Buscar

PRATICA SIMULADA II - AULA 9

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRATICA SIMULADA II – AULA 9			11/05/2015
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA
42º Exame da OAB (FGV)
 
Kelly Amaral, assistida por advogado particular não vinculado ao seu sindicato de classe, ajuizou reclamação trabalhista, pelo Rito Ordinário, em face do Banco Finanças S/A (RT nº 1234/2010), em 13.09.2010, afirmando que foi admitida em 04.08.2002, para exercer a função de gerente geral de agência, e que prestava serviços diariamente de segunda-feira a sexta-feira, das 09h00min às 20h00min, com intervalo para repouso e alimentação de 30 (trinta) minutos diários, apesar de não ter se submetido a controle de ponto. Seu contrato extinguiu-se em 15.07.2009, em razão de dispensa imotivada, quando recebia salário no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de 45% (quarenta e cinco por cento), a título de gratificação de função. Aduziu, ainda, que desde a sua admissão, e sempre por força de normas coletivas, vinha percebendo o pagamento de auxílio-educação, de natureza indenizatória, para custear a despesas com a instrução de seus dependentes. O pagamento desta vantagem perdurou até o termo final de vigência da convenção coletiva de trabalho de 2006/2007, aplicável à categoria profissional dos bancários, não tendo sido renovado o direito à percepção do referido auxílio nos instrumentos normativos subsequentes. Em face do princípio da inalterabilidade contratual sustentou a incorporação do direito ao recebimento desta vantagem ao seu contrato de trabalho, configurando direito adquirido, o qual não poderia ter sido suprimido pelo empregador. Nomeada, em janeiro/2009, para exercer o cargo de delegado sindical de representação obreira, no setor de cultura e desporto da entidade e que inobstante tal estabilidade foi dispensada imotivadamente, por iniciativa de seu empregador. Inobstante não prestar atividades adstritas ao caixa bancário, por isonomia, requer o recebimento da parcela quebra de caixa, com a devida integração e reflexos legais. Alegou, também, fazer jus a isonomia salarial com o Sr. Osvaldo Maleta, readaptado funcionalmente por causa previdenciária, e por tal desde janeiro/2008 exerce a função de Gerente Geral de Agência, ou seja, com idêntica função ao autor da demanda, na mesma localidade e para o mesmo empregador e cujo salário fixo superava R$ 8.000,00 (oito mil reais), acrescidos da devida gratificação funcional de 45%. Alega a não fruição e recebimento das férias do período 2007/2008, inobstante admitir ter se retirado em licença remunerada, por 32 (trinta e dois) dias durante aquele período aquisitivo. Diante do exposto, postulou a reintegração ao emprego, em face da estabilidade acima perpetrada ou indenização substitutiva e a condenação do banco empregador ao pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com adicional de 50% (cinquenta por cento), de uma hora extraodiária, pela supressão do intervalo mínimo de uma hora e dos reflexos em aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento), assim como dos valores mensais correspondentes ao auxílio educação, desde a data da sua supressão até o advento do término de seu contrato, do recebimento da parcela denominada quebra de caixa, bem como sua integração e reflexos nos termos da lei, diferenças salariais e reflexos em aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional, FGTS + 40 %, face pleito equiparatório e férias integrais 2007/2008, de forma simples e acrescidos de 1/3 pela não concessão a tempo e modo. Pleiteou, por fim, a condenação do reclamado ao pagamento de indenização por danos morais e de honorários advocatícios sucumbências. 
Considerando que a reclamação trabalhista foi ajuizada perante a 1ª Vara do Trabalho de Boa Esperança/MG, redija, na condição de advogado contratado pelo banco empregador, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1 VARA DO TRABALHO DE BOA ESPERANÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Processo nº 3234/2010
BANCO FINANÇAS S.A, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº...., com sede na rua ...., CEP.: ....,neste ato representado por ...., nacionalidade, profissão, estado civil, portador da cédula de identidade de nº....., inscrito no CPF sob o nº..., residente na rua:....., CEP.:... vem por seu advogado, com endereço na rua.... CEP.:....., onde recebe notificações e intimações, conforme art. 39, I do CPC, nos autos do processo em referencia, pelo qual tramita ação trabalhista proposta por .... oferecer
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
MÉRITO
DA PRESCRIÇÃO
	Toda e qualquer verba reclamada na presente demanda cujo fato gerador seja anterior a data de 12/09/2005, tem sua exigibilidade atingida pela prescrição conforme art. 7 xxix CF, por tanto descabe o seu pleito.
DAS HORAS EXTRAS
	A reclamante alega que exercia uma jornada diária de 9 as 20h com um intervalo de 30 minutos para repouso e refeição. Essa jornada diária acontecia de 2ª a 6ª feira desde o inicio ate o termino de seu contrato de trabalho.
	Com isso a reclamante pleiteia o pagamento de duas horas extras diárias com adicional de 50% e mais uma hora extra em virtude de lhe ser permitido tirar o intervalo mínimo de 1 hora para descanso e refeição, pede ainda eu o acréscimo de tais horas extras gere a condenação no pagamento do reflexo delas nas demais verbas resili tórias.
	No entanto as horas requeridas são indevidas tendo me vista que a reclamante exerce o cargo de gerente geral, sendo regida a sua jornada pelo art. 82 CLT e não pelo art. 224 da CLT, conforme entendimento consolidado na sumula 287 TST.
DO AUXILIO EDUCAÇÃO
	A reclamante postula também a incorporação do valor percebido a titulo de auxilio educação, também com reflexo nas demais verbas resili tórias.
	Não merece prosperar tal pedido, tendo me vista que a verba adicional não foi mantida na convenção coletiva firmada entre patronato e empregados, no exercício 06/07 aplica-se nesse caso o critério previsto na sumula 277 do TST, que diz existir a aderência do beneficio só por quanto durar a norma coletiva.
DA ESTABILIDADE DE MEPREGO
	No ano de 2009 a reclamante foi nomeada a exercer o cargo de delegada sindical, na representação obreira, no setor de cultura e desporto da entidade.
	A reclamante não faz jus a esse pleito pois a representação sindical para qual foi nomeada não diz respeito aos interesses profissionais da categoria, por tanto segundo dispõe a OJ 369 da SDI I do TST, a estabilidade não atinge o reclamante.
	Alem disso a estabilidade provisória prevista no art. 8 VIII da CF é dirigida aos representantes que exercem cargo de direção no sindicato.
DA QUEBRA DE CAIXA
	A reclamante, embora não exerça a função de caixa na instituição financeira, pede o pagamento da parcela convencionada entre empregadores e empregados.
	Não merece amparo, pois tal parcela só é cabível e paga aos funcionários que exercem a atividade de caixa na empresa conforme dispõe a sumula 247 TST.
DAA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
	Alega a reclamante que por força de isonomia salarial deve receber o mesmo salário que recebe p empregado chamado Osvaldo Moleta, havendo a diferença mais de R$ 3000 no salário.
	Todavia,, em que pese o fato de ambos exercerem a mesma função na mesma empresa e na mesma localidade, o paradigma somente alcançou a função por ter sido readaptado em virtude de doença reconhecida pela previdência social, logo então não serve de paradigma como dispõe o art. 461, § 4º da CLT.
DAS FÉRIAS
	Não cabe a fixação de qualquer valor a titulo de dano moral, uma vez que a reclamada não praticou qualquer ato que implique na violação da honra e dos direitos da personalidade da reclamante.
	O simples fato de não pagar qualquer verba devida em lei configura apenas inadimplemento, assim não houve incidência dos arts. 186 e 187 e 927 do CC.
DOS PEDIDOS EM CONTESTAÇÃO
	Diantedo exposto a reclamada requer
1 – Seja reconhecida a prescrição no período anterior a 12/09/2005;
2 – Seja julgado improcedente o pedido de horas extras, com a extinção do processo com base no art. 269, I do CPC.
3 – Seja julgado improcedente o pedido de incorporação do valor percebido a titulo de auxilio educação com base na sumula 277 TST;
4 - Seja julgado improcedente o pedido de estabilidade de emprego segundo art. 8 VIII CF;
5 - Seja julgado improcedente o pedido de equiparação salarial, com base no art. 461 § 4º da CLT;
6 - Seja julgado improcedente o pedido de remuneração referente as férias não gozadas com base no art. 133, II CLT;
7 - Seja julgado improcedente o pedido de danos morais, configurando apenas inadimplemento.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas na amplitude do artigo 332 do CPC, e em especial prova documental.
Nestes termos pede deferimento
Local/data
Adv/oab

Outros materiais