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A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM PORTFÓLIO 05 FIOS CIRÚRGICOS PROFª Sílvia Sandes CURSO Enfermagem DISCIPLINA Ens. Clínico V Prático ALUNOS Edwallace Apolinário de Amorim PERÍODO 7.° TURMA DATA 13.05.2014 NOTA ORIENTAÇÕES: Portfolio é uma técnica pedagógica que permite avaliar o progresso dos alunos de forma contínua, através do registro das aulas, de forma objetiva, desde a preparação até a conclusão. LEMBRAR DE COLOCAR O REFERENCIAL TEÓRICO. PODE SER DESENVOLVIDO DE FORMA INDIVIDUAL OU EM DUPLA. ESTUDO DIRIGIDO 1) O que significa sutura? (VALE: 0,05) 2) Descreva as características físicas: Manuseio e Reação Tecidual dos fios cirúrgicos e explique cada uma. (VALE: 0,2) 3) Qual a classificação do fio de sutura? Exemplifique. (VALE: 0,05) 4) Conceitue fios monofilamentados e multifilamentados. Cite 03 exemplos de cada. (VALE: 0,1) 5) Conceitue e exemplifique fios biológicos (absorvíveis e não absorvíveis) e sintéticos (absorvíveis e não absorvíveis). (VALE: 0,1) 6) Qual a cor da caixa de embalagem e qual o fio corresponde cada uma delas? (VALE: 0,05) 7) Cite 05 exemplos de fios cirúrgicos (pode ser monofilamentado, multifilamentado, biológico e sintético) e indique qual estrutura pode ser suturada por eles. (VALE: 0,1) 8) Quais as partes que divide as agulhas cirúrgicas, sua classificação e conceitue cada uma delas? (VALE: 0,1) 9) Exemplifique qual(is) local(is) utiliza as agulhas traumáticas e atraumáticas. (VALE: 0,05) 10) Quais as complicações cirúrgicas encontradas nas suturas operatórias? (VALE: 0,1) A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM RESPOSTAS 1. É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for à separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual por primeira intenção. 2. A configuração física refere-se à composição dos fios quanto aos seus filamentos. O fio pode ser monofilamentar como, por exemplo, fio de nylon ou multefilamentar a exemplo da linda de costura. A capilaridade refere-se à capacidade absorção de líquidos ao longo do fio cirúrgico, os multilimamentares uma maior superfície de capilaridade em relação aos monofilamentares por tanto apresentam maior aderência microbiana. O diâmetro é determinado em milímetros e expresso em tamanhos com o número de zeros. Quanto maior o diâmetro maior o número de zeros. A numeração varia de sete (mais grossos com diâmetro mínimo de 0,90 mm e máximo de 0,999 mm) até dez zeros (mais fino com diâmetro mínimo de 0,020 mm e máximo de 0,029 mm). A força de tensão é a quantidade de força necessária para a ruptura do fio que varia de acordo com o tipo de material de constituição do fio. A força do nó, é a força necessária para fazer que um certo tipo de nó deslize parcial ou completamente, os fios multifilamentares apresentam coeficiente de atrito mais elevado que os monofilamentares (que possuem um deslize muito bom, porém sua fixação é menos segura, sendo necessário a utilização de nós duplos) permitindo assim uma fixação mais segura do nó. A elasticidade é a capacidade inerente do fio cirúrgico de recuperar a forma e o comprimento originais depois de um estiramento, essa elasticidade contribui para diminuir a possibilidade de romper as bordas da incisão cirúrgica ou favorecer uma estenose em sutura vascular. A memória é a capacidade que o fio cirúrgico tem de retornar a sua forma original após ser deformado, geralmente após o nó. Quando o fio cirúrgico apresenta alta memoria, consequentemente oferece menor segurança do nó. O manuseio de um fio cirúrgico se dá tanto a rigidez se ele pode ser facilmente dobrado, como o coeficiente de ficção que é o seu deslizamento no tecido e dar o nó, o fio com coeficiente de ficção muito alto tende a deslizar com dificuldade através do tecido, e se torna mais difícil de dar o nó por que o mesmo não se mantem. E a reação tecidual se dá por se tratarem de uma substancia estranha, então todo fio cirúrgico causa certa reação tecidual que começa no momento em que o fio agride o tecido durante sua introdução e pode persistir de acordo com sua composição, a reação persiste até que o fio cirúrgico seja encapsulado, e isso ocorre quando ele é constituído por material não- absorvível, ou seja absorvido pelo corpo quando se constitui de material absorvível. 3. De forma genérica os fios de sutura se classificam em absorvíveis e não-absorvíveis. Absorvíveis: são fagocitados, hidrolizados, degradados e assimilados pelo tecido em que estão implantados. Não-absorvíveis: são resistentes a digestão enzimática em tecido animal vivo. 4. Os fios cirúrgicos monofilamantares, consiste apenas de um filamento a exemplo do (categute simples, categute cromado e o nylon). Os multifilamentares contem varias fibras trançadas ou interlaçadas compondo um único fio a exemplo do (algodão, seda e aço inoxidável). 5. Os fios cirúrgicos absorvíveis biológicos, conhecidos como categute que atualmente são obtidos da mucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos, podem ser classificados em simples que apresentam absorção mais rápida em torno de oito dias ou cromados que tem absorção mais lenta em torno de vinte dias sendo tratado com bicarbonato de potássio. Os fios cirúrgicos não-absorvíveis biológicos são derivados de celulose de baixo custo a exemplo do algodão, são de fácil esterilização e de pouca reação tecidual. O fio de seda que é de origem animal obtido de diversas espécies do bicho-da-seda, suas fibras são retorcidas ou trançadas e podem passar pro processo de enceramento para diminuir sua capilaridade, apresenta fácil manuseio, boa resistência a tração e segurança na fixação do nó. Os fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos feitos de material sintético obtido por meio de polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. Os fios cirúrgicos não-absorvíveis sintéticos poliamida, caracteriza-se pela elasticidade e resistência água, pode ser mono ou multifilamentar é de pouca reação mais de difícil A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM manipulação. Poliester o fio é de forma simples revestido de teflon ou siliconizado, de difícil manejo por ser corrediço, para que isso não ocorra normalmente é adicionado o teflon e silicone, mas esses materiais podem se dissociar e provocar reação tecidual. Polopropileno, fio derivado de poliefinas não-biodegradaveis e tem sido recomendado um tipo de monofilamento para síntese de feridas contaminadas devido à reação tecidual mínima e alta resistência de tração. Metálicos, constituídos por aço inoxidável e tântalo sendo o segundo menos resistente que o primeiro, são de fácil esterilização bem tolerados, de espessura variável mono e multifilamentar. 6. Fios e cores das embalagens: ESPECIFICAÇÕES COR DA EMBALAGEM TIPO Algodão com Poliéster Rosa Não Absorvíveis Polidioxanona Cinza Absorvíveis Catgut Cromado Marrom Absorvíveis Catgut Simples Amarelo Absorvíveis Linho Rosa Claro Não Absorvíveis Nylon Verde-hortelã Não Absorvíveis Poiglecaprone 25 Salmão Absorvíveis Poliglactina910 Violeta Absorvíveis Poliéster Laranja Não Absorvíveis Polipropileno Azul Royal (Escuro) Não Absorvíveis Seda Azul Claro Não Absorvíveis Aço Inoxidável Amarelo Ocre Não Absorvíveis 7. Categute cromado: indicado para tecidos com cicatrização mais demorada, como em cirurgias do aparelho gastrointestinal ou no útero. Ácido poliglicóloco: é utilizado em anastomose gastrointestinais, cirurgias ginecológicas cirurgia geral e operação urológica. Polipropileno: indicado nas cirurgias cardiovasculares. Metálicos: são utilizados em tenorrafia, eventualmente em neurorrafia e fechamento de parede abdominal. Poliglecaprone: indicado para cirurgias oncológicas. 8. Partes das agulhas: Corpo, ponte e fundo. Classificação das agulhas: Agulhas cirúrgicas retas, geralmente são cilíndricas ou triangulares, utilizadas na reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. Frequentemente são usadas com as mãos, e mais raramente com o porta-agulhas. Agulhas cirúrgicas curvas, podem ser cilíndricas ou triangulares. Seu raio de curvatura é variável, adaptando-se a cada tipo de síntese, em tamanho adequado, sempre utilizada com porta-agulhas. As cortantes são usadas para sutura de pele e perióstio. As cilíndricas suturam estruturas e órgãos mais profundos. Agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio montado asseguram fácil penetração nos tecidos, sem deixar lacerações sendo o tipo universalmente mais usado. Agulhas traumáticas, os fios são montados no momento de uso e elas provocam lacerações no tecido. Agulhas espatuldas, são achatadas com bordas laterais cortantes, são utilizadas principalmente em cirurgias oftalmológicas. A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM 9. Quanto ao trauma causado pela agulha, podemos classificar: Atraumáticas: agulhas que possuem sua ponta cilíndrica. Traumáticas: agulhas de ponta cortante ou triangular. Agulha triangular ou de corte convencional é indicada nas cavidades oral e nasal, faringe, pele, ligamento e tendão. Agulha triangular de corte reverso é indicada para mucosas oral e nasal, pele, ligamento, fáscia (aponeurose). Agulha cilíndrica, indicada para músculos, gordura subcutânea, nervos, vasos, aponeuroses, peritônio e miocárdio. Pode ter ponta romba para tecidos frágeis ou fragíveis como rim, fígado, pâncreas e colo uterino. 10. As deiscências de sutura podem causar infecções (sepse), resultado da invasão, multiplicação, atividade metabólica e consequentes efeitos fisiopatológicos de microrganismos sobre os tecidos de um indivíduo. Regiões como a perianal, gastrointestinal e traumas abertos estão mais suscetíveis às infecções. Causas prováveis da falha de cicatrização e abertura de suturas: Infecção; Desnutrição: hipoproteinemia (regimes com dietas mal orientadas); Idade avançada; Uremia; Diabetes; Uso de corticoides; Hipóxia; Tabagismo, drogas, bebidas alcoólicas Tosse e vômitos incoercíveis; Esforço físico precoce; Referências Bibliográficas: POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico; Planejamento, Organização e Gestão / João Francisco Possari. – 4, ed. Ver. – São Paulo: látria, 2009. Cáp. 14, pág. 141 / 149
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