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5o termo - caderno Prova 7 - processo penal

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PROCESSO PENAL - PROVA 7
Bruno VENDRAMINI
RESUMO: 
5º Termo
Turma C
Professor: Mário Coimbra
1 PAPER – “AULA DO DIA 19 DE MARÇO
24 de março de 2014
O auto de prisão em flagrante só pode ser lavrado, mediante requerimento da vítima ou de pessoa que a represente.
INSTAURAÇÃO DE I.P. E ATOS INICIAIS.
Princípio da obrigatoriedade – a autoridade policial deve instaurar o i.p., procedendo-se nos termos do artigo 6º do CPP:
dirigir-se ao local dos fatos visando início de apuração e preservação do local (inciso I).
apreensão de objetos após liberação pelos peritos (inciso II).
Colheita de provas, como arrolar testemunhas, determinar colheita de material para exame e outras diligências pertinentes (inciso III). – depoimento, declarações, assentada.
Ouvir o ofendido (inciso IV).
Ouvir o indiciado. Deve ser instruído sobre o direito ao silêncio (art. 5º, LXIII,CF). Não é obrigatória a presença de advogado no interrogatório policial. Exige-se as testemunhas instrumentárias (duas) que tenham ouvido a leitura do interrogatório (inciso V). – ouvir o indiciado por último, chama-se interrogatório. Se ele for suspeito, não for configurado como indiciado por falta de provas será uma declaração.
Reconhecimento de pessoas e coisas – arts.226 a 228 do CPP (inciso VI). 
Acareação – artigos 229 e 230 do CPP. Quando há divergências relevantes entre as declarações prestadas no inquérito, precisamente entre indiciados, entre indiciado e testemunhas, entre indiciado e vítima, entre testemunhas (inciso VI). – quando, por exemplo, uma testemunha fala que o autor é de cor negra, e outra diz que o autor é de cor branca, faz-se uma acareação para tentar que as testemunhas confirmem ou mudem as suas versões.
Exame de corpo de delito e outras perícias – art.158 e seguintes do CPP (inciso VII).
26 de março de 2014
Identificação do indiciado – processo datiloscópico (digitais) e folha de antecedentes. Colher as impressões digitais do indiciado.(inciso VIII). Há vedação constitucional ao civilmente identificado (se já foi identificado civilmente, não precisa identificar penalmente) – art. 5º, LVIII – CF). A lei nº 10.054/2000 foi a primeira a disciplinar a questão (nos crimes mais graves, precisa identificar criminalmente). Foi sucedida pela Lei nº 12.037/09 que a revogou. A nova lei não elenca crimes explicitando que haverá identificação quando for essencial às investigações (não precisa identificar civilmente aquele que já tem, contudo aquele que tem um documento muito antigo, que já não dá mais para saber se é ele mesmo, eu preciso identifica-lo novamente, agora criminalmente).
Art. 1º - O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo na hipótese do artigo 3º.
Art. 2º - A identificação civil é atestada pela carteira de identidade, carteira do trabalho, carteira profissional, passaporte, carteira de identidade funcional; outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Casos de identificação criminaL: art. 3º I -o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II-o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III -o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; (estelionatário que tem diversos nomes).
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa. – o juiz autoriza em casos excepcionais, como na falsidade documental, uso de documento falso, que faça-se a identificação criminal, mesmo tendo a identificação civil.
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Modalidades de identificação criminal– processo datiloscópico e fotográfico – art. 5º 
Art.5º, Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012). (ver art.9º-A da Lei nº 8.072/90). 
Também será identificado por tal sistema integrantes de organizações criminosas – art. 5º, Lei nº 9.034/95).
Folha de antecedentes – registro da vida pregressa criminal de todas as pessoas que possuam identificação civil (inciso VIII).
Vida pregressa – dados relevantes acerca do passado do indiciado, especialmente da sua personalidade.
Art. 7º - reprodução simulada dos fatos – reconstituição do crime – através de fotografias ou 3D, dependendo do caso. Nunca fará reconstituição do crime em crime sexual.
Aulas do dia 24 e 26 de março
INSTAURAÇÃO DE I.P. E ATOS INICIAIS.
Princípio da obrigatoriedade – a autoridade policial deve instaurar o i.p., procedendo-se nos termos do artigo 6º do CPP:
dirigir-se ao local dos fatos visando início de apuração e preservação do local (inciso I).
 apreensão de objetos após liberação pelos peritos (inciso II).
Colheita de provas, como arrolar testemunhas, determinar colheita de material para exame e outras diligências pertinentes (inciso III).
 Ouvir o ofendido (inciso IV).
 Ouvir o indiciado. Deve ser instruído sobre o direito ao silêncio (art. 5º, LXIII,CF). Não é obrigatória a presença de advogado no interrogatório policial. Exige-se as testemunhas instrumentárias (duas) que tenham ouvido a leitura do interrogatório (inciso V).
Reconhecimento de pessoas e coisas – arts.226 a 228 do CPP (inciso VI). 
Acareação – artigos 229 e 230 do CPP. Quando há divergências relevantes entre as declarações prestadas no inquérito, precisamente entre indiciados, entre indiciado e testemunhas, entre indiciado e vítima, entre testemunhas (inciso VI).
Exame de corpo de delito e outras perícias – art.158 e seguintes do CPP (inciso VII).
Identificação do indiciado – processo datiloscópico e folha de antecedentes. Colher as impressões digitais do indiciado.(inciso VIII). Há vedação constitucional ao civilmente identificado – art. 5º, LVIII – CF). A lei nº 10.054/2000 foi a primeira a disciplinar a questão. Foi sucedida pela Lei nº 12.037/09 que a revogou. A nova lei não elenca crimes explicitando que haverá identificação qdo for essencial às investigações.
Art. 1º - O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo na hipótese do artigo 3º.
Art. 2º - A identificação civil é atestada pela carteira de identidade, carteira do trabalho, carteira profissional, passaporte, carteira de identidade funcional; outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Casos de identificação criminaL: art. 3º I -o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II-o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III -o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa.
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Modalidades de identificação criminal– processo datiloscópico e fotográfico – art. 5º 
Art.5º, Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012). (ver art.9º-A da Lei nº 7.210/84). 
Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o daLei no 8.072, de 25 de julho de 1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Também será identificado por tal sistema integrantes de organizações criminosas – art. 5º, Lei nº 9.034/95).
Folha de antecedentes – vida pregressa criminal de todas as pessoas que possuam identificação civil (inciso VIII).
Vida pregressa – dados relevantes acerca do passado do indiciado, especialmente da sua personalidade.
Indiciamento – Indiciado designa a pessoa a quem se faz uma imputação criminosa. Indiciamento é o ato de imputar a determinada pessoa a prática de um fato punível, bastando para tanto que haja qualquer tipo de indício de autoria. 
Pressuposto do indiciamento – haja nos autos do inquérito prova reveladora de sinal ou vestígio da autoria, coautoria ou participação, caso contrário, haverá constrangimento.
31 de março de 2014
Indiciamento indireto – quando a pessoa não comparece perante a autoridade para a prática dos atos precitados.
Prazo para a conclusão do inquérito policial - Estando o indiciado preso em virtude flagrante delito ou em decorrência de prisão preventiva, o prazo, como regra geral, para a conclusão será de dez dias. Em se tratando de indiciado solto, o prazo de conclusão será de 30 dias (art. 10).
Concluído o i.p. a autoridade policial faz um minucioso relatório, encaminhando-o ao juiz competente (art.10, § 1°-CPP). 
Tudo o que foi apreendido (armas, objetos) no inquérito também é enviado ao juiz.
Os instrumentos do crime e objetos de interesse devem acompanhar o i.p. (art.11).
JUSTIÇA FEDERAL – o prazo para a conclusão do inquérito, estando o réu preso será de 15 dias, podendo ser prorrogado por mais 15 dias. (art. 66 da Lei 5.010/66).
Tem 15 dias para concluir este inquérito, podendo ser prorrogado por mais 15 (a jurisprudência não concorda com essa prorrogação). Indiciado solto serão 30 dias normalmente.
Lei 11.343/06 (lei antidrogas). art.51 – indiciado preso – prazo 30 dias. Indiciado solto - prazo 90 dias. Os prazos podem ser duplicados, mediante pedido justificado da autoridade policial (p.único).
Prazo para indiciado passa para 30 dias, indiciado solto passa para 90 dias. Podendo ser duplicados (a jurisprudência não concorda com essa duplicação se for indiciado preso).
Inquéritos militares – prazo 20 dias (indiciado preso) e 40 dias (indiciado solto), podendo, no último caso, ser prorrogado por mais 20 dias (art.20 do Decreto-lei n.1.002/69). - IPM
Crimes contra a economia popular – prazo 10 dias (solto ou preso – art.10, § 1º da lei nº 1.521/51) – esta lei quase não é mais utilizada, usa-se mais o CDC e a lei 8137.
PEDIDO DE PRAZO – ART. 10, § 3º-CPP – fato for de difícil elucidação.
Se o fato for de difícil esclarecimento ou a delegacia estiver sem funcionários o delegado pode pedir mais prazo. 
ARQUIVAMENTO E DESARQUIVAMENTO: Vigora o princípio da indisponibilidade do inquérito para a autoridade policial (art. 17-CPP).
Promotor não arquiva inquérito, ele só pede, o juiz que arquiva o inquérito.
O Promotor, caso não vislumbre justa causa para a ação penal, deverá postular o arquivamento do inquérito policial, mediante requerimento fundamentado.
Promotor precisa de provas de autoria e materialidade do crime. Se três testemunhas ouviram dizer que o crime foi cometido por alguém é uma prova frágil.
PEDIDO IMPLÍCITO DE ARQUIVAMENTO – quando o Promotor deixa de incluir na denúncia alguma infração ou omite o nome do coautor. 
O promotor pede o arquivamento do processo, e deixa de se manifestar em relação a um dos coautores, ou deixa de se manifestar em relação a alguma infração.
PEDIDO INDIRETO DE ARQUIVAMENTO – manifestação do Promotor de Justiça de que o Juízo é incompetente para apreciar a matéria, recusando-se a oferecer a denúncia (denominação dada pelo STF).
Arquivamento de ofício – o juiz ou o Tribunal não pode arquivar o inquérito policial sem a manifestação do Ministério Público.
PRINCÍPIO DA DEVOLUÇÃO – o juiz transfere (devolve) a apreciação do caso ao chefe do M. Público. O juiz atua, na hipótese, numa função anormal, a de velar e fiscalizar o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública. Pelo artigo 28 do CPP, o P.G.J. nomeia um outro Promotor para o oferecimento da denúncia ou insiste no arquivamento que deverá ser aceito pelo Juiz ou tribunal.
DESIGNAÇÃO DE OUTRO PROMOTOR – o Promotor designado age por delegação (do PGJ) e não pode deixar de oferecer a denúncia. O P.G.J. pode requisitar diligências antes da decisão.
Ministério Público Federal – Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal – órgão encarregado da análise do pedido de arquivamento rejeitado pelo juiz federal.
Pedido de arquivamento por um Promotor e oferecimento de denúncia por outro – não pode ainda que o juiz não tenha ainda apreciado o pedido.
Natureza jurídica do arquivamento – decisão judicial revestida de caráter administrativo. É irrecorrível. 
Diligências – Art. 16 – O MP pode requerer a devolução do i.p. para diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Desarquivamento do i.p. – artigo 18 do CPP – somente com provas inovadoras. Súmula 524 do STF – O despacho de arquivamento não faz coisa julgada, salvo se reconhecer a atipicidade do fato.
Trancamento do i.p. – falta de justa causa para a instauração – atipicidade do fato ou inexistência de autoria por parte do suspeito.(STJ).
Aulas dos dias 31 de março e 02 de abril
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL – julgamento de crimes de menor potencial ofensivo.
Art. 61 da Lei nº 9.099/95 e art. 2º, p.u. da Lei nº 10.259/01. – pena máxima não superior a dois anos. 
TERMO CIRCUNSTANCIADO – artigo 69 da Lei nº 9.099/95 – resumo da ocorrência com qualificação das partes e narrativa dos fatos pelos envolvidos.
7 de abril de 2014
AÇÃO PENAL – o direito de invocar-se o Poder Judiciário para aplicação do Direito Penal objetivo – art. 5º, incisos XXXV, LIII, LIV, LV e LVII da CF.
Características do direito de ação: subjetivo – seu titular pode exigir do Estado a prestação jurisdicional; público – porque serve à realização de um direito público (prestação jurisdicional) é um direito voltado contra o Estado; 
Autônomo – porque a ação pode existir sem que haja o direito material que se pretende efetivar em juízo. Não se confunde com o direito subjetivo material, que irá se deduzir em Juízo; abstrato – independe de o autor ter ou não razão ao final do processo-preexistente; determinado – O seu titular deduz no pedido sua pretensão; instrumental – serve de meio para se levar ao conhecimento do Estado-Juiz o fato descrito na própria ação.
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL: requisitos de admissibilidade da ação.
possibilidade jurídica do pedido – é necessário que seja admissível, em tese, o direito objetivo reclamado. – art. 397,III do CPP.
Interesse de agir – o interesse de pedir o provimento jurisdicional na ação penal condenatória. O Estado não pode impor a pena senão através das vias jurisdicionais
Verdadeiramente o interesse de agir está em toda ação penal.
Justa causa – suporte probatório mínimo em que se deve lastrear a acusação – art.395, III – CPP.
Legitimação para agir – quando a parte é titular de um dos interesses em litígio. Na ação penal sujeito ativo é o Estado-administração (legitimatio ad causam) – pertinência subjetiva da ação.
A ação só pode ser interposta pelo titular do interesse que se quer realizar e contra aquele cujo interesse deve ficar subordinado ao do autor. 
A pessoa jurídica pode figurar no polo passivo da ação penal (arts,173, § 5º e 225, § 3º da CF. e Lei 9.605/98).
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO – exigem o preenchimento de certos requisitos além daqueles genéricos. Também são conhecidas por condições de procedibilidade. Ex. representação; requisição do Ministro da Justiça; autorização da Câmara para poder ser instaurado processo por crime comum ou de responsabilidade praticado pelo Presidente-art.86-CF.
PRINCÍPIOSDA AÇÃO PENAL PÚBLICA
OFICIALIDADE – criação de um órgão para exercitar em seu nome a pretensão punitiva – art. 129, I CF; 100, § 1º, do CP e 24 do CPP.
OBRIGATORIEDADE – legalidade ou necessidade – o M.P. está obrigado a interpor a ação quando verificar a prática delitiva e prova de autoria.- art.24-CPP.
INDISPONIBILIDADE DA AÇÃO – o MP não pode desistir da ação (art.42) ou do recurso já interposto (art.576).Princípio da indivisibilidade.
INDIVISIBILIDADE – a ação penal deve ser proposta contra todos aqueles que praticaram a infração. O Prof. Mirabete entende ser a ação penal p. divisível.
INTRANSCENDÊNCIA – a ação penal é proposta em relação à pessoa ou às pessoas a quem se imputa a prática da infração.
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA – aquela cujo exercício se subordina a uma condição (art. 100, § 1º do CP e 24 do CPP). Representação ou Requisição do Ministro da Justiça.
REPRESENTAÇÃO – pedido autorização em que a vítima ou o seu representante expressam o desejo de que a ação penal seja instaurada. 
MORTE OU DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA – cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. A numeração é taxativa (art.24, § 1º-CPP).
9 de abril de 2014
OFENDIDO INCAPAZ E SEM REPRESENTANTE LEGAL = representação poderá ser feita por curador especial, nomeado de ofício ou a requerimento do M.Público – art. 33 do CPP. O curador especial não tem o dever de representar e sim de ponderar a conveniência. Pode acontecer também do representante legal não querer representar, e o juiz nomear um curador especial.
Se o curador especial não quiser representar: Mirabete entendeu (e a doutrina acolheu) que ao menor não corre prazo decadencial, e quando ele completar 18 anos, terá 6 meses para decidir se entrará com a ação ou não. Ou seja, corre 2 prazo decadenciais, um para o representante e outro para o menor.
Se o pai quiser e a mãe não, prevalece o que quer. Basta um representante legal querer.
PRAZO – o prazo de representação é de seis meses a partir do dia em que a vítima ou o seu representante legal
veio a saber quem é o autor do crime (arts.103 do CP e 38 do CPP).
O STF através da Súmula 714 permite ao funcionário a interposição de queixa nos crimes contra a honra praticados no exercício de sua função ou em razão dela. (legitimidade concorrente). 
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO – vítima ou seu representante legal. Alguns julgados admitem representação dos avós, dos tios, dos irmãos, dos pais de criação, das pessoas encarregadas da guarda do ofendido. Pode ser feita por procurador da vítima ou representante com poderes especiais, mediante declaração escrita ou oral (art. 39). Não precisa ser formulada por profissional.
Retratação – até o oferecimento da denúncia pode desistir da persecução penal – art. 25 do CPP – 102-CP.
Exceção – artigo 79 da Lei n° 9.099/95.
Retratação da retratação – Predomina o entendimento da possibilidade, que é possível. A vítima representa, retrata e representa novamente.
Violência doméstica e familiar – Lei 11.340-06 – ADC 19 – STF – MP pode denunciar sem representação.
Eficácia objetiva – alcança todos os autores do fato delituoso (indivisibilidade da ação penal). Uma vez apresentada a representação, todos aqueles que participaram do crime, princípio da indivisibilidade. A vítima não escolhe quem irá ingressar contra a ação, todos que participaram o crime o promotor vai processar.
Contagem – art.10 do CP. Afasta-se o art.798, § 1° do CPP. – contagem penal porque é uma norma híbrida.
Requisição do Ministro da Justiça – manifestação do Ministro da Justiça que manifesta a vontade política de que seja desencadeada a ação penal. Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art.7°, § 3°, b-CP); crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (art.141,I c.c. o art.145, p.u.CP)
Aula do dia 09 de abril de 2014
AÇÃO PENAL PRIVADA – o direito de agir é transferido ao particular. Inicia-se mediante queixa. O nome correto seria ação penal de iniciativa privada, pois todas as ações são públicas. A vítima assume o lugar do promotor. A vítima fala em nome próprio mas defende interesse do Estado.
Substituição processual – a vítima litiga em nome próprio defendendo interesse alheio (pretensão punitiva do Estado, interesse do Estado). Se o juiz condenar o réu, quem irá executar a sanção penal é o Estado (Ministério Público), a vítima irá até a sentença ou acórdão.
Princípios:
1) oportunidade ou facultatividade– cabe ao titular o direito de agir, a faculdade de propor ou não a ação privada, segundo sua conveniência. Na ação penal pública, obrigatoriamente o Promotor terá de agir. Aqui, o titular tem a conveniência de ingressar com a ação ou não. Tem o prazo de 6 meses para ingressar com a queixa.
Na ação pública, é autor e réu. Aqui é querelante e querelado.
2) disponibilidade – o querelante pode dispor da ação intentada, seja desistindo de prosseguir com ela, seja perdoando o querelado, seja ainda deixando a ação perimir.
Prazo decadencial da queixa só para quando apresenta queixa em juízo.
3) indivisibilidade – a ação proposta em relação a qualquer dos autores do crime obriga ao processo de todos. A ação não pode servir como instrumento de vingança ou perseguição. O MP deverá velar pela indivisibilidade da ação.
O autor não tem o direito de escolher os autores do delito, ou o querelante ingressa contra todos ou não ingressa contra ninguém. O promotor é o fiscal do querelante.
Exercício
Em que consiste o princípio da oportunidade ou facultatividade na ação penal de iniciativa privada?
4) Intranscendência – ação penal alcança tão somente o autor ou autores do fato delituoso.
Titularidade – vítima ou representante legal – arts.100, § 2° do CP e 30 CPP.
Curador especial – artigo 33 do CPP.
Queixa – procurador legalmente habilitado – artigo 32 do CPP (nomeação de advogado).
Modalidades de ação privada.
1) Ação penal privada exclusiva ou principal – somente pode ser proposta pelo ofendido ou por seu representante legal. Expressão – somente se procede mediante queixa.
2) ação penal privada personalíssima – seu exercício compete única e exclusivamente ao ofendido, em que não há sucessão por morte ou ausência.Ver art.236. p.u. do CP.
3) ação penal privada subsidiária da ação pública – art.100, § 3° do CP e ART.29 do CPP.Princípio democrático da participação do ofendido na persecução penal.Faculdade do ofendido de interpor ação penal, mediante queixa, no caso do representante do M.P. não oferecer denúncia no prazo legal (art.46 do CPP).
Pedido de arquivamento – é possível a ação subsidiária se for feito fora do prazo. O STF admitiu no pedido ainda não apreciado pelo Juiz.
Ação penal pública subsidiária da pública.Dec.Lei201/67-art.2º, § 2º.
Art.41 do CPP. –Denúncia - petição inicial da ação penal pública.Ato processual por meio do qual o Representante do Ministério Público leva ao conhecimento do Juiz, a notícia de uma infração penal apontando sua autoria e requerendo a instauração do respectivo processo em relação a ele.
Aulas dos dias 14 e 16 de abril
Representação processual – o representante não é parte, mas apenas o representante da parte, que é o representado. O representante age em nome do representado.
Sucessão processual – legitimados (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão) serão chamados a suceder o ofendido na hipótese do art.31 do CPP.
Súmula 594 do STF – Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou seu representante legal (ver art.34 do CPP). A Súmula perdeu subsistência pelo novo código Civil – Lei 10.406/02.
Ver – STJ - Acórdão Recurso Especial nº 69.627-DF – 6ª Turma - Rel. Min. Vicente Leal.
Modalidades de ação privada.
1) Ação penal privada exclusiva ou principal – somednte pode ser proposta pelo ofendido ou por seu representante legal. Expressão – somente se procede mediante queixa.
2) ação penal privada personalíssima – seu exercício compete única e exclusivamente ao ofendido, em que não há sucessão por morte ou ausência.Ver art.236. p.u. do CP.
3) ação penal privada subsidiária da ação pública – art.100, § 3° do CP e ART.29 do CPP. Princípio democrático da participação do ofendido na persecução penal. Faculdade do ofendido de interpor ação penal, mediante queixa, no caso do representante do M.P. não oferecer denúncia no prazo legal (art.46 do CPP).
Pedido de arquivamento – é possível a ação subsidiária se for feito fora do prazo. O STF admitiu no pedido ainda não apreciado pelo Juiz.
Prazo para o ofendido – art.38, última parte, do CPP. 
Participação do MP – interveniente adesivo obrigatório ou assistente litisconsorcial – o MP é obrigado a intervir em todos os termos do processo (art.29).
Aditamento da queixa – corrigir a peça.
Repúdio à queixa – quando se tratar de queixa inepta. Haverá denúncia substitutiva.
Ação penal pública subsidiária da pública.Dec.Lei201/67-art.2º, § 2º.
Art.41 do CPP. –Denúncia - petição inicial da ação penal pública.Ato processual por meio do qual o Representante do Ministério Público leva ao conhecimento do Juiz, a notícia de uma infração penal apontando sua autoria e requerendo a instauração do respectivo processo em relação a ele.
1) exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias. Fato criminoso – razão do pedido de condenação – causa petendi. O Promotor deve descrever sucintamente o fato com todas as circunstâncias para facilitar a compreensão do Juiz e de permitir ao acusado preparar sua defesa.
Imputação genérica – crimes-autoria coletiva.
Imputação alternativa – rejeitada pela doutrina.
2) Qualificação do acusado – individualização da pessoa do acusado. O MP deve fixar a relação de causalidade entre o fato criminoso e o suposto culpado.
3) Classificação do crime – indicação do dispositivo legal que descreve o fato criminoso. Uma errada classificação do crime não tem a força de invalidar a denúncia.Ver art.383 do CPP.
4) Rol de testemunhas – faculdade do MP e do querelante.
Prazo da denúncia – art.46 do CPP.
Indiciado preso – 05 dias. Indiciado solto – 15 dias. (art.798, § 1º-CPP).
Prazos especiais.
Crime eleitoral – prazo 10 dias – art.357 do Código Eleitoral. Indiciado preso – 05 dias (regra geral).
Abuso de autoridade – art.13 da Lei 4.898/65 – 48 horas.
Crimes de drogas – 10 dias – art.54 da Lei 11.343/06.
REQUISITOS DA QUEIXA
Peça inicial da ação de iniciativa privada.
Art.41 do CPP – mesmo da denúncia.
Prazo – art.38 do CPP.
Deve ser oferecida por meio de procurador com poderes especiais devendo constar do mandato o nome do querelado e a menção do fato criminoso – art.44 do CPP. O querelante geralmente assina também a queixa. 
Prazo na ação penal privada subsidiária da pública – a partir da data em que esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
No caso de morte ou ausência – ART.38 do CPP. Data em que o sucessor tiver conhecimento da autoria do crime. No caso de ter-se esgotado o prazo decadencial para o ofendido antes da sua morte ou ausência, extinta estará a punibilidade.
ADITAMENTO DA QUEIXA – art.45 do CPP. 03 dias -art.46-CPP.
Para alguns o MP deve aditar a queixa para incluir agentes omitidos na peça acusatória.
Para outros, eventual aditamento neste sentido representaria usurpação ao direito de ação que no caso cabe ao ofendido. 
Assim, o MP não pode efetuar aditamento neste sentido.
Uma terceira corrente orienta que o MP deve suscitar nos autos a omissão para que o querelante adite a queixa e, em caso de recalcitrância, que se aplique o art.49 do CPP.
Súmula 16 das Mesas de Processo Penal da USP:
Em face dos princípios que regem a ação privada, não é possível o aditamento à queixa pelo Ministério Público para inclusão de corréu.
Pode o MP ao receber os autos repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva por se tratar de ação penal pública.
O MP deve intervir em todos os termos do processo.
O MP pode aditar a queixa para acrescentar à acusação
circunstâncias que possam influir na caracterização do crime e sua classificação ou na fixação da pena (dia, hora, local, meios, modos, motivos, dados pessoais do querelado, etc.). 
O prazo de aditamento é de 3 dias (art.46, § 2°-CPP).
REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA>ART395 do CPP. Súmula 709-STF
1) for manifestamente inepta – ausência de aptidão da petição inicial para a produção de efeitos jurídicos.Desatendimento dos requisitos essenciais à petição (art.41-CPP), especialmente pela debilidade ou ausência de narrativa fática.
2) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal
Pressupostos processuais – requisitos necessários à existência e ao desenvolvimento válido do processo.
Pressupostos de existência - necessidade de uma demanda, onde se exterioze uma pretensão punitiva; um órgão investido de jurisdição e as partes que tenham personalidade jurídica.
Pressupostos de validez – requisitos para que a relação processual possa se desenvolver validamente. Dizem respeito ao juiz e às partes.
I – Subjetivos:
A) Quanto ao juiz – investidura, competência e imparcialidade (ausência de suspeição e impedimento – art.564,I do CPP);
B) Quando às partes:
B1) capacidade processual ou legitimatio ad processum – capacidade de estar em Juízo. Ex. menor de 18 anos somente pode exercer o direito de ação por meio de seu representante legal – art.30-CPP;
B2) capacidade postulatória – jus postulandi – a parte deve estar representada por advogado regularmente habilitado na OAB, com exceção de habeas corpus, revisão criminal, recursos, etc.
II – requisitos objetivos:
A) citação válida – art.363-CPP. Poderá ser suprido pelo comparecimento espontâneo – (art.570-CPP).
C) ausência de coisa julgada e litispendência.
3) faltar justa causa para o exercício da ação penal – prova da materialidade e indícios de autoria.
Aulas dos dias 28 e 30 de abril
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
1) Renúncia – ato unilateral - abdicação ou recusa do direito à propositura da ação penal, por meio da manifestação da vontade do não exercício desta no prazo previsto em lei – 104-CP - modalidade de extinção da punibilidade – art.107,V-CP.
Antecede a propositura da ação penal.
Expressa – constar de declaração assinada pelo ofendido, por seu rep.legal ou procurador com poderes especiais (Art.50-CPP).
Renúncia tácita – prática de ato incompatível com a vontade de exercer o direito à ação penal (art.104-CP), admitindo-se quaisquer meios de prova (art.57-CPP).
Recebimento de indenização do dano causado pelo crime não implica em renúncia – art.104-CP
Ver, exceção, art.74,p.u., da Lei 9.099/95.
Extensibilidade da Renúncia - renúncia em relação a um dos co-agentes estende-se aos demais.- art.49-CPP.
Renúncia procedimental – realizada no inquérito policial.
Renúncia extraprocedimental – realizada por petição e posteriormente juntada ao i.p.
Renúncia de um dos ofendidos não obriga aos outros.
Decadência – perda do direito de ação privada ou de representação, pelo não exercício no prazo legal (art.103 do CP). Causa extintiva de punibilidade (art.107,IV-CP).
É cabível na ação penal privada e subsidiária da pública (nesta não há extinção da punibilidade por se tratar de ação pública).
Prazo – 06 meses, contado do dia em que o ofendido ou rep.legal vier a saber quem foi o autor do delito.
Ação subsidiária – contagem do dia em que se esgota o prazo para o oferecimento da denúncia.
Conta-se o dia do início – art.10 do CP e não o art.798, § 3° do CPP.Prazo não se interrompe.
Crime continuado – um prazo para cada crime.
Diferença entre decadência e prescrição.
1) a prescrição ocorre antes, durante a ação e depois de transitar em julgado a sentença condenatória; A decadência somente ocorre antes da propositura da ação, salvo a intercorrente.
2) a prescrição ocorre nos crimes de ação penal pública (plena ou condicionada) e nos crimes de ação penal privada. A decadência, por sua vez, só é aplicável nas hipóteses em que a ação depende de representação ou queixa. 
3) a prescrição está sujeita à causas interruptivas ou suspensivas, o que não acontece com a decadência.
4)A decadência recai sobre um direito instrumental ( a ação) e só por via de consequência atinge o direito material. A prescrição atinge diretamente o jus puniendi.
PERDÃO DO OFENDIDO – art. 107, V, segunda parte do CP – revogação do ato praticado pelo querelante, que desiste de prosseguir na ação penal. É diferente de perdão judicial.
não é possível na ação privada subsidiária da pública – art.105 do CP
trata-se de ato bilateral , não produzindo efeito se o querelado não o aceita (art. 107,V e 106, IIII do CP e 51, 2ª parte do CPP).
Opera-se após o recebimento da queixa.
Limite – até o trânsito em julgado da sentença condenatória – art.106, § 2° do CP.
Titularidade – ofendido ou representante legal
Perdão expresso – concedido através de petição ou termo assinado pelo ofendido ou por procurador com poderes especiais (art.50, 56 e 58-CPP).
Perdão tácito – atos/condutas incompatíveis com o desejo de prosseguir na ação penal (art.106,§ 1°-CP). Festas íntimas, entre amigos.
Perdão processual – concedido dentro do processo, através de petição ou termo assinado pelo ofendido ou procurador, com poderes especiais, além do representante legal quando tratar-se de incapaz. Audiência.
Extraprocessual – concedido fora do processo – art. 56-CPP. Sempre será tácito.
Indivisibilidade da ação penal – o perdão concedido a um dos querelados a todos aproveita, desde que estes o aceitem (art. 106, I e III do CP). Se houver uma vítima (querelante) e dois réus (querelado), e a vítima perdoa um réu, isto se estende ao outro réu, porém, o perdão tem de ser aceito pelos réus, caso um não aceite o perdão, o processo continua em relação aquele réu. 
Se houver dois querelantes e um querelado, o perdão de um querelantes não se estende ao outro querelante, para conceder o perdão neste caso é necessário o perdão dos dois querelantes.
Incomunicabilidade em relação aos ofendidos:
concedido por uma das vítimas não obriga as demais (art.106,II do CP).
Aceitação processual expressa – concedido o perdão expressamente, o querelado será intimado a se manifestar no prazo de três dias se o aceita (art.58-CPP). Se o querelado peticionar concordando com o perdão.
Aceitação extraprocessual – o querelado se manifesta formalmente ao querelante fora do processo que aceita o perdão (art.56-CPP).
Aceitação tácita – caso não se manifestar no prazo de três dias, após a intimação (art.58-CPP).
Aceitação por procurador – possível com poderes especiais.
Querelado doente mental sem representação legal ou com colidência de interesses– nomeação de curador especial – art.53. O juiz nomeará um curador especial.
PEREMPÇÃO - art. 107, IV – CP – perda do direito de prosseguir na ação privada, em decorrência de sua inércia ou negligência – desinteresse pelo prosseguimento da ação – penalidade imposta ao querelante - art. 60 do CPP. Castigo ao querelante por um comportamento de negligência no processo.
Art. 60,I – querelante deixa de promover o andamento do processo por 30 dias seguidos. Pune-se a desídia
Art. 60, II – Morte do ofendido ou incapacidade – o cônjuge ou os parentes não comparece em Juízo para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias. Não há necessidade de intimação.
Art. 60, III – o querelante deixa de comparecer...
somente no caso de ato que demande participação pessoal em que sua presença não possa ser substituída pela do advogado.
Audiência de conciliação – art.520-CPP – o não comparecimento do querelante ensejará a perempção.
60,III 2ª parte - ausência de pedido de condenação - É suficiente que nas alegações finais se traduza, de modo inequívoco, a pretensão do querelante em obtê-la
60,IV – extinção da pessoa jurídica – quando ocorrer a extinção sem sucessor disposto a assumir o polo ativo da ação penal privada.
MORTE DO QUERELANTE – ação personalíssima – induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (art.236-CP)
ACTIO CIVILIS EX DELICTO - ação ajuizada pelo ofendido, na esfera cível, para obter indenização pelo dano causado pela infração. Ação civil em decorrência do delito.
Código Civil – artigo 186 – quem cometer ato ilícito dolosa ou culposamente fica obrigado a reparar o dano (art. 927).
 Código Penal – artigo 91, I – efeito da condenação – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
 Ver artigos 16, 65,III, b, 78, § 2°, 83,IV, 312, § 3°, S.554-STF
SISTEMAS PROCESSUAIS PARA REPARAÇÃO
1) sistema da separação ou independência - as ações civil e penal devem ocorrer separadamente perante o juiz correspondente, sendo impossível qualquer vinculação.
2) sistema de solidariedade – de união – de interdependência – apesar das ações civil e penal serem diferentes – desenvolvem-se no mesmo processo e diante do mesmo juiz.
3) sistema da confusão – há uma única ação - civil e penal ao mesmo tempo
4) livre escolha – é facultativa a cumulação das ações no processo penal, deixando-se ao interessado a faculdade de optar pela via civil, se assim o desejar. 
O Brasil embora adote predominantemente o sistema da independência (separação) apresenta características próprias. Na forma mitigada, relativa, a decisão do juiz penal vale no civil. A sentença penal, a partir de 2008, já terá o valor a ser executado no civil. A sentença penal é um título executivo judicial para ser executada no civil.
30 de abril de 2014 – Fernanda Madrid
*Ação civil “ex delicto”
- Prejuízo
- Cond. Criminal 
- Mesmo fato
- Conceito
		- ação
		- reparação
		- dano - tem como objetivo principal a reparação do dano
- art. 186 e 935 CC
TÍTULO III Dos Atos Ilícitos
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
CAPÍTULO VI DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Efeitos genéricos e específicos
Art. 91 - São efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
- art. 93 CPP e 91 I CP
- rediscutir – não é necessário rediscutir o fato, e sim o dano, somente os danos
- título executivo judicial (475 – N, II e 575, IV CPC)
		Sistema de independência mitigada
- Lei 11.719/08 – 387, IV => 63, § único CPP
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Fixa um valor mínimo para reparação, mas não impedindo que haja liquidação para a apuração do dano.
- parte líquida
- sentença absolutória imprópria (aquela que o juiz absolve, mas impõe medida de segurança) – não é título executivo judicial – só se torna título executivo judicial a sentença penal condenatória.
- dano
- moral – art. 5º V e X CF - – nem todo ilícito penal causa reparação, como ato obsceno, não causa dano material nem dano moral.
- paralela – 64 CPP – sem prejuízo de aguardar a sentença penal transitar em julgado, pode entrar com ação penal e civil simultaneamente.
- suspender - § único – porém, o juiz civil pode suspender o processo para aguardar o término do processo penal
- art. 265, IV, a § 5º CPC – essa suspensão não pode ultrapassar um ano.
- art. 65, CPP => 188, I e II CC – art. 65: havendo uma excludente de ilicitude, não cabe ação de reparação do âmbito civil (aquelas do art. 23 do CP). Art. 188 do CC – não constitui ato ilícito, existem 2 exceções: estado de necessidade agressivo:o indivíduo acaba sacrificando um bem de um terceiro inocente, o terceiro inocente pode propor uma reparação de dano no âmbito civil, aquele que agiu em estado de necessidade tem direito a uma ação regressiva contra aquele que causou o dano. 2ª exceção: legitima defesa por erro de execução: o por erro de execução, acaba atingindo terceiro inocente, o terceiro inocente tem direito a reparação no âmbito civil, e o que agiu em legitima defesa tem direito a ação de regresso contra aquele que causou a situação.
Aula do dia 05 de maio de 2014
Actio Civilis Ex Delicto
Art.63 do CPP. Ação de execução da sentença da sentença penal condenatória.
Art.387,IV – CPP – indenização mínima imposta na sentença condenatória. Se os prejuízos forem superiores – liquidação por artigos – para aferição do valor restante da indenização – art.63, p.único do CPP e artigo 475-E do CPC.
Sentença condenatória transitada em julgado – título judicial para a execução – art.475-N- II-CPC.
Dano moral – pacífico o entendimento que é cabível em decorrência da prática delitiva.art.5º, V da CF, art.186 do CC.
Sentença concessiva de perdão judicial – art.107,IX-CP.Ver Súmula 18 do STJ.
Decisão de extinção da punibilidade pela prescrição punitiva ou executória (art.107,IV-CP).
Anistia ou abolitio criminis – art107,II e III do CP.
Revisão Criminal – ação penal de natureza constitutiva destinada a rever decisão condenatória com trânsito em julgado-art.621 e ss.CPP.
Influência da jurisdição penal sobre a civil – art.935 do CC (eficácia preclusiva subordinante).
Ação civil ex delicto contra o agente por ato do empregado – Ver Súmula 341 do STF e arts.932,III e 933 do CC.
Art.72 da Lei nº 9.099/95 – intervenção do responsável civil – art.78 e § 2º da Lei 9.099/95.
AÇÃO CIVIL – art.64 do CPP.
- a responsabilidade civil, em princípio, é independente da criminal – art. 935 do CC.
- inexistindo sentença condenatória irrecorrível, pode ser proposta a ação civil em face do autor, do seu responsável civil ou do seu herdeiro.
- na hipótese de correrem paralelamente a ação penal e a ação civil, o juiz pode suspender o curso. (art. 64, p.u.-CPP). Procura-se evitar decisões contraditórias.
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA PENAL
- art. 65do CPP. – faz coisa julgada no cível a sentença que reconhecer uma causa de justificação. Ver ainda 188 do CC.
- O autor deve indenizar o prejudicado quando não for este o culpado pelo perigo – estado de necessidade – arts. 929 e 188,II –CC). A mesma hipótese deve ser adotada na legítima defesa com erro na execução ou com resultado diverso do pretendido (arts.73 e 74 do CP).
Faz coisa julgada no cível a sentença absolutória quando reconhecida a inexistência material do fato ou que não foi o réu o autor da infração - art. 66 cc o artigo 386, I e IV do CPP e art 935 do CC.
- Não faz coisa julgada, permitindo-se a propositura da ação civil:
o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação (art. 67,I); decisão que julgar extinta a punibilidade (ART. 67,II);
Sentença absolutória que reconhecer a falta de prova quanto à existência do crime (art.386,II); não existir prova de ter o réu concorrido para o crime (inc.V); não houver prova suficiente para a condenação (inc.VII); o fato não constitui crime (art. 67,III e 386,III do CPP); não houver prova suficiente para a condenação (art.386,VII-CPP). – é permitido reabrir a discussão no civil.
3822 1636
LEGITIMAÇÃO – 
Ofendido – titular do bem jurídico lesado pela conduta ilícita. 
Representante legal – quando o ofendido for incapaz.
Herdeiros – em caso de falecimento do titular .
Titular pobre – execução da sentença (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida a seu requerimento, pelo M.Público. Hipótese de substituição processual (art.68).Inconstitucionalidade progressiva
LEGITIMAÇÃO – 
Ofendido – titular do bem jurídico lesado pela conduta ilícita. 
Representante legal – quando o ofendido for incapaz.
Herdeiros – em caso de falecimento do titular .
Titular pobre – execução da sentença (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida a seu requerimento, pelo M.Público. Hipótese de substituição processual (art.68).Inconstitucionalidade progressiva
QUESTÃO PREJUDICIAL – toda questão de valoração jurídica que deve ser decidida antes da questão principal, chamada de prejudicada. 
Questões prejudiciais e questões preliminares – diferenças
1 – as prejudiciais são sempre de direito material, enquanto que as preliminares são sempre questões processuais, de direito processual, portanto.
2 – as prejudiciais cingem-se ao mérito da principal, e as preliminares dizem respeito a alguns pressupostos processuais: Juiz competente e não suspeito, capacidade das partes, não litispendência, nem coisa julgada.
3 – as questões prejudiciais gozam de autonomia – podem existir sem que haja a questão principal
4 – as questões preliminares ou prévias são sempre e sempre decididas no juízo penal, enquanto as prejudiciais podem ser solucionadas quer na jurisdição penal, quer na jurisdição extrapenal, conforme sua natureza
DIVISÃO
prejudicialidade homogênea – prejudicialidade comum ou imperfeita – quando a questão prejudicial pertencer ao mesmo ramo de Direito da prejudicada ou principal.
prejudicialidade heterogênea – quando a questão prejudicial for de Direito extrapenal. Ex. decisão sobre a posse (Direito Civil) e crime de esbulho (art.161, § 1º,II,CP).
Sistemas 
Predomínio da jurisdição penal (cognição incidental) – quem conhece a ação deve também conhecer a exceção. O juiz penal seria o competente para resolver a prejudicial.
Separação jurisdicional absoluta (prejudicialidade obrigatória) – o juiz criminal deve se amparar na decisão do juiz cível, cuja especialização aconselha-se seja entregue a competência para o julgamento da prejudicial.
Prejudicialidade facultativa –remessa facultativa – o juiz penal aprecia a seriedade a controvérsia e, julgando necessária a intervenção do juiz civil, a este se reportará para decidir a questão principal. 
-Legislação pátria – sistema eclético – prejudicialidade obrigatória (art.92) e facultativa art.93).
Classificação
I - Devolutivas – são as prejudiciais que, em princípio, devem ser julgadas por órgãos jurisdicionais alheios à esfera penal.
1)prejudiciais devolutivas absolutas – deverão ser solucionadas sempre por órgãos jurisdicionais civis (questão de estado). O Juízo penal remete a prejudicial à jurisdição cível e suspenderá a ação penal até a decisão definitiva do juízo cível, com autoridade de coisa julgada. 
2) prejudiciais devolutivas relativas – são aquelas que podem ser solucionadas no juízo extrapenal. A remessa ficará sempre à descrição do juiz penal.
II - prejudiciais não devolutivas – são as prejudiciais que devem ser solucionadas pelo próprio Juiz penal. 
Questão prejudicial obrigatória – prejudiciais devolutivas absolutas
Pressupostos – art. 92 do CPP.
1) que a questão afete a qualificação jurídico-penal do fato objeto do processo.
2) que a questão prejudicial seja séria e fundada.
3) que a controvérsia diga respeito ao estado civil das pessoas.
Suspensão do processo.
- o juiz penal determinará ex-officio ou a requerimento das partes a suspensão do curso do processo penal, nos termos do art. 94 do CPP e remeterá as partes ao juízo cível. 
Provas produzidas na suspensão.
- poderão ser ouvidas testemunhas e realizadas outras provas de natureza urgente.
Prescrição – não corre prazo prescricional.
-causa impeditiva da prescrição da pretensão punitiva (art.116,I do CP)
Intervenção do Ministério Público
- O Ministério Público, caso haja desinteresse das partes, deverá promover a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos interessados (art.92).
Questão prejudicial facultativa – prejudiciais devolutivas relativas – (podem ser solucionadas no Juízo extrapenal) – art.93
Pressupostos:
1)que a questão suscitada afete a qualificação jurídico-penal do fato objeto do processo;
2)que a questão não verse sobre o estado civil das pessoas, onde seaplica o art.92 do CPP;
3) que seja da competência do juízo cível;
4) que a ação já tenha sido proposta no cível;
5) que a questão seja de difícil solução;
6) que a questão não verse sobre o direito cuja prova a lei civil limite.
Suspensão do processo – facultativa – se o juiz penal entender conveniente poderá suspender o curso da ação penal.
O Juiz penal estabelece um prazo para a suspensão. O prazo poderá ser prorrogado, razoavelmente, quando a demora da conclusão do cível não for culpa da parte. (art.93,§ 1º).
Provas produzidas no período da suspensão:
o juiz penal só poderá suspender o curso da ação, depois de inquiridas as testemunhas e de realizadas outras, de natureza urgente.
Prescrição – também não corre prescrição durante o lapso de tempo em que processo penal permanecer paralisado.
Intervenção do Ministério Público – Art.93,§ 3º - CPP
Jurisdição – Aulas dos dias 12 e 14 de maio
Jurisdição como poder – poder estatal de aplicar o direito objetivo a um caso concreto objetivando restaurar a paz social abalada pela eclosão do litígio, por meio da solução justa dos conflitos de interesses que surgem na sociedade.
Atribuição precípua do Poder Judiciário.
Jurisdição como atividade – conjunto de atos praticados pelo Estado-juiz no processo visando solucionar a lide (atividade jurisdicional). 
Órgãos que exercem a jurisdição:
1) atribuição precípua do Poder Judiciário.
2) parcelas da jurisdição (una) são conferidas em caráter excepcional a órgãos não integrantes do Judiciário (Senado e Assembleia Legislativa – crimes de responsabilidade- art.52,I da CF e art.20, XXV da CE).
Lei n° 9.307/96 (Lei de Arbitragem) – matéria extrapenal – direito disponível – Juízo arbitral – sentença arbitral vale como título judicial – arts.31 da lei supra e 475-N, IV - CPC. 
Características:
1) situação litigiosa concreta;
2) inércia – precisa ser provocada;
3) função substitutiva – juiz se põe de permeio entre os contendores.
Princípios:
1) Princípio da titularidade ou da inércia – ne procedat judex ex officio - não pode o juiz proceder de ofício, sem provocação. Nemo judex sine actore – não há juiz sem autor – arts.129,I da CF e 24 e 31 do CPP. 
2) Princípio da investidura – a jurisdição só pode ser exercida por quem tenha sido regularmente investido no cargo e esteja em exercício – arts.92 e seguintes da CF.
3) Princípio do devido processo legal – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal – art. 5º, LIV da CF.
4) Princípio da indeclinabilidade – nenhum juiz pode subtrair-se do exercício da função jurisdicional – art.5º, XXXV da CF. 
5) Princípio da indelegabilidade – o juiz não pode delegar sua jurisdição a outro órgão, pois estaria, por via indireta, também atingindo a garantia do prévio juiz constitucional.
Exceção: carta de ordem – art.9°, § 1°, Lei n° 8.038/90.
6) Princípio da improrrogabilidade ou da aderência – o juiz não pode invadir a jurisdição alheia, também não pode o crime de competência de um juiz ser julgado por outro, mesmo que haja concordância das partes.Exceções – conexão ou continência (arts.76, 77 e 79-CPP), desaforamento (art.427,CPP).
7) Princípio do juiz natural – órgão previsto explícita ou implicitamente no texto constitucional e investido do poder de julgar. Ninguém pode ser julgado a não ser por um juiz ou tribunal competente (art. 5º, LIII e XXXVIII). 
9) Princípio da correlação ou da relatividade – assegura-se a correspondência entre a sentença e o pedido. Não pode haver julgamento extra ou ultra petita (arts.383 e 384-CPP).
10) duplo grau de jurisdição – consiste na possibilidade das decisões proferidas por órgãos inferiores serem revistas pelos órgãos superiores num mesmo processo – arts.574-646 do CPP. 
Jurisdição
Jurisdição como poder – poder estatal de aplicar o direito objetivo a um caso concreto objetivando restaurar a paz social abalada pela eclosão do litígio, por meio da solução justa dos conflitos de interesses que surgem na sociedade.
Atribuição precípua do Poder Judiciário.
Jurisdição como atividade – conjunto de atos praticados pelo Estado-juiz no processo visando solucionar a lide (atividade jurisdicional). 
Órgãos que exercem a jurisdição:
1) atribuição precípua do Poder Judiciário.
2) parcelas da jurisdição (una) são conferidas em caráter excepcional a órgãos não integrantes do Judiciário (Senado e Assembleia Legislativa – crimes de responsabilidade- art.52,I da CF e art.20, XXV da CE).
Lei n° 9.307/96 (Lei de Arbitragem) – matéria extrapenal – direito disponível – Juízo arbitral – sentença arbitral vale como título judicial – arts.31 da lei supra e 475-N, IV - CPC. 
Características:
1) situação litigiosa concreta;
2) inércia – precisa ser provocada;
3) função substitutiva – juiz se põe de permeio entre os contendores.
Princípios:
1) Princípio da titularidade ou da inércia – ne procedat judex ex officio - não pode o juiz proceder de ofício, sem provocação. Nemo judex sine actore – não há juiz sem autor – arts.129,I da CF e 24 e 31 do CPP. 
2) Princípio da investidura – a jurisdição só pode ser exercida por quem tenha sido regularmente investido no cargo e esteja em exercício – arts.92 e seguintes da CF.
3) Princípio do devido processo legal – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal – art. 5º, LIV da CF.
4) Princípio da indeclinabilidade – nenhum juiz pode subtrair-se do exercício da função jurisdicional – art.5º, XXXV da CF. 
5) Princípio da indelegabilidade – o juiz não pode delegar sua jurisdição a outro órgão, pois estaria, por via indireta, também atingindo a garantia do prévio juiz constitucional.
Exceção: carta de ordem – art.9°, § 1°, Lei n° 8.038/90.
6) Princípio da improrrogabilidade ou da aderência – o juiz não pode invadir a jurisdição alheia, também não pode o crime de competência de um juiz ser julgado por outro, mesmo que haja concordância das partes.Exceções – conexão ou continência (arts.76, 77 e 79-CPP), desaforamento (art.427,CPP).
7) Princípio do juiz natural – órgão previsto explícita ou implicitamente no texto constitucional e investido do poder de julgar. Ninguém pode ser julgado a não ser por um juiz ou tribunal competente (art. 5º, LIII e XXXVIII). 
9) Princípio da correlação ou da relatividade – assegura-se a correspondência entre a sentença e o pedido. Não pode haver julgamento extra ou ultra petita (arts.383 e 384-CPP).
10) duplo grau de jurisdição – consiste na possibilidade das decisões proferidas por órgãos inferiores serem revistas pelos órgãos superiores num mesmo processo – arts.574-646 do CPP. 
DIVISÃO DA JURISDIÇÃO
1) Quanto a sua graduação ou categoria – a jurisdição pode ser inferior (1ª instância) e superior (segunda e outras instâncias integradas por tribunais). 
2) Quanto à matéria, a jurisdição pode ser penal, civil, eleitoral, trabalhista e militar.
3) Quanto ao organismo jurisdicional, a jurisdição pode ser estadual, quando exercida pelos juízes estaduais ou federal que julga as causas de interesse da União. 
4) Quanto à função – a jurisdição pode ser ordinária ou comum, integradas pelos órgãos da Justiça comum e jurisdição especial ou extraordinária, quando seu campo de atuação está casuisticamente assinalado. Ex. justiça militar, trabalhista, eleitoral e política (Senado).
5) Quanto à competência a jurisdição é determinadas pelas leis de organização judiciária, podendo ser plena (competência para decidir todos os casos) e limitada (competência restrita a certos casos).

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