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66 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III Unidade III 5 EquipamEntos dE protEção Os equipamentos de proteção são considerados de grande importância para o trabalhador. Devem ser fornecidos com a devida orientação para que sejam utilizados de forma correta. Os equipamentos de proteção podem ser classificados em dois tipos: de proteção individual e de proteção coletiva. 5.1 Equipamentos de proteção individual (Epis) De acordo com a NR‑6 do MTB (Ministério do Trabalho), os EPIs destinam‑se a proteger a integridade física do trabalhador durante a atividade de trabalho. A função dos EPIs é neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo contra o corpo do trabalhador que o utiliza, evitando lesões ou minimizando a sua gravidade. Em casos de acidentes ou exposições a riscos, também podem nos proteger contra efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que podem causar as chamadas doenças ocupacionais. A segurança no trabalho tem como objetivo as práticas seguras nas atividades, inserindo medidas que visam a preservar a saúde e o meio ambiente. Para que as atividades ocorram com segurança, elas devem ser organizadas, adequando as condições de trabalho, inserindo medidas de controle, objetivando a organização estrutural e operacional e realizando a avaliação dos riscos ambientais. saiba mais Para ter mais informações sobre a NR‑6, acesse: BRASIL. NR‑6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI). Portaria SIT nº 292, de 8 de dezembro de 2011. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/ FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR‑06%20(atualizada)%202010. pdf>. Acesso em: 12 mai. 2015. A NR‑6 discute temas atuais e bem relevantes a respeito dos EPIs. São obrigações do empregador: • adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco; 67 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança • fornecer EPI aprovado pelo MTE; • oferecer treinamento ao trabalhador; • tornar obrigatório o uso do EPI; • substituir imediatamente qualquer material danificado. São obrigações do empregado: • usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina; • responsabilizar‑se por sua guarda e conservação; • avisar ao empregador quando o EPI está impróprio para o uso; • lembrar que se trata de um equipamento de uso individual; • observar que o uso coletivo é inadequado por motivos de higiene e proteção. Tipos de EPI Há diversos protetores que são disponibilizados, como: de cabeça, respiratórios, auriculares, para ombros e para membros superiores e inferiores. Os protetores de cabeça englobam: capacete, óculos de segurança, bem como protetores faciais, auxiliares e respiratórios. Os óculos de proteção são de grande importância aos trabalhadores. Devem ser compatíveis com os demais EPIs, possuir proteção lateral, ter proteção contra radiação ultravioleta, vapores e gases e contra produtos químicos. Figura 15 – Exemplo de equipamentos de proteção individual 68 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III EPR (Equipamento de proteção respiratória) Características gerais dos EPR: • proteção contra: poeira, fumos, neblinas, névoas, gases e vapores; • fatores que afetam a seleção de EPR: pelos faciais, necessidade de comunicação, visão, temperaturas extremas e problemas de vedação. • respiradores de adução de ar: recebem o ar pelo uma fonte externa ao meio ambiente de trabalho; • situações de emergência: líquidos voláteis, vazamento de gases, materiais radioativos e agentes patogênicos; • purificadores de ar: filtram o ar do ambiente com o auxílio de filtros específicos acoplados. A respeito dos respiradores semifaciais: • sem manutenção: máscara facial – possuem filtros mecânico e químico; • com manutenção: peça feita de borracha, silicone ou outro elastômero; • respiradores de peça facial inteira: ambientes com contaminação mais alta desses agentes dispensam o uso de óculos de proteção; Filtros substituíveis de classes P2 ou P3 Óculos de segurança Figura 16 – Exemplo de EPR purificador de ar com peça semifacial e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares Filtros substituíveis de classes P2 ou P3 Figura 17 – Exemplo de EPR purificador de ar com peça facial inteira e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares respiradores de fuga 69 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança • respirador de bocal: pequenos vazamentos ou acidentes com frascos de laboratório – cartuchos químicos descartados imediatamente após o uso; • respirador de capuz (adução de ar): capuz de fácil colocação que é ligado a um pequeno cilindro de ar comprimido em situação de grandes vazamentos. São tipos de filtros: • mecânico: partículas suspensas, por exemplo, máscara de procedimento comum • químico: gases e vapores orgânicos; • combinado: mecânico e químico. Figura 18 – Exemplo de uso da máscara com filtro contra vapores orgânicos Figura 19 – Exemplo de uso de máscara descartável com proteção contra partículas suspensas no ar Classificação americana para os filtros mecânicos A classificação americana para os filtros mecânicos estabelece: • classe N: resistente a aerossóis em bases aquosas, não resistente a óleos; • classe R: resistente a óleos; • classe P: à prova de óleos. 70 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III Na área hospitalar: • máscaras cirúrgicas protegem os pacientes de gotículas contendo aerossóis patogênicos; • procedimentos que geram névoas: transmissão bacilo de Koch; • máscara N95. Máscaras Devem ser descartáveis, com filtro triplo e possuir tamanho suficiente para cobrir completamente a boca e o nariz. Precisam ser descartadas após o atendimento de cada paciente ou quando ficarem úmidas. As máscaras do tipo N95 (bico de pato) contêm filtros, por isso são recomendadas para o atendimento a pacientes com tuberculose. Como é um equipamento de proteção respiratória purificador de ar, possui 95% de eficiência de filtração. Protetor auricular • É indicado em laboratório com níveis elevados de ruído, por exemplo, capela mal planejada com presença de ruído do exaustor. • A NBR 10152 estabelece limite de 60 decibéis para uma condição de conforto durante a jornada de trabalho. • Podem ser descartáveis, tipo concha, externos ou de inserção. Figura 20 – Exemplo de protetor auricular 71 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança Protetores para ombros Os mais comuns são os aventais, que possuem diversos tecidos. Protegem o trabalhador contra partículas, contato com borrifos de agentes químicos e biológicos, bem como contra o calor e chamas. Avental O avental precisa ter mangas longas para proteger o trabalhador no contato com o paciente. Também deve ser impermeável para a realização de limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou ambientes. Deve ser usado fechado. O avental deve ser trocado diariamente e sempre que houver contaminação visível. Em hipótese alguma o avental contaminado deve ser manipulado. É preciso acondicioná‑lo em saco plástico, só devendo ser retirado para a lavagem. As roupas do consultório jamais devem ser lavadas junto com outras roupas. Antes da lavagem, deve ser feito o ciclo separado e a roupa deve ser deixada de molho emhipoclorito de sódio. São tipos de aventais: • PVC: produtos químicos; • Kevlar: calor seco; • borracha: grande quantidade de soluções, lavagem e limpeza. Membros superiores As luvas possuem diversos tipos e são compostas por diferentes materiais. Podem apresentar estrutura leve, média e pesada. Cada tipo de luva tem a sua finalidade. Vejamos a seguir algumas delas: • látex descartáveis – luvas de procedimento; • látex reutilizáveis – adequadas para lavagem de material ou procedimentos de limpeza; • luvas Kevlar – fibra cinco vezes mais resistente que o aço, a autoclave, a estufa e as muflas; • luvas de vinil – indicadas aos alérgicos ao látex; • devem ser de boa qualidade e usadas em todos os procedimentos; • luvas de látex – ideais para procedimentos de atendimento e cirúrgicas (estéreis) para cirurgias, devendo ser descartadas a cada paciente; 72 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III • luvas de plástico – devem ser usadas como sobreluvas, quando houver necessidade de manusear artigos fora do campo de trabalho; • luvas grossas de borracha e cano longo – empregadas durante os processos de limpeza de artigos e ambientes. Figura 21 – Exemplo de luva descartável de látex Figura 22 – Exemplo de tipos de luvas de proteção Membros inferiores As sandálias são materiais que deixam os pés desprotegidos. Os sapatos de pano também não são indicados, pois auxiliam pouco. Exemplos de protetores de membros inferiores: • calçados: umidade, respingos de substâncias químicas ou material biológico, derramamento de líquidos quentes e solventes, impacto de objetos diversos, material perfurocortante; • áreas estéreis: sapatilhas esterilizadas (reutilizáveis ou não); 73 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança • botas de segurança: — pés e pernas (cano alto); — borracha – áreas úmidas e serviços de limpeza. Os calçados devem ser fechados e com solado antiderrapante. O objetivo é atuar na proteção e segurança dos pés contra impactos de objetos, agentes térmicos e agentes cortantes, umidade e respingos de produtos químicos. Figura 23 – Exemplo de calçado de segurança Lembrete As máscaras precisam ser descartáveis, com filtro triplo e cobrir completamente a boca e o nariz. Devem ser descartadas após o atendimento de cada paciente ou quando ficarem úmidas. 5.2 Equipamentos de proteção Coletiva (EpCs) Os EPCs dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a determinado risco. Precisam ser providenciados e mantidos pela empresa. Representam equipamentos de proteção pertencentes à infraestrutura predial, tais como ventilação dos locais de trabalho e sistema de exaustão, utilização de pisos e paredes adequadas às necessidades do local de trabalho, sistema de gás encanado, proteção nas escadas (corrimão, antiderrapante), aterramento elétrico, enclausuramento acústico de fontes de ruído, saídas de emergência, entre outros. Os EPCs também são empregados no trabalho rotineiro de algumas áreas, como instalação de chuveiros de emergência e lava‑olhos, proteção de máquinas e equipamentos e de suas partes móveis, existência de cabine de segurança biológica, capelas químicas, cabine para histologia, cabine para manipulação de radioisótopos e kit de primeiros socorros. 74 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III Os EPCs englobam ainda equipamentos de proteção contra incêndios, como extintores, mangueiras, portas corta‑fogo, sprinkles (sistema de segurança que, por meio da elevação de temperatura, produz fortes borrifos de água no ambiente – borrifador de teto) e manta ou cobertor (para abafar ou envolver a vítima de incêndio, confeccionado em lã ou algodão grosso, não devendo ser constituído de fibras sintéticas). Cabine de segurança de uso geral: • capela – indispensável em qualquer laboratório; • velocidade de exaustão – verificada periodicamente; • exaustor – substâncias químicas ou partículas. Cabine de segurança nível 2: • robusta; • revestimento interno – resistente a produtos químicos; • ruído máximo 70dB; • iluminação – 300 lux. Cabine de segurança para gases: • substâncias químicas com reações explosivas ou gases; • revestida de aço inoxidável; • filtro Hepa A3 – carvão ativado; • retém aerossóis e os odores gerados; • possui sistema hidráulico. Cabine de fluxo laminar: • sistema eletromecânico – filtro Hepa (filtro de partículas aéreas de alta eficiência); • unidirecional; • velocidade reduzida; 75 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança • fluxo horizontal ou vertical; • eficiência de, no mínimo, 99,97%; • partícula de até 0,3 micras. CSB (Cabine de Segurança Biológica) de fluxo horizontal: • cabine de fluxo laminar; • amostra não patogênica; • pequenos procedimentos indicados para proteção da amostra; • dispositivo de controle simplificado. Cabine de fluxo laminar fluxo vertical: • amostras ou produtos patogênicos; • filtro absoluto – livre de partículas e micro‑organismos de até 0,2 micras; • CSB I, II e III. Equipamentos de segurança: • chuveiros de segurança (acionamento manual ou automático) – acidentes com produtos químicos, material biológico ou vestimentas em chamas; • lavadores de olhos – acionados manual ou automaticamente; • equipamentos de proteção contra incêndios; • cones sinalizadores (sinalização de áreas de trabalho). Figura 24 – Cone sinalizador de área de trabalho 76 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III Figura 25 – Chuveiro e lava‑olhos de emergência Equipamento de proteção para organismos geneticamente modificados envolve: • NB1: dispositivo mecânico para pipetagem, associado a uniforme e avental – luvas e óculos de proteção; • NB2: CSB (capela) + EPI completo; • NB3: CSB + EPI (máscaras faciais ou respiradores); • NB4: dependendo da necessidade, CSB classes II ou III – pipetas mecânicas ou automáticas. É importante que todos conheçam o local onde ficam guardados os equipamentos e que saibam manipulá‑los corretamente. Lembrete Para que ocorra segurança no trabalho, devemos organizar atividades, adequar as condições de trabalho, inserir medidas de controle, objetivar a organização estrutural e operacional e realizar avaliação dos riscos ambientais. 77 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança observação Os EPCs devem ser providenciados e mantidos pela empresa, que também deve fornecer o treinamento adequado desses equipamentos. 6 inCêndio E CombatE ao fogo O incêndio é o processo pelo qual se desenvolve uma reação de combustão. Para que ocorra o incêndio, são necessários três componentes: • energia ou calor; • combustível – elemento que serve de campo de propagação do fogo, que, para se propagar, alimenta‑se de materiais como madeira, tecidos e produtos inflamáveis, como solvente; • comburente – elemento ativador do fogo. O comburente natural do ambiente é o oxigênio. São riscos de incêndio: • fumar em local não permitido; • instalação elétrica malfeita; • lugares sujos e em desordem; • equipamentos que produzem faíscas. 6.1 Classificação dos tipos de incêndio Osincêndios são classificados de acordo com as características dos combustíveis. Devemos conhecer qual a natureza do material que está queimando para descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura. Para cada tipo de incêndio existe uma forma adequada. Classe A Os incêndios de Classe A compreendem: • implicação de materiais sólidos inflamáveis de fácil combustão; • propriedades inflamáveis em superfície, em profundidade e que deixam resíduos, por exemplo, tecidos, madeira, papel, papelão, plásticos etc. 78 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III Extinção Para efetuar a extinção, são necessários agentes refrigerantes ou abafadores com grande quantidade de água, por exemplo, extintores de incêndio de água pressurizada, de espuma ou pó químico ABC. Se a combustão estiver no início, podem ser empregados os extintores de pó químico seco ou gás carbônico. Classe B Os incêndios de Classe B compreendem: • incêndios em líquidos inflamáveis; • materiais gasosos; • produtos que queimam somente na superfície e não deixam resíduos, por exemplo, vernizes, óleos, graxas, gasolina e álcool. Extinção Para a extinção dos incêndios da classe B, pode ser feito o abafamento por espuma, por vapor ou por meio de neblina de água. Extintores de espuma ou pó químico BC, de CO2 , e ABC podem ser utilizados. Classe C Os incêndios de classe C compreendem as combustões em equipamentos elétricos (corrente elétrica, por exemplo, motores, transformadores e quadros de distribuição. Extinção Para apagar o fogo, é preciso utilizar extintores que não conduzem corrente elétrica, como o gás carbônico e o pó químico seco. Não utilizar extintores à base de água para a classe C, pois a água é um condutor de corrente elétrica. Caso a corrente elétrica esteja desligada, o combate ao incêndio pode ser realizado da mesma maneira como procedemos nas classes A e B. Classe D Os incêndios de Classe D compreendem: • fogo em metais ou ligas metálicas pirofóricas que se inflamam espontaneamente; • elementos que se inflamam de forma natural, por exemplo, magnésio, titânio, zircônio, pó de alumínio e urânio. 79 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança Extinção Para controlar o fogo, os agentes extintores a serem empregados são os de pós químicos especiais, pois isolam o metal combustível do ar, interrompendo a combustão. Classe K É a classificação do risco de incêndio ao cozinhar com óleo vegetal e gorduras de origem animal. Extinção O fogo é extinto por resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma. observação Não se deve utilizar extintores à base de água para a classe C, pois a água é um condutor da corrente elétrica. Classificação do fogo Materiais Classe A Materiais sólidos que queimam em superfície e profundidade. Exemplos: madeira, papel e tecido. Classe B Líquidos inflamáveis, graxa e gases inflamáveis que queimam somente em superfície. Exemplo: gasolina e álcool. Classe C Equipamentos elétricos energizados. Exemplos: TV e computador ligados à rede elétrica. Classe D Ligas metálicas e materiais pirofóricos, Exemplos: magnésio e titânio. Figura 26 – Classes de incêndio 80 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III 6.2 métodos de extinção do fogo São métodos de extinção do fogo: • resfriamento – reduz o calor gerado pela combustão; possui a água como agente; • isolamento – isola o material (combustível) que poderia ser atingido pelo fogo, evitando sua propagação; • abafamento – retira o comburente (oxigênio); podem ser utilizados os extintores portáteis e os hidrantes. 6.2.1 Tipos de extintores Extintor de água pressurizada Age por resfriamento e é indicado para incêndios de classe A, por penetrar nas profundidades do material, resfriando‑o. Não pode ser utilizado em líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos. Possui a desvantagem de, em alguns casos, danificar o material em que é aplicado. Para verificar a pressão indicada no manômetro, deve ser inspecionado a cada seis meses. Extintor de espuma química Esse tipo de extintor age tanto por resfriamento (incêndios classe A) quanto por abafamento (incêndios classe B). Não pode ser utilizado para incêndios de classe C (equipamentos energizados). Possui a desvantagem de danificar o material em que é empregado. Extintor de pó químico seco Veja a seguir as principais características do extintor de pó químico seco: • atua por abafamento, e sua ação consiste na formação de uma nuvem sobre a superfície em chamas, reduzindo a porcentagem de O2 disponível; • é indicado para as três classes de incêndios; • é mais eficiente na classe B (líquidos inflamáveis) e C (equipamentos elétricos energizados); • é corrosivo, ou seja, danifica o material que atinge, não devendo ser empregado em aparelhos elétricos delicados (computadores); • por ser tóxico, deve ser evitado em locais fechados. 81 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança Extintor veicular Até o fim de 2004, era permitido utilizar o extintor de incêndio do tipo BC em veículos. Constituído de bicarbonato de sódio, deve ser recarregado a cada 12 meses. Atualmente, utiliza‑se o extintor de incêndio do tipo ABC, que é feito de fosfato de monoamônio. É descartável e tem validade de cinco anos. Pó químico ABC ‑ 1kg (conhecido como veicular) Figura 27 – Extintor veicular Extintor de espuma mecânica Age tanto por resfriamento (indicados para incêndio da classe A – materiais sólidos), como por abafamento (sugerido para incêndio da classe B – líquidos inflamáveis). Forma uma película aquosa sobre a superfície, impedindo a reignição, e não deve ser utilizado na classe C. Extintor de CO2 (dióxido de carbono) Age por abafamento, expelindo CO2 e reproduzindo a concentração de oxigênio no ar. Recobre o material em chamas com uma camada gasosa, isolando o O2 e extinguindo o incêndio por abafamento. É indicado para incêndios da classe B (líquidos inflamáveis) ou C (equipamentos elétricos energizados). Possui a vantagem de nunca estragar o material que atinge, podendo, por isso, ser empregado em aparelhos delicados (computadores) sem danificá‑los. Outros dispositivos: • extintor de carreta: como possui grande volume, é operado por dois elementos para facilitar o seu transporte; • hidrante: existente em redes hidráulicas, o que facilita o combate ao fogo; • dispositivos especiais (sprinklers): também conhecidos como chuveiros sprinklers. 82 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III Figura 28 – Dispositivos especiais (sprinklers) Cuidados com o extintor: • deve ser colocado em locais bem visíveis; • longe do acesso de crianças e de fontes de calor; • deve ter o acesso desobstruído; • deve estar carregado e pronto a funcionar. Cada extintor, que sempre deve apresentar cor vermelha, deve possuir uma etiqueta que: • indique o mês e o ano de manutenção; • identifique a pessoa ou entidade responsável pela manutenção; • assegure que a recarga tenha sido efetuada. 6.3 medidas de prevenção Podemos elencar como medidas de prevenção: • EPC – manta‑corta fogo: usada quando o incêndio se estende até a roupa do operador (a extinção ocorre por abafamento); • plano de emergência para combate a incêndio e instruçõespara evacuação do local; • extintores adequados (validade, locais apropriados, funcionamento); • treinamento duas vezes ao ano; 83 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança • verificação regular dos equipamentos; • extintor de incêndio correto. Quadro 7 – Tipos de extintor e as classes de fogo Classes de fogo A B C Tipos de extintor Materiais sólidos Líquidos, gases inflamáveis Equipamentos elétricos Espuma Adequado Adequado Inadequado Água pressurizada Adequado Inadequado Inadequado Pó químico “BC” Inadequado Adequado Adequado Pó químico “ABC” Adequado Adequado Adequado CO2 (dióxido de carbono) Inadequado Adequado Adequado São fontes causadoras: • equipamentos elétricos mal conservados, mal operados ou conectados em rede elétrica errada; • operação indevida com líquidos inflamáveis; • sobrecarga de rede elétrica, por conectar vários aparelhos em uma única tomada; • acidentes. Saídas de emergência Para salvar a vida humana em caso de incêndio, é necessário que as edificações sejam dotadas de meios adequados de fuga, que permitam aos ocupantes se deslocarem com segurança para um local livre da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, independentemente do local de origem do incêndio. Além disso, nem sempre o incêndio pode ser combatido pelo exterior do prédio, dependendo da altura do pavimento onde o fogo se localiza ou pela extensão do pavimento (edifícios térreos). Nesses casos, é necessário que a brigada de incêndio ou o Corpo de Bombeiros entre no edifício pelos meios internos a fim de efetuar ações de salvamento ou combate. De acordo com a NR‑23: 23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. 84 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III 23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; c) dispositivos de alarme existentes. 23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná‑los com rapidez e segurança, em caso de emergência. 23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. 23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho. 23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento (BRASIL, 2011a). Lembrete Extintores devem ser colocados em locais visíveis, longe do acesso de crianças e de fontes de calor. Também devem ter o acesso desobstruído e estar carregados e prontos a funcionar. resumo Na Unidade III abordamos os EPIs, que se destinam a proteger a integridade física do trabalhador durante a atividade de trabalho. Sua função é neutralizar o agente agressivo nos corpos dos trabalhadores que o utilizam. Vimos que a segurança no trabalho tem como objetivo as práticas seguras nas atividades, inserindo medidas que visam a preservar a saúde e o meio ambiente. Para tanto, deve‑se ter organização das atividades, adequando as condições de trabalho, inserindo medidas de controle para organização estrutural e operacional, realizando a avaliação dos riscos ambientais. 85 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança Outro tema de relevância na obra é o incêndio e o combate ao fogo. Os incêndios são classificados de acordo com as características dos combustíveis. Relatamos que é preciso conhecer qual a natureza do material que está queimando para descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura. Há cinco classificações de incêndio: de classe A (incêndios em matérias sólidos), de classe B (incêndios em líquidos inflamáveis e materiais), de classe C (incêndios em equipamentos elétricos), de classe D (fogo em metais ou ligas metálicas pirofóricas), e de classe K (fogo em óleo vegetal e gorduras de origem animal em cozinhas). Os métodos de extinção do fogo são: resfriamento (redução do calor gerado pela combustão; água como agente), isolamento (separação do material que poderia ser atingido pelo fogo, evitando sua propagação) e abafamento (remoção do comburente). Devemos ter alguns cuidados com os extintores, eles devem ser colocados em locais bem visíveis, longe do acesso de crianças e de fontes de calor. Seu acesso deve ser desobstruído e sempre devem estar carregados e prontos para uso. Concluindo, destacamos a importância de haver um plano de emergência para combate a incêndio e instruções para evacuação do local, extintores adequados (validade, locais apropriados, funcionamento), treinamento duas vezes ao ano, verificação regular dos equipamentos e uso do extintor de incêndio correto. Exercícios Questão 1. (Sanepar 2004 – adaptada). Quanto aos EPIs, cabe ao empregador: I – ditar as normas para sua confecção. II – exigir o seu uso. III – adquirir o equipamento adequado para cada atividade. IV – responsabilizar‑se pela higienização e manutenção periódica. V – orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação. Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas. A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 86 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Unidade III B) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. C) Somente as afirmativas lI, III, IV e V são corretas. D) Somente as afirmativas lII e lV são corretas. E) Somente as afirmativas I, ll e V são corretas. Resposta correta: alternativa C. Análise das afirmativas Alternativa incorreta. I – Afirmativa incorreta. Justificativa: a norma NR‑6 sobre EPI discute as obrigações de trabalhador e empregador; este último não dita as normas, mas fornece gratuitamente treinamento e o equipamento. II – Afirmativa correta. Justificativa: o empregador deve exigir o uso do EPI pelos trabalhadores. III – Afirmativa correta. Justificativa: é dever do empregador fornecer equipamento adequado e aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego específico para cada atividade. IV – Afirmativa correta. Justificativa: o empregador precisa substituir imediatamente o equipamento quando estiver danificado. V – Afirmativa correta. Justificativa: o empregador deve oferecer treinamento ao trabalhador. Questão 2 (UFRJ 2012). Segundo a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, “as atividades e projetos envolvendo organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados deverão ser precedidos de uma análise detalhada e criteriosa de todas as condições experimentais, devendo utilizar o nível de biossegurança adequado à classe de risco do OGM manipulado”. São quatro os Níveis de Biossegurança (NB). Assinale a alternativa correta quanto à descrição do NB e suas respectivas características de contenção e proteção necessárias: 87 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /2 01 5 Biossegurança A) NB‑3: deve‑se sempre utilizar cabines de segurança biológica (Classe I ou II), as instalações devem ter uma autoclave disponível em seu interior, de modo a permitira descontaminação de todo o material antes do descarte, sem o trânsito do OGM por corredores e outros espaços não controlados. B) NB‑2: não é necessário que as instalações estejam isoladas das demais dependências físicas da instituição, sendo as atividades e projetos conduzidos geralmente em bancada, biotério ou casa de vegetação. C) NB‑3: as instalações deverão estar separadas das áreas de trânsito irrestrito do prédio. A separação física entre instalações NB‑3 das demais instalações, laboratórios ou corredores de acesso deve se dar por sistema de dupla porta, com fechamento automático por intertravamento e com sala para troca de roupas, chuveiros, bloqueio de ar e outros dispositivos, para acesso em duas etapas. Ainda devem ter fonte de energia de emergência com acionamento automático, suprindo todas as necessidades energéticas. D) A instalação NB‑3 deve estar localizada em prédio separado ou em área claramente demarcada e isolada das demais instalações da instituição e dispor de vigilância 24 horas por dia. Devem ser previstas câmaras de entrada e saída de pessoal, separadas por chuveiro, as manipulações com OGM devem ser realizadas em cabine de segurança biológica Classe II ou III, em associação com roupas de proteção pessoal com pressão positiva, ventiladas por sistema de suporte de vida. E) NB‑4: as instalações deverão estar separadas das áreas de trânsito irrestrito do prédio. A separação física entre instalações NB‑4 das demais instalações, laboratórios ou corredores de acesso deve se dar por sistema de dupla porta, com fechamento automático por intertravamento e com sala para troca de roupas, chuveiros, bloqueio de ar e outros dispositivos, para acesso em duas etapas. Ainda devem ter fonte de energia de emergência com acionamento automático, suprindo todas as necessidades energéticas. Resolução desta questão na plataforma.
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