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NORMAS_JURÍDICAS[1]

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NORMAS JURÍDICAS
As normas e regras jurídicas estão para o Direito de um povo, assim como as células para um organismo vivo.
CARACTERISTICAS GERAIS
Normas orientadoras das condutas interindividuais.
São padrões de conduta exigidas pelo Estado.
É necessário que se indique a fórmula da justiça que satisfaça a sociedade em determinado momento histórico;
Esclarece ao agente COMO e QUANDO AGIR.
Deve ser seguida de maneira OBJETIVA e OBRIGATÓRIA;
Norma e regra jurídicas são expressões sinônimas
Conceito de Norma Jurídica
São padrões de conduta ou de organização social impostos pelo Estado, para que seja possível a convivência do homem em sociedade
Instituto Jurídico
É a reunião de NORMAS JURÍDICAS afins, que rege um tipo de relação social ou interesse e se identifica pelo fim que procura realizar.
QUALIDADES: harmonia, coerência, lógica, unidade de fim
ESTRUTURAS LÓGICAS
Se A é B, deve ser, sob pena de S
A = situação de fato
B = conduta exigida
S = sanção aplicável
Exemplo: quem é contribuinte do imposto de renda (A) deve apresentar a sua declaração até determinada data (B), sob pena de multa (S)
NATUREZA E DIVISÃO DAS ESTRUTURAS LÓGICAS
Normas morais;
Normas jurídicas;
Normas técnicas;
Normas Naturais;
São reduzidas a esquemas que estão a seguir
NORMA
ESQUEMA
INTERPRETAÇÃO
MORAL
“Deve ser A”
Impõe-se por si própria (A)
JURÍDICA
“SeA é, B deve ser, sob pena de S”
Sob determinada condição(A), deve-se agir de acordo com o que for previsto (B), sob pena de sofrer uma Sanção (S)
TÉCNICA
Se A é,tem que ser B
Ao escolher um fim (A),tem-se que adotar um meio B
NATURAL
Se A é,éB
Ocorridaa causa (A), ocorrerá o efeito (B)
CARACTERISTICAS DAS NORMAS JURIDICAS
BILATERALIDADE: A norma jurídica possui dois lados: um representando pelo direito subjetivo (ativo) e outro pelo dever jurídico (passivo).
GENERALIDADE: preceito de ordem geral, obrigatório a todos que se acham em igual situação jurídica “todos são iguais perante a Lei”.
ABSTRATIVIDADE: regula casos que ocorrem via de regra.
COERCIBILIDADE: possibilidade de uso do coação (psicológica e material) O primeiro exerce a intimidação, através das penalidades previstas para a hipótese de violação das normas jurídicas. O elemento material é a força propriamente dita, que é acionada quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente.
IMPERATIVIDADE: significa imposição de vontade e não mero aconselhamento.
Quanto a imperatividade:
Cogentes: de ordem publica ou de imperatividade absoluta. Sendo mandamentais (ordenam ou determinam uma ação, Exemplo: art.1.619); Proibitivas (impõem uma abstenção, Exemplo: art.1521 C.C.); As normas cogentes se impõem de modo absoluto, não podendo ser derrogada por vontade dos interessados; Exemplo:arts.1618, 1525 e 1566 do C.C.
Não Cogentes: de imperatividade relativa. Não proíbem nem determinam de forma imperativa determinada conduta, mas permitem uma ação ou abstenção, ou suprem uma declaração de vontade não manifestada.
Essas se subdividem em:
Permissivas: quando permite que os interessados disponham como lhes convier. Exemplo: estipulação quanto aos bens em razão do casamento (art.1639 C.C.);
Supletivas: Quando se aplicam na falta de manifestação de vontade das partes. Em ultimo caso costumam vir acompanhadas de expressões como “salvo estipulação em contrário” ou “salvo se as partes convencionarem diversamente” Exemplo artigo 327 (normalmente ocorrem na área das obrigações)
Quanto a imperatividade:
Mais que perfeitas: São as que estabelecem ou autorizam a aplicação de duas sanções, na hipóteses de serem violadas (Ex.art.19 da Lei de Alimentos 5.478/68 §1º - pena de prisão e pagamento da pensão em atraso); Um exemplo é a proibição de uma pessoa casada casar-se novamente. Essa pessoa será punida por bigamia e seu novo casamento será considerado nulo.
Quanto a imperatividade
Perfeitas: São aquelas que impõe a nulidade do ato, simplesmente, sem cogitar de aplicação de pena ao violador. Ex. considerar nulo o negócio jurídico praticado por absolutamente incapaz (CC.166,I) Um exemplo é a anulação de um contrato assinado por menor que venha a trazer prejuízos a seu patrimônio, inexistindo punição a tal menor.
Quanto a imperatividade:
Menos que perfeitas: são as que não acarretam a nulidade ou anulação do ato ou negócio jurídico, na circunstância de serem violadas, somente impondo ao violador uma sanção. Exemplo viúvo ou viúva que se casa antes de fazer o inventário e partilha dos bens, tendo filho do casamento anterior (art.1523,I). Não se anulará o casamento porém como sanção pela omissão, o casamento será contraído, obrigatoriamente, no regime da separação de bens (art.1641,I)
Imperfeitas: são leis cuja violação não acarreta nenhuma consequência. Exemplo obrigações quanto a dividas de jogo e de dividas prescritas que não obrigam o pagamento (art.814 CC). O ordenamento não autoriza o credor a cobrar o pagamento em juízo.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
QUANTO AO SISTEMA QUE PERTENCEM: podem ser NACIONAIS, INTERNACIONAIS E DIREITO UNIFORME (legislação padrão entre dois estados mediante tratado);
QUANTO À FONTE: LEGISLATIVAS (normas jurídicas escritas, corporificadas nas leis, medidas provisórias, decretos etc) CONSUETUDINÁRIAS (normas não escritas, elaboradas espontaneamente pela sociedade, ou seja, os costumes) JURISPRUDENCIA (normas criadas pelas tribunais);
QUANTO AOS DIVERSOS AMBITOS DE VALIDEZ: GERAIS (que se aplicam em todo território nacional) LOCAIS (que se destinam a aplicação em somente parte do território) POR PRAZO DETERMINADO e POR PRAZO INDETERMINADO. De DIREITO PUBLICO e de DIREITO PRIVADO
QUANTO À HIERARQUIA: Constitucionais, Complementares, Ordinárias, regulamentares e individualizadas (grande variedade de negócios jurídicos: testamentos, sentenças judiciais, contratos etc)
QUANTO À SANÇÃO: PERFEITA (quando prevê nulidade do ato, na hipótese de sua violação) MAIS DO QUE PERFEITAS (além da nulidade, estipula pena em caso de violação) MENOS DO QUE PERFEITA (determina apenas penalidade, quando descumprida) IMPERFEITA (sob o aspecto da sanção, quando não considera nulo ao anulável o ato que a contraria, nem comina castigo aos infratores)
QUANTO A QUALIDADE: POSITIVAS (ou permissivas – permitem ação ou omissão) NEGATIVAS (ou proibitivas - as que proíbem a ação ou omissão);
QUANTO A RELAÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO: PRIMÁRIAS (as cujo sentido são complementadas por outras que recebem o nome de SECUNDÁRIA);
QUANTO A VONTADE DAS PARTES: TAXATIVAS e COGENTES resguardam interesse da sociedade, obrigam independentemente da vontade das partes. DISPOSITIVAS dizem respeito apenas ao interesse dos particulares
QUANTO A FLEXIBILIDADE OU ARBITRIO DO JUIZ: NORMAS RIGIDAS OU CERRADAS (não deixam margem à discricionariedade, Exemplo: Jovem de 17 anos inimputável criminalmente – favorece a efetividade da norma mas compromete a justiça) e ELASTICAS OU ABERTAS (apresentam conceitos vagos como boa fé objetiva, justa causa, quando caberá ao juiz decidir com equidade os casos concretos; Conferem liberdade ao magistrado);
QUANTO AO MODO DA PRESENÇA NO ORDENAMENTO: IMPLICÍTAS (complementam formulas adotadas pelo legislador) EXPLICITAS (definem condutas, procedimento ou modelo de organização)
QUANTO A INTELIGIBILIDADE: diz respeito ao processo de compreensão.
VIGENCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGENCIA: validade formal; Vacatio Legis;
EFETIVIDADE: deve ser observada tanto por seus destinatários quanto pelos aplicadores do direito;
EFICÁCIA: Significa que a norma jurídica, produz realmente efeitos sociais desejados.
LEGITIMIDADE: deve-se analisar o ponto de onde emana a norma. Se aquela é legitima a outra também o será. Ou seja emanada de elementos escolhidos pelo povo.

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