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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Fichamento de Estudo de Caso Camilla Medeiros Fortunato Trabalho da disciplina Gestão do Conhecimento Tutor: Prof. Cesar Augusto Lessa Pinheiro Rio de Janeiro, RJ 2015 Estudo de Caso : Gestão do Conhecimento Cirque du Soleil O estudo de caso apresentado aborda a história de sucesso do Cirque du Soleil, que completou 30 anos de existência em 2014. O Cirque du Soleil deu seus primeiros passos como um "circo sem animais" no Canadá, com apenas 73 pessoas e uma ideia fixa: fazer sempre o que ninguém faz. Hoje a companhia conta com uma grande estrutura organizacional de 4 mil funcionários e já encantou o público de 4 continentes com seu espetáculo. Em 1998, a empresa foi avaliada em 800 milhões de dólares. O Cirque du Soleil mudou o modo como os circos eram apresentados. Ao longo do tempo, o circo deixou de ser uma atração interessante, pois não haviam motivos que levassem o público a emocionar-se, por tornar-se repetitivo em toda e qualquer apresentação. Para atender todas essas necessidades, o Cirque Du Soleil surgiu com uma proposta inovadora, pautada em seus valores de inovação e criatividade, garantindo a aplicabilidade de sua missão de “Invocar imaginação, provocar os sentidos e evocar as emoções das pessoas por todo o mundo”. Ao longo do texto, podemos identificar diversos elementos da Gestão do Conhecimento. Na “era da informação”, o sucesso e o porte de uma organização são atribuídos a sua agilidade, a sua competência de adequar-se a qualquer situação e a sua capacidade de inovar – independente de seu tamanho físico. A aproximação dos indivíduos e a necessidade de atuar de forma solidária no cotidiano de trabalho ajudam a criar uma sinergia dentro do ambiente interno das empresas e a potencializar a produção e a multiplicação do conhecimento de cada um. Apesar da trupe estar quase sempre em turnê pelo mundo, o Cirque conta uma sede, onde trabalham aproximadamente 2.000 pessoas, composta por salas de treinamento acrobático e artístico, e ateliês para a confecção de vestuário e da cenografia. Das mesas de quem desempenha o trabalho mais burocrático é possível acompanhar o o treinamento dos artistas, durante todo o dia. Estúdios e escritórios estão lado a lado, separados apenas por enormes janelas, e a integração entre quem, em breve, estará nos palcos e os que nunca passarão perto deles é estimulada em diversos espaços de convivência espalhados pelos prédios do complexo. A sede representa um laboratório de criatividade, onde as melhores mentes criativas, especialistas em diversas áreas e artistas entre os melhores do mundo podem colaborar em projetos de criação. Para mexer com a imaginação, os sentidos e emoções das pessoas, o Cirque Du Soleil investe na diversidade cultural, que vêm de todos os lugares e são respeitados e aceitos com suas diferenças, para a maximização do desempenho. Esse diferencial faz com que a gestão de pessoas do Cirque seja um enorme desafio. É preciso considerar as competências dos candidatos, procurando identificar neles as aptidões que mais se ajustam às exigências da cultura organizacional e dos valores praticados pela empresa. No Cirque, a seleção dos artistas é baseado em 5 atributos essenciais, que são: paixão, responsabilidade, comprometimento, trabalho em equipe e criatividade. A seleção dos artistas requer um alto nível de dedicação, pois a trupe é formada por diversas nacionalidades, incluindo crianças, artistas de circo, ginastas e acrobatas. A escolha de ex-ginastas parece ser uma opção relativamente fácil, porém o principal ponto do espetáculo é união dessas acrobacias com o lado artístico. Esta transição não é tão fácil, mesmo o Cirque usando, ao máximo, as habilidades atléticas de seus artistas. A equipe que sai em turnê hoje é acompanhada por terapeutas especializados, massagistas e até professores, encarregados da educação dos menores de idade. Podemos afirmar que o Cirque é uma organização resiliente, especialmente quando falamos dos seus funcionários - adequadamente selecionados, motivados, apoiados, equipados e liderados para ultrapassar qualquer obstáculo ou catástrofe. Para exemplificar esta resiliência, o texto ressalto que uma das características dos espetáculos do Cirque é a alta complexidade e periculosidade dos movimentos dos artistas em cena, muitas vezes à diversos metros de altura do chão. O Cirque faz o possível para tornar as condições de trabalho favoráveis aos artistas, mas não podia controlar as contusões. A cada dia, para cada apresentação, a equipe deve reavaliar as contusões e então reestruturar trechos do espetáculo, eliminando alguns e reduzindo ou aumentando outras rotinas para compensar. Além disso, apesar das contusões, há a preocupação em manter os artistas envolvidos mesmo quando não podiam se apresentar e estavam se recuperando. Apesar destas dificuldades existirem, todos os membros do Cirque devem ter capacidade de resiliência e forte dose de motivação. O Cirque consegue resistir e se superar diante destas situações inesperadas, dando continuidade às suas operações nos momentos de maior risco e após a presença desses fatores de estresses. O texto deixa bem claro uma conclusão: Em uma era em que os recursos tecnológicos são imperativos, o Cirque du Soleil se mostra como uma organização feita por meio das pessoas, com as pessoas e para as pessoas. 1
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