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INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
APOSTILA DE METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO
Prof. Ricardo Sanctis
SOROCABA
2015
Caros Alunos,
 Estão reunidos nesta apostila todos os itens da ementa de METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO para o primeiro semestre do ano letivo de 2015. Todo nosso trabalho terá como ponto de partida os conceitos aqui elencados, o que não obstará a oportunidade de nossa reflexão e extrapolação, visto que a Educação é uma realidade dinâmica e muitas vezes relativa no que diz respeito aos contextos que educandos e educadores podem vivenciar.
 Espero que as aulas dialogadas com base nos conteúdos pré-estabelecidos seja um início para uma vida de pesquisa que todos abraçarão.
Felicidades! 
Professor Ricardo 
ESCLARECIMENTOS SOBRE O CONTRATO PEDAGÓGICO:
A. Horário de entrada e saída das aulas;
B. Lista de chamada;
C. Uso do material didático (apostila) nas aulas;
D. Situações quanto ao uso de celular durante as aulas;
E. Apresentação de trabalhos de forma escrita ou oral, só serão avaliados na data combinada;
F. O não comparecimento na B1 ou B2, o acadêmico fará a prova substitutiva mediante a autorização do coordenador do curso.
G. O acadêmico será avaliado, por meio de provas e trabalhos apresentados;
H. A divulgação da nota bimestral será através do sistema de informática oferecido pela própria Instituição aos acadêmicos, por meio de seu R.A.;
I. A revisão de prova, resultante das comparações entre colegas de classe, podem resultar tanto no aumento ou diminuição da nota;
J. Ao realizarem as provas cuidar para que sejam seguidas todas as instruções tais como: não consultar, não rasurar, escrever sempre a tinta etc.
K. Conhecer e utilizar a BIBLIOTECA da Instituição com o objetivo de promover à PESQUISA para a realização de Trabalhos Acadêmicos;
L. Ter em mãos o CADERNO DE INFORMAÇÕES ACADÊMICAS oferecido pela Instituição, para possíveis dúvidas quanto ao montante de faltas por disciplina, calendário referente à semana de provas e outros.
O CONTRATO PEDAGÓGICO é de extrema importância para o desenvolvimento de nossas aulas, pois com esses esclarecimentos podemos evitar conflitos desnecessários para ambos (EDUCADOR-ACADÊMICO), durante o semestre, com o objetivo de executar o processo de ensino-aprendizagem da disciplina, por meio de estudo e aplicação dos conteúdos a serem seguidos de acordo com a EMENTA determinada pela INSTITUIÇÃO.
UNIDADE 1: PESQUISA: NOÇÕES PRELIMINARES
Texto para reflexão:
Evans-Pritchard, um antropólogo, estudou profundamente a crença de um grupo africano na feitiçaria. Assim ele descreve uma situação do cotidiano deste grupo:
 A princípio achei estranho viver entre os Azande e ouvir suas ingênuas explicações de infortúnios que, para nós, têm causas evidentes. Depois de certo tempo aprendi a lógica do seu pensamento e passei a aplicar noções de feitiçaria de forma tão espontânea quanto eles mesmos, nas situações em que o conceito era relevante. Um menino bateu o pé num pequeno toco de madeira que estava no seu caminho – coisa que acontece frequentemente na África – e a ferida doía e incomodava. O corte era no dedão e era impossível mantê-lo limpo. Inflamou. Ele afirmou que bateu o dedo no toco por causa da feitiçaria. Como era meu hábito argumentar com os Azande e criticar suas declarações, foi o que fiz. Disse ao garoto que ele batera o pé no toco de madeira porque ele havia sido descuidado, e que o toco não havia sido colocado no caminho por feitiçaria, pois ele ali crescera naturalmente. Ele concordou que a feitiçaria não era responsável pelo fato de o toco estar no seu caminho, mas acrescentou que ele tinha os seus olhos bem abertos para evitar tocos – como, na verdade, os Azande fazem cuidadosamente – e que se ele não tivesse sido enfeitiçado ele teria visto o toco. Como argumento final para comprovar o seu ponto de vista ele acrescentou que cortes não demoram dias e dias para cicatrizar, mas que, ao contrário, cicatrizam rapidamente, pois esta é a natureza dos cortes. Por que, então, sua ferida havia inflamado e permanecido aberta, se não houvesse feitiçaria atrás dela? (E. Evans Pritchard. Witchcraft, Oracles and Magic among the Azande, . 64-67: Apud: ALVES, Rubem. In: Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras, p. 17)
Qual a sua avaliação sobre este relato?
A ciência na Idade Média
 Idade Média
Durante a Idade média, na Europa, predomina a religião cristã. A religião cristã acabou por ser a herdeira da civilização grega e romana. Depois da derrocada do império romano, foram os cristãos — e os árabes —, espalhados por diversos mosteiros, que preservaram o conhecimento antigo. Dada a sua formação essencialmente religiosa, tinha tendência para encarar o conhecimento, sobretudo o conhecimento da natureza, de uma maneira religiosa. O nosso destino estava nas mãos de Deus e até a natureza nos mostrava os sinais da grandeza divina. Restava-nos conhecer a vontade de Deus. Para isso, de nada serve a especulação filosófica se ela não for iluminada pela fé. E o conhecimento científico não pode negar os dogmas religiosos e deve até fundamentá-los. A ciência e a filosofia ficam assim submetidas à religião; a investigação livre deixa de ser possível. Esta atitude de totalitarismo religioso irá acabar por ter conseqüências trágicas para Galileu e para Giordano Bruno (1548-1600), tendo este último sido condenado pela Igreja em função das suas doutrinas científicas e filosóficas: foi queimado vivo. 
As teorias dos antigos filósofos gregos deixaram de suscitar o interesse de outrora. A sabedoria encontrava-se fundamentalmente na Bíblia, pois esta era a palavra divina e Deus era o criador de todas as coisas. Quem quisesse compreender a natureza, teria, então, que procurar tal conhecimento não diretamente na própria natureza, mas nas Sagradas Escrituras. Elas é que continham o sentido da vontade divina e, portanto, o sentido de toda a natureza criada. Era isso que merecia verdadeiramente o nome de «ciência». 
Compreender a natureza consistia em interpretar a vontade de Deus e o problema fundamental da ciência consistia em enquadrar devidamente os fenômenos naturais com o que as Escrituras diziam. Assim se reduzia a ciência à teologia 
O mundo medieval é inequivocamente um mundo teocêntrico e a instituição que se encarregou de fazer perdurar durante séculos essa concepção foi a Igreja. A Igreja alargou a sua influência a todos os domínios da vida. Não foi apenas o domínio religioso, foi também o social, o econômico, o artístico e cultural, e até o político. Com o poder adquirido, uma das principais preocupações da Igreja passou a ser o de conservar tal poder, decretando que as suas verdades não estavam sujeitas à crítica e quem se atrevesse sequer a discuti-las teria de se confrontar com os guardiões em terra da verdade divina. 
A ciência está subordinada à filosofia e esta à teologia. A igreja define que a Terra é um tabernáculo retangular rodeado por um abismo de água. Nesta época, desenvolve-se uma cultura livresca (escolástica) e o universo é consolidado no século XIV como antropocêntrico, santificado pela religião e racionalizado pela concepção geocêntrica.
A Terra na Idade média
Todavia, começou a surgir, por parte de certos pensadores, a necessidade de dar um fundamento teórico, ou racional, à fé cristã. Era preciso demonstrar as verdades da fé; demonstrar que a fé não contradiz a razão e vice-versa. Se antes se dizia que era preciso «crer para compreender», deveria então se juntar «compreender para crer». A fé revela-nos a verdade, a razão demonstra-a. Assim, fé e razão conduzem uma à outra. 
Investigações recentes revelaram que houve mesmo assim algumas contribuições que iriam ter a sua importância no que posteriormente viria a pertencer ao domínio da ciência. Destaca-se a influência de Sto Agostinho e S. Tomás de Aquino. O primeiro estava mais próximo das idéias platônicase o segundo procurava adaptar as teses filosóficas de Aristóteles à visão cristã do universo. 
S. Tomás (1224-1274) veio dar ao cristianismo todo um suporte filosófico, socorrendo-se para tal dos conceitos da filosofia aristotélica que se vê, deste modo, cristianizada. Tanto os conceitos de Aristóteles como a sua cosmologia (geocentrismo reformulado por Ptolomeu: o universo é formado por esferas concêntricas, no meio do qual está a Terra imóvel) foram utilizados e adaptados à doutrina cristã da Igreja por S. Tomás. Aristóteles passou a ser estudado e comentado nas escolas (que pertenciam à Igreja, funcionando nos seus mosteiros) e tornou-se, a par das Escrituras, uma autoridade no que diz respeito ao conhecimento da natureza. 
No final da Idade Média, Nicolau Copérnico (1473-1543) resgata o pensamento astronômico grego e propõe um universo heliocêntrico e finito (limitado pela esfera das estrelas fixas e sua obra é proibida pela Inquisição Católica). Copérnico com a publicação do seu livro A Revolução das Órbitas Celestes veio defender uma teoria que não só se opunha à doutrina da Igreja, como também ao mais elementar senso comum, enquadrados pela autoridade da filosofia aristotélica largamente ensinada nas universidades da época: essa teoria era o heliocentrismo.  O heliocentrismo, ao contrário do geocentrismo até então reinante, veio defender que a Terra não se encontrava imóvel no centro do universo com os planetas e o Sol girando à sua volta, mas que era ela que se movia em torno do Sol. 
A pesquisa científica – alguns questionamentos
O que é pesquisa?
Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como o 
(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.
Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa. As razões que levam à realização de uma pesquisa científica podem ser agrupadas em razões intelectuais (desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer) e razões práticas (desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficaz).
Para se fazer uma pesquisa científica, não basta o desejo do pesquisador em realizá-la; é fundamental ter o conhecimento do assunto a ser pesquisado, além de recursos humanos, materiais e financeiros. É irreal a visão romântica de que o pesquisador é aquele que inventa e promove descobertas por ser genial. Claro que se há de considerar as qualidades pessoais do pesquisador, pois ele não se atreveria a iniciar uma pesquisa se seus dados teóricos estivessem escritos numa língua que ele desconhece.
Mas, por outro lado, ninguém duvida que a probabilidade de ser bem- sucedida uma pesquisa quando existem amplos recursos materiais e financeiros (para pagar um tradutor, por exemplo) é muito maior do que outra com recursos deficientes.
Assim, quando formos elaborar um projeto de pesquisa, devemos levar em consideração, inicialmente, nossos próprios limites. Nisso, não se inclui o fato de não sabermos ler numa determinada língua, pois, se o trabalho for importante e estiver escrito em russo, devemos encaminhá-lo para tradução à pessoa habilitada.
O planejamento, passo a passo, de todos os processos que serão utilizados, faz parte da primeira fase da pesquisa científica, que envolve ainda a escolha do tema, a formulação do problema, a especificação dos objetivos, a construção das hipóteses e a operacionalização dos métodos.
O que é metodologia?
Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.
É importante salientar a diferença entre metodologia e métodos. A metodologia se interessa pela validade do caminho escolhido para se chegar ao fim proposto pela pesquisa; portanto, não deve ser confundida com o conteúdo (teoria) nem com os procedimentos (métodos e técnicas). Dessa forma, a metodologia vai além da descrição dos procedimentos (métodos e técnicas a serem utilizados na pesquisa), indicando a escolha teórica realizada pelo pesquisador para abordar o objeto de estudo.
No entanto, embora não sejam a mesma coisa, teoria e método são dois termos inseparáveis, “devendo ser tratados de maneira integrada e apropriada quando se escolhe um tema, um objeto, ou um problema de investigação” (MINAYO, 2007, p. 44).
Minayo (2007, p. 44) define metodologia de forma abrangente e concomitante
(...) a) como a discussão epistemológica sobre o “caminho do pensamento” que o tema ou o objeto de investigação requer; b) como a apresentação adequada e justificada dos métodos, técnicas e dos instrumentos operativos que devem ser utilizados para as buscas relativas às indagações da investigação; c) e como a “criatividade do pesquisador”, ou seja, a sua marca pessoal e específica na forma de articular teoria, métodos, achados experimentais, observacionais ou de qualquer outro tipo específico de resposta às indagações específicas.
 O que é conhecimento?
De acordo com Fonseca (2002, p. 10), 
(...) o homem é, por natureza, um animal curioso. Desde que nasce interage com a natureza e os objetos à sua volta, interpretando o universo a partir das referências sociais e culturais do meio em que vive. Apropria-se do conhecimento através das sensações, que os seres e os fenômenos lhe transmitem. A partir dessas sensações elabora representações. Contudo essas representações, não constituem o objeto real. O objeto real existe independentemente de o homem o conhecer ou não. O conhecimento humano é na sua essência um esforço para resolver contradições, entre as representações do objeto e a realidade do mesmo. Assim, o conhecimento, dependendo da forma pela qual se chega a essa representação, pode ser classificado de popular (senso comum), teológico, mítico, filosófico e científico.
Veremos mais adiante os diferentes tipos de conhecimento.
Trocando em miúdos:
	Questões?-------------------------- busca da certeza
Palpites / intuição
Palpites vinham da Observação de alguém	 Experiência (pessoas mais velhas)
As pessoas que tinham mais experiência tinham mais capacidades intuir sobre determinada questão/ dúvida, portanto ter mais certeza sobre as afirmações que tinha feito.
Aos dados que provem das experiências damos o nome de dados empírico.
1637 – partir daí, um filósofo chamado René Descartes publicou “ O discurso do método”- institui a dúvida. Para Descartes nós não deveríamos duvidar das nossas intuições e das interpretações dos nossos sentidos.
Duvidou tanto que duvidou até da própria existência. Do “EU”. Chegou à famosa conclusão: “ Penso, logo existo.”
Como ele percebeu que tínhamos que nos basear em um outro tipo de dado.
Percebeu que os dados QUANTITATIVOS – DADOS QUE PODEM SER MEDIDOS PELA MATEMÁTICA – traz mais confiabilidade que a intuição.
Este foi o primeiro asso para o que chamamos de pesquisa científica.
O que a pesquisa científica almeja é aquilo que Descartes previu. A certeza que temos que ter para as nossas respostas.
Depois do primeiro passo de Descartes, vários filósofos começaram a pensar a respeito disso. Houve, então um consenso par a necessidades da construção de um Método Científico.
O Método Científico é um conjunto de etapas que nós vamos estudar que faz com que tenhamos a pesquisa científica para se chegar a uma maior certeza.
Temos que sempre verificar as falhas do processo para que cheguemos à certeza cada vez maior.
	René Descartes (1596-1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da frase "Penso Logo Existo". É consideradoo criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade. Uma nova visão da natureza anulava o significado moral e religioso dos fenômenos naturais. Determinava que a ciência deveria ser prática e não especulativa.
A obra de Descartes, "O Discurso Sobre o Método", é um tratado matemático e filosófico, publicado na França em 1637 e traduzida para o latim em 1656. Em toda obra prevalece a autoridade da razão.
Leitura complementar: O que é cientifico – trecho retirado de:
ALVES, Rubem. O que é científico? Edições Loyola, SP, 2007.
Referências
ALVES, RUBEM. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. Editora Brasiliense. São Paulo, 1981. 
CHAUÍ, MARILENA. Convite à filosofia. Editora Ática. São Paulo, 1994. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
LUCKESI, CIPRIANO CARLOS e PASSOS, ELIZETE SILVA. Introdução à filosofia - aprendendo a pensar. Cortez Editora. 2ª Edição. São Paulo, 1993. 
MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:
Vozes, 2001.
FOUREZ, GÉRARD. A construção das ciências - Introdução à filosofia e à ética das ciências. Editora Unesp. 1995. São Paulo.
UNIDADE 2: HISTÓRIA UNIVERSIDADES: SUA CRIAÇÃO E PAPEL SOCIAL.
Por que você decidiu vir à Universidade?
A Universidade deve adaptar o homem à sociedade ou transformá-lo?
Qual seria o ideário de uma Universidade inserida no Neo-liberalismo?
Vamos entender o que é neoliberalismo:
	Estado Neoliberal
	-O número excessivo de regras e controles estatais sobre a economia inibia os investimentos privados, comprometendo o crescimento econômico em especial, as relações de trabalho, pois a quantidade de leis e de restrições trabalhistas criada pelo Estado de bem-estar social inibiria as contratações pelas empresas, impedindo a criação de empregos.
-a favor das privatizações, alegava-se que as empresas de propriedade do Estado seriam ineficientes e deficitárias, porque mantidas sob a proteção do poder público ao abrigo das leis do mercado. 
-abertura dos mercados nacionais para a concorrência internacional.
Como surgiu a universidade?
Um universitário de hoje talvez imagine que a ciência sempre foi parte integrante dessas instituições, mas a ciência chega relativamente tarde à comunidade universitária, vencendo muitas vezes grandes oposições.
A universidade antiga (medieval) tinha duas funções características:
preparava os jovens – com o trivium (gramática, retórica e lógica)  e o quadrivium (geometria, aritmética, música e astronomia), para a formação profissional ministrada em escolas
preparava profissionais para três profissões distintas - teologia, medicina e direito.
A base proporcionada pelo trivium e quadrivium, que em conjunto formavam as sete artes liberais, era filosófica, retórica e matemática. Ensinava-se pouco e havia um professor para todas as matérias. A formação era liberal. Na prática, no entanto, as artes liberais assumiam freqüentemente mais importância dentro das universidades do que o ensino profissional, propiciando um desenvolvimento cultural e intelectual no interior das universidades que nem sempre se acomodava com facilidade à verdade religiosa, que era o fundamento legitimador da coexistência entre as universidades e a Igreja. Nas escolas profissionais aprendia-se cada carreira, mas sem base em investigação científica. O conhecimento adquirido era reverenciado como patrimônio imutável.
A revolução no pensamento científico ocorreu no século XVII extra-muros universitários. Grandes nomes da ciência como Kepler, Galileu, Boyle e Newton promoveram uma revolução no pensamento humano devido a sua busca pela compreensão do universo. Estes pensadores atuavam fora das universidades, que se mantinham impermeáveis à criação científica. As universidades resistiam à penetração da ciência, mas o mesmo não se pode dizer do público. A ciência despertava a curiosidade das pessoas mais ou menos cultas pela convivência dos cientistas em reuniões ou conferências, com demonstrações. Dificilmente se poderia distinguir o profissional do amador e fundavam-se sociedades muito ativas que difundiam a ciência. Mais tarde iriam ligar a técnica à ciência, impelindo até mesmo “cientistas puros” a procurar resolver problemas de natureza técnica.
 
Reunião científica com demonstração.
 
A pesquisa organizada teve início na França (Primeira Revolução Científica) onde primeiro se reconheceu a extensão das descobertas de Newton e a necessidade de organizar a investigação científica. Esse reconhecimento e essa incorporação se tornaram possíveis porque Luís XIV (1671) deu à Academia de Paris fundos suficientes e a responsabilidade de realizar pesquisas experimentais e difundir os resultados dessas investigações. Luís XIV, um administrador de escola, viu na ciência um papel de relevo para o progresso nacional e cuidou de institucionalizá-la.
A ciência adiantou-se na França, onde se desenvolveram a pesquisa, a divulgação e a aplicação técnica.  Em 1800 era uma atividade organizada, sem igual no mundo.
 A lição da França foi aprendida pela Alemanha e pela Inglaterra. Na Alemanha havia um robusto sistema universitário com liberdade de ensino e de filosofia e as idéias francesas foram rapidamente absorvidas. As universidades alemãs tornaram-se grandes centros de investigação científica, embora a investigação tecnológica permanecesse de fora. Depois dessa peregrinação, voltou à Inglaterra a semente que ela mesma produzira. A ciência integrou-se nas universidades inglesas e em pouco tempo floresceu e frutificou largamente.
A vida universitária moderna está ligada hoje indissoluvelmente à ciência. Tornou-se uma indústria de conhecimento e de transmissão de ciência.
Universidades no Brasil
A transferência da família real para o Brasil transformou o país em sede da coroa portuguesa. Com a chegada da família real houve necessidade de implementação de medidas administrativas, econômicas e culturais para estabelecimento da infra-estrutura necessária ao funcionamento do império.
A criação dos primeiros estabelecimentos de ensino superior buscava formar quadros profissionais para os serviços públicos e administração do país. As áreas: medicina, engenharia e direito.
Em 1808, foram criados os primeiros estabelecimentos de ensino médico-cirúrgico de Salvador e do Rio de Janeiro. Criou-se a Imprensa Régia, a Biblioteca Nacional e os primeiros periódicos científicos. Na cultura das universidades atuais estão presentes, formas de pensar e atuar que marcaram o tempo do império. A forma de buscar o novo nas universidades, por exemplo, ainda é feita muitas vezes à moda de Dom Pedro II. Este, vendo a necessidade de modernizar a ciência e tecnologia brasileira, viajava, se empolgava com o que via na Europa, e trazia modelos e profissionais para reformar as instituições brasileiras. A ele devemos o Imperial Observatório, o Museu Nacional, o Arquivo Público, a Biblioteca Nacional, o Laboratório do Estado, o Jardim Botânico e a Academia Imperial de Belas Artes.
 
 
A Biblioteca Nacional.
Pela necessidade de modernizar a ciência e tecnologia brasileira, no século XX surge a primeira universidade brasileira criada pelo governo federal, no Rio de Janeiro em 1920, que aglutinou as Escolas Politécnica, de Medicina e de Direito já existentes. Reunir escolas e/ou faculdades tornou-se uma marca do desenvolvimento do sistema de ensino universitário brasileiro. Baseadas na universidade do Rio de Janeiro foram criadas as universidades federais nos estados. A presença de oligarquias na criação das universidades e os diversos acordos realizados entre o poder federativo e os estados são apontadas como intimamente relacionados aos diversos caminhos trilhados pelas universidades brasileiras desde a sua criação. Para grande parte dos historiadores, a instauração de muitas universidades significou o desvio de recursos financeiros para os estados, local de prestígio político e de emprego para os filhos das elites.
A criação de universidades foi amplamente discutida por grupos sociais diversos no país.  Havia três grupos atuantes no século XIX. A alta hierarquia do clero católico defendia a criação de uma universidade com hegemonia religiosa que ajudaria a aumentar os quadros intelectuais a serviço do projeto religioso. Esta universidade privilegiaria disciplinas como: Filosofia, a Tomista (conciliar o aristotelismo com o cristianismo); Teologia; Direito, com base na doutrina social da igreja; Letras; Artes; e, quem sabe no futuro, alguns poucos setores tecnológicos. Os liberais privilegiavam os setores jurídicos de estudo, as áreas humanísticas e a medicina. Defendiam um projeto desvinculado de compromissos religiosos, inspirado na Revolução Francesa e na Revolução Industrial. Já os positivistas defendiam que "o Brasil não precisava de universidades, mas de ensino fundamental para as massas, sobretudo no campo tecnológico". Pregavam a criação de escolas técnicas e científicas que ensinassem as leis da natureza e os meios de aproveitá-las em favor da humanidade.
A ditadura militar também imprimiu suas marcas via Reforma Universitária.
A reforma universitária (1968) foi um grande marco na história das universidades brasileiras. Esta reforma tinha como objetivos:
modernizar a universidade para um projeto econômico em desenvolvimento, dentro das condições de 'segurança' que a ditadura pretendia.
direcionar a universidade para o mercado de trabalho, ampliando o acesso da classe média ao ensino superior e cerceando a autonomia universitária.
Diversas medidas foram tomadas para alcançar tais metas, entre elas:
a unificação do vestibular por região;
o ingresso por classificação;
o estabelecimento de limite no número de vagas por curso;
a criação do curso básico;
o oferecimento de cursos em um mesmo espaço, com menor gasto de material e sem aumentar o número de professores;
a fragmentação e dispersão da graduação; o estabelecimento de matrícula por disciplina.
 Até 1968, o sistema universitário brasileiro estava dividido entre universidades públicas financiadas pelo Estado (aproximadamente 31 universidades) e universidades privadas de caráter confessional. O chamado setor privado era composto por aproximadamente 11 universidades de inspiração católica e uma universidade presbiteriana. Universidade particular era sinônimo de universidade confessional, que cobrava pelos serviços educacionais, mas não poderia ter fins lucrativos. Ao contrário dos demais países da América Latina, que diante da demanda de democratização do ensino acabaram massificando as universidades públicas, o regime militar optou pelo investimento financeiro na formação de uma universidade pública de elite, voltada para a pesquisa. Promoveu-se a implantação de programas de pós-graduação, a institucionalização da pesquisa acadêmica, estímulos para obtenção de graus acadêmicos e a manutenção de um número estável e restrito de alunos, impedindo desta forma a sua massificação.
Entretanto, a pressão social por vagas no ensino universitário era muito grande. Surgiram manifestações e mobilizações dos alunos que tinham conseguido entrar na universidade mas não estudavam, pois não havia vagas -  "excedentes". O problema dos excedentes foi contornado com autorizações para abertura de novas escolas e permissão para as instituições já existentes aumentarem suas vagas.
 
 
Distribuição das Instituições de Ensino Superior no Brasil, Censo 2005.
 Na década de 90, houve uma nova revolução no que diz respeito às opções para os cidadãos no campo acadêmico-universitário. O cenário das universidades, até então dominado pelas universidades públicas e pelas de cunho confessional, viu-se significativamente alterado com a entrada de um novo ator: as universidades particulares.
As instituições privadas tornaram-se opção de estudo superior para um número de alunos bastante elevado, liberando pontos de tensão existentes em um sistema elitista que não conseguia atender à demanda.
Atualmente se observa um grande crescimento do Ensino à Distância (EAD). Os resultados do Censo da Educação Superior de 2006 mostram um grande crescimento nos cursos de educação a distância. De 2003 a 2006 houve um aumento de 571% em número de cursos e de 315% no número de matrículas. Em 2005, os alunos de EAD representavam 2,6% do universo dos estudantes. Em 2006 essa participação passou a ser de 4,4%.
Texto complementar: AS NOVAS RELAÇÕES ENTRE A UNIVERSIDADE E A SOCIEDADE BRASILEIRA NA ERA DA REVOLUÇÃO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA: O SABER (PODER) EM DISPUTA
 UNIDADE 3: TIPOS DE CONHECIMENTO
Leia o texto e expresse sua opinião. Após dar sua opinião passe a analisá-la e entender conceitos básicos da metodologia.
Você é favorável ou contra o aborto? Argumente sua resposta. 
Abaixo, texto do site do prof. Olavo de Carvalho
A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA VIDA HUMANA:
A SITUAÇÃO É GRAVÍSSIMA: ESTAMOS NA IMINÊNCIA DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO EM TODO O NOSSO CONTINENTE.
Esta mensagem é grande, mas, por favor, não se importe com isto. Estude com paciência a mensagem, comente-a e divulgue-a para toda a sua lista de contatos. Insista para que seus amigos façam também o mesmo.
A Cultura da Morte que pretende instalar-se em nosso continente, como base de UMA NOVA FORMA DE DITADURA, NÃO USA A FORÇA PARA IMPOR-SE, MAS A
IDEOLOGIA E O CONTROLE DA INFORMAÇÃO.
Para vencer esta batalha contra a vida não precisamos do seu sangue, nem de seu dinheiro. Precisamos apenas de seu conhecimento e de sua iniciativa para difundi-lo. Não há outra maneira de defender a democracia moderna.
Sua contribuição, em termos de conhecimento e de sua difusão, é absolutamente indispensável para impedir este genocídio.
Foi exatamente assim que foram vencidas, nos últimos anos, diversas outras batalhas pela vida. E, toda vez que isto ocorre, todos compreendem melhor o que está acontecendo e a democracia é fortalecida.
PROCURAREI NAS PRÓXIMAS SEMANAS MANTER A TODOS DESTA LISTA INFORMADOS A RESPEITO DO DESENVOLVIMENTO DOS ACONTECIMENTOS.
Agradeço a todos pelo imenso bem e pelo que estão ajudando a promover. O problema transcende as fronteiras de qualquer país, já que faz parte de um plano conjunto pesadamente financiado por organizações internacionais que investem na promoção do aborto em todo o mundo. Tenham a certeza de que a participação de cada um é insubstituível e, juntos, iremos fazer a diferença.
ALBERTO R. S. MONTEIRO
Fonte: (http://jedsonguedes.wordpress.com/2012/01/21/projeto-internacional-de-liberalizacao-do-aborto-na-america-latina/)
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO – DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
DADOS
Imagine uma pessoa que chega a sua frente e começa a falar números ou palavras, sem nenhuma relação, de maneira desconexa. O mínimo que poderíamos pensar em uma situação dessa é que essa pessoa perdeu o juízo, que está louca, pois não está falando coisa com coisa. Essa situação é um bom exemplo do que são dados. 
A partir da situação descrita anteriormente, podemos construir um conceito inicial: dados são fatos isolados e sem significado. São simples observações sobre o estado de alguma coisa. De acordo com Davenport e Prusak (1988), as principais características dos dados são:
_ São estáticos;
_ São facilmente estruturados e transferíveis;
_ São geralmente quantificáveis;
_ Podem ser obtidos facilmente por meio do uso de máquinas.
 INFORMAÇÃO
Se olharmos a definição da palavra “informação” em um dicionário, veremos que essa tem sua origem no latim informatione, derivada do verbo informare, que significa “a ação de formar matéria, tal como pedra, madeira etc.” ou “ato ou efeito de informar”, ou ainda, “conjunto de conhecimento sobre alguém ou alguma coisa”. Como podemos notar, são definições ambíguas, o que nos mostra que está faltando alguma coisa para melhorar esse conceito: um contexto.Assim, a partir do conceito de dados, podemos construir diversos conceitos para informação:
_ A informação é criada a partir de dados analisados. Essa análise requer que os dados sejam contextualizados e categorizados.
_ É um dado dotado de significado e propósito (DAVENPORT; PRUSAK, 1998).
_ É um conjunto de dados analisados e contextualizados, com o objetivo de responder a perguntas.
_ Dados são fatos; informação é o sentido que os seres humanos atribuem a eles (DAVIS, ALLISSON apud WURMAN, 2003).
Um ponto que muitos autores concordam é o fato da informação ser proveniente de dados, e que apenas os seres humanos são capazes de transformar dados em informação. As principais características da informação, de acordo com Davenport e Prusak (1988):
_ É estática;
_ Requer análise de dados e mediação humana;
_ Depende de um contexto;
_ É difícil de ser estruturada, mas é facilmente transmissível e obtida por meio de
máquinas.
CONHECIMENTO
Imagine a seguinte situação: você acabou de conhecer o melhor professor do mundo Se essa pessoa prometesse a você o aprendizado de um determinado conteúdo (o que é perfeitamente possível) por meio da transmissão de conhecimento, você já pode começar a desconfiar que esse personagem pertence realmente à ficção. O motivo para essa desconfiança (que se tornará uma certeza a partir de agora) é o fato de ser praticamente impossível se transmitir conhecimento; por melhor que seja um professor, uma aula, um filme, um documentário, uma entrevista etc; o que é possível de se passar é a informação. Conhecimento depende de quem recebe a informação. Conhecimento é um conjunto de informações sistematizadas aprendidas por alguém. 
Roszak (apud WURMAN, 2003, p. 36) nos esclarece: 
Informação não é conhecimento. Você pode produzir dados primários em massa e incríveis quantidades de fatos e números. Mas não pode fazer produção em massa de conhecimento, que é criado por mentes individuais, partindo de experiências individuais, separando o significativo do irrelevante, realizando julgamentos de valor.
As principais características do conhecimento são, de acordo com Davenport e Prusak
(1988):
_ É dinâmico;
_ É difícil de ser estruturado;
_ Está ligado a padrões de reconhecimento, regras e analogias;
_ É intuitivo e refere-se a experiências e valores do usuário;
_ É muito difícil de ser obtido por máquinas;
_ É freqüentemente tácito e de difícil transferência.
A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença, verdadeira e justificada. Em filosofia, mais especificamente em epistemologia, crença é um estado mental que pode ser verdadeiro ou falso. Ela representa o elemento subjetivo do conhecimento. Platão, iniciador da tradição epistemológica, opôs a crença (ou opinião – doxa, em grego) ao conceito de conhecimento. Uma pessoa pode acreditar em algo e, ainda assim, ter dúvidas. Acreditar em alguma coisa
é dar a isso mais de 50% de chance de ser verdadeiro. Acreditar é ação. A crença é a certeza que se tem de alguma coisa. É uma tomada de posição em que se acredita nela até o fim; ou seja, é sinônimo de convicção, fé, conjunto de ideias sobre alguma coisa, etc.; atitude que admite uma coisa verdadeira. Verdade significa o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e na própria razão. O que é a verdade afinal? Para Nietzsche, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque diz que não se pode alcançar uma certeza sobre isso. Em epistemologia, justificação é um tipo de autorização a crer em alguma coisa. Quando o indivíduo acredita em alguma coisa verdadeira, e está justificado a crer, sua crença é conhecimento. Assim, a justificação é um elemento fundamental do conhecimento.
SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Senso comum (ou conhecimento espontâneo, ou conhecimento vulgar) é a primeira compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências atuais que continuam sendo efetuadas. Pelo senso comum, fazemos julgamentos, estabelecemos projetos de vida, adquirimos convicções e confiança para agir. 
O senso comum varia de acordo com o conhecimento relativo alcançado pela maioria num determinado período histórico, embora possa existir uma minoria mais evoluída que alcançou um conhecimento superior ao aceito pela maioria. Estas minorias por destoarem deste "senso comum" são geralmente discriminadas. 
Esta forma de conhecimento provém da experiência cotidiana, do senso comum. É transmitida de geração em geração, pode ser transformada em crença religiosa ou em doutrina inquestionável.
O saber do senso comum é:
Saber Imediato - nível mais elementar do conhecimento baseado em observações ingênuas da realidade. Está freqüentemente ligado à resolução de problemas práticos do quotidiano.
Saber Subjetivo - construído com base em experiências subjetivas. É o próprio sujeito que organiza as experiências e conhecimentos. Por vivência própria ou "por ouvir dizer"; o sujeito exprime sentimentos e opiniões individuais e de grupos, variando de uma pessoa para outra, ou de um grupo para outro, dependendo das condições em que vivemos. 
Saber heterogêneo - resulta de sucessivas acumulações de dados provenientes da experiência, sem qualquer seletividade, coerência ou método. Trata-se de uma forma de saber ligado ao processo de socialização dos indivíduos, sendo muito evidente a influência das tradições e idéias feitas transmitidas de geração em geração.  Refere-se a fatos que julgamos diferentes, porque os percebemos como diversos entre si. 
Saber Não Crítico - conhecimento que não permite generalização. 
Conhecimento Científico 
A Ciência (do latim scientia, conhecimento) é o conjunto de informações sobre a realidade acumuladas pelas várias gerações de investigadores depois de devidamente validadas pelo método científico. A palavra ciência é de origem latina "Scientia" que provém de "Scire" que significa "aprender" ou "conhecer". 
 A Ciência compõe-se de conhecimentos sobre um objeto de estudo, que é expresso por uma linguagem precisa. Suas conclusões são passíveis de verificação e isentas de emoção, possibilitando a reprodução da experiência, podendo o saber ser transmitido e verificado, utilizado e desenvolvido possibilitando através deste o desenvolvimento de novas descobertas.
O conhecimento científico resulta da investigação reflexiva, metódica  e sistemática da realidade. Transcendem os fatos em si mesmos, procura descobrir as  relações que estes possuem entre si, determinar as causas e os respectivos efeitos. O objetivo é construir uma teoria explicativa dos fenômenos, determinando se possível as leis gerais que regem a sua produção. 
A atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e, em certos casos, afastadas. A ciência desconfia:
Da veracidade de nossas certezas, 
De nossa adesão imediata às coisas, 
Da ausência de crítica 
Da falta de curiosidade. 
Características do Conhecimento Científico:
Factual - lida com ocorrências ou fatos, toda a forma de existência que se manifesta;
Contingente – as proposições têm veracidade ou falsidade conhecida pela experiência e não só pela razão;
Sistemático - é logicamente ordenado, formando um sistema de idéias;
Verificável - as hipóteses precisam ser testadas. Todo o conhecimento científico é falível, isto é, só é válido enquanto não for refutado pela experiência. Nenhuma experiência nos garante que uma dada teoria é verdadeira, mas apenas se a mesma é ou não refutável. Se não o for, podemos admiti-la como verdadeiro num dado contexto histórico. Neste sentido, o conhecimento científico não se assume como absoluto, mas apenas como progressivo; 
Falível - não definitivo absoluto ou final;
Aproximadamente exatas - novas proposições e técnicas podem reformular as teorias existentes
O conhecimento Científicoprocura estabelecer propriedades e os padrões interdependentes entre as propriedades, para construir as generalizações ou as leis. É orientado para remover barreiras e resolver ou apresentar soluções para os problemas sociais, econômicos, políticos e científicos. 
O conhecimento científico resulta de um trabalho paciente e lento de investigação e de pesquisa racional, aberto a mudanças, não sendo nem um mistério incompreensível nem uma doutrina geral sobre o mundo.
Atualmente têm-se como pressuposto que, para que ocorra a construção do Conhecimento, há que se estabelecer uma relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento.
Assumindo o pressuposto de que todo conhecimento humano reporta a um ponto de vista e a um lugar social, compreende-se que são quatro os pontos principais da busca do conhecimento:
􀁘 Conhecimento empírico
􀁘 Conhecimento filosófico
􀁘 Conhecimento científico
􀁘 Conhecimento teológico
Conhecimento empírico
É o conhecimento que adquirimos no cotidiano, por meio de nossas experiências. É construído por meio de tentativas e erros num agrupamento de ideias. É caracterizado pelo senso comum, pela forma espontânea e direta de entendermos.
Tartuce (2006, p. 6) traz alguns elementos relacionados a esse tipo de conhecimento:
É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas. É o conhecimento do dia a dia, que se obtém pela experiência cotidiana. É espontâneo, focalista, sendo por isso considerado incompleto, carente de objetividade. Ocorre por meio do relacionamento diário do homem com as coisas. Não há a intenção e a preocupação de atingir o que o objeto contém além das aparências.
Fundamentado apenas na experiência, doutrina ou atitude, que admite quanto à origem do conhecimento de que este provenha apenas da experiência. Dentre suas características destacamos:
􀁘 Conjunto de opiniões geralmente aceitas em épocas determinadas, e que as opiniões contrárias aparecem como aberrações individuais.
􀁘 É valorativo por excelência, pois se fundamenta numa operação operada com base em estados de ânimo e emoções.
􀁘 É também reflexivo.
􀁘 É verificável.
􀁘 É falível e inexato.
O principal mérito do método empírico é o de assinalar com vigor a importância da experiência na origem dos nossos conhecimentos.
O conhecimento empírico se constitui, assim, em outra forma de conhecer e de se colocar no mundo.
Conhecimento filosófico
A palavra filosofia foi introduzida por Pitágoras, e é composta, em grego, de philos, “amigo”, e sophia, “sabedoria”. Quanto à conceituação de Filosofia, veja estes dados apresentados por Tartuce (2006, p. 6):
A Filosofia é a fonte de todas as áreas do conhecimento humano, e
todas as ciências não só dependem dela, como nela se incluem. É a
ciência das primeiras causas e princípios. A Filosofia é destituída de
objeto particular, mas assume o papel orientador de cada ciência na
solução de problemas universais. Progressivamente, constata-se que cada área do conhecimento desvincula- se da Filosofia em função da forma como trata o objeto, que é para a mesma, a matéria.
Em toda trajetória filosófica, surgiram ideias e teorias de grandes filósofos, convergentes e divergentes. Portanto, se há generalidades, não há consenso. Isto pode ser exemplificado por expoentes como:
􀁘 Pitágoras – a alma governa o mundo. As partes do universo unidas entre si refletem a harmonia, expressas pelos números (quantidades).
􀁘 Sócrates – o conhecimento é o guia da virtude. “Conhece-te a ti mesmo e conhece a verdade que o outro encerra” (SIC).
􀁘 Platão – as ideias não são representações das coisas, mas é a verdade das coisas.
􀁘 Santo Agostinho – preconiza que a razão é a dimensão espiritual.
􀁘 São Tomás de Aquino – considera o homem como indivíduo, estudando-o na prospecção de matéria e forma, admitindo que o universo seja dirigido pelo princípio da perfeição.
􀁘 Francis Bacon – no Renascimento, defende a Filosofia por meio de concepções ligadas a pesquisas e experimentações.
􀁘 Rousseau – no século XVIII, dá prioridade à sensibilidade em detrimento da razão. O homem é naturalmente bom, a sociedade o perverte. Trata-se de uma reflexão eminentemente moral, defendendo a democracia vivida na dimensão da liberdade e da igualdade.
􀁘 Locke – empirista inglês, defende a tese de que o homem ao nascer é uma tábua rasa sobre a qual a experiência é gravada. A gênese do conhecimento, que é a experiência, é a sensação e a reflexão, as quais geram ideias.
􀁘 Kant – admite que, se o conhecimento se inicia com a experiência, este não resulta só da experiência.
􀁘 Hegel – desenvolve uma filosofia cujo ponto de partida são as ideias, inicialmente heterogêneas, e por isso confusas. Para torná-las claras, deve-se considerar o vir a ser; ou seja, o objeto feito. “Todo dado racional é real e todo dado real é racional.”
􀁘 Marx – constrói o materialismo dialético e materialismo histórico, que defende a tese de que as contradições existem na Natureza. Portanto, dispõe-se a interpretar essas realidades que, se são contraditórias, são concretas. A sua metodologia considera os seguintes itens, próprios ao sistema: a matéria, o trabalho e a estrutura econômica.
Observa-se que não há unanimidade de pensamento e de forma de reflexão entre alguns dos grandes expoentes da Filosofia aqui citados, porque a Filosofia repousa na reflexão que se faz sobre a experiência vital, e esta propicia derivações interpretativas diferentes sobre as impressões, imagens e opiniões concluídas.
O Conhecimento Filosófico procura conhecer as causas reais dos fenômenos, não as causas próximas como as ciências particulares. Procura conhecer, também, as causas profundas e remotas de todas as coisas e, para elas, respostas. Dentre suas características destacamos:
􀁘 É valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação.
􀁘 Não é verificável.
􀁘 Tem a característica de sistemático.
􀁘 É infalível e exato.
Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana (TARTUCE, 2006, p. 6).
Desta forma, o conhecimento filosófico é fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.
Conhecimento teológico
É o conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Exemplos: acreditar que alguém foi curado por um milagre; acreditar em Deus; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito, etc.
O conhecimento teológico, ou místico, é fundamentado exclusivamente na fé humana e desprovido de método. É alcançado através da crença na existência de entes divinos e superiores que controlam a Vida e o Universo. Resulta do acúmulo de revelações transmitidas oralmente ou por inscrições imutáveis e procura dar respostas
às questões que não sejam inteligíveis às outras esferas conhecimento. Exemplos são
os textos sagrados, tais como a Bíblia, o Alcorão (ou Corão, o livro sagrado do islamismo), as Escrituras de Nitiren Daishonin (monge budista do Japão do século XIII
que fundou o budismo Nitiren), entre outros.
Adquirido a partir da aceitação de axiomas da fé teológica, esse conhecimento é fruto da revelação da divindade, por meio de indivíduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios que permeiam a mente humana. Teixeira nos apresenta em um texto algumas reflexões sobre essa forma de conhecimento:
A incumbência do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração divina, devendo por
isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis.
“Hoje, diferentementedo passado histórico, a Ciência não se permite
ser subjugada às influências de doutrinas da fé: e quem está procurando rever seus dogmas e reformulá-los para não se opor à mentalidade científica do homem contemporâneo é a Teologia” (João Ruiz, 1995).
Isso, porém, é discutível, pois não há nada mais perfeito do que a harmonia e o equilíbrio do Universo, que, de qualquer modo, está no conhecimento da humanidade, embora esta não tenha mãos que possam apalpá-lo ou olhos que possam divisar seu horizonte infinito... A fé não é cega, baseia-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação. O conhecimento pode ter função de libertação ou de opressão. O conhecimento pode ser libertador não só de indivíduos como também de grupos humanos. Atualmente, a detenção do conhecimento é um tipo de poder disputado entre as nações. Contudo, o conhecimento pode ser usado como mecanismo de opressão. Quantas pessoas e nações se utilizam do conhecimento que detêm para oprimir?
Relação conhecimento e democracia
A relação entre conhecimento e democracia, modernamente, caracteriza-se como uma relação intrínseca, o poder do conhecimento se impõe através de várias formas de dominação: econômica, política, social, etc. A diferença entre pobres e ricos é determinada pelo fato de se deter ou não conhecimento, já que o acesso à renda define as chances das pessoas e sociedades, cada vez mais, estas chances serão
definidas pelo acesso ao conhecimento. Convencionou-se que em liderança
política é indispensável nível superior. E no topo da pirâmide social encontramos o conhecimento como o fator diferencial.
É inimaginável o progresso técnico que o conhecimento pode nos proporcionar, como é facilmente imaginável o risco da destruição total.
Para equalizar esta distorção, o preço maior é a dificuldade de arrumar a felicidade que, parceira da sabedoria e do bom senso, é muitas vezes desestabilizada pela soberba do conhecimento.
De forma geral, podemos dizer que o conhecimento é o distintivo principal do ser humano, é virtude e método central de análise e intervenção da realidade. Também é ideologia com base científica a serviço da elite e/ou da corporação dos cientistas, quando isenta de valores. E finalmente pode ser a perversidade do ser humano, quando é feito e usado para fins de destruição.
(Disponível em: <http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.
php?modulo=11&texto=631>)
TEXTO COMPLEMENTAR: Origens e possibilidades do conhecimento.
REFERÊNCIAS
DAVENPORT, Thomas H.; PRUSAK, Laurence. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
WURMAN, Richard Saul. Ansiedade de informação: como transformar informação em compreensão. 5. ed. São Paulo: Cultura, 2003.
LAKATOS, E. M. de A.; MARCONI, M. de A. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.
UNIDADE 4: MÉTODO DE PESQUISA
Texto para análise:
Quais os pontos positivos e negativos do método aplicado no texto?
Quais eram os objetivos do pai?
	Pai cria método de desconto em mesada e faz sucesso na internet
Desobediências como pular no sofá e deixar os pratos na mesa fazem parte da lista que já foi compartilhada mais de 120 mil vezes em rede social
13 de fevereiro de 2014 | 15h 19  
Mariana Belley - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Mais de 120 mil pessoas já compartilharam a planilha "regras da mesada" que o juiz do trabalho Vitor Yamada criou com a intenção de educar financeiramente os filhos Giullia, de 8 anos, e Vitor, de 6. A planilha vincula o comportamento dos filhos ao recebimento da mesada, de R$ 50 por mês.
Em um post no Facebook, o pai divulgou a tabela em que faz uma lista com desobediências comuns à maioria das crianças nessa idade, como "não fazer a tarefa da escola". Nesse caso, Giullia e Vitor teriam R$ 1,00 descontado da mesada. "Pular no sofá": menos R$ 0,25. Se "deixar os pratos na mesa", o corte é de R$ 0,50. A infração mais "grave" - "desobedecer a pai ou mãe" - prevê multa de R$ 3,00 no final do mês. A publicação fez sucesso na rede social. Até sexta-feira, o post tinha mais de 120 mil compartilhamentos. Entre amigos e conhecidos, teve até quem quisesse uma cópia para poder aplicar o método em casa. 
Yamada conta que a ideia surgiu quando Giullia pediu pra ganhar uma mesada. "Quando eu conversei com a minha esposa, nós quisemos agregar ensinamento à mesada e, então, resolvemos fazer a planilha como uma forma de fazer com que eles entendam, desde cedo, como 'ganhar' e 'perder' dinheiro." 
A proposta, explica Vitor, não é regular o comportamento, mas ensinar eles a terem uma educação financeira, aprenderem a lidar com o dinheiro. Quanto aos valores dos descontos, o pai afirma que foi feito de acordo com o que ele e a mulher julgam importante para o futuro dos filhos, como ir à escola. 
O método funciona? Segundo a psicóloga Fernanda Elpes, "o conceito da planilha é bom, funciona e vai 'adequar' a criança, mas o problema é que o método é mal aplicado porque você punir ao invés de reforçar as coisas positivas que a criança faz".
Fernanda afirma que a educação financeira consiste em aprender como administrar o dinheiro: o que comprar, quando comprar, o que poupar, por que poupar. "Pontuar o comportamento não ensina esses valores, mas sim quando escutamos, acolhemos o que a criança pensou em fazer com a quantia, explicamos as causas e consequências de tal decisão".
A psicóloga lembra que uma criança entre 5 e 6 anos é imediatista e ainda não tem senso crítico para avaliar se o método é bom ou não. Assim, não seria eficaz estabelecer uma poupança mensal, mas sim a curto prazo. Ela receberia o dinheiro diariamente, de acordo com os comportamentos positivos, e caberia aos pais mostrar que, se ela gastar tudo no momento em que ganhou, compraria apenas uma bala, mas, se guardar por três dias, poderia comprar um pacote.
Outro ponto destacado pela psicóloga é que é preciso lembrar que as crianças têm o direito de expressar suas vontades, serem questionadoras, expressarem suas emoções/sentimentos tais como raiva, tristeza, medo, nojo, ansiedade, alegrias. Explorar esse universo é saudável e extremamente importante para seu desenvolvimento. 
Assim, Fernanda sugere que o pai poderia fazer outro tipo de planilha: a cada comportamento adequado a criança ganha R$ 1,00. Caso não realize a ação desejada, ela não ganha, mas também não perde.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,pai-cria-metodo-de-desconto-em-mesada-e-faz-sucesso-na-internet,1129955,0.htm
Considerando o que já foi estudado até aqui, reforça-se a concepção de que a Ciência é um procedimento metódico cujo objetivo é conhecer, interpretar e intervir na realidade, tendo como diretriz problemas formulados que sustentam regras e ações adequadas à constituição do conhecimento. Os métodos científicos são as formas mais seguras inventadas pelos homens para controlar o movimento das coisas que cerceiam um fato e montar formas de compreensão adequada dos fenômenos. (TARTUCE, 2006)
O método, segundo Garcia (1998, p. 44), representa um procedimento racional e ordenado (forma de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de método) e alcançar os objetivos preestabelecidos no planejamento da pesquisa (projeto).         
Métodos de Raciocínio ou de abordagem:
1 –Método indutivo
2 –Método dedutivo
3 –Método hipotético-dedutivo
4 –Método dialético
5 –Método estruturalista (sistêmico)
Paradigmas derivados dos métodos
Positivismo (método indutivo)
Neopositivista(método indutivo)
Funcionalista (método dedutivo)
Materialismo histórico (método dialético)
Estruturalismo (método sistêmico)
Método Indutivo (Empiristas: Bacon, Hobbes, Locke, Hume)
Indução –processo mental que parte de dados particulares constatados para inferir-se uma verdade geral ouuniversal não contida na parte analisada. Primeiro os fatos a observar, depois hipóteses a confirmar. Consiste na observação sistemática da sucessão de fatos da realidade, resultando na explicação do fenômeno. Assim, parte do particular para o geral. Formula leis gerais com base em casos particulares. É o empirismo (fundamentado exclusivamente na experiência, sem levar em consideração princípios preestabelecidos).
Considere o exemplo:
Antônio é mortal.
Benedito é mortal.
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, Benedito, Carlos são homens. Logo, (todos) os homens são mortais.
O método indutivo realiza-se em três etapas:
– Observação dos fenômenos
– Descoberta da relação entre eles
– Generalização da relação
Principal crítica ao método indutivo:
20
	ALGUNS 
(não-observados,
inobserváveis)
	TODOS
(não-observados,
inobserváveis)
Paradigmas derivados do Método Indutivo
Positivismo (método indutivo)
Filosofia científica, cientificismo à filosofia. Caracteriza-se pela postura intelectual antiteológica/antimetafísica. O conhecimento é obtido com base nos fatos dados da experiência vivida no mundo (empirismo).
Neopositivismo
Positivismo lógico
Associa a tradição empirista do positivismo ao formalismo lógico-matemático, objetivando a aplicação prática.
Método Dedutivo (Racionalista: Descartes, Spinoza, Leibniz)
Dedução – difere do indutivo por apresentar premissas verdadeiras e por toda a informação já estar, pelo menos implicitamente, nas premissas. Os fenômenos não podem ser explicados sem uma teoria geral ou no mínimo um modelo teórico. Portanto, parte-se da teoria geral para explicar o particular. É o racionalismo (Só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro).
Parte de duas premissas, da qual se retira a conclusão.
Considere o exemplo:
Todo homem é mortal (premissa maior)
Pedro é homem. (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal (conclusão)
Paradigmas derivados do Método Dedutivo
Funcionalismo (método dedutivo)
Todo sistema social tem uma unidade funcional (instituição) na qual as partes as acham interligadas num grau suficiente de harmonia ou consistência interna (cada unidade possui uma função). Os elementos culturais representam a ligação entre o grupo humano e o meio físico, elementos através de necessidades reclamadas pelo grupo (necessidades biológicas) para atender a sua existência (imperativos culturais: economia, controle social, educação, organização política, religião e estética)
Método Hipotético-dedutivo (Karl R. Popper)
Quando o pesquisador não dispõe de uma teoria (ou explicações insuficientes), ele começa pelo método indutivo para organizar as informações e possibilitar a formulação de uma teoria geral para depois formular e testar as hipóteses e depois utiliza o método dedutivo. Defende em primeiro lugar o problema e a conjectura a serem testadas pela observação.
“...o cientista, através de uma combinação de observações cuidadosas, hábeis antecipações e intuição científica, alcança um conjunto de postulados que governam os fenômenos pelos quais está interessado, daí deduz ele as conseqüências por meio da experimentação e, dessa maneira, refuta os postulados, substituindo-os, quando necessário por outros e assim prossegue”.
Esquema:
Problema Hipótese Dedução de conseqüências observadas
 Tentativa de falseamento Corroboração
 
Método Dialético
Dialética <grego>= debater
O método dialético desenvolveu-se em duas fases:
Pré-socrática (Grécia antiga) / Contemporânea (Hegeliana)
Pré-socrática
busca da verdade por meio de formulação adequada de perguntas e respostas até se chegar ao ponto crítico do que é falso e verdadeiro. A primeira pergunta é a tese e a resposta é a antítese, até se chegar a verdade que é a síntese.
Contemporânea (Hegeliana) –onde (leis):
Cada fenômeno é um processo em realização, modificando-se e transformando-se em virtude de leis internas, do seu autodinamismoe das contradições que encerram;
Há um encadeamento de processos, de forma que o mundo, o conjunto de todos os processos, onde tudo sofre uma transformação concentrada e progressiva como uma espiral;
Os fenômenos trazem em si as contradições; tendem a se transformar no seu contrário;
Em várias oportunidades um processo que se orienta em ritmo quantitativo de repente muda qualitativamente, ou seja, muda de natureza
Materialismo Histórico (método dialético)
Doutrina que admite que as condições concretas materiais são suficientes para explicar todos os fenômenos mentais, sociais, históricos. Baseia-se no marxismo –teoria que afirma que o modo de produção da vida material condiciona o conjunto de todos os processos da vida social, política e espiritual. Utiliza o método dialético que se baseia das teorias de luta de classes e do relacionamento entre o capital e o trabalho.
Método Fenomenológico – (Husserl)
 Nem é indutivo,nem dedutivo. Preocupa-se com a descrição direta da experiência, tal como ela é. A realidade é construída e entendida como compreendida, interpretada e comunicada pelo resultado da pesquisa. A realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas interpretações e comunicações. O sujeito /ator é reconhecidamente importante no processo de construção do conhecimento. (GIL, 1999; TRIVINOS, 1992)
Texto Complementar:
	O que se entende por materialismo histórico? O que são forças produtivas? E relações de produção?
O alemão Karl Marx (1818-1883) desenvolveu a teoria socialista partindo da análise crítica e científica do capitalismo. Ele não se preocupava em pensar como seria uma sociedade ideal, mas sim, preocupava-se em compreender a dinâmica do capitalismo, e para tal, estudou a fundo suas origens, a acumulação de capital, a consolidação da produção, e suas contradições (que inevitavelmente, esse sistema seria destruído por si só - em sua dinâmica evolutiva geraria elementos que acabaria por destruí-lo).
Os princípios básicos que fundamentaram o socialismo marxista podem ser sintetizados em três teorias centrais: a teoria da mais-valia, onde se demonstrava a maneira pelo qual o trabalhador é explorado na produção capitalista; a teoria da luta das classes, onde se afirma que a história da sociedade humana é a história da luta das classes ou do conflito permanente entre exploradores e explorados; e, finalmente, a teoria do materialismo histórico.
Marx dedicou-se a um estudo intensivo da história, e criou uma teoria que veio a ser conhecida como a concepção materialista da história, que foi exposta num trabalho em que esboça a história dos vários modos de produção, prevendo o colapso do modo de produção vigente - o capitalismo. O materialismo histórico é uma teoria sobre toda e qualquer forma produtiva criada pelo homem de acordo com seu ambiente ao longo do tempo, onde se evidencia que os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais (econômicas) da sociedade. Dentre as idéias do materialismo histórico, relevam-se as questões das forças produtivas e relações de produção.
Marx afirmou que a estrutura de uma sociedade depende da forma como os homens organizam a produção social de bens. A produção social, segundo ele, engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de produção. As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção. Representam as matérias primas, os instrumentos, as técnicas de trabalho e até os próprios homens. Reconhece-se o grau de desenvolvimento das forças produtivas de uma nação a partir do aperfeiçoamento da divisão do trabalho. As relações de produção são a forma pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Elas se referem às diversas maneiras pelas quais são apropriados e distribuídos os elementos envolvidos no processo de trabalho. Assim, asrelações de produção podem ser cooperativistas (como um mutirão), escravistas (como na antigüidade), servis (como na Europa feudal) e capitalistas (como na indústria moderna).
Forças produtivas e relações de produção são condições naturais e históricas de toda a atividade produtiva que ocorre em sociedade. A forma pela qual ambas existem e são reproduzidas numa determinada sociedade constitui o que Marx determinou de modo de produção. Para ele, o estudo deste é muito importante para a compreensão de como se organiza a sociedade. 
Fonte: http://www.coladaweb.com/filosofia/materialismo-historico
Atividade: Analise o método usado pelo juiz de direito ao sentenciar dada situação.
	Há um caso clássico no direito brasileiro que pode ser tomado como exemplo de aplicação fiel dessa metodologia. Trata-se de decisão proferida pela Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, tratando de um divórcio direto, onde o bem – por aplicação direta da lei – deveria ser partilhado e no qual, por buscar a realização de justiça, o problema se resolve a partir de uma abordagem ____________________________ (o sujeito elege o método que lhe proporciona a melhor resposta). Transcreve-se parte do relatório e do voto do Des. Ségio Gischkow Pereira que, ao decidir, assim se pronunciou:
“VOTO - Não há o que modificar na sentença. (...) No mérito, de longa data sustento a compreensão de que a separação fática que se prolonga no tempo é capaz de produzir o efeito de não mais se comunicarem os bens, mesmo se o regime de bens for o da comunhão universal. Repito o que disse em revista AJURIS, Porto Alegre, 1992, vol. 56, págs. 259 a 267: (...) De outra parte, encarado o direito como objeto cultural, que não comporta uma Lógica formal em seu exame, a preocupação pelas soluções justas, razoáveis e em harmonia com a realidade social, leva a preconizar seja a separação fática bastante para abalar o regime de bens. Esta segunda corrente de pensamento recorda situações de clamorosa iniqüidade, inevitáveis se prevalecesse sempre a primeira orientação; é enfocado pelo ato gnoseológico da compreensão (a intelecção é para os objetos ideais e, a explicação, para os objetos naturais) e abordado pelo método empírico-dialético. (O método racional-dedutivo destina-se aos objetos ideais e o método empírico-dedutivo aos objetos naturais). Como objeto cultural que é, o elemento axiológico é absolutamente inafastável da essência do Direito; todo o objeto cultural é valioso, positiva ou negativamente; o valor, por definição, faz parte integrante do objeto cultural. (...) Face ao exposto, resulta evidente nunca se poder interpretar e aplicar o Direito sem consultar a faceta do justo e ponderar os fatos sociais envolvidos, em profundidade. Ora, quem consideraria justo, nos casos em exame, aquinhoar com bens, havidos por determinada pessoa, alguém que nada mais tem a ver com aquela pessoa em termos de afetividade e convivência, fixando-se só no papel do casamento? Quem não estranharia, pelo menos, que se contemplasse com os bens em completo e radical desacordo com a realidade dos fatos, que é de separação fática irreversível, às vezes prolongada, com outra família constituída talvez? Seria ignorar a realidade do social, desconhecendo-a em prol do ângulo puramente registral do casamento. (...). É o meu voto.”
Fonte: http://sites.unifra.br/Portals/35/Artigos/2003/39/fenomenologia.pdf
UNIDADE 5: REDAÇÃO ACADÊMICA
Plágio: O que fazer para não plagiar?
Leia a notícia e discuta
	
Texto 1: USP demite professor por plágio em pesquisa 
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DE SÃO PAULO 
A reitoria da USP decidiu demitir um professor de dedicação exclusiva, com mais de 15 anos de carreira, após entender que ele liderou pesquisa que plagiou trabalhos de outros pesquisadores. A informação é de reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição da Folha deste domingo. 
A exoneração por plágio é a primeira na instituição em mais de 15 anos. O imbróglio envolveu também a ex-reitora Suely Vilela, coautora da pesquisa questionada. Ela não sofreu punição --a avaliação é que não teve relação com os trechos plagiados. 
O docente Andreimar Soares, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, foi demitido por ser o principal autor da pesquisa, que copiou imagens de trabalhos de 2003 e 2006, sem creditá-las aos autores, da UFRJ (Federal do Rio). 
Outra pesquisadora teve o título de doutorado cassado. Era responsável pelas partes contestadas. Tanto o docente quanto a pesquisadora podem recorrer internamente e judicialmente das decisões. 
Fonte: (http://www1.folha.uol.com.br/saber/878368-usp-demite-professor-por-plagio-em-pesquisa.shtml)
Texto 2: 
No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral – artigo 184 – que traz o seguinte teor: Violar direito autoral: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos 1º e 2º, consignam, respectivamente:
§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, com intuito de lucro, de obra intelectual, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (...).
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.
Discorrendo sobre essa espécie de crime, afirma MIRABETE:
A conduta típica do crime de violação de direito autoral é ofender, infringir, transgredir o direito do autor. O artigo 184 é norma penal em branco, devendo verificar-se em que se constituem os direitos autorais que, para a lei, são bens móveis (art. 3º da Lei nº. 9.610/98).1
Aquele que se propõe a produzir conhecimento sério, renovador do Direito, quer seja ele professor, pesquisador ou aluno, se obriga a respeitar os direitos autorais alheios. Vejamos o que diz a Constituição Federal vigente, em seu artigo 5º, XVII: aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, (...). E a devida proteção legal em legislação ordinária nós a encontramos na Lei nº. 9.610/98, mais precisamente nos seus artigos 7º, 22, 24, I, II e III, e 29, I
Fonte: (http://www.institutohipnologia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=121:crime-de-plagio&catid=6&Itemid=18)
CITAÇÕES
1. CITAÇÃO: “menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte.” (NBR-10520, 2002, p.1) 
 1.1 Usa-se citação para: 
Dar credibilidade ao trabalho científico
Fornecer informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos na área de pesquisa 
 ü Fornecer exemplos de pontos de vista semelhantes ou divergentes sobre o assunto objeto de sua pesquisa 
1.2 Quando atribuir crédito à fonte consultada ? 
Quando usamos palavras ou idéias extraídas de: 
livros, revistas, relatórios, programas de TV,
filmes, cartas, páginas web, e-mail, listas de discussão etc; 
Informações extraídas de entrevistas, palestras; 
Cópia exata de um parágrafo ou frases, diagramas, mapas, etc 
 1.3 Quando não precisamos atribuir crédito? 
Suas próprias palavras ou idéias; 
Conhecimento Comum; 
Informações contidas em Enciclopédias dicionários, etc.
Observações do senso comum
Informações históricas de conhecimento público,
Ex: Getulio Vargas suicidou-se em 1954 
d) Noticias publicada em revistas ou jornais 
o       Ex: Dilma foi eleita presidente do Brasil 
    2. Tipos de citação
	De acordo com a ABNT, as formas de citações mais conhecidas são: direta, indireta e citação de citação.
2.1. Citação direta, literal ou textual
	Citações diretas, literais ou textuais: transcrição do trecho do texto de parte da obra do autor consultado.
Exemplo 1:Espaçamento 1,5cm
Tamanho = 12
Podemos ilustrar o conceito de nação,com destaque a sua identidade comunitária através do seguinte trecho:
 A nação pode ser uma figura coletiva do Sujeito. Ela é o quando
 se define simultaneamente pela vontade de viver junto no quadro
 de instituições livres e por uma memória coletiva. Tornou-se
 habitual opor uma definição revolucionária da soberania nacional
 contra o rei, a uma concepção alemã da nação como
 comunidades de destino  (TOURAINE, 1994, p.45).
Espaçamento 1,0cm
Tamanho = 10
 Recuo = 4,0 cm
Ponto final
Autor em CAIXA ALTA, data, página
Exemplo 2: A citação com menos de 4 linhas é colocada entre “aspas”
As características da "educação militar compartilhada pelos homens e mulheres espartanas" são tão conhecidas que não vale a pena perdermos tempo em descrevê-las (PONCE, 1994, p.37).Ponto final
Autor em CAIXA ALTA, data, página
2.2 Citação indireta ou livre
Citações indiretas ou livres é o texto baseado na obra do autor consultado (uso de paráfrase).
Exemplo 1: 
 Indicação do Autor no começo do texto citar em Caixa Baixa seguida da data
Segundo De Sordi (1995) devemos considerar o conceito de qualidade de ensino como algo impregnado de conteúdo ideológico. Sendo que a escola deve explicitar de que qualidade está falando no planejamento de seus métodos de ensino.
Ponce (1994), nos leva a compreender o exato alcance das idéias pedagógicas de Lutero, ressaltando que não devemos perder de vista dados anteriores. Afirma ainda que a instrução elementar era o primeiro dever da caridade, e que mesmo no fanatismo de Lutero não sobrasse muito lugar para o saber profano, aconselhava aos pais que enviassem seus filhos à escola.
		
Exemplo 2: 
 Indicação do Autor no meio do texto entre (parênteses),
 colocar em CAIXA ALTA, separando-se por ponto e vírgula.
Essa idéia de vulnerabilidade traz em si o próprio sentido da questão social para Castel (BELFIORE; BÓGUS; YAZBEK, 1997), que a entende como a dificuldade que faz com que uma sociedade se interrogue sobre a possibilidade de manter a coesão e evitar o risco de sua fratura. Pode-se dizer que essa vulnerabilidade representa a privação da liberdade social de participação política e de exercício efetivo da cidadania.
				
2.3 Citação de citação
Citação de citação é aquela em que o autor do texto não tem acesso direto à obra citada, valendo-se de citação constante em outra obra. 
Exemplo 1:
 Indicação dos Autores separados pela expressão “apud” ou “citado por”
Ponce (1982), citado por Silva (1994), declara que instrução, no sentido moderno do termo, quase não existia entre os espartanos.
Exemplo 2:
A organização documental é importante, sem ela, todo o resto seria invalidado, porém o fazer biblioteconômico é muito mais do que apenas isso dentro da biblioteca universitária. Ela deve estar a serviço, ser uma atividade meio e não um fim em si mesma. O humano e a técnica devem caminhar juntos, de forma equilibrada, para que a organização possa cumprir seu papel social maior.
 A indústria de informação, isoladamente, não produz
 conhecimento. Produz estoques de informação organizada para
 uso imediato ou futuro, ou, o que é pior, a criação voluntária no
 Brasil de uma base importante para sustentar a indústria
 transnacional de indústria da informação em ciência e tecnologia,
 na qual o profissional é formado no país para funcionar como um
 mero executor de normas e regulamentos, sem, no entanto, tê-
 los criado (BARRETO, 1990 apud SOUZA, 1991, p. 183).
(Usar a citação: AUTOR, data apud AUTOR, data, página).
					
Apud usa-se quando o leitor não tem em mãos a obra original, e na obra consultada encontra-se esta referência que é citada primeiramente, seguida do autor, data e página da obra consultada.
 Supressões: indicam interrupção ou omissão da citação sem alterar o sentido do texto. São indicadas pelo uso de reticências entre colchetes, no início, meio ou final da citação. [...].
Interpolações: acréscimos ou comentários inseridos em citações são indicados entre colchetes [ ], no inicio, meio ou final da citação. 
Destaque: As palavras ou expressões destacadas no texto devem ser seguidas de uma das expressões: sem grifo no original, grifo meu ou grifo nosso, inseridas após a indicação da referência da citação. 
Incorreções e incoerências: no texto são indicadas pela expressão [sic], imediatamente após a sua ocorrência. A expressão sic significa, assim mesmo, isto é, estava assim no texto original, no inicio, meio ou final da citação.  
Dúvidas: Para indicar dúvida usa-se ponto de interrogação entre colchetes, após o que se deseja questionar. [?] 
Ênfase: Para dar ênfase (indicar espanto, admiração) usa-se ponto de exclamação entre colchetes, após o que se deseja enfatizar. [!]   
SISTEMAS DE CHAMADA: Numérico e Autor data 
1. Sistema Numérico: as citações devem ter uma numeração única e consecutiva, colocadas acima do texto, em expoente, ou entre parênteses. 
Exemplo: 
No texto: “fazendo um relatório com algumas notas de rodapé” 1 
No texto: Segundo McGregor “fazendo um relatório com algumas notas de rodapé” (1) 
Em nota de rodapé: 1 McGregor, 1999, p. 9. 
2. Sistema Autor-data: indica-se a fonte, pelo sobrenome do autor, nome da instituição responsável ou pelo título, seguido da data de publicação do documento, separados por vírgula e entre parênteses. (citação indireta). Para as citações diretas, inclui-se a indicação de página. (NBR10520, 2002, p. 4.). 
 Exemplo:   
           a) Citação direta: “fazendo um relatório com algumas notas de rodapé.” (MCGREGOR, 1999, p. 1). 
b) Citação indireta: Neste texto, o papel do bibliotecário ganha importância como educador. (DUDZIAK; GABRIEL; VILLELA, 2000). 
 Regras gerais de apresentação: 
	- As indicações de autoria incluídos no texto devem ser feitas em letras maiúsculas e minúsculas, indicando-se a data e páginas entre parênteses. 
Um autor: Segundo Moraes (1993). 
Dois autores: Segundo Moraes e Souza (1997). 
Três autores: Dudziak, Gabriel e Villela (2000). 
Mais de três autores: Belkin et al. (1982, p. 76). 
Entrada pelo título: O desenvolvimento... (1998)
                    Entidade: Comissão das comunidades européias (2002)
 
	- As indicações de autoria (entre parênteses) devem vir em letras maiúsculas, seguidas da data e páginas. 
Um autor: (MCGREGOR, 1999, p. 1). 
Dois autores: (MORAES; SOUZA, 1997). 
Três autores: (DUDZIAK; GABRIEL; VILLELA, 2000).
Mais de três autores:  (BELKIN et al., 1982, p. 76).
Entrada pelo título: O DESENVOLVIMENTO... (1998)
Entidade: COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS (2002)
 
- Indicações de autores diferentes com o mesmo sobrenome e mesma data de publicação: 	
	a) (BARBOSA, C., 1958) (BARBOSA, O., 1958)
	b) (BARBOSA, Cássio, 1965) (BARBOSA, Celso, 1965) 
         - Diversos documentos de um mesmo autor, publicados no mesmo ano, são diferenciados pelo acréscimo de letras minúsculas após a data, espaçamento: (REESIDE, 1927a) (REESIDE, 1927b). 
	- Diversos documentos de um mesmo autor, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, têm suas datas separadas por virgula. 
Exemplo: Kuhlthau (1988a, 1988b, 1988c, 1990, 1994, 1998). 
	- Diversos documentos de autores diferentes: Devem ser separados por ponto e virgula em ordem alfabética (entre parênteses) ou por virgula e e na fórmula textual

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