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Resumo P1 de ECN001

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Resumo de ECN001 – P1:
Texto 1: O problema econômico
	A economia encontra-se num paradigma, entre as exatas e as humanas. Enquanto ciência exata, tenta modelar a realidade econômica de um país através de modelos e equações diferenciais. Entretanto, muito há de contribuição dos fatores humanos, parte que envolve o povo e suas mentalidades, o que adiciona uma complexidade a mais aos problemas econômicos atuais.
	Então, a economia é a ciência que trata a administração dos recursos limitados com vistas à satisfação dos desejos da população como todo. Só que isso leva a um dilema já que os recursos são limitados, mas as necessidades humanas são ilimitadas.
	Logo, o problema econômico é a escassez. Se não podemos ter todos os bens para satisfazer as necessidades, é preciso escolher o que produzir, tomar uma decisão que visa a coletividade.
	
	O conceito de fatores de produção reúne o capital, os recursos naturais e a força de trabalho, é o conjunto de elementos necessários para apropriar dos recursos. No mundo atual, dois novos elementos surgem como integrantes nos fatores de produção que são as tecnologias e a capacidade empresarial.
	O capital é todo bem destinado a produção de outro: reunindo máquinas, locais e ferramentas. O conceito mais atual é o que define capital como os recursos de natureza econômica que possibilitam a obtenção de rendimento em um período de tempo (ou seja, tudo aquilo que possibilita o lucro). A formação do capital vem do acúmulo de riquezas e define a capacidade de aumentar os meios de produção, gerando mais lucro e desenvolvimento.
	Os recursos naturais são a base sobre a qual o capital técnico operará: a matéria-prima, tanto a renovável quanto a não-renovável.
	A força de trabalho é a que resultará na transformação dos outros dois fatores de trabalho: aplicando uma ferramenta em uma matéria-prima é possível gerar novos produtos e técnicas. Muitos economistas acham o trabalho o fator determinante do valor econômico.
	A tecnologia é o saber como fazer: o conhecimento humano aplicado à produção de um bem. Muitos consideram-na uma mercadoria, já que tem preço, pode ser comprada e se torna obsoleta. A tecnologia permite inovar, mudando o produto ou o processo, gerando maior desenvolvimento.
	A capacidade empresarial é importante onde a livre iniciativa comanda, já que cabe aos empresários decidirem em qual tecnologia investir, o uso dos outros fatores de produção, permitindo a competitividade no mercado. 
	Lei das proporções marginais: é a que relaciona dois fatores x e y, de acordo com a demanda, mostrando como elas reagem ao limite. Qualquer ponto aquém da curva de utilização máxima dos recursos, propõe que os recursos não estão sendo utilizados de maneira eficiente e não há pleno emprego. O aumento da capacidade dos fatores de produção como mais força de trabalho, maior investimento capital e melhores tecnologias pode fazer com que a curva se desloque, se tornando mais aberta, significando que maior produções podem ser alcançadas; ao passo que a diminuição dessas capacidades faz com que a curva ‘feche’. 
	A análise dessa curva permite entender o custo de oportunidade, ou seja, como às vezes é preciso sacrificar um bem em prol da obtenção de outro. A segunda análise diz respeito à lei dos rendimentos decrescentes, já que, mesmo aumentando as possibilidades de produção dos fatores, a produção será menos que proporcional e a cada vez que se aumenta mais, menor será a taxa de crescimento.
	As necessidades humanas então são o único fator que falta para modelar o problema econômico. Evidentemente, a cada século que passa, as necessidades humanas aumentam, para comprovar isso podemos comparar as necessidades de um homem que vive hoje e daquele da idade média. 
	Essas necessidades podem ser divididas em dois grupos: as coletivas e as individuais. A primeira diz respeito à todas as necessidades de uma sociedade, como segurança, saúde, educação e saneamento. As necessidades individuais, por sua vez, também são duas: as absolutas, tais quais comer, respirar, beber e outras; e as relativas e sociais, são os hábitos de consumo e normas de cada um, como os talheres e pratos de cada um, o automóvel, entre outros fatores que são relativos para cada pessoa.
	
	Bens é tudo aquilo que é capaz de satisfazer as necessidades humanas, sejam elas absolutas ou relativas. Quando estão presentes em abundância, são considerados bens livres, tais como as águas, o ar, o sol. Quando os bens são escassos e requerem trabalho para sua obtenção eles recebem um valor na sociedade. 
	Esses bens são classificados como tangíveis, ou materiais, e os intangíveis, como os serviços. Os primeiros foram ainda divididos em bens de consumo, que são os produtos que se destinam ao consumo e os bens de capital que compreendem os bens destinados à produção de novos bens. 
	Daí temos as questões centrais da economia que seriam: o que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? A primeira pergunta remete a curva das possibilidades, já que produzir um bem implica na não-produção do outro bem. Logo, a decisão de o que produzir é importante e deve atender a um tipo de necessidade priorizada, por seu valor econômico ou não. Como produzir remete ao uso das tecnologias e como elas são aprimoradas no mercado, aumento a eficiência e sem desperdiçar a força de trabalho associada. Por fim, o último questionamento remete a distribuição de renda e permitir o acesso democrático aos bens, já que toda a sociedade usa em algum fator de produção de suas habilidades para a geração de bens para todos. Isso reflete também ao acúmulo de bens em alguns setores contrastando com a escassez de outros também importantes, levando a ideia de que talvez não esteja sendo empregada a utilização dos fatores da maneira mais eficiente.
Texto 2: A intervenção do estado na economia: a política fiscal
	Ao longo da história, a intensidade da intervenção do Estado na economia se altera. Entretanto, após a crise de 1929, essa intervenção tem sido vista com bons olhos, já que muitos países temem novas recessões. As teorias de Keynes, no início do século XX, vem para reforçar a ideia de que a economia não tende livremente ao pleno emprego e confirmam a necessidade da intervenção do Estado através de políticas monetária e fiscal para estabilizar a economia.
	Por outro lado, a corrente monetarista também do início de século XX confia nas forças de mercado como instrumento que leva ao pleno emprego e que a intervenção deve se reduzir ao mínimo possível, restringindo-se apenas ao volume de dinheiro.
	O setor público então surge como a entidade responsável pela:
1. Fiscalização: estabelecer e cobrar impostos;
2. Regulação: criar leis administrativas e controlar preços de algumas indústrias, regular monopólios e propagandas, por exemplo
3. Provedora de bens e serviços: através das estatais gerar emprego e bens (como energia, água e outros), garantindo também a renda do Estado para o pagamento de seguros sociais e novos investimentos
4. Redistribuição: estabelecer leis como o salários mínimo e programas assistencialistas, possibilitando a distribuição de renda.
5. Estabilização da economia: controlar grandes produções e evitar flutuações de preço.
Os governos então, visam o progresso econômico e social através do maior nível de emprego possível, da estabilidade dos preços dos bens de consumo e do crescimento econômico em si. E, a longo prazo, uma distribuição igual de renda e o equilíbrio da balança comercial.
A política fiscal compreende os programas de controle aos gastos públicos e a arrecadação de impostos.
As receitas constituem basicamente os impostos, que são leis públicas criadas e que são obrigatórias a todos os sujeitos. Esse elemento é importante e pode ser utilizado para controlar a atividade econômica: se o país vive um momento de desemprego, abaixar os impostos e incentivar o consumo é uma boa alternativa para que os empregadores contratem mais funcionários.
O orçamento público é o conjunto das receitas subtraídosos gastos. Se a arrecadação supera o gasto, temos um superávit orçamentário, caso contrário, será um déficit orçamentário. Daí temos um empasse, já que para provocar o crescimento econômico através de medidas que expandem a economia é preciso aumentar os gastos públicos e reduzir os impostos estimulando o consumo. É assim que a política fiscal age no cotidiano da população. 
Observe:
De forma análoga:
Então, o uso dessa ferramenta depende também da conduta dos políticos que podem adotar uma ou outra conduta. As medidas da política fiscal são explícitas através de obras públicas, projetos públicos de emprego, programas de transferência e alterações nos impostos.
Os impostos atuam então como estabilizadores automáticos da economia. Se são proporcionais a um crescimento do produto nacional, aumentam conforme cresce a economia de um Estado. Assim como os impostos, programas sociais como seguro desemprego e as pensões são estabilizadores da economia.
Vamos detalhar agora quais os efeitos dos programas públicos da política fiscal discricionárias. 
1. Obras públicas e outros gastos: são a forma mais utilizada para conter as crises. Entretanto, além de gerar emprego e distribuir a renda, gerando mais demanda, é importante a utilidade das obras construídas, evitando que a crise seja cíclica e permitindo desenvolvimento. 
2. Projetos públicos de emprego: podem ser feitos por órgãos privados ou setores públicos e consistem em gerar empregos por curtos períodos de tempo. 
3. Programas de transferência: programas de distribuição de renda como aposentadoria e seguro-desemprego são importantes estabilizadores por transferir renda a certos grupos marginais do mercado.
4. Alteração dos impostos: em crises de curta duração, essa medida é paliativa e útil, decrescer um imposto, por exemplo, sobre a renda da pessoa física, pode ajudar a não diminuir a renda disponível, o consumo e a demanda do mercado mesmo nos períodos mais difíceis economicamente. Sua pouca utilidade, muitas vezes dá-se ao fato da burocracia para aprovação desse tipo de lei.
A outra vertente, que diz respeito à não intervenção (enfoque clássico e monetarista), remete ao setor público a tarefa de limitar os gastos públicos e de que seu papel é o de controlar o orçamento publico e manter o equilíbrio anual entre as receitas e as despesas.
	Em situação onde ocorre déficit, algumas medidas podem não ser aplicáveis, aumentar os impostos para aumentar a arrecadação, por exemplo, apenas agravaria a crise. Então a criação de dinheiro e a emissão de dívida pública são maneiras de controlar as situações onde uma economia está em déficit (seus gastos estão maiores que sua renda).
	Como o Banco Central é um dos órgãos públicos, bastaria criar dinheiro para conter as dívidas públicas, entretanto, caso isso seja feito descontroladamente, pode aumentar a pressão inflacionária o que acarreta a desvalorização da moeda do Estado.
	A emissão de dívidas públicas é colocar a venda as dívidas do governo, entretanto, esse financiamento não é ilimitado e recorrer ao capital privado (contrair uma dívida interna) pode reduzir a capacidade de investimento do setor privado, assim como aumentar a taxa de juros.
Texto 3: O controle da quantidade de dinheiro
	Nas modernas economias, a maior parte do dinheiro é bancário, esse papel é realizado por um órgão, no nosso caso o Banco Central, que faz o controle da quantidade de dinheiro de acordo com o objetivo da economia no momento.
	As funções do Banco Central são a administração do ouro e das divisas estrangeiras, atuar como banco do governo, atuar como o banco dos bancos e emitir o papel moeda.
	A administração do ouro e das divisas são tanto a reserva de ouro possuída por um país (patrimônio interno) quanto a reserva externa, que é um crédito concedido a algum país ou um depósito feito pelo BACEN num banco estrangeiro.
	Atuar como banco do governo/Estado é cobrar dívidas e fazer os pagamentos públicos, atendo à política fiscal e à balança do país. Se o Estado se encontra em déficit orçamentário, por exemplo, ele pode conceder créditos ao estado, se necessário.
	O papel de banco dos bancos é controlar, por exemplo, a liquidez dos bancos: todos os bancos precisam de ter uma determinada quantia em caixa ou depositada no BACEN, essa quantia não pode ser fornecida como crédito aos clientes, nem utilizada para outras operações bancárias.
	Emissão de moeda é emitir o dinheiro para a à economia, sendo o caixa do sistema bancário, permitindo aos bancos pagamentos com o setor público e com o exterior.
	A política monetária é uma das maneiras às quais o governo pode utilizar para intervir na economia, controlando a quantidade de dinheiro e as taxas de juros, o que influi diretamente nas condições de crédito.
	Sabendo que esses três fatores influem diretamente no dinheiro que as famílias tem para gastar, controlar esses três fatores implica diferenças no consumo e de investimento dos bancos. Por exemplo, retrair a quantidade de dinheiro e o crédito, implica que as entidades financeiras irão investir menos e gerar menos emprego, além disso, as taxas de juros sobem e adquirir crédito se torna mais custoso, diminuindo o poder de compra do consumidor final. Para manter esse controle, o BACEN estima a quantidade de dinheiro para atingir o equilíbrio. 
	Daí temos duas principais vertentes da política monetária: a restritiva e a expansiva. Uma política restritiva tende a elaborar medidas que reduzem a quantidade de dinheiro e encarecer os empréstimos (aumentando os juros), conforme o exemplo do parágrafo acima. Já uma política expansiva é o conjunto de medidas para acelerar a quantidade de dinheiro disponível e baratear empréstimos. 
	Para isso, o BACEN lança mão de alguns instrumentos para controlar a política monetária.
	Um deles é o coeficiente de reservas ou de caixa, esse valor representa uma porcentagem do total de depósitos nos bancos que eles tem de depositar no BACEN, quanto mais aumenta esse coeficiente, que o BACEN decide, menor a quantidade de crédito disponível para as empresas fornecerem como créditos. 
	Outra são os títulos do BACEN e os empréstimos de liquidez, assim ele pode controlar a quantidade de dinheiro das entidades financeiras. O BACEN promove leilões de títulos, sendo que o comprador conhece os rendimentos nominais do título no vencimento, ou seja, ele é condicionado a alguma inflação. À medida que aumenta a venda de títulos, os intermediários financeiros (Bancos) freiam a concessão de créditos a seus clientes. Os empréstimos de liquidez são um instrumento para ser usado quando um banco não cumpre seus encargos, as taxas de juros são altas de modo a desestimular o uso e permitir o uso a curtíssimo prazo. 
	O último procedimento é a compra e a venda de títulos públicos, que é um procedimento utilizado para manipular as operações do mercado aberto. Isso implica que o BACEN pode comprar ou vender seus próprios títulos, sem mudar o coeficiente de caixa, implicando no aumento ou na diminuição respectiva da quantidade de dinheiro em circulação.
	Essa política influi sobre alguns fatores que mudam a economia do Estado: primeiro sobre a demanda agregada, controlando o poder de compra do consumidor final. Segundo sobre a inflação , que é causada pelo aumento excessivo da oferta monetária. Terceiro sobre a entrada dos capitais estrangeiros, já que a taxa de juros elevada incentiva a entrada de capital estrangeiro no país e desincentiva a fuga dos capitais nacionais.
Texto 4: Slides de HPE
Para entender a história política econômica, precisamos perceber que toda fundamentação de uma teoria econômica se dá em meio a um contexto social, o que justifica o modo como os pensamentos de alguns economistas estarem diretamente ligados a fatores que existiam em suas épocas. Mais importante que entender uma teoria econômica e seus modelos matemáticos é entender como ela se estabeleceu em sua conjuntura.
Para o surgimento de uma nova teoria precisamos dos seguintes fatores: a conjunturaem que está envolvido, qual classe social ela irá beneficiar e qual o elo com os pensamentos anteriores – concorda ou discorda?
Diz-se que o surgimento da economia veio com os pensamentos de Adam Smith e a escola clássica e se estende até os pensamentos da escola Keynesiana atual.
Adam Smith: a escola clássica
Surge no contexto da revolução industrial e das grandes manufaturas, o crescimento desse setor do comércio dá ênfase ao aspecto industrial e a vida passa a ser regida pelo trabalho. A Inglaterra, país mais bem desenvolvido do momento, possuía um império colonial que servia de mercado e alavancou sua produção industrial.
Com a ascensão da burguesia, surge também uma maior necessidade de liberdade comercial e de um estado com menor intervenção.
Daí surge o pensamento clássico. Segundo ele, o crescimento econômico se dá através do aumento da produtividade para se aumentar a riqueza e a acumulação dessa riqueza pelos ricos aumenta as forças produtivas da nação.
Entretanto, essa disputa por riquezas geraria um conflito entre as classes, que ao buscarem seus objetivos egoístas, chegariam a uma coesão social. Para isso, Smith propõe uma mão invisível que regula a economia e a leva a caminhar a situação ideal. Caracterizando uma visão otimista, onde todos são beneficiados.
Para Smith, o papel do Estado na economia é mínimo, resguardado a emitir moeda e proteger a indústria nacional. Fora isso, cabe a ele garantir as condições básicas para a vida em sociedade como saúde, educação e segurança.
A sociedade, para Smith, se dividia entre trabalhadores, capitalistas e latifundiários, sendo que os primeiros tem renda apenas para a subsistência, enquanto a tarefa de poupar e de enriquecer a nação cabe aos capitalistas, já que os latifundiários esbanjam seu dinheiro.
Karl Marx e a escola Marxista
Foi a primeira vertente contra o pensamento clássico. Ao contrário da primeira, não procurava beneficiar os capitalistas, o pensamento marxista voltava seus olhos à classe trabalhadora explorada. Propõe a auto-destruição do capitalismo como ele se estabelece, mas se apropria da metodologia analítica dos clássicos.
Ao observar que a mão invisível de Smith não caminhava para a situação ideal de distribuição de renda, mas sim para a desigualdade social e a captação de recursos por parte dos mais ricos, Marx percebeu que cada vez mais os trabalhadores se encontravam nas mazelas da sociedade. 
Elaborou então a teoria do valor-trabalho, na qual o que agregava valor a um produto era a quantidade de trabalho empregada na sua produção, deixando o instrumento mais valioso da economia não nos fatores de produção, mas na mão dos trabalhadores. Mas o que determinaria então, o valor da força de trabalho de um operário? Seu salário e tudo que ele necessita (alimentação, roupa, moradia) para a sobrevivência. Também se inspirou no materialismo, na qual se dá maior importância aos bens materiais, em oposição ao idealismo de Hegel. Assim, a evolução se dá não pela discussão das ideias, mas pela luta efetiva entre as classes, um conflito de interesses que vem da exploração do homem pelo homem: luta el class. 
Criticava nos clássicos: a imutabilidade das leis, o fato de não considerarem os momentos econômicos que cada país vive, o fato de representarem apenas a burguesia, além disso, não pretendiam concertar as desigualdades e possuírem natureza reformista e não revolucionária.
Marx dividia a sociedade entre os que detém os meios de produção e os que não detém os meios de produção. Os primeiros compreendem capitalistas, latifundiários e outros. Os que não possuíam os meios de produção eram os operários, classe explorada. Acreditava no determinismo das coisas, e afirmava que o trabalho do indivíduo influía diretamente na sua atitude social.
Da teoria do valor do trabalho, Marx retira o conceito da mais-valia, ou seja, o detentor dos meios de produção compra a força de trabalho do operário, entretanto, ele paga apenas a força de trabalho, não o trabalho do mesmo, logo essa condição é exploratória já que o trabalhador não recebe o que lhe é de direito e isso é convertido como lucro para um alguém que sequer trabalhou.
Karl Marx também é o primeiro a separar os conceitos de valor e preço. O primeiro é o custo de um produto em trabalho, enquanto o preço depende da oferta e da procura desse produto, tendo oscilações no preço do bem.
Segundo ele, o capitalismo se auto-destruiria pois o investimento em maquinários provenientes do lucro, provoca deslocamento da força de trabalho do operário para as máquinas. Diminuindo o trabalho, diminui-se o valor da mercadoria e mais riqueza se concentra na mão dos ricos, gerando maior miséria e desigualdade, então só os mais poderosos economicamente sobreviveriam.
O interessante é que a escola Marxista não restringe suas análises à economia, mas torna tudo mais geral, já que inclui visões políticas e sociais.
Escola neoclássica:
Observando os mesmos problemas que Marx, a desigualdade crescente, o custo de vida também, ao passo que a pobreza se espalhava pela classe proletária.
Entretanto, os neoclássicos repudiavam todas as ações marxistas como o apoio ao sindicalismo e a intervenção do governo, bem como a distribuição igualitária de renda. Os neoclássicos passam a analisar os comportamentos do mercado em curtos períodos de tempo, sem cogitar preocupações com o valor e a determinação do preço a longo prazo. O que interessava eram os problemas mais imediatos quanto ao tempo.
	Entretanto, pela primeira vez, o ponto central da economia passa a ser o comportamento humano e a atenção é voltada para as decisões tomadas por produtores e consumidores.
	São características da economia neoclássica a ênfase na microeconomia, interessada em estudar casos específicos. Além disso, a oferta criaria sua própria demanda, o próprio processo produtivo cria o poder de compra para os produtos produzidos, o que implica na inexistência de superprodução ou de desempregos generalizados. Enfatizam o equilíbrio das forças internas da economia, que tendem ao ponto ideal, semelhante ao estabelecido no liberalismo econômico onde o governo tem intervenção mínima.
	Definem preço como a quantidade de moeda necessária para obter o bem. Valor e preço são a mesma coisa para os neoclássicos. Este preço seria determinado pela oferta e pela procura, entretanto o enfoque é dado na demanda e na supremacia do consumidor, é o que o consumidor quer comprar que controla o preço de um produto!
	A teoria do preço confronta a do valor do trabalho: os produtos tem preço e valor por serem escassos e úteis, não devido ao trabalho empregado na sua produção.
	A teoria neoclássica também utiliza fortemente dos modelos matemáticos para transformar a economia numa ciência social mais exatas, considerando forças de mercado como preço, mas abstraindo da complexidade do mundo real.
	O projeto científico removeu o tempo histórico, ligado a “fazer ciência” propriamente dita. Trabalha sobre leis universais na economia.
Escola Keynesiana:
A escola que, junto as teorias neoclássicas, se estabelece nos dias atuais. Apareceu junto com a teoria do emprego, juro e da moeda de Keynes. Para os neoclássicos, não havia superprodução nem desemprego, mas isso não era realidade.
No período de surgimento da teoria neoclássica (1870 a 1930) havia um período intenso de prosperidade das economias, acompanhadas da mudança dos sistemas de produção e inovações maquinarias/tecnológicas. Os bancos se consolidaram e a prosperidade era consequência das enormes rendas das nações.
Entretanto, após a crise de 1929, o mundo entrou em um ciclo vicioso do qual a economia não conseguia se recuperar, o que ia em contra-partida ao pensamento neoclássico segundo o qual a economia se auto-regula e a intervenção é mínima. Os consumidores não compravam, as empresas não investiam e os bancos não forneciam créditos, um implica no outro e via-se a derrocada das economia das maiores nações.
Keynes surgiu com a teoria de que, numa economia, a produção requer uma demandae que essa demanda dos consumidores é diretamente afetada por suas expectativas acerca da economia! Se consumidores, empresas e bancos encontram-se numa situação desfavorável, não há demanda resultante.
Segundo os neoclássicos, a economia não poderia se auto-regular pois os fatores não estavam corretos: o desemprego advinha do sindicalismo inflexível e os monopólios impediam a livre concorrência. O problema estava nos fatos.
Já as novas teorias alertavam os Estados de que eles deveriam estar atentos ao desemprego e agir de modo a evitar essas flutuações. O papel do Estado deixava de ser mínimo: ele deve diminuir os impostos e aumentar os investimentos em tempos de crise, estimulando a economia (manobra expansiva) e, em momentos delicados, pode aumentar impostos e reduzir investimentos, numa manobra restritiva. Esse era o surgimento da macroeconomia.
Para a escola Keynesiana, o problema estava na demanda, que não era inesgotável. Se consumidores, empresas, outros países e o governo (agentes de demanda) param de consumir, não há demanda resultante! Então, a produção efetiva deve advir da demanda. O desemprego seria, então, provocado pela deficiência de demanda.
Resumidamente, se a demanda efetiva for maior que a capacidade de produção, tem-se a inflação (supervalorização dos produtos); caso a demanda seja menor que a capacidade, a consequência seria o desemprego. E esses fatores não se auto-regulavam, cabia ao Estado estabelecer esse equilíbrio entre oferta e demanda, surgindo a política econômica.
A questão monetária, para Keynes diz que os períodos de crise faz com que a economia retraia e os órgãos desestimulem a compra e o crédito. Cabe ao estado então, injetar moeda na economia, retomando o fluxo. Isso se dá através de controles de inflação e outros fatores que influenciam no valor da moeda e no poder de compra de consumidores, empresa e Estado.
Entretanto, para grandes crises como a de 1929, a questão monetária leva à armadilha da liquidez: quem receber o dinheiro injetado irá guarda-lo ao invés de gasta-lo já que as expectativas são negativas.
A segunda solução dá-se através da demanda de gastos, se ninguém consome, é papel do Estado provocar a demanda. Mas como financiar esses gastos se todos estão “quebrados”? As soluções seriam recorrer a empréstimo interno, externo ou imprimindo papel moeda. Esse gasto pode se realizar como serviços públicos como construção de novos prédios estatais, com a cultura do bem estar, com assistencialismos como aposentadoria, seguro desemprego, investir em estatais que contratariam mais funcionários, desperdiçar o dinheiro ou fazer guerras.
Então o governo se torna maestro da economia, através das política fiscal e monetária.

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