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Eletrônica Eletrônica básica - Teoria Circuito RL série em CA Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET Circuito RL série em CA © SENAI-SP, 2003 Trabalho editorado pela Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP, a partir dos conteúdos extraídos da apostila homônima Circuito RL série em CA - Teoria. SENAI - DN, RJ, 1985. Capa Gilvan Lima da Silva Digitalização UNICOM - Terceirização de Serviços Ltda SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo - SP Av. Paulista, 1313 – Cerqueira Cesar São Paulo – SP CEP 01311-923 Telefone Telefax SENAI on-line (0XX11) 3146-7000 (0XX11) 3146-7230 0800-55-1000 E-mail Home page Senai@sp.senai.br http://www.sp.senai.br Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET Sumário Introdução 5 O circuito RL série em CA 7 Impedância e corrente no circuito RL série em CA 9 As tensões no circuito RL série em CA 13 Rede de defasagem RL 17 Referências bibliográficas 23 Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 5 Introdução Os indutores também podem ser associados em série ou em paralelo com resistores formando circuitos RL. A partir desta unidade inicia-se o estudo destes circuitos, denominados de circuitos reativos indutivos. Esta unidade tratará do circuito RL série, abordando aspectos relativos a impedância, tensões e corrente, visando possibilitar a compreensão do comportamento destes circuitos. Pré-requisitos Para ter sucesso no desenvolvimento dos conteúdos e atividades desta unidade você já deverá ter conhecimentos relativos a: • Representação vetorial de parâmetros elétricos CA; • Indutores. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET6 Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 7 O circuito RL série em CA Quando se aplica um circuito série RL a uma fonte de CA senoidal a corrente circulante também assume a forma senoidal. Como em todo o circuito série, a corrente é única (IR = IL = I) no circuito. Por esta razão, a corrente é tomada como referência para o estudo do circuito RL série. A circulação de corrente através do resistor dá origem a uma queda de tensão sobre o componente. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET8 A queda de tensão no resistor (VR = I . R) está em fase com a corrente. Esta mesma corrente, ao circular no indutor, dá origem a uma queda de tensão sobre o componente. Devido a auto indutância, a queda de tensão no indutor (VL = I . XL) está adiantada 90º em relação a corrente no circuito. As figuras acima representam os gráficos senoidal e vetorial completos para os circuitos RL série. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 9 Impedância e corrente no circuito RL série em CA O circuito RL série aplicado a CA apresenta uma oposição a circulação de corrente, denominada impedância. A fórmula para calcular esta impedância pode ser encontrada a partir da análise do gráfico vetorial do circuito. O vetor VL é dado por I.XL e o vetor VR representa I.R. Dividindo-se os vetores pelo valor I o gráfico não se altera e assume nova característica. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET10 A resultante do sistema de vetores fornece a impedância do circuito RL série. 2 L 22 XRZ += Isolando Z têm-se: Circuito RL série impedância 2L 2 XR Z += onde: Z = impedância em Ω ; R = resistência do resistor em Ω ; XL = reatância indutiva em Ω . A partir desta equação podem ser isoladas as que determinam R e XL: 2 L XRZ 2 += 22 L 2 L 2 RZX XZR −= −= Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 11 Um exemplo de aplicação: Um indutor de 200mH em série com um resistor de 1800Ω é conectado a uma fonte CA de 1200Hz. A impedância do circuito é: 2 L 2 XR Z += XL = 2π.f.L XL = 6,28 . 1200 . 0,2 = XL = 1507,2Ω 5511651,8 Z 2,15071800 Z 22 =+= Z = 2347,7Ω A partir do momento que se dispõe da impedância de um circuito, pode-se calcular a corrente a partir da Lei de Ohm para circuitos de CA. Aproveitando o exemplo citado anteriormente. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET12 Que corrente circulará no circuito se a fonte fornece 60V (eficazes) ao circuito? Z = 2.347,7Ω (já calculado) 0,0256A I 2347,7 60V I Z V I T = Ω == I = 25,6mA Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 13 As tensões no circuito RL série em CA No gráfico vetorial do circuito RL série a tensão no indutor VL está defasada 90º da tensão no resistor VR devido ao fenômeno de auto-indução. A tensão total VT é a resultante do sistema de vetores e é calculada através do Teorema de Pitágoras. onde: VT = tensão eficaz aplicada ao circuito em V VR = queda de tensão no resistor em V VL = queda de tensão no indutor em V. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET14 Cabe ressaltar que a tensão total não pode ser encontrada através de soma simples (VR + VL) porque estas tensões estão defasadas. A fórmula de VT pode ser desdobrada para isolar os valores de VR e VL. 22 LRT VVV += 22 RTL TTR V- V V VVV = −= 22 Os valores de VR e VL podem ser calculados separadamente, se a corrente é conhecida, através da Lei de Ohm. A seguir estão colocados dois exemplos que ilustram a utilização das equações. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 15 Exemplo 1 2 L 2 XRZ += XL = 2π . f . L = 6,28 . 90 . 1,2 = 678,2Ω 773555 2,678560 Z 22 =+= Z = 879Ω Z V I T= Ω = 879 150V I I = 0,171A VR = I . R VR = 0,171A . 560Ω VR = 95,8V VL = I . XL VL = 0,171A . 678,2Ω VL = 115,9V As tensões VR e VL podem ser conferidas, aplicando-se os seus valores na equação de VT. 2 L 2 RT VV V += 22 T 9,11595,8 V += 22610,45 VT = VT = 150,36V confere, considerando-se as aproximações usadas Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET16 Exemplo 2 Com VR e R pode-se determinar I: R V I R= Ω = 330 50V I I = 0,152A Com VT e VR pode-se determinar VL: 2400 V 5070 V VV V L 22 L 2 R 2 TL =−= −= VL = 49V Com VL e I pode-se determinar XL: 0,152 49V X I V X L L L == XL = 332,4Ω Então pode-se determinar L: XL = 2π . f . L f2 X L L π = 60 . 6,28 322,4 L = 376,8 322,4 L = L = 0,86H Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 17 Rede de defasagem RL O circuito RL série aplicado a CA permite que se obtenha uma tensão CA defasada da tensão aplicada. A tensão aplicada a rede RL corresponde a tensão VT no gráfico vetorial e a tensão de saída ao vetor VL, uma vez que a saída é tomada sobre o indutor. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET18 Pelo gráfico vetorial se verifica que a tensão VL (tensão de saída) está adiantada em relação a tensão VT (tensão de entrada). O ângulo entre os vetores VL e VT é o ângulo de defasagem entre entrada e saída. O ângulo de defasagem pode ser determinado a partir do gráfico vetorial da impedância ou das tensões. O ângulo entre VR e VT é o ângulo ϕ (fi) que pode ser encontrado através das relações do triângulo retãngulo. Z R cos =ϕ ou T R V V cos =ϕ Z R cosarc =ϕ ou T R V V cosarc =ϕ Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 19 Tendo-se o ângulo ϕ (entre VR e VT) determina-se o ângulo entre VT e VL. ϕ−=α º90 Quando o efeito resistivo no circuito é maior que o indutivo (R > XL) o ângulo ϕ é menor que 45º e o circuito é dito predominantemente resisitivo. Se, por outro lado, o efeito indutivo é maior que o resistivo (XL > R) o ângulo ϕ é maiorque 45º e o circuito é dito predominantemente indutivo. A seguir estão colocados dois exemplos de determinação do ângulo de defasagem provocado por um circuito RL série em CA. Exemplo 1 Determinar o ângulo de defasagem entre saída e entrada Z R cos =ϕ necessita-se calcular Z. 2 L 2 XRZ += XL = 2π. f . L XL = 6,28 . 300 . 0,6 XL = 1130Ω 22 1130680 Z += 1739300 Z = Z = 1319Ω Z R cos =ϕ 1319 680 cos =ϕ cos ϕ = 0,515 Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET20 Consultando uma tabela de cossenos ou usando calculadora: 0,515 = cos 59º (circuito predominantemente indutivo) Pode-se construir o gráfico vetorial de R e Z: O ângulo ente Z e XL pode ser determinado: α = 90 - ϕ α = 90º - 59º α = 31º Isto significa que a senóide de saída (VL) está 31º adiantada com relação a entrada. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 21 Exemplo 2 Determinar a defasagem entre a saída e a entrada da rede. T R V V cos =ϕ necessita-se calcular VR. 2 L 2 RT VV V += 2 L 2 TR VV V −= 22 R 55120 V −= 11375 VR = VR = 107V T R V V cos =ϕ 120V 107V cos =ϕ cos ϕ = 0,89 0,89 = cos 27º ângulo ϕ = 27º (circuito predominantemente resistivo) O ângulo entre VL e VT pode ser calculado; α = 90º - 27º α = 61º Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET22 Isto significa que a tensão de saída estará 61º adiantada em relação a entrada. Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET 23 Referências bibliográficas DAWES, Chester L. Curso de Eletrotécnica; corrente alternada. (A course in electrical engeneering) Trad. de João Protásio Pereira da Costa. 18 ed. Porto Alegre, Globo, 1979. v. 4. DEGEM SYSTEMS. Circuitos elétricos de CA. Is rall, Eletrônica Modular Pantec, c1976. 163p. ilust. SENAI/DN. Impedância. Rio de Janeiro, Divisão de Ensino e Treinamento, 1980. (Módulo Instrucional - Eletricidade; eletrotécnica, 18). VAN VALKENBURGH, NOOGER & NEVILLE. Eletricidade Básica. 5 ed. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1960. v. 4. ilust. SENAI/DN. Circuito RL série em Ca, teoria Rio de Janeiro, Divisão de Ensino e Treinamento, 1985. (Série Eletrônica Básica). Circuito RL série em CA SENAI-SP - INTRANET24 Eletrônica básica Teoria: 46.15.11.752-8 Prática:46.15.11.736-4 Teoria 46.15.12.760-4 Prática: 46.15.12.744-1 1. Tensão elétrica 41. Diodo semi condutor 2. Corrente e resistência elétrica 42. Retificação de meia onda 3. Circuitos elétricos 43. Retificação de onda completa 4. Resistores 44. Filtros em fontes de alimentação 5. Associação de resistores 45. Comparação entre circuitos retificadores 6. Fonte de CC 46. Diodo emissor de luz 7. Lei de Ohm 47. Circuito impresso - Processo manual 8. Potência elétrica em CC 48. Instrução para montagem da fonte de CC 9. Lei de Kirchhoff 49. Multímetro digital 10. Transferência de potência 50. Diodo zener 11. Divisor de tensão 51. O diodo zener como regulador de tensão 12. Resistores ajustáveis e potenciômetros 52. Transistor bipolar - Estrutura básica e testes 13. Circuitos ponte balanceada 53. Transistor bipolar - Princípio de funcionamento 14. Análise de defeitos em malhas resistivas 54. Relação entre os parâmetros IB, IC e VCE 15. Tensão elétrica alternada 55. Dissipação de potência e correntes de fuga no transistor 16. Medida de corrente em CA 56. Transistor bipolar - Ponto de operação 17. Introdução ao osciloscópio 57. Polarização de base por corrente constante 18. Medida de tensão CC com osciloscópio 58. Polarização de base por divisor de tensão 19. Medida de tensão CA com osciloscópio 59. Regulador de tensão a transistor 20. Erros de medição 60. O transistor como comparador 21. Gerador de funções 61. Fonte regulada com comparador 22. Medida de freqüência com osciloscópio 62. Montagem da fonte de CC 23. Capacitores 63. Amplificador em emissor comum 24. Representação vetorial de parâmetros elétricos CA 64. Amplificador em base comum 25. Capacitores em CA 65. Amplificador em coletor comum 26. Medida de ângulo de fase com osciloscópio 66. Amplificadores em cascata 27. Circuito RC série em CA 67. Transistor de efeito de campo 28. Circuito RC paralelo em CA 68. Amplificação com FET 29. Introdução ao magnetismo e eletromagnetismo 69. Amplificador operacional 30. Indutores 70. Circuito lineares com amplificador operacional 31. Circuito RL série em CA 71. Constante de tempo RC 32. Circuito RL paralelo em CA 72. Circuito integrador e diferenciador 33. Ponte balanceada em CA 73. Multivibrador biestável 34. Circuito RLC série em CA 74. Multivibrador monoestável 35. Circuito RLC paralelo em CA 75. Multivibrador astável 36. Comparação entre circuitos RLC série e paralelo em CA 76. Disparador Schmitt 37. Malhas RLC como seletoras de freqüências 77. Sensores 38. Soldagem e dessoldagem de dispositivos elétricos 39. Montagem de filtro para caixa de som 40. Transformadores Todos os títulos são encontrados nas duas formas: Teoria e Prática
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