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Intervenção de terceiros Trabalho cpc

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Intervenção de terceiros
A matéria de intervenção de terceiros esta contida e regulamentada na parte geral do código de processo civil 2015, no livro III, titulo III, do artigo 119 e seguintes.
Intervenção de Terceiros pode ser definida como oportunidades que o legislador concedeu à terceiros, ou seja pessoas que não participam da relação jurídico processual, assim este pode adentrar na relação jurídica ou ser convocado para atuar, na defensa de seu interesses.
A doutrina divide as modalidades de intervenção de terceiros em dois tópicos, as intervenções espontâneas e as intervenções provocadas.
Por intervenções espontâneas, entende-se que são àquelas de iniciativa de um terceiro que não faz parte da relação processual, sendo o caso da assistência e do “Amicus Curiae”.
Já as intervenções provocadas ocorrem quando uma parte do processo chama um terceiro estranho à relação para integra-la, o que ocorre na denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente de desconsideração de personalidade jurídica e também no “Amicus Curiae”, que esta presente nas duas formas de intervenção de terceiros.
O CPC de 2015 atende as seguintes modalidades de intervenção de terceiros. A assistência, denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente de desconsideração da personalidade jurídica, “Amicus Curiae”.
Da Assistência - Artigo 119 e seguintes do CPC .
A assistência pode ser entendida como a modalidade de intervenção de terceiros na forma espontânea, pois sua finalidade é que um terceiro estranho a relação processual auxilie a parte em uma causa em que tenha interesse jurídico. Esta modalidade pode ser admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição.
Quando feito o pedido de assistência as partes terão o prazo de 15 dias para impugna-lo, com a impugnação, o juiz decidirá o sobre o pedido sem suspender o processo. Se não houver a impugnação o pedido será deferido, salvo em casos de rejeição liminar.
A assistência e pode ocorrer em duas modalidades a assistência simples ou a assistência litisconsorcial.
Da Assistência simples – Artigo 121 ao 123 do CPC.
A assistência simples é aquela realizada por terceiro com a pretensão de apenas auxiliar a parte. O assistente simples exercerá os mesmos poderes e estará sujeito aos mesmos ônus processuais que o assistido, ou seja, não poderá exercer os atos praticados pelo assistido, por exemplo, caso o assistido não recorra de determinada decisão, o assistente não poderá recorrer.
Contudo, embora a atuação do assistente seja restrita aos atos praticados pelo assistido, poderá o assistente ser considerado o substituto processual do assistido caso este seja revel ou omisso, conforme o Parágrafo único do Artigo 121 do CPC.
Conforme o Artigo 122 do CPC a assistência simples não interfere a parte principal caso ela queira reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou renunciar ao direito que se funda a ação ou transigir sobre direitos incontroversos.
Finalizando sobre a assistência simples, conforme o Artigo 123 do CPC quando houver o trânsito em julgado da sentença do processo em que o assistente interviu, este não poderá discutir em justiça sobre a decisão em processo posterior, salvo se alegar e provar que, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença em decorrência do estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido e no caso de provar que desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
Da Assistência Litisconsorsial – Artigo 124 do CPC.
Configurado no Artigo 124 do CPC, a assistência litisconsoricial estará configurada quando o terceiro que intervir no processo tiver interesse jurídico deste modo ele formara um litisconsórcio com uma das partes, sempre que a sentença irá influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Isto ocorre, pois o assistente litisconsorcial tem relação direta com a parte adversa do assistido. Neste caso o assistente faz a defesa de seus direitos em juízo, em litisconsórcio com o assistido.
Um exemplo para esclarecer esta situação é a ação de despejo entre locador e locatário, onde há um contrato de sublocação. Neste caso, o sublocatário poderá intervir como assistente litisconsorcial do locatário, pois tem interesse jurídico e será influenciado pelo resultado da sentença a ser proferida na demanda.
Da Denunciação da Lide – Artigo 125 ao 129 do CPC.
A denunciação da lide é uma modalidade de intervenção provocada, admitindo esse pedido por qualquer parte. Resumidamente pode-se dizer que a denunciação da lide é do uma ação de regresso incidente a um processo já existente, sendo é cabível apenas nas hipóteses do artigo 125, I e II do CPC.
 Ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
 Aquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Caso a denunciação da lide seja indeferida, deixe de ser promovida ou não for permitida, o direito regressivo poderá ser exercido por ação autônoma, que, inclusive, poderá ser distribuída por dependência.
Conforme o artigo 126 do CPC a citação do denunciado será requerida na petição inicial se o denunciante for o autor ou na contestação se o denunciante for o réu. 
No caso da denunciação ser feita pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, devendo, desta forma, ser procedida à citação do réu. Fundamentado no artigo 127 do CPC. 
Porém sendo ela feita pelo réu, o artigo 128 do CPC, traz três hipóteses em seus incisos: 
Denunciado contestar o pedido do Autor: nesta hipótese, o processo prosseguirá, formando na ação principal um litisconsórcio entre o denunciante e denunciado;
Denunciado for revel: ocorrendo tal situação, o denunciante poderá deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, bem como abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
Denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal: neste caso, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Todavia, pontua-se que a que a confissão do denunciado não prejudica a defesa do denunciante na ação contra o autor. 
Conforme o parágrafo único do artigo 128 do CPC, o julgamento da demanda principal será conjunto com a denunciação à lide sendo o pedido da ação principal julgado procedente, poderá o autor requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. E se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passara ao julgamento da denunciação da lide, mas se o denunciador for o vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado, fundamentado no artigo 129 do CPC. 
Do Chamamento ao Processo – Artigo 130 ao 132 do CPC.
É uma das modalidades de intervenção provocada, trata-se de direito facultativo que só cabe ao réu de chamar para ingressar no polo passivo da demanda terceiros que são tão responsáveis quanto ele na obrigação. 
Tem cabimento nas seguintes hipóteses, conforme os incisos I, II e III do artigo 130 do CPC:
Do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
O chamamento ao processo deve ser realizado pelo réu no ato da contestação e deve ser promovida no prazo de 30 dias, sob pena de preclusão. Salvo no caso do parágrafo único do 131 que o prazo será de dois meses se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciária ou em lugar incerto.
Por fim, a sentença de procedênciavalerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigir o total do devedor principal ou de cada um dos codevedores, na proporção da sua cota, conforme artigo 132 do CPC.
Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica – Artigo 133 ao 137 do CPC.
A desconsideração da personalidade jurídica é instituto previsto no Código de Defesa do Consumidor artigo 28 e no Código Civil artigo 50, que autoriza imputar ao patrimônio particular dos sócios, obrigações assumidas pela sociedade, quando e se a pessoa jurídica houver sido utilizada abusivamente, como no caso de desvio de finalidade, confusão patrimonial, liquidação irregular, dentre outros.
O Código de Processo Civil trás também a chamada desconsideração inversa, em que se imputa ao patrimônio da sociedade o cumprimento de obrigações pessoais do sócio.
Conforme o artigo 134 do CPC, esta modalidade de intervenção de terceiros é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial, sendo instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, nos casos em que lhe couber intervir no processo, devendo haver para tanto, a observância dos requisitos legais do artigo 28 do CDC e ou 50 do CC.
A instauração do incidente será dispensada se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que o sócio ou pessoa jurídica será citado. Por outro lado, uma vez instaurado o incidente, o sócio ou pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias, conforme o artigo 135 do CPC.
Sendo citado, o sócio ou pessoa jurídica será parte no processo, não podendo se defender por meio de Embargos de Terceiro, mas tão apenas pela manifestação a que diz respeito o artigo 135 do CPC, onde poderá se defender em nome dos princípios constitucionalmente garantidos como o contraditório, ampla defesa e devido processo legal. 
Fundamentado no artigo 136 do CPC, a resolução da lide será resolvida por decisão interlocutória, que pode ser recorrida mediante o recurso de Agravo de Instrumento, nos termos do artigo 1015 do CPC. Mas caso a decisão que resolver a lide for proferida pelo relator, caberá o recurso de Agravo Interno.
Conforme o artigo 137 do CPC, uma vez acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude á execução, será ineficaz em relação ao requerente.
Do Amicus Curiae – Artigo 138 do CPC.
O Amicus Curiae é uma modalidade de intervenção que pode ser realizada na forma espontânea quanto na provocada, onde um terceiro sem interesse jurídico irá instruir o poder judiciário para que a decisão por este proferida traga com maior qualidade e segurança. 
Ressalta-se que o Amicus Curiae não pode ter interesse jurídico na causa, apenas institucional, pois se assim fosse, estaríamos diante de outra modalidade de intervenção, a Assistência.
Será admitido pelo juiz ou relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, de ofício ou a requerimento das partes, mediante decisão irrecorrível, cabendo ao juiz ou relator definir os poderes do Amicus Curiae. Essa intervenção poderá ser aplicada em todos os graus de jurisdição.
Por fim, pontua-se que tal intervenção não implica em alteração de competência nem autoriza a interposição de recurso, salvo o caso de Embargos de Declaração ou no caso da decisão julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas, conforme o § 1 do artigo 138 do CPC.
Referencias Bibliográficas:
Código de processo civil 2015;
TARTUCE, Fernanda – Resumão Jurídico – Novo CPC. 1 ed. 4ª Tiragem. São Paulo: Barros Fischer e Associados, Novembro de 2015.

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