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PLACENTA -> É também um órgão endócrino temporário dos eutérios. -> Responsável pela: * Proteção do feto contra traumatismos; * Desidratação e variação de temperatura; * Permitir o crescimento e movimento fetal; * Lubrificação da via fetal durante o parto; * Armazenar excretas do feto (alantóide). TIPOS DE IMPLANTAÇÃO * Superficial: -> Córion repousa sobre o endométrio; -> Animais domésticos * Excêntrica: -> Membrana coriônica fica encapsulada pela parede uterina -> Roedores * Intersticial: - Embrião se insere em parte da parede uterina - Humanos PERDA TECIDUAL AO PARTO * DECÍDUA: -> Quando o endométrio sai junto com o córion; -> Animais que fazem a implantação intersticial e excêntrica ; -> Roedores, humanos, cães e gatos * ADECÍDUA: -> Quando o endométrio não sai junto com o córion; -> Animais que fazem implantação superficial; -> Ruminantes, equinos e suínos FORMA OU DISTRIBUIÇÃO DAS VILOSIDADES * COTILEDONÁRIA: bovinos, ovinos -> Placentônio: carúncula (mãe) + cotilédones (Córion). -> A adesão do córion com endométrio só ocorre onde tem carúncula, e ocorre a Placentação. -> Ovinos: côncava=70 a 120 “cálice” -> Bovinos: Convexo = 90 a 100 “cogumelo” * DIFUSA: suínos, equinos -> As microvilosidades coriônicas estão distribuídas sobre toda a superfície desta membrana. Todo o córion está unido ao endométrio. -> Microvilosidades fazem a ligação placenta com endométrio, ocorrem trocas nutrientes. * ZONÁRIA: cães, gatos -> Trocas de placenta e endométrio CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA **Camadas que separam o sangue materno do fetal= BARREIRA MATERNO- FETAL * PLACENTA EPITÉLIO-CORIAL: -> Seis camadas de separação. -> Equinos e suínos e ruminantes. -> Epitélio coriônico fica em contato com o epitélio uterino intacto. -> Ocorre o bloqueio total da passagem transplacentária das moléculas de imunoglobulinas (anticorpos passam por colostro). * PLACENTA HEMO-CORIAL: -> Três camadas de separação; -> Primatas (humanos) e roedores. -> Sangue materno fica em contato direto com o trofoblastos. -> Permite que IgG materna seja transferida para o feto ,assim como vírus e bactérias. * PLACENTA ENDOTÉLIO-CORIAL: -> Cinco camadas de separação; -> Cães e gatos -> Epitélio coriônico fica em contato com o endotélio dos capilares maternos. HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS * Progesterona (principal hormônio secretado pela placenta) -> Importante para manter a gestação -> Padrão secreção da progesterona conforme a espécie. -> Pico maior no início da gestação. - Vaca: produção maior no início da gestação, estabiliza com o corpo lúteo, placenta e tem um pico próximo ao parto. - Égua: pico devido corpo lúteo aí cai, forma corpo lúteo acessório e mantêm gestação com baixos níveis de progesterona e próximo parto tem pico. - Porca: produção de progesterona se mantém constante até final gestação. - Cadela e gata: dois meses de gestação e há produção constante durantes estes 2 meses de progesterona. - Ovelha: produção maior de progesterona próximo ao parto. * Estradiol (próximo do parto a placenta transforma a progesterona em estrógeno) -> Produção no final da gestação; -> Ocorre uma troca da progesterona para estrógeno; -> Importante para o parto- expulsão do feto. * Lactogênio placentário -> Tem influência na preparação da glândula mamária e secreção do leite * Proteína específica da prenhez B -> Secretada por células gigantes binucleadas -> Origem no córion embrionário que migram para o endométrio em bovinos. * Relaxina (importante para o relaxamento da sínfise pélvica, cérvix, ligamentos). -> Relaxar a sínfise pélvica e expandir o canal genital atua em sinergismo com os estrógenos, prostaglandina e ocitocina; -> Usada para diagnóstico de gestação na cadela após 30 dias. * eCG – Gonadotrofina Coriônica equina -> Induz o crescimento de folículos (efeito de FSH) que posteriormente se luteinizam para formar corpos lúteos acessórios. * hCG – Gonadotrofina Coriônica humana -> Efeito semelhante do LH estimula secreção de progesterona no corpo lúteo e da placenta. -> Maior produção inicial para auxiliar a manter a gestação. -> Sinalização do feto para manter gestação. CIO DO ENCABELAMENTO A vaca está gestando, compreende o período em que a placenta assume a produção de progesterona, não deveria-se notar, mas em alguns animais, ocorre a queda da progesterona. * A égua com baixa concentração de progesterona consegue manter a gestação. GESTAÇÃO E PARTO FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL 1. Hereditariedade -> raça, espécie. 2. Idade e peso da fêmea -> 50 a 75 % da variação do peso fetal ao nascimento. 3. Nutrição da fêmea durante o terço final da gestação -> se evita maior ganho peso no final, se ocorre muito aporte nutricional no terço final faz com que o feto fique muito grande causando partos distócico. 4. Número de fetos -> quanto maior o número de fetos, menor é o tamanhos deles. PARTO -> O cortisol atua na placenta estimulando a produção de estradiol. -> Ativa receptores para ocitocina (no útero) e relaxina (na cérvix) e estimula a produção de relaxina e ocitocina pelos ovários e de prostaglandina F2α pelo útero. -> O cortisol fetal inicia o trabalho de parto através do aumento da secreção de estrógeno e de prostaglandina F2α. -> Durante a gestação, o útero aumenta e alonga-se por causa do crescimento do feto. -> A progesterona desempenha uma importante função na quiescência do miométrio e tensão e contração da cérvix. -> Durante o final da gestação, o estrógeno começa a influenciar o músculo uterino, aumentando seu potencial contrátil. -> E no final da gestação, há o relaxamento da cérvix, para permitir que o feto seja expulso. -> O órgão responsável por iniciar o processo do parto é o ‘córtex supra-renal fetal’ que libera cortisol que afeta a síntese e liberação de PGF, que produz contração muscular e relaxamento da cérvix. -> A ocitocina também é importante para o processo do parto. O estrógeno induz a formação do ‘receptor para ocitocina’ no miométrio. ESTRESSE FETAL -> O feto determina o momento do nascimento. -> O cortisol produzido pela adrenal do feto , cai na corrente circulatória e chega na placenta estimulando troca enzimática da progesterona em estrógeno . -> O estrógeno no endométrio ativa receptores de ocitocina no útero e estimula a produção da relaxina na cérvix. -> Estimula a produção de relaxina e ocitocina pelos ovários e de prostaglandina F2α pelo útero. -> Ocorre um aumento na pressão, começa a contração dos envoltórios aumentando a secreção de ocitocina= parto. -> O nível aumentado de cortisol na circulação ativa o sistema que converte a Progesterona emEstrógeno; -> O aumento na concentração de Estradiol pela placenta inicia os eventos que vão levar a lise do corpo lúteo gestacional e preparar o útero para uma maior propriedade de contratilidade. -> Isto se faz pela estimulação no útero para a produção da PGF2alfa e pelo aumento na sensibilidade dos receptores uterinos a ocitocina. -> Neste momento em especial temos a ação hormonal da PGF2alfa que além de lisar o Corpo lúteo tem propriedade miocontrátil uterina determinando a compressão e lançamento do feto de encontro com a cérvix. -> Isso leva ao desencadeamento de impulsos nervosos que agem nos centros medulares espinhais e dali são transmitidos ao Hipotálamo que responde produzindo e liberando grandes quantidades de ocitocina. (Reflexos de Ferguson). -> Passa a existir neste momento uma consonância de eventos que aumentam as contrações uterina (aumento de E2, diminuição de P4, aumento de ocitocina, receptores mais sensíveis) e as tornam mais coordenadas e mais frequentes a medida que aproxima o momento do parto. -> Junto ao preparo do útero para garantir maior capacidade de contração ocorre o preparo do canal do parto com relaxamento da cérvix, dos ligamentos pélvicos e uma dilatação generalizada do canal do parto se faz pela relaxina. REFLEXO DE FERGUSON A pressão do feto contra a cérvix e porção anterior da vagina estimula a liberação de ocitocina pela hipófise posterior que por sua vez estimula as contrações miometriais. ESTÁGIOS DO PARTO * I-FASE PRODRÔMICA OU PREPARATÓRIA -> Contrações miométrio (musculatura lisa) e relaxamento dos ligamentos pélvicos e dilatação da cérvix. * II-FASE DE EXPULSÃO DO FETO: (MAIORES CONTRAÇÕES E REFLEXOS) -> Síntese de relaxina estimulada pela PGF2α /Produção de muco cervical e vaginal – E2 -> Aumento da pressão – rompimento alantóide e âmnio * III-FASE DE EXPULSÃO DA PLACENTA -> Vilosidades coriônicas se desprendem do epitélio uterino. SINAIS DE PROXIMIDADE DO PARTO -> Comportamento (principalmente cadela e gatas) -> Queda da borda caudal dos ligamentos pélvicos (devido efeitos relaxina) -> Liberação do tampão mucoso -> Esguichamento do leite /colostro -> Edema úbere (glândula mamária cresce para produção colostro) -> Edema de vulva -> Rompimento e liberação da placenta PUERPÉRIO -> Período do parto até primeira ovulação acompanhada de cio. -> Involução uterina com retomada da atividade ovariana -> Lóquios (descarga uterina) = muco, sangue, fluidos, membranas fetais e maternas (tem que ser eliminado) -> Regeneração do endométrio -> Primeira ovulação não é acompanhada da manifestação do cio devido a falta de progesterona. * Fatores envolvidos que prejudicam o Puerpério: -> Infecção uterina -> Amamentação / balanço energético negativo: mais debilitada a condição corporal mais tempo necessário para recuperação uterina. (melhor coisa para limpar o útero de vaca é o cio) -> Reinício da função ovariana – quanto mais tarde iniciar mais tarde ela demonstra cio (maior número de cio, melhor índice reprodutivo- mais limpo o ambiente uterino). -> Partos distócicos, retenção placenta, intervenção no parto, cesarianas, mastites: prejudicam a involução uterina. ANESTRO LACTACIONAL -> Ausência do cio causada pela amamentação que causam efeitos supressivos sobre a atividade ovariana. -> Pequenos ruminantes influenciadas pela amamentação e pelo fotoperíodo - tem o filhote, está amamentado e aí muitas vezes quando deixa de amamentar não está no fotoperíodo. -> Gado de corte tem ação maior. -> Nas porcas, a supressão da atividade ovariana é completa; as porcas só entram em estro depois da desmama. -> Éguas: cio do potro: se não aproveita, ela entra no anestro lactacional. -> A lactação suprime a síntese e liberação de GnRH pela redução de fatores que inibem a síntese de prolactina (dopamina e PIH) que são essenciais para a produção de gonadotrofinas. LÓQUIOS: involução fisiológica -> Até 3 dias: lóquio avermelhado (elimina sangue, bem vermelho, devido rompimento dos vasos no parto) -> 3 a 7 dias: lóquio vinho ou achocolatado (sangue oxida) -> 7 a 14 dias: café claro com abundante muco (útero está menor) -> 14 a 25 dias: muco fracamente avermelhado ou claro (mal percebe que pariu, fêmea já está retomando atividade ovariana - fêmea apresenta primeiro cio). RESTABELECIMENTO DA CICLICIDADE -> Hipotálamo: estabilização das descargas de GnRH- o hipotálamo fica altamente sensível ao estrógeno. -> O estrógeno faz feedback negativo, com o tempo isso desaparece e volta a secreção normal. -> Quem faz o feedback negativo do estrógeno com GnRH são os opióides liberados pela amamentação que atuam no SNC -hipotálamo por meio de neurotransmissores. -> Hipófise: restabelecimento dos níveis de gonadotrofinas- produção FSH e LH e liberação LH. -> Ovários: restabelecimento do desenvolvimento total dos folículos. Restabelecimento do eixo hipotálamo-hipófise no pós-parto de vacas de corte amamentando: conteúdo de GnRH e conteúdo de LH e FSH e seus pulsos. -> Antes do parto GnRH tem conteúdo no hipotálamo mas não está sendo liberado porque tem alto nível de estrógeno (hipotálamo inibido pelo estrógeno); -> Se não tem GnRH sendo liberado não ocorre produção nem liberação de LH. -> O FSH tem um estoque porque as células da adeno hipófise não estavam liberando. -> Após o parto(15 dias) continua tendo o conteúdo mas aos poucos começa a ser liberado o FSH(folículo cresce) -> 30 -60 dias pós-parto tem liberação GnRh, produção e liberação do LH que faz retomada da atividade ovariana . FASES DO PUERPÉRIO * PUERPÉRIO RECENTE: da expulsão fetal até 8 dias (pode chegar aos 14) * PERÍODO INTERMEDIÁRIO: retomada da atividade hipotalâmica e regeneração total do endométrio. * PERÍODO PÓS-OVULATÓRIO: 40-50 dias pós parto, o útero está pronto para uma nova gestação. CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE PROGESTERONA NO PÓS -PARTO -> Ovulação silenciosa (1º estro): primeiro corpo lúteo com duração mais curta e menos progesterona secretada. -> Depois do primeiro cio, o corpo lúteo é funcional, secretando progesterona para suportar uma gestação. FERTILIDADE PÓS-PARTO * Chance para emprenhar ->Cio importante forma para limpar útero 1° estro: 35% de prenhez 2° estro: 50% de prenhez (ideal se o animal estiver com o útero sadio) 3° estro: 70% de prenhez (pode passar os 85 dias). *ÉGUAS -> Involução uterina: rápida-> Lactação= tem anestro lactacional -> Atividade ovariana: o Final da prenhez: altos níveis de FSH o Desenvolvimento Folicular o “Cio do potro”- 6 a 12 dias -> se não aproveita para emprenhar a égua ela entra no anestro lactacional *VACAS ->Status nutricional -> Balanço energético negativo -> Involução uterina: 25 a 30 dias. -> Lactação: bezerro X ordenha mecânica. -> Atividade Ovariana: o GnRH= descarga de LH. o Progesterona e estradiol: baixos níveis. o “Cio silencioso” e CL inadequado. o Cio vacas leiteiras (15-20 d) X corte (45 d). *CABRAS E OVELHAS -> Involução uterina: 27 dias. -> Lactação: cabras- prolongam anestro. -> Atividade Ovariana: o Fotoperíodo – anestro de 5 a 6 meses. o Cio em ovelhas: lactantes 3 semana /não lactantes 3 a 5 dias. o GnRH X descarga de LH. o Prolactina inibe estradiol e progesterona. *PORCAS -> Involução uterina: 21 a 28 dias. -> Lactação: anestro (cio anovulatório: 3 a 5 dias) -> suprime crescimento folicular -> Atividade Ovariana: o Ovulação: lactantes 3 a 10 dias após desmame /não lactantes: estro 17 dias pós parto. o Mamadas inibem LH e INIBINA:FSH o Prolactina: diminui resposta do ovário a gonadotrofinas e diminui estrógeno e progesterona *GATAS E CADELAS -> Involução uterina: **** Gatas – rápida **** Cadelas – 4 -6 semanas -> Lactação: **** Gatas : diminui crescimento folicular até 7 a 10 dias pós desmame.(algumas concebem durante a lactação).
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