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5o termo - Caderno da Prova de 7 - penal

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PENAL - PROVA 7
Bruno VENDRAMINI
RESUMO: 
5º Termo
Turma C
Professor: Florestan
1 INTRODUÇÃO
20.03.2014
BIGAMIA
1.	Generalidades  é um crime contra o casamento. O sistema brasileiro atual, quem casa uma segunda vez, tendo o casamento anterior ainda vigente será agente do crime de bigamia. É o novo casamento já sendo casado. O art. 235 traz a previsão do delito de bigamia, com penas de 6 anos no máximo in abstrato. Logo, não é um crime de menor potencial ofensivo. Muitos criticam a existência desse crime, e defendem a descriminalização da bigamia, em razão do contexto social e da união estável, que não gera bigamia. Alguns sustentam a ideia de que a bigamia é um crime que está em descompasso com a legislação atual. Mesmo com essas correntes a bigamia é um crime ainda em vigência. Por ser um crime que ninguém dá muita importância, é um crime que cai muito em concursos.
2.	Crimes contra a família  é uma instituição muito importante, por ser considerada a célula mátria da sociedade e muitos ramos do direito protegem essa instituição, e o direito penal não é diferente. Protege-se a família. O primeiro crime é contra o casamento, mas também estudaremos outros delitos.
3.	Base legal  art. 235 CP
4.	Conceito de bigamia  consiste na infração penal em que o agente, na vigência de um casamento anterior, contrai novo matrimônio, tendo ciência dessa condição, abrangendo também, aquele que mesmo não sendo casado, contrai matrimônio com pessoa que sabe ser casada. 
5.	Aspectos históricos  o adultério deixou de existir em 2005, foi descriminalizado, a bigamia foi mantida. Vários casamentos acontece o fenômeno da poligamia. Não deixa de ser o crime de bigamia. Poliginia – situação em que um homem casa com muitas mulheres. Poliandria – quando uma mulher se casa com vários homens. Antigamente a bigamia, nem a poligenia era crime. Com o passar dos tempos vem a igreja e esse fato passa a ser crime. No Brasil, durante as ordenações filipinas eram usadas as regras do direito canônico, logo era punida também. No direito penal pátrio sempre houve a punição da bigamia. No projeto do novo código penal há uma forte tendência a abolir esse crime. Hoje, no Brasil, trata-se de um crime, e tem também um impedimento claro do código civil, no artigo 1521, VI, impede o casamento se a pessoa já é casada. O Brasil consagra o casamento monogâmico. 
6.	Bem jurídico tutelado  o bem jurídico protegido é o casamento, a organização familiar. A estrutura jurídico familiar que se dá através do matrimônio. 
7.	Sujeito ativo  exige do sujeito ativo uma qualidade jurídica, só pode praticar a bigamia aquele que é casado, com um casamento vigente. Logo, é um crime próprio. Pode ser tanto homem quando mulher que sendo casado contraia novo matrimônio.
i.	Figura privilegiada (art. 235, §1º): Solteiro pratica bigamia? Sim, se quem não é casado está casando com alguém que já é casado responde por bigamia, e responde pelo §1º, a bigamia privilegiada. Varia de um a três anos a pena máxima. Essa regra é uma exceção pluralística à teoria da ação. Quando acontece essa hipótese é um crime plurissubjetivo, pois tem mais de uma pessoa. Esse tipo trazido pelo §1º é de concurso necessário. Admite a participação de terceiros, por exemplo, aquele que induz a pessoa a casar mesmo sabendo que já é casado.
8.	Sujeito passivo 
i.	Primário: é sempre o estado, pois é um crime contra o casamento.
ii.	Secundário: o sujeito passivo mediato pode ser tanto o contraente de boa fé, ou seja, aquele que vai casar, mas está de boa fé, sem saber que aquela pessoa já é casada (se souber passa a ser coautora). É também sujeito passivo o cônjuge do primeiro casamento que também está sendo prejudicado. 
9.	Tipicidade objetiva 
a.	Ação nuclear: contrair – existe bigamia quando o agente contrai o casamento. É o famoso crime de ação vinculada, pois não há como ter outra conduta, a não ser casar. Contrair significa assumir, tomar para si. 
b.	Aspectos gerias sobre o “casamento”
c.	A nulidade anterior
10.	Tipicidade subjetiva 
11.	Consumação e tentativa – posicionamentos
12.	Questão prejudicial (art. 92 CPP)
A questão do casamento gay: teve uma decisão do STF, havia a ADIN 4277 do DF e uma ADPF 132 do RJ – por ter o mesmo objeto foram julgados juntos. Essas duas ações discutiam o artigo 226, §3º CF que trata da união estável, discutindo-se a chamada união homoafetiva. Esse artigo diz homem e mulher, e o debate era em torno se a expressão homem e mulher poderia ser compreendida como homem e homem e mulher e mulher. O STF entendeu que sim e extendeu a entidade familiar entre casais do mesmo sexo. Isso foi reconhecido no âmbito da união estável, mas quais são os reflexos disso no casamento? O STJ tem algumas decisões recentes reconhecendo que o casamento deve ter o mesmo tratamento da união estável, ou seja, o casamento também é unidade familiar e o casamento homoafetivo deve ser considerado também. Isso se deu em 2011 e 2012, após a decisão do STF. Em 2013 saiu a resolução 175 do CNJ, que diz que é admitida a conversão da união estável homoafetiva em casamento e determina que todos os cartórios civis do Brasil realizem casamento entre homossexuais. Diante disso, o cartório não pode, por ser homem e homem ou mulher e mulher, impedir a realização do casamento, se estiver tudo certo com a documentação. Alguns juízes e membros do MP entendem que essa resolução não tem força de lei, não aplicam e entendem que não é possível o casamento homossexual porque o código civil não foi alterado. Mesmo que o juiz negue, se as partes entrarem com medidas judiciais, os tribunais entendem que é possível, em virtude da decisão do STF. 
21.03.2014
INDUZIMENTO A ERRO ESSENCIAL E OCULTAÇÃO DE IMPEDIMENTO AO CASAMENTO
1.	Fundamento  art. 236 CP
2.	Generalidades  estamos diante de mais um crime que envolve a proteção do casamento. Porque o CP se importa tanto com o casamento? Há raízes da sociedade da década de 40, mas a proteção do casamento envolve a proteção da família, pois o casamento faz nascer uma família e detêm certos assuntos complexos atrás de si, como a relação de patrimônio, a guarda dos filhos, alimentos, etc. há a situação onde alguém induz o outro a erro para se casar, aplica uma fraude ocultando algum impedimento do casamento. É uma situação onde o casamento pode ser anulado por nascer com um vicio, e o DP pune aquele que oculta algum tipo de impedimento sobre o casamento ou que faz o outro agir em erro. 
3.	Aspectos históricos  antes de 40 nunca houve no ordenamento jurídico uma lei dessa, nasceu com o CP, e é um dispositivo inspirado no CP italiano. 
4.	Conceito do crime  consiste no crime contra o casamento onde qualquer um dos cônjuges induz o outro contraente em erro essencial ou lhe oculta impedimento anterior que não seja outro casamento. 
5.	Objetividade jurídica  tutela-se a organização familiar. Nesse delito a origem do casamento vem de uma fraude, logo, o legislador protege a formação regular do casamento e a obediência aos preceitos legais que regulam o casamento. Protege o casamento e, indiretamente, a família. 
6.	Sujeito ativo  pode ser tanto o homem quando a mulher, que induzirá o outro contraente em erro ou que ocultará algum tipo de impedimento. 
7.	Sujeito passivo  para a doutrina o sujeito passivo é o estado, que tem como interesse proteger a instituição do casamento. Como sujeito passivo mediato ou secundário, tem-se o contraente que está sendo enganado, que está de boa fé e agindo em erro. 
8.	Elementos objetivos  
a.	Contrair casamento: o verbo nuclear da conduta é contrair, que significa tomar pra si, assumir, aqui, é aquele que contrai casamento. Se contrai o casamento no momento da celebração, no momento em que os nubentes manifestam sua vontade num ato de celebração, é ai que o casamento é contraído.
b.	Induzimento ao erro essencial (art. 1557 CC): este crime é um criem cuja estrutura do tipo deflagram a norma penal em branco homogênea, porque o dispositivo fala “induzimento em erro essencial”mas não diz quais as hipóteses de erro essencial do casamento, o CP não fala, logo devo procurar no CC. 
O art. 1557 diz que o erro é um equivoco, uma falsa avaliação da situação, o agente induz o outro a errar quando sua identidade, alguma qualidade essencial do agente que irá se casar com o outro. Esse artigo arrola quatro situações que caracterizam erro essencial. São elas:
i.	O que diz respeito a sua identidade, honra e boa fama – são questões pessoais e subjetivas do próprio agente. 
ii.	Ignorância de crime anterior ao casamento – a pessoa casa sem saber que o outro está respondendo por processo crime. 
iii.	Quando o individuo tem alguma doença grave ou deficiência anterior ao casamento
iv.	Doença mental grave anterior ao casamento 
c.	Ocultação de impedimento do casamento (art. 1521 CC e art. 1550 CC): quando o individuo tem o comportamento de esconder, maquiar a verdade, disfarça o impedimento do casamento. As duas situações estão preconizadas no CC e não no CP. Além do induzimento a erro essencial, também caracteriza o delito quando o agente oculta algum impedimento do casamento. Para que possa csar deve-se cumprir alguns requisitos e o impedimento se dá quando a pessoa não cumpre os requisitos. Há os impedimentos absolutos – art. 1521 – são os impedimentos mais graves, que tornam o casamento nulo, e o art. 1550 envolve os impedimentos relativos, que tornam o casamento anulável. O comportamento do agente é de fazer esconder, numa espécie de fraude em que sonega a verdade do outro, oculta, encobre a verdade e em razão disso a pessoa é enganada. O inciso VII do 1521 diz que o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte – a jurisprudência entende que se for no caso de homicídio culposo o casamento pode acontecer.
d.	Interpretação doutrinária e jurisprudencial da conduta de “ocultamento”
9.	Elemento subjetivo do crime  dolo genérico – vontade livre e consciente de contrair o casamento ocultando dele impedimento ou induzindo- o a agir em erro essencial. 
10.	Consumação e tentativa  consuma-se com a manifestação de vontade dos nubentes. A tentativa não é admitida nesse crime, por uma questão técnica. No aspecto jurídico é inadmissível por razão do disposto no §único do art. 236. É juridicamente impossível, porque o individuo só pode promover a ação penal depois que a ação civil foi efetivamente julgada e transitada em julgado anulando o casamento, logo o casamento já foi celebrado e consumado, pois apenas assim pode ser anulado. É uma das ultimas situações em que existe a chamada ação penal privada personalíssima, ou seja, se o contraente morre acaba ação penal, apenas ele poderá promovê-la. 
11.	Ação penal = analise da condição de procedibilidade – ação penal privada, depende da queixa crime do contraente que foi enganado. 
CONHECIMENTO PRÉVIO DE IMPEDIMENTO AO CASAMENTO 
1.	Fundamento  art. 237 CP
2.	Noções gerais
3.	Conceito
4.	Objetividade jurídica
5.	Sujeito ativo
6.	Sujeito passivo
7.	Tipicidade objetiva 
a.	Impedimentos de natureza absoluta
8.	Tipicidade subjetiva 
9.	Consumação e tentativa
10.	Ação penal
Pegar com alguém
10 de abril de 2014
Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido
Fundamento: art. 242 CP
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
Pena - reclusão, de dois a seis anos. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
Sujeito ativo: Na hipótese I é crime próprio, a mãe tem esse comportamento, assume a maternidade de parto de um terceiro. Nas hipóteses II,III e IV é crime comum.
Passivo: Estado, eventuais herdeiros, 
8 – Elementos objetivos do tipo:
I – Dar parto alheio como próprio: mãe apresenta criança como sua, não ficou grávida e aparece com uma criança. Ou ficou grávida, natimorto e arruma outra criança.
II – Registrar como seu filho de outrem: lei 6898/81: a lei que puniu a “adoção a brasileira”. Além de apresentar a criança, registra sendo seu, pode ser o homem ou a mulher. A falsidade ideológica é absorvida por esse crime.
III – Ocultar recém-nascido suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: nasce uma criança, e esta é ocultada, visando alterar seu estado de filiação.
IV – Substituir recém-nascido, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: criança nasce com algum problema ou outro motivo, a criança é trocada.
9 – Elemento subjetivo: 
1ª corrente: dolo genérico nas duas primeiras, dolo específico nas duas últimas
2ª corrente: todas as formas de execução são de dolo específico
10 – Consumação e tentativa
I - Consuma-se quando a mãe apresenta a criança perante terceiros
II – registro no cartório
III – criança é ocultada
IV – substituída
Crime material e plurissubsistente em todos os casos.
Admite tentativa.
Nas 2 primeiras modalidades é crime instantâneo com efeito permanente.
Nos 2 ultimas modalidades tem natureza de crime permanente.
11 – Figura privilegiada (art. 242 § único)
Como achar uma criança na lata do lixo, de uma família miserável, o juiz tem 2 alternativas: aplicar uma pena menor ou não aplicar pena.
12 – Ação penal
Pública incondicionada.
CAPÍTULO III DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR
ABANDONO MATERIAL
1 – Generalidades
Deixa de ajudar, deixar propositalmente de dar pensão alimentícia.
2 – Diretriz constitucional (art. 229 CF)
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
3 – Base legal: art. 244 CP
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. (Redação dada pela Lei nº 5.478, de 1968)
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. (Incluído pela Lei nº 5.478, de 1968)
4 – Histórico do delito
Primeira previsão normativa foi no Código de Menores, depois no código de 40.
5 – Conceito de abandono material
Consiste no crime em que se pune a omissão indevida que ocorre entre pessoas de uma mesma família, que não proporcionam os recursos necessários para a subsistência de seus pais ou deixam de pagar, sem justo motivo, pensão alimentícia devida, ou ainda, deixam de socorrer sem justo motivo, descendente ou ascendente gravemente enfermo.
Objetividade jurídica: tutela a assistência material familiar, a família em seu aspecto material: os filhos de serem auxiliados pelos pais, ou vice-versa, entre os cônjuges.
Próxima aula
6 – Sujeito ativo da conduta
a) Cônjuge que deixa de prover subsistência de outro cônjuge.
b) Pai ou mãe que deixa de prover subsistência de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho.
c) Descendente que deixa de proporcionar recursos necessários ao ascendente inválido ou maior de 60 anos
d) Qualquer pessoa que deixa de socorrer ascendente ou descendente gravemente enfermo
7 – Sujeito passivo:
a) Cônjuge que não é assistido pelo outro
b) Descendente menor de 18 anos ou inaptopara o trabalho
c) Ascendente inválido ou maior de 60 anos
d) Ascendente ou descendente gravemente enfermo.
17 de abril de 2014
ABANDONO INTELECTUAL
1 – Noções gerais
2 – Previsão legal: art. 246 CP
3 – Evolução histórica
Veio com o código de 40
Art. 229, 227 da CF
1634 I do CC
75 ou 55 do ECA
4 – Conceito doutrinário 
Significa a hipótese delituosa em que os pais, deixam, sem justa causa, de prover a instrução primária (educação fundamental) de filho em idade escolar.
5 – Objetividade jurídica
Direito a educação que a criança possui quando atinge a idade escolar de ser instruída, ser educada.
6 – Sujeição ativa e passiva
Crime próprio: somente aos genitores
Lei nº 9394/96
Lei 11.114/05
Lei 12.061/09
Lei 12.796/
7 – Tipicidade objetiva
a) Crime omissivo próprio – caracteriza quando os pais tomam uma atitude de inação, uma espécie de negligência. O verbo da conduta é deixar de “prover”, ou seja, não proporcionar a criança uma escola. Sem houver aprendizado em casa, como se fosse uma escola, não há crime.
b) Elemento normativo do tipo “sem justa causa”: se houver um motivo justo, será fato atípico. A pobreza não é justificativa, pois existe ensino público.
8 – Elemento subjetivo
Crime doloso.
9 – Consumação e tentativa
10 – Ação penal
24 de abril de 2014
ABANDONO MORAL
1 – Base normativa: art. 247 CP
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância:
I - freqüente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;
II - freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
2 – Historicidade do delito: o art. 247 não traz um nome do delito, que nomeou como abandono moral foi a doutrina. Código de menores tinha um dispositivo que punia os pais que permitiam os filhos a frequentar determinados lugares.
3 – Conceito doutrinário: consiste no crime em que os pais ou qualquer pessoa a que o menor de 18 anos seja confiado, venham a permitir a frequência deste em certos lugares, permitir o convívio com pessoas, o trabalho ou a residência em estabelecimentos que possam prejudicar sua formação moral, ou ainda, venha a permitir a prática da mendicância para instigar a piedade e compaixão alheia. 
4 – Objetividade jurídica: assistência familiar, assistência moral, incolumidade moral do menor, integridade do caráter, da moral do menor.
5 – Sujeito ativo ou passivo: ativo: pais, tutor, curador, pessoas que exerçam guarda ou vigilância, mesmo que transitória (baba, professor, responsáveis por excursão, intercâmbio, diretor de internato). Passivo: menor de 18 anos: aluno do internato, excursão, independe se é publico ou particular.
6 – Elementos do tipo: verbo é “permitir”: autorizar, tolerar, pode ser por omissão. Pode ser comissivo também: pai que leva e busca, por exemplo. A maioria da doutrina entende que é um tipo misto alternativo, crime de conteúdo variado. Alguns entendem que é um crime de conduta conjugada, que a conduta do sujeito ativo é uma só (permitir), a conduta do sujeito passivo que é variada.
a) Inciso I - frequentar casa de jogo ou mal afamada ou conviver com pessoa viciosa ou de má vida: casa de jogo ilícito, cafetão, proxeneta.
b) Inciso II - Frequentar espetáculo capaz de perverte-lo ou ofender lhe o pudor ou participar de representação de igual natureza(revogado, pois é pedofilia): novela das 8? BBB?
c) Inciso III - Residir ou trabalhar em casa de prostituição: a mãe pode perder a guarda do filho se praticar atos de prostituição dentro da própria residência. Qualquer trabalho que não seja como prostituto ou prostituta. Trabalho não precisa ser trabalho formal.
d) Inciso IV - Mendigar ou servir de mendigo para excitara comiseração pública: estimular a compaixão pública. Lei 11.983/09 revogou a contravenção penal do mendicância, que estava no art. 60 da LCP.
7 – Tipicidade subjetiva: dolo genérico nas 3 primeiras modalidades, na última é dolo específico(finalidade econômica).
8 – Consumação e tentativa
As 1ª, 2ª modalidades são crimes habituais.
3ª precisa de tempo relevante. Que seria a mesma coisa que habitual.
4ª Não precisa ser habitual.
Cabe tentativa quando não for habitual e for comissivo.
9 – Ação penal e aspectos processuais.
Pública incondicionada, JECRIM.
SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES
1 – Generalidades sobre os crimes contra o pátrio poder, tutela e curatela (capítulo IV do título VII do CP)
a) Aspectos gerais do poder familiar (art. 1630 a 1638 CC): poder/dever dos pais em relação aos seus filhos menores no sentido de gerenciar seus interesses, protege-los, corrigir. Os pais podem perder o poder familiar
Tutela (art. 1728 a 1766 CC) e curatela (art. 1767 a 1783 CC): cuidar de um maior incapaz, o interdito. Quem responde por ele será um curador.
2 – Base normativa: art. 249 CP
Subtração de incapazes
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
§ 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena.
3 – Evolução histórica do crime
Crime contra o poder familiar. A
4 – Conceito de subtração de incapazes:
Consiste na infração penal onde ocorrer a retirada do menor de 18 os ou do interdito da esfera de poder daquele que exerce a guarda em virtude de exposição legal ou de sentença do juiz.
5 – Objetividade jurídica
Bem jurídico tutelado a guarda do menor ou a guarda do interdito.
6 – Sujeito ativo e passivo
Comum quanto ao agente, inclusive os próprios pais que perderam a prerrogativa de poder familiar podem figurar como sujeitos ativos.
Art. 359 do CP: quando o sujeito que ainda tem a guarda da criança, a guarda compartilhada, e não respeita o horário determinado pelo juiz: quem tem poder familiar não comete subtração de incapazes.
7 – Sujeito passivo 
Principal é aquele que detém a guarda.
Secundário é o menor ou interdito.
8 – Tipicidade objetiva:
- Estudo dos elementos do tipo
A guarda que o crime se refere é a guarda de direito, não a guarda de fato. Se a mãe abandona a criança com a tia e desaparece, se a tia não tiver a guarda de direito da criança, através de uma decisão judicial, e alguém subtrair a criança, não há o crime. Se a tia tiver uma decisão judicial que ela tem a guarda regular da criança, e alguém subtrair o incapaz, há o crime.
9 – Tipicidade subjetiva
Subtrair, tirar, retirar, levar consigo. Quando para subtrair há a execução de um crime meio para retirar o menor da guarda, há o concurso de crimes
Vontade livre e consciente de subtrair o menor ou interdito do seu curador ou tutor.
10 – Consumação e tentativa
No momento em que é efetivada a subtração, é um crime permanente. Quando não há tempo juridicamente relevante, como 2,3 horas em um shopping, não há crime. 
Cabe tentativa.
11 – Perdão judicial
A criança é devolvida, não sofreu privações, não sofreu maus tratos, o juiz pode, é uma prerrogativa do juiz, de não aplicar a pena.
12 – Distinções
Se trancar o menor dentro do quarto, se tiver privando a liberdade do menor ou do interdito será sequestro, qualificado por que é menor.
Se sequestrar o menor, e ainda pedir dinheiro para soltá-lo, será extorsão mediante sequestro.
Se tiver a intenção de colocar a criança em um família substituta será o crime do art. 237 do ECA.
13 – Ação penal e aspectos processuais.
Crime de menor potencial ofensivo
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
EPIDEMIA
1 – Noções gerais dos crimes contra a saúdepública.
Crimes de difusibilidade de dano, atinge um numero indeterminado de pessoas. Estão equiparados aqueles delitos 
2 – Fudamento legal: art. 267 CP
CAPÍTULO III DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
Epidemia
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - reclusão, de cinco a quinze anos.
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
3 – Conceito de epidemia: consiste no crime em que o agente provoca epidemia mediante a disseminação de germes patogênicos com a possibilidade de contágio de numerosas pessoas e indeterminadas pessoas.
4 – Histórico do delito
As grandes perdas da humanidade foi em razão de epidemias.
Este crime surgir no código de 40
5 – Objetividade jurídica
6 – Aspectos terminológicos
7 – Sujeição ativa e passiva do crime de epidemia.

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