum. As espiguetas do massai são 
pilosas, distribuídas uniformemente, com a metade da superfície externa arroxeada. A cv. Massai é uma 
opção de forrageira morfologicamente muito distinta das demais cultivares da espécie Panicum
existentes no mercado. Ela encontra-se entre os acessos classificados como de porte baixo.
Origem: Capim híbrido entre Panicum maximum e Panicum infestum, coletado em
Tanzânia – África. A EMBRAPA lançou a cultivar em 2001.
Características: É o cultivar de menor porte entre os Panicum, forma touceiras
com altura média de 0,60 m, apresenta folhas finas, largura média de 1 cm com
inflorescência intermediária entre a panícula e o racemo, promove uma boa
cobertura do solo e rebrota rápida após desfolha. É considerado um capim precoce, 
portanto, floresce e produz sementes várias vezes ao ano. O florescimento é 
intenso, rápido e agrupado. A época de maior produção é em maio, e pode atingir
85 kg/ha em média.
Indicações: pastejo bovinos, ovinos, caprinos e eqüinos, e fenação.
Exigências: em precipitação superior a 700 mm/ano, tolerante a secas
prolongadas, exigente em fertilidade do solo, tolera solos ácidos. A cv. Massai, a 
exemplo de outras cultivares de P. maximum, é exigente em níveis médios a altos 
de fertilidade do solo na fase de implantação, mas é a menos exigente em 
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 10
adubação de manutenção e apresenta alta persistência no tempo em baixa 
fertilidade com boa produção sob pastejo. É uma das cultivares de P. maximum, a 
mais tolerante ao alumínio (Al3+) do solo. A quantidade de calcareo e fertilizantes
deve ter como base a análise de solos. Para a sua implantação na pastagem, 
recomenda-se a aplicação de calcário para elevar a saturação por bases de 40% a 
45% na camada de 0 a 20 cm de solo. E a adubação fosfatada deverá elevar os 
teores de fósforo em Mehlich-1:
_solos muito argilosos (>60%), para acima > 4 mg/dm3;
_solos argilosos (35% a 60%), para acima > 6 mg/dm3;
_solos textura média (15% a 35%), para acima > 12 mg/dm3;
e em solos arenosos (<15%), para acima >15 mg/dm3.
Composição química: apresenta de 9-11% de PB na e coeficiente de
digestibilidade entre 49 -55% DIVMS. Os valores na concentração de proteína bruta 
do Massai nas folhas (12,5%) e nos colmos (8,5%) são muito semelhantes à cv. 
Tanzânia-1.
Produtividade: promove ganhos de peso vivo médio de 620 g ha/ano. A cv. Massi 
comparada às cultivares Tanzânia-1 e Mombaça, apresentou porcentagem 
semelhante de folhas (média de 80% folhas), mas em função de seu porte menor
(mais baixo) que ambas as cvs., a sua produção de matéria seca foliar também é 
menor. A cv. Massai apresenta produção de matéria seca de folhas em parcelas 
(15,6 t/ha) similares à cv. Colonião (14,3 t/ha), apesar do porte baixo (60 cm) de 
altura, em contraste com 1,50 m do capim Colonião, em mesmas condições. Essa 
alta produção em relação ao capim Colonião é devida principalmente a capacidade 
30% maior que esta cv. na produção de folhas em relação aos colmos, e 83% 
maior na capacidade de rebrota após os cortes.
Resistência: é a cultivar de Panicum de maior resistência ao ataque da cigarrinha
das pastagens, é tolerante ao fogo e ao pastejo intensivo. Um aspecto importante 
de adaptação apresentado por essa CV. a grande resistência à cigarrinha-das-
pastagens. A cv. Massai foi avaliada, em várias ocasiões, quanto à resistência à 
cigarrinha Notozulia entreriana por meio de parâmetros, como: percentual de 
sobrevivência de ninfas; duração do período ninfal; níveis populacionais no campo; 
notas de dano; preferência de alimentação por adultos; peso seco de fêmeas e taxa 
de excreção. O teste mais importante, nesse conjunto de avaliações, foi o que 
verificou a adequabilidade da planta hospedeira com base na sobrevivência de 
ninfas e duração do período ninfal. Verificaram-se, consistentemente, baixos níveis 
de sobrevivência e prolongados períodos ninfais para a cv. Massai, caracterizando-a 
como uma planta pouco adequada ao desenvolvimento do inseto. Os valores 
encontrados para este parâmetro de duração média do período ninfal foi superior 
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 11
na ‘Massai’ (41 dias) comparado às cvs. Tanzânia-1 (32,5 dias), Mombaça (29,3 
dias) eTobiatã (30,5 dias), e nesse sentido é possível afirmar que essa cultivar 
apresenta a maior resistência à cigarrinha N. entreriana que as demais cultivares. 
Quando se avaliaram os danos causados por adultos de cigarrinhas confinados em 
plantas da cv. massai, constataram-se danos moderados. Essa cultivar de P. 
maximum foi a mais avaliada quanto à resistência a uma cigarrinha, revelando-se 
resistente. Tendo em vista a existência de várias outras espécies de cigarrinhas, 
ocorrendo numa multiplicidade de condições ambientais, apenas com o tempo e uso 
mais amplo da planta é que se terá um quadro de informações mais abrangente e 
seguras do relacionamento inseto-planta. .
Plantio: pode ser realizado por sementes e mudas, profundidade de plantio 0,5 a 1
cm.
Tabela. Médias dos pesos vivos iniciais e finais, dos ganhos de peso e do consumo 
de suplemento por novilhos da raça Nelore, durante o período seco.
Tanzânia-1 Mombaça Massai
Peso vivo inicial (kg) 288 288 283
Peso vivo final (kg) 353 350 348
Ganho de peso (g/novilho/dia) 730 690 720
Consumo de suplemento 
(kg/novilho/dia)
2,35 2,35 2,35
Fonte: EMBRAPA, 2001
A cv. Massai foi, também, avaliada na alimentação de equinos. E neste sentido, 
durante o período das águas 1 ha de capim-massai foi pastejado por seis cavalos, 
com peso vivo médio de 250 kg. Os animais foram mantidos exclusivamente nessa 
pastagem e receberam apenas suplementação mineral. Houve uma boa aceitação 
desse capim pelos cavalos e estes apresentaram ganho de peso médio de 300 
gramas/dia. O preparo de solo recomendado é o mesmo para a formação de outras 
pastagens, isto é, aração e gradagem, quando necessário. A recomendação média 
de 2 kg/ha de sementes puras viáveis e a semeadura poderá ser feita a lanço ou 
em linhas a uma profundidade não superior a 2 cm e maior que 20 cm de 
espaçamento. Uma ligeira compactação favorece a emergência de plântulas de 
Massai.
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 12
Tabela. Disponibilidades de matéria seca total (MST), de matéria verde seca (MVS) 
e de folhas, e da relação folha:caule, das pastagens de ‘Tanzânia-1’, ‘Mombaça’ e 
‘Massai’, antes e após o pastejo, nos períodos seco e das águas, médias de quatro 
anos de pastejo.
Período das águas Período seco
Tanzânia-
1
Mombaça Massai Tanzânia-
1
Mombaça Massai
Antes do 
pastejo
MST 
(kg/ha)
2.900 2.790 3.660 2.720 2.560 3.280
MVS 
(kg/ha)
2.120 2.260 2.500 1.030 990 990
Folha 
(kg/ha)
1.365 1.390 1.770 730 745 670
Relação 
folha:caule
3,1:1 2,6:1 6,8:1 2,4:1 2,3:1 6,1:1
Após 
pastejo
MST 
(kg/ha)
2.110 1.990 2.810 2.120 1.940 2.500
MVS 
(kg/ha)
1.085 1.155 1.425 670 655 670
Folha 
(kg/ha) 620 595 950 355 360 350
Relação 
folha:caule
1,5:1 1,5:1 3,5:1 1,5:1 1,5:1
2,9:1
Fonte: EMBRAPA, 2001
CAPIM ARUANA - Panicum maximum - cv. Aruana
Segundo Aronovich (1995), a espécie Panicum maximum chegou a ocupar área superior a seis milhões 
de hectares no Brasil e, provavelmente, pela crescente degradação dessas pastagens, essa área pode 
ter sofrido processos drásticos de redução. Quanto ao cultivar Aruana, as informações atuais são 
escassas, por se tratar de cultivar recentemente lançado no mercado. Sabe-se, porém, que a utilização 
desse capim vem crescendo principalmente em áreas destinadas ao pastejo por ovinos (Bianchini et al., 
1999). É uma gramínea de ciclo vegetativo perene com crescimento ereto e decumbente. A cv.Aruana 
tem apresentado bons resultados na criação de ovinos por apresentar características interessantes ao 
sistema, tais como: Porte médio (adequado ao ovino), atingindo aproximadamente 80 cm de altura; 
grande capacidade e rapidez de perfilhamento; fácil propagação por sementes; alta produtividade de 
forragem no inverno, com 35 a 40% da produção anual ocorrendo na seca; boa tolerância ao pastejo 
baixo promovido pelo ovino, e isto possibilita a adoção dessa técnica como parte estratégica no controle 
de helmintos parasitas (favorecendo a exposição de larvas às intempéries climáticas como radiação solar 
e ventos); e, uma arquitetura foliar aberta e ereta, típica das forragens cespitosas, proporcionando uma 
maior incidência de radiação solar e maior ventilação dentro do perfil da pastagem. Estas características 
forçam a migração das larvas para a base do capim logo nas primeiras horas da manhã, após a secagem 
do orvalho, e deste modo favorecem o controle das verminoses.
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 13
Origem: África. Esta gramínea foi introduzida no Brasil pelo Instituto de Zootecnia
de Nova Odessa, SP em 1974, atual APTA, sendo avaliado e lançado como cultivar
em 1995.
Características: apresenta hábito de crescimento cespitoso e porte médio, atinge
entre 1 - 1,4 m de altura, apresenta folhas estreitas de coloração verde escuro. As
inflorescências são do tipo panícula pequena, e de menor tamanho do que as do cv.
colonião. Apresenta rebrote rápido após pastejo e uma boa cobertura de solo.
Exigências: alta exigência em fertilidade de solos, desenvolvendo bem em locais
com precipitação pluviométrica entre 800 a 1000 mm. Como a maioria dos 
Panicuns, o Aruana prefere solos leves, friáveis, férteis bem drenados e profundos.
Produtividade: capacidade de produção média de 18 - 21 t/MS/ha/ano, sendo a
produção distribuída em 40% no período da seca.
Utilização: é mais recomendada para o pastejo baixo por ovinos e eqüinos.
Composição química: apresenta em média de 9 - 12% PB na MS 64 - 66%
DIVMS.
Capacidade de suporte: pode suportar até 7UA/ha.
Plantio: mais comum por mudas e sementes, sendo as taxas de semeadura:
semelhantes as exigida pelo Tanzânia-1 e Mombaça. A profundidade de plantio:
com os melhores resultados obtidos com o uso de rolo compactador incorporando 
as sementes em torno de 2,0 cm de profundidade o que permite um aumento do 
contato das mesmas com o solo, e favorece a germinação. Não é recomendado o 
uso de grade niveladora. Pode-se adaptar um sistema de correntes atrás das 
semeadoras o que permite jogar um volume pequeno de terra nas sementes. Após 
90 dias de germinação, faz-se o primeiro pastoreio com animais jovens, 
promovendo um corte até 30 a 40 cm de altura, para favorecer o perfilhamento e 
fortalecer o sistema radicular. Para um melhor aproveitamento da forragem no 
verão, recomenda-se que cada piquete seja subdividido com auxílio de cerca 
elétrica móvel, sendo movimentada em faixas, liberando-se 1/3 da pastagem a 
cada período de 3 a 5 dias.
Resistência: tolerância mediana a seca, maior tolerância ao frio e a cigarrinha das
pastagens, não tolera encharcamento.
CAPIM ATLAS - Panicum maximum - cv. Atlas
O capim Atlas (Panicum maximum Jacq.) é uma planta cespitosa, de ciclo perene, com altura entre 1,5 a 
2,0 m com alto perfilhamento basal, colmos de diâmetro médio, comprimento de internódio curto e com 
pouca cerosidade, as folhas apresentam pouca pilosidade na bainha, com comprimento da lâmina 
também médio e coloração verde clara. É uma forrageira híbrida desenvolvida pela Matsuda Sementes, 
através do cruzamento de uma linhagem sexual do Tobiatã com o K-68 (proveniente da Costa do 
Marfim). Esta planta forrageira é de mediana exigência em solos sendo indicada para solos com 
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 14
saturação das bases acima de 40%, sendo bastante tolerante ao alumínio; sua exigência em P é acima 
de 5 mg dm. Apresenta boa resistência à seca devendo ser plantado em regiões com precipitação 
pluviométrica acima dos 800 mm/ano (SEPROTEC, 2008). A produtividade de matéria seca é de 20 a 22 
t.ha.ano (MATSUDA, 2008).
Origem: é um híbrido desenvolvido pela Matsuda Sementes. É provenientedo
cruzamento da linhagem Tobiatã com a linhagem K-68 (originária da Costa do
Marfim). Os trabalhos foram iniciados em 1993 e o lançamento do cv. Atlas foi em
2003.
Características: é uma planta cespitosa, perene, com altura média variável entre
1,5 a 2,0 m. Apresenta colmos com diâmetro médio, internódios curtos e pouca
cerosidade, as folhas possuem pouca pilosidade na bainha, comprimento médio e
coloração verde clara.
Exigência: mediana em fertilidade tolera níveis elevados de Al, muito semelhante
ao cv. Vencedor, tolerante a seca, desenvolvendo bem em locais com precipitação
anual média entre 800 – 1800 mm.
Produtividade: produção média entre 20 - 22 t/MS/ha em 6 (seis) cortes anuais.
É menos produtivo do que o cv. Tobiatã e Tanzânia. Promovendo ganhos de peso
vivo GPV 850 g/animal/dia na estação das águas e 216 g animal/dia nas secas.
Composição química: média de 10 - 12%PB na MS e coeficiente de
digestibilidade entre 60-70% (DIVMS).
Indicações: mais recomendado para a utilização na forma de pastagens para
espécies, bovinos e eqüinos.
Plantio: uso de sementes com densidade 10 kg/ha conforme VC ou plantio em
mudas.
CAPIM ARIES - Panicum maximum - cv. Aries
O capim Áries (Panicum maximum Jacq.) é um cultivar híbrido do cruzamento entre os cultivares de 
origem africana, Centauro e Aruana, cruzados e selecionados pela Matsuda Sementes e Nutrição Animal 
caracterizando-o como de ciclo precoce, plantas de porte baixo, talos finos, sem pilosidade, grande 
produtor de sementes e de florescimento indeterminado. É uma espécie forrageira exigente em 
fertilidade de solo, possui intenso perfilhamento, rápida rebrota boa qualidade nutricional e excelente 
digestibilidade, com produtividade de 18 a 20 t.ha.ano de matéria seca em cultivo exclusivo. Apresenta 
boa tolerância às secas e é recomendado para pastejo de eqüinos, ovinos, caprinos e bezerros recém-
desmamados (FILHO, 2007; MATSUDA, 2008).
Origem: é um cultivar obtido do cruzamento realizado em 1993 pela Matsuda
Sementes entre o LSC2 (linhagem Centauro) com o cv. Aruana (IZ), avaliado nos
anos de 2001 e 2002 e lançado em 2003.
Características: é uma planta cespitosa, perene, com altura média entre 1,2m e
1,5m apresenta um porte baixo, com colmos finos e internódios curtos
Forragicultura e Pastagens – Notas de Aula 2011, IFMG Campus Bambuí 15
apresentando pouca cerosidade, bainha com folhas sem pêlos, lâmina curta e de
coloração verde clara.
Exigências: precipitação média entre 800 – 1800 mm apresenta rebrote rápido, e
desenvolve bem em solos de fertilidade mediana.
Produtividade: média de 18-20 t/MS/ha/ano em 6 cortes.
Composição química: em média apresenta de 12-15%PB MS e coeficiente de
digestibilidade entre 66 - 70% DIVMS.
Indicações: recomendada para pastejo por bovinos, ovinos e eqüinos.
Tolerância: não apresenta tolerância à cigarrinha, tolera bem condições de
encharcamento e seca temporária, não tolera frio.
Plantio: por sementes com densidade de 10 kg/ha e por mudas.
Referencias bibliográficas
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