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PMA 6º semestre

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 
ALEXANDRO MOREIRA DE SOUZA RA: 4200050806
CRISTIANA MARINHO MARQUES RA: 3715645873
GABRIELA PALMARI RA: 4200076147
MICHEL PINHO DE OLIVEIRA RA: 4246827411
Radiologia Industrial da descoberta aos dias atuais 
SÃO PAULO
2014
9
ALEXANDRO MOREIRA DE SOUZA RA: 4200050806
CRISTIANA MARINHO MARQUES RA: 3715645873
GABRIELA PALMARI RA: 4200076147
MICHEL PINHO DE OLIVEIRA RA: 4246827411
Radiologia Industrial da descoberta aos dias atuais
Projeto Multidisciplinar de Autoaprendizagem (PMA) apresentado ao Centro Universitário Anhanguera de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do grau de Tecnólogo em Radiologia, sob a orientação da professora Benvinda Ferreira Ishihara.
SÃO PAULO
2014
ALEXANDRO MOREIRA DE SOUZA RA: 4200050806
CRISTIANA MARINHO MARQUES RA: 3715645873
GABRIELA PALMARI RA: 4200076147
MICHEL PINHO DE OLIVEIRA RA: 4246827411
Radiologia Industrial da descoberta aos dias atuais
Projeto Multidisciplinar de Autoaprendizagem (PMA) apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Tecnólogo em Radiologia do Centro Universitário Anhanguera de São Paulo.
Aprovado em ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
________________________________
 Profa. Esp./Mestrando Benvinda Ferreira Ishihara
Orientadora 
________________________________
Prof. Esp./Mestrando José César Viana da Silva
Coordenador do curso de Tecnologia em Radiologia
RESUMO
A fluência da Radiologia em aeronaves, automóveis, metrôs, trens, navios, submarinos, prospecção de petróleo, tubulações de gás, de saneamento e outros componentes industriais comuns em nosso cotidiano, e presentes em qualquer cidade, raramente lembramos que bom desempenho desses componentes depende da qualidade dos projetos, materiais e produtos envolvidos e dos processos de fabricação, montagem, controle, inspeção e manutenção.
Todo esse elevado grau de tecnologia aplicada foi desenvolvido para um fim comum: assegura e proteger a vida das pessoas e daqueles que dependem de alguma forma do funcionamento desses sistemas, dos mais diferentes segmentos industriais mencionados. Em especial, destacamos a radiografia e a radioscopia industrial, que desempenham um papel importante e, de certa forma, insuperável na documentação da qualidade do produto inspecionado, pois a imagem projetada do filme radiográfico ou por imagem digitalizada representa a “fotografia” interna da peça, o que nenhum outro ensaio não destrutivo é capaz de realizar. 
Palavra chave: Radiologia industrial; Radioproteção; Ensaio não destrutivo; Radiografia.
ABSTRACT
The influence of Radiology in aircraft, automobiles, subways, trains, ships, submarines, oil drilling, gas pipes, sanitation and other common industrial components in our daily lives, and present in any city, rarely remember that good performance of these components depends the quality of designs, materials and products involved and the manufacturing processes, assembly, control, inspection and maintenance.
All this high degree of applied technology was developed for a common purpose: ensuring and protecting the lives of people and those who depend in some way the operation of such systems, from different industries mentioned. In particular, we highlight the radiography and industrial fluoroscopy, which play an important role and, in a way, unsurpassed in quality documentation of the inspected product, as the projected image of the radiographic film or scanned image is the "picture" internal part , which no other non-destructive testing is able to perform.
Keywords: Industrial Radiology; Radioprotection; Non-destructive testing; Radiography.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Rifle de caça de Roentgen 15
Figura 02: Técnica Geral de Ensaio Radiográfico na indústria 16
Figura 03: Inspeção radiográfica de soldas em tubos 17
Figura 04: Aparelhos de raios-X industrial portáteis, de 300 kV 17
Figura 05: Painel de controle do aparelho de raios-X 18
Figura 06: Esquema do irradiador de gamagrafia 19
Figura 07: Características das fontes seladas radioativas industriais 20
Figura 08: Irradiador gama específico para fontes radiativas de Selênio-75 22
Figura 09: Aparelho para Gamagrafia usando Fonte de cobalto-60 23
Figura 10: Sistema de radioscopia 24
Figura 11: Radiografia de um molde de cerâmica em 3 dimensões 25
Figura 12: Esquema de um aparato tomográfico 26
Figura 13: Estrutura de um filme radiográfico 29
LISTA DE SIGLAS
ABENDI – Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear
Co 60 – Cobalto-60
CONTER – Conselho nacional de técnicos em radiologia
CQ - Controle da Qualidade
CRTR – Conselho regional de técnicos em radiologia
DFoFi – Distância foco filme
DO - Densidade Óptica
EAS - Estabelecimentos de Assistência a Saúde
END - Ensaios Não Destrutivos
EUA - Estados Unidos da América
GQ - Gestão da Qualidade
IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
IQI – Indicadores de Qualidade de Imagem
Ir 192 – Irídio-192
Kv – Quilovolts
mA – Miliampere
mAs – Miliamperagem por segundo
Mev – Megaeletrovolts
MGY - miligray
PGQ - Programa de Garantia da Qualidade
RIA - Responsável pela Instalação Aberta
Se 75 – Selênio-75
TC - Tomografia na Computadorizada 
SUMÁRIO
1. Introdução 9
2. Justificativa 11
3. Objetivo geral 12
4. Revisão de literatura 13
4.1 História da radiologia industrial 15
4.2 Os princípios e fundamentos da radiologia industrial 16
4.3 Equipamentos de raios-X 17
4.4 Equipamentos de raios gama 19
4.5 Características físicas e tipos de fontes gama 20
4.6 Características físicas dos irradiadores gama 22
4.7 Fluoroscopia na indústria 23
4.8 Tomografia na indústria 25
 4.9 Qualificação de profissionais pela CNEN 26
4.10 Controle de Qualidade em aparelhos emissores de Raios-X 28
4.11 Os filmes radiográficos industriais 29
4.12 Os chassis industriais 30
Conclusão 32
Referências 33
1. INTRODUÇÃO
A RadiologiaIndustrial no Brasil e no mundo é conhecida como Ensaios Não Destrutivos (END). 
É um tipo de radiografia industrial com um método usado para examinar, baseando-se na absorção diferenciada da radiação ionizante na peça que está sendo inspecionada. 
Devido às diferenças na densidade e variações na espessura do material, ou mesmo diferenças nas características de absorção causadas por variações na composição do material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante. Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme radiográfico, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de radiação absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no material.
Considerando a Norma CNEN – NN – 3.01- Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica e Norma CNEN – NN – 6.04 - Funcionamento de Serviços de Radiologia Industrial, Norma ABNT NBR ISSO 9712 – Ensaios não destrutivos – Qualificação e Certificação de Pessoal e, documentos que definem a Área Industrial (Manual da Área Industrial/CONTER, elaborada pela Comissão de Normatização das Atribuições dos Profissionais das Técnicas Radiológicas na Área Industrial CONTER), que fazem parte integrante da presente instrução normativa;
Considerando a decisão do Plenário do CONTER, na 17ª Sessão da III Reunião Plenária Extraordinária do 4° Corpo de Conselheiros, realizada no dia 05 de outubro de 2006. 
Poderá se inscrever no Sistema CONTER/CRTR’s, na área de radiologia industrial o profissional das técnicas radiológicas que comprovar formação em curso de Técnico ou Tecnólogo em Radiologia legalmente autorizado, com habilitação na área industrial.
Poderá também solicitar inscrição na área industrial o requerente que comprovar em sua formação geral de Técnico ou Tecnólogo em Radiologia:
(A) Mínimo de 80 (oitenta) horas teóricas e 40 (quarenta) horas de prática/estágio na área industrial para técnico em radiologia.
(B) Mínimo de 120 (cento e vinte) horas teóricas e 40 (quarenta) horas prática/estágio na área industrial para tecnólogo em radiologia.
2. JUSTIFICATIVA
Apesar da radiologia industrial ser uma modalidade muito almejada pelos profissionais de radiologia, não é um assunto fácil de pesquisar, por falta de material acadêmico a respeito do assunto.
O projeto da pesquisa visa à descoberta de novos conhecimentos em uma área que é tão importante para a indústria, para os profissionais e consumidores e ao mesmo tempo pouco explorada.
A revisão literária percorreu o banco de dados de artigos científicos, também foram utilizados livros e revistas de autores nacionais. A busca foi ampliada mediante investigação com palavras-chave análogas, por aproximação na internet.
3. OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem como objetivo esclarecer o que é a radiologia industrial, mostrando o quanto os raios-X e gama têm sido empregados na área industrial e os principais elementos radioativos e equipamentos utilizados.
4. REVISÃO DE LITERATURA
Segundo a CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear, Norma CNEN NN 6.04, radiografia industrial é um ensaio não destrutivo de materiais com uso de fonte de radiação. 
A utilização de ensaios destrutivos ou não destrutivos é comum na indústria moderna, tendo em vista a garantia da qualidade dos produtos e obviamente a sua confiabilidade no uso. Os ensaios não destrutivos consistem na aplicação de métodos e técnicas de ensaio, que visam analisar a sanidade de vários tipos de materiais, peças ou mesmo equipamentos soldados, fundidos, forjados e laminados, dentre outros (PEREIRA, 2013).
Os ensaios não destrutivos incluem métodos capazes de identificar descontinuidades e também monitorar a degradação em serviço de componentes, equipamentos e estruturas. Para obter-se resultado satisfatório e válido é necessário considerar-se alguns elementos essenciais no processo, tais como pessoal treinado, procedimento qualificado, equipamentos devidamente calibrados e normas e critérios de aceitação bem definidos (SAMPAIO, 2009).
A radiografia industrial é um dos principais métodos de ensaio não destrutivo usados em indústrias, baseia-se na diferente absorção de radiação penetrante, pelo material em estudo, sejam eles metais fundidos, soldaduras, ou outros, para detectar variações de espessuras, defeitos ou falhas (MIRANDA, 2011).
A soldagem define-se como uma técnica de reunir duas ou mais partes que passam a constituir um todo, assegurando a continuidade do material e suas características mecânicas e químicas. A soldagem é classificada com destaque entre os processos de união dos materiais, por ser amplamente empregada e por envolver grande volume de atividades (FUHR, 2012). 
O grande problema normalmente enfrentado deve-se ao fato do aparecimento inesperado de condições adversas, como um erro de procedimento durante a operação de soldagem, aparentemente sem influência, porem gerando descontinuidades, como concentração de tensões que culminam na redução da vida útil do componente além da possibilidade de falhas (SANCHES, 2010).
Através da sua característica de indicar gradientes de espessuras ou densidades relativas a regiões da peça em estudo, a radiografia industrial é dentre as técnicas de ensaio não destrutivos, uma das mais adequadas no estudo de classificação de defeitos volumétricos (SILVA, 2011).
A partir da exposição da peça a uma fonte de radiação penetrante é obtido à imagem radiográfica, que é gerada com a intenção de executar análises que muitas vezes não são possíveis a olho nu, por se tratarem de análises do interior das peças. Desta forma, é identificado o defeito na imagem radiográfica quando há diferença de intensidade de radiação recebida entre a deformidade e o restante da peça (SCHNEIDER, 2005).
Esses equipamentos são projetados de forma mais simples, pois sua função é unicamente abrigar a fonte radioativa selada em seu interior. A fonte fica presa internamente à blindagem, de modo a proporcionar um feixe de radiação dirigido sob ângulo definido no projeto, em direção a um detector do tipo G.M, que ligado a circuitos especiais, oferecerá uma leitura ou registro da intensidade de radiação no display do aparelho (ANDREUCCI, 2012).
De acordo com Andreucci em 2012, os aceleradores de partículas, em geral, são equipamentos dotados de sistemas especiais que aceleram partículas carregadas, como por exemplo, elétrons a grandes velocidades, que se chocam contra um alvo com pequeno ponto focal, liberando altas energias de radiação eletromagnética (Raios X) até 04 MeV para os aparelhos industriais, capazes de atravessar com facilidade 100 mm até 300 mm de aço.
Os efeitos genéticos (estocásticos) das radiações podem ocorrer com qualquer nível de dose, seja ela crônica ou aguda, pois não há um limiar para que iniciem as alterações genéticas, a exemplo como ocorre nos efeitos somáticos. Sabe-se que quanto maior a dose, maior a probabilidade de ocorrência de mutações genéticas (ANDREUCCI, 2012).
O irradiador dispõe de uma blindagem, construída numa liga metálica de urânio exaurido, mais eficiente que o chumbo, pesando em torno de 30 kg. Para a condução da fonte, o equipamento é dotado de conduítes metálicos em forma de espiral, flexíveis e resistentes (tubo guia), que são conectados na parte frontal do irradiador. O controle do conjunto fonte e conexão (porta-fonte) são feito através de um cabo de aço reforçado, conectado ao comando (ANDREUCCI, 2012).
4.1 História da Radiologia Industrial
Wilhelm Conrad Roentgen fez a sua significativa descoberta dos Raios-X em uma sexta-feira, 08 de novembro de 1895, em seu laboratório na Universidade de Wurzburg, na Alemanha. Ampla matéria publicada na avaliação, revista da ASNT (The American Society for Nondestructive testing) - Sociedade Americana de Ensaios NãoDestrutivos, a associação americana de END - Nondestructive Testing (Ensaios Não Destrutivos), em 1995, diz ainda que no ano seguinte os jornais de todo o mundo publicaram notícias desses novos raios e sua habilidade de passar através da carne e outros materiais. As notícias foram motivadoras e causaram grande repercussão da tecnologia no meio médico, embora Roentgen e outros pesquisadores anteriores tenham mostrado imagens de “coisas” nos Raios-X, como espingarda e bússola. Isso aconteceu muito tempo antes do uso não médico dos Raios-X tornarem-se importante.
Radiografia tirada por Roentgen de seu rifle de caça. Observe que há um pequeno defeito no cano. Com essa foto, Roentgen antecipou o uso industrial dos raios-x como controle de qualidade de peças. (fig.01)
Figura 01: Rifle de caça de Roentgen observe que na certa indica uma descontinuidade (rachadura) no cano do rifle.
Fonte: http://www.seara.ufc.br/especiais/fisica/raiosx/raiosx-2.htm
Documentos históricos mostram que o uso dos Raios-X na indústria iniciou-se na Primeira Guerra Mundial, relacionado os armamentos. Existem registros de inspeções realizadas na Alemanha na década de 1920. Apesar desses esforços iniciais, o uso dos Raios-X em END não se tornou importante comercialmente até o período da Segunda Guerra Mundial. Isso é verdadeiro, apesar de muitas investigações bem realizadas para demonstrar a sua utilização para o exame de materiais.
Nos EUA, técnicos em END - Nondestructive Testing (Ensaios Não Destrutivos) citam o trabalho inicial de Horace Lester, no Arsenal Watertown, como o precursor do nosso uso atual dos Raios-X em END (Lester, 1922, 1923). O trabalho de Lester foi significativo porque demonstrou claramente que os Raios-X podiam ser usados para localizar falhas internas em fundidos, soldas e outras formas metálicas e que estas falhas poderiam conduzir a uma quebra prematura. As contribuições de Lester foram também importantes por causa da sua posição preeminente no campo metalúrgico (WENK, 1969).
4.2 Os princípios e fundamentos da Radiologia Industrial
A radiografia é um método usado para inspeção não destrutiva que se baseia na absorção diferenciada da radiação penetrante pela peça que está sendo inspecionada. Devido às diferenças na densidade e variações na espessura do material, ou mesmo diferenças nas características de absorção causadas por variações na composição do material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante. (fig.02)
 
Figura 02: Técnica Geral de Ensaio Radiográfico na indústria.
Fonte: www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf
Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de radiação absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no material.
A radiografia industrial é então usada para detectar variação de uma região de um determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade comparada com uma região vizinha, em outras palavras, a radiografia é um método capaz de detectar com boas sensibilidades defeitos volumétricos. Isto quer dizer que a capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como trinca dependerá da técnica de ensaio realizado. Defeitos volumétricos como vazios e inclusões que apresentam uma espessura variável em todas as direções serão facilmente detectados desde que não sejam muito pequenos em relação à espessura da peça. (ANDREUCCI, 2003).
4.3 Equipamentos de raios-X
Os Raios-X são produzidos em ampolas especiais. Os tamanhos das ampolas ou tubos são em função da tensão máxima de operação do aparelho.
Os equipamentos de Raios-X industriais se dividem geralmente em dois componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora. (fig.03 e 04)
Figura 03: Inspeção radiográfica de soldas em tubos.
Fonte: www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf
Figura 04: Aparelhos de raios-X industrial portáteis, de 300 kV.
Fonte: www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf
Os equipamentos considerados portáteis, com voltagens até 450 kV, possuem peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo. Os modelos de tubos refrigerados a gás são mais leves ao contrário dos refrigerados a óleo, porém, com maiores problemas de manutenção. Os modelos atuais com baixa tensão são projetados com ampola de Raios-X cerâmicos e com refrigeração a ar forçado, atribuindo menor peso e maior portabilidade. (fig.04) (NOBREGA, 2008).
Figura 05: Painel de controle do aparelho de raios-X
Fonte: www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf
A foto representa uma unidade de comando de um aparelho de raios-X industrial moderno. O painel, digital, resume uma série de informações técnicas sobre a exposição, tais como distância fonte-filme, tensão, corrente e tempo de exposição. As informações no painel podem ser memorizadas e recuperadas, se necessário. (fig.05)
Quando aumentamos a corrente do filamento, ele se aquece mais, liberando um número maior de elétrons. Ocorre um aumento na intensidade da radiação gerada, sem implicar aumento na quantidade dessa mesma radiação. Em outras palavras, conseguimos aumentar a intensidade sem aumentar a energia do feixe de radiação.
De uma forma prática, podemos dizer que a qualidade da radiação (energia) se relaciona com a capacidade de penetração nos materiais, enquanto a intensidade está intimamente ligada ao tempo de exposição. (NOBREGA, 2008)
4.4 Equipamentos de raios gama
As fontes usadas em gamagrafia (radiografia com raios gama) requerem cuidados especiais de segurança, pois, uma vez ativadas, emitem radiação, constantemente.
Deste modo, é necessário um equipamento que forneça uma blindagem, contra as radiações emitidas da fonte quando a mesma não está sendo usada. De mesma forma é necessário dotar essa blindagem de um sistema que permita retirar a fonte de seu interior, para que a radiografia seja feita. Esse equipamento denomina-se Irradiador.
Os irradiadores compõem-se, basicamente, de três componentes fundamentais: Uma blindagem, uma fonte radioativa e um dispositivo para expor a fonte. (fig.06) 
1 – Cabo de comando ou tele – comando
2 – Irradiador
3 – Tubo guia da fonte (flexível)
4 – Blindagem de Urânio exaurido
5 – Canal de Trânsito da fonte em “S”
6 – Colimado 
Figura 06: Esquema do irradiador de gamagrafia que expõe a fonte de forma segura.
Fonte: http://www.lucianosantarita.pro.br/industrial.html
As blindagens podem ser construídas com diversos tipos de materiais. Geralmente são construídos com a blindagem, feita com um elemento (chumbo ou urânio exaurido), sendo contida dentro de um recipiente externo de aço, que tem a finalidade de proteger a blindagem contra choques mecânicos.
Uma característica importante dos irradiadores, que diz respeito à blindagem, é a sua capacidade. Como sabemos, as fontes de radiação podem ser fornecidas com diversas atividades e cada elemento radioativo possui uma energia de radiação própria. Assim cada blindagem é dimensionada para conter um elemento radioativo específico, com certa atividade máxima determinada.
Portanto, é sempre desaconselhável usar um irradiador projetado para determinado radioisótopo, com fontes radioativas de elementos diferentes e com outras atividades. Esse tipo de operação só pode ser feita por profissionais especializados e nunca pelo pessoal que opera o equipamento.
A fonte radioativa inclui uma determinada quantidade de um isótopo radioativo. Essa massa de radioisótopo é encapsulada e lacrada dentro de um pequeno envoltório metálico denominado “porta-fonte”, ou fonte selada, simplesmente. 
O porta fonte se destina a impedir que o material radioativo entre em contado com qualquer superfície ou objeto, diminuindo os riscos de uma eventual contaminação radioativa. (NOBREGA, 2008).
4.5 Características físicase tipos de fontes gama
As fontes radioativas para uso industrial são encapsuladas em material austenítico, de maneira tal que não há dispersão ou fuga do material radioativo para o exterior. (fig.07)
 
1 – Fonte, 2 – Mola, 3 e 4 - Cápsula de aço inoxidável, 5 - Cabo de aço, 6 – Engate
Figura 07: Características das fontes seladas radioativas industriais
http://www.lucianosantarita.pro.br/industrial.html
Um dispositivo de contenção, transporte e fixação por meio do qual a cápsula que contém a fonte selada, está solidamente fixada em uma ponta de um cabo de aço flexível, e na outra ponta um engate, que permite o uso e manipulação da fonte, é denominado de “porta fonte”. Devido a uma grande variedade de fabricantes e fornecedores existem diversos tipos de engates de porta-fontes. (fig. 08).
Embora apenas poucas fontes radiativas seladas sejam atualmente utilizadas pela indústria moderna, daremos a seguir as principais que podem ser utilizadas assim como as suas características físico-químicas: 
(a) Cobalto - 60 (Co-60, Z=27):
O Cobalto-60 é obtido através do bombardeamento por nêutrons do isótopo estável Co-59. Suas principais características são:
Meia - Vida = 5,24 anos
Energia da Radiação = 1,17 e 1,33 MeV
Faixa de utilização mais efetiva = 60 a 200 mm de aço
Esses limites dependem das especificações técnicas da peça a ser examinada e das condições da inspeção.
(b) Irídio - 192 (Ir-192, Z=77):
O Iridio-192 é obtido a partir do bombardeamento com nêutrons do isótopo estável Ir-191.
Suas principais características são:
Meia - Vida = 74,4 dias
Energia da Radiação = 0,137 a 0,65 MeV
Faixa de utilização mais efetiva = 10 a 40 mm de aço
(c) Túlio - 170 (Tu-170, Z=69):
O Túlio-170 é obtido com o bombardeamento por nêutrons do isótopo estável, Túlio -169.
Como esse material é extremamente difícil de produzir, o material é geralmente manuseado sob a forma de óxido. Suas principais características são:
Energia de Radiação: 0, 084 e 0,54 MeV
Meia - Vida = 127 dias
Faixa de utilização mais efetiva = 1 a 10 mm de aço
(d) Césio - 137 (Cs-137, Z=55):
O Césio-137 é um dos produtos da fissão do Urânio-235. Este é extraído através de processos químicos que o separam do Urânio combustível e dos outros produtos de fissão. Suas principais características são:
Meia - Vida = 33 anos
Energia de Radiação = 0,66 MeV
Faixa de utilização mais efetiva = 20 a 80 mm de aço
É uma fonte de radiação quase sem utilidade no momento, em razão das dificuldades de obtenção e da má qualidade do filme radiográfico.
(e) Selênio - 75 (75-Se):
Meia-vida = 119,78 dias
Energia das Radiações = de 0,006 a 0,405 MeV
Faixa de utilização mais efetiva = 4 a 30 mm de aço
É um radioisótopo de uso recente na indústria, proporcionando uma qualidade muito boa de imagem, assemelhando-se à qualidade dos Raios-X. (ANDREUCCI, 2003).
Figura 08: Irradiador gama específico para fontes radiativas de
Selênio-75.
http:// www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf
4.6 Características físicas dos irradiadores gama
Os irradiadores gama são equipamentos dotados de partes mecânicas que permitem expor com segurança a fonte radioativa. A principal parte do irradiador é a blindagem interna, que permite proteção ao operador a níveis aceitáveis para o trabalho, porém com risco de exposição radiológica se armazenado em locais não adequados ou protegidos. (fig. 09).
O que mais diferencia um tipo de irradiador de outro são os dispositivos usados para se expor à fonte. Esses dispositivos podem ser mecânicos, com acionamento manual ou elétrico, ou pneumático. A única característica que apresentam em comum é o fato de permitirem ao operador trabalhar sempre a uma distância segura da fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação.
Os irradiadores gama são construídos através de rígidos controles e testes estabelecidos por normas internacionais, pois o mesmo deve suportar choques mecânicos, incêndio e inundação sem que a sua estrutura e blindagem sofram rupturas capazes de deixar vazar radiação em qualquer ponto mais do que os máximos exigidos.
Aparelho para gamagrafia industrial, projetado para operação com capacidade máxima de 100 Ci de Ir-192. O transito interno da fonte no interior da blindagem é feita no canal em forma de “S”. (ANDREUCCI, 2003).
Figura 09: Aparelho para Gamagrafia usando Fonte Radioativa de Cobalto-60 com atividade máxima de 30 Curies, pesando 122 kg, projetado com tipo de canal reto.
Fonte: www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf 
Sempre que uma fonte radioativa industrial é adquirida, é importante que a documentação que contém as características da fonte seja emitida pelo fornecedor e analisada pelo técnico. Da documentação necessária destacamos a tabela de decaimento radioativo e seu certificado, como mostrado nos exemplos a seguir: (ANDREUCCI, 2003).
4.7 Fluoroscopia na indústria
Esta técnica é empregada nos processos onde  a grafia não é possível, e quando o tempo entre a exposição do objeto analisado e a obtenção da imagem resultante seja imediato. A imagem, nesse caso é registrada eletronicamente em vez de filme radiográfico. A imagem formada é positiva uma vez que as áreas mais brilhantes indicam onde há maior incidência de radiação transmitida a tingir a tela. Tal imagem é oposta à imagem negativa produzida no filme radiográfico. Em outras palavras, na fluoroscopia, quanto mais clara a área, menos espessa e/ou menos densa a seção da peça ou componente sob análise. (ANDREUCCI, 2003). (fig. 10).
Figura 10: Sistema de radioscopia com câmara de TV transmitindo a imagem para um monitor. O inspetor analisa a imagem radioscópica da peça, controlando os parâmetros de exposição aos Raios X.
As certas indicas Tubo de Raio – X e Tela radioscópicos 
Fonte: www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf
O ensaio por fluoroscopia é um método de END (Ensaios Não Destrutivos) tendo aplicações nas indústrias automotiva, aeronáutica, eletrônica e militar, entre outras.
O uso desse método tem crescido devido à redução no custo do equipamento e à solução de problemas como proteção e armazenamento de imagens digitais.
A resolução da imagem fluoroscopia é geralmente inferior à imagem num filme radiográfico. Uma maneira de melhorar a resolução é usar ponto focal menor para reduzir a penumbra. Pontos focais menores são recomendados particularmente nos casos em que a magnificação do objeto ou região do objeto é necessária. (ANDREUCCI, 2003).
4.8 Tomografia na indústria 
A TC na industrial, analogamente à TC na área médica, utiliza o princípio da medição da atenuação da radiação ao longo de diferentes direções nas quais os raios atravessam o objeto sob exame, seguida pelo uso de algoritmos de reconstrução de imagem.
Desse modo, a TC permite a obtenção de imagens 2D de seções transversais do objeto, e pela combinação de sucessivos cortes, de imagens 3D. A figura seguinte  apresenta uma radiografia, um corte tomográfico 2D e a reconstrução 3 D de um mesmo molde de cerâmica. 
(1) Radiografia de um (2) Corte tomográfico 2D (3) Reconstrução 3D do molde
 modelo cerâmico do molde de cerâmica de cerâmica 
Figura 11: Radiografia de um molde de cerâmica em 3 dimensões 
Fonte: http://www.lucianosantarita.pro.br/industrial.html
As principais partes de um tomógrafo são:
A fonte emissora de radiação,
Os detectores de radiação (geralmente posicionados após colimadores e no plano da seção transversal irradiada),
Uma unidade de posicionamento do objeto a ser inspecionado (geralmente uma base giratória) e
Um sistema de processamento computadorizado que controle a aquisição, o processamento e a análise da informação coletada (computador e pacotes de programas dedicados). (fig.12)
Figura 12: Esquema de um aparato tomográfico 
Fonte: http://www.lucianosantarita.pro.br/industrial.html
A TC proporciona uma melhor informação quanto à profundidade e distribuição de descontinuidades do que a radiografia convencional.
Outra importante característica da TC é queresulta em dados digitalizados que podem ser prontamente processados com softwares de processamento de imagem, disponibilizados para os usuários e compatíveis com diversos aplicativos.
As desvantagens da TC são o alto custo do equipamento e da instalação, a necessidade de pessoal altamente especializado e, consequentemente, o alto custo da análise da tomografia.
Por essas razões, o uso da TC tem se limitado a poucas aplicações onde a segurança e a confiabilidade são de tamanha importância que compensam os custos. (ANDREUCCI, 2003).
4.9 Qualificação de profissionais pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
Qualificação são a comprovação e verificações formais de características e habilidades, através de procedimentos escritos e com resultados documentados, que permitem a um indivíduo exercer determinadas tarefas como profissional.
A Certificação é o testemunho formal de uma qualificação, através da emissão de um certificado, permitindo ao indivíduo exercer as funções e atribuições previamente estabelecidas, expedido por um organismo autorizado.
A empresa deve apresentar, segundo exigência da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, a relação do pessoal técnico do Serviço constituída do seguinte modo:
(dois) supervisores de radioproteção, ou mais de 2 (dois) nos casos julgados necessários pela CNEN;
Para cada instalação, 02 (dois) operadores de radiografia, um deles, pelo menos, sendo operador qualificado segundo a norma NN-6.04, podendo o segundo ser, apenas, operador estagiário, maior de 18 anos; e
No caso específico de instalação aberta também, pelo menos, 1 (um) responsável pela instalação aberta. 
Qualificação do Supervisor de Radioproteção do Serviço deve atender aos seguintes requisitos:
Possuir diploma de curso universitário, reconhecido pelo Ministério da Educação, numa das seguintes áreas: Física, Engenharia, Química, Medicina, Biologia, Farmácia, Medicina Veterinária, Agronomia, Biofísica, Bioquímica e Geologia;
Ter sido aprovado, com nota final igual ou superior a 7 (sete) numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), em um curso específico para supervisores de radioproteção na área de radiografia industrial, com recursos didáticos, carga horária e programa mínimo aprovados pela CNEN; e
Estar de posse da certificação da qualificação de supervisor de radioproteção, específica para a área de radiografia industrial, concedida pela CNEN.
Qualificação do Responsável pela Instalação Aberta (RIA) deve atender aos seguintes requisitos:
Possuir 2o  grau completo de escolaridade;
Ter concluído, com aproveitamento, um curso especializado de radioproteção reconhecido pela CNEN, com carga horária mínima de 80 (oitenta) horas; e
Possuir certificação da qualificação concedida pela CNEN mediante requerimento próprio.
Qualificação do Operador de radiografia deve atender aos seguintes requisitos:
Possuir 1o grau completo de escolaridade;
Ter concluído com aproveitamento um curso especializado de radioproteção reconhecido pela CNEN com carga horária mínima de 80 (horas); e
Possuir certificação da qualificação concedida pela CNEN mediante requerimento próprio. (ANDREUCCI, 2003).
4.10 Controle de Qualidade (CQ) em aparelhos emissores de Raios-X diagnóstico:
A Portaria 453 regulamenta, em seus itens 4.44 e 4.45, as condições ideais de funcionamento de todos os equipamentos de raios X, que devem passar regularmente por testes de verificação de desempenho ou testes de constância, os quais são divididos em quatro grupos, por intervalo de tempo. São eles: testes bianuais, anuais, semestrais e semanais.
Valores representativos de dose dada aos pacientes em radiografia e CT realizadas no serviço;
Valores representativos de taxa de dose dada ao paciente em fluoroscopia e do tempo de exame, ou do produto dose-área.
Testes anuais de CQ
Exatidão do indicador de tensão do tubo (kV);
Exatidão do tempo de exposição, quando aplicável;
Camada semi-redutora;
Alinhamento do eixo central do feixe de raios-x;
Rendimento do tubo (mGy / mA min m2);
Linearidade da taxa de kerma no ar com o mAs;
Reprodutibilidade da taxa de kerma no ar;
Reprodutibilidade do sistema automático de exposição;
Tamanho do ponto focal;
Integridade dos acessórios e vestimentas de proteção individual;
Vedação da câmara escura.
Testes semestrais de CQ
Exatidão do sistema de colimação;
Resolução de baixo e alto contraste em fluoroscopia;
Contato tela filme;
Alinhamento de grade;
Integridade das telas e chassis;
Condições dos negatoscópios;
Índice de rejeição de radiografias (com coleta de dados durante, pelo menos, dois meses).
Testes semanais de CQ
Calibração, constância e uniformidade dos números de CT;
Temperatura do sistema de processamento;
Sensitometria do sistema de processamento.
A Portaria 453 ainda estabelece que testes relevantes devem ser realizados sempre que houver indícios de problemas ou quando houver mudanças, reparos ou ajustes no equipamento de raios X. (ANDREUCCI, 2003).
4.11 Os filmes radiográficos industriais
Os filmes radiográficos são compostos de uma emulsão e uma base, diferem pouco dos filmes médicos. A emulsão consiste em uma camada muito fina (espessura de 0,025 mm) de gelatina, que contém disperso em seu interior, um grande número de minúsculos cristais de brometo de prata. A emulsão é colocada sobre um suporte, denominado base, que é feito geralmente de um derivado de celulose, transparente e de cor levemente azulada.
Uma característica dos filmes radiográficos é que, ao contrário dos filmes fotográficos, eles possuem a emulsão em ambos os lados da base.
Os cristais de brometo de prata, presentes na emulsão, possuem a propriedade de, quando atingidos pela radiação ou luz, tornarem-se susceptíveis de reagir com produtos químicos denominados revelador. O revelador atua sobre esses cristais provocando uma reação de redução que resulta em prata metálica negra.
Os locais do filme, atingidos por uma quantidade maior de radiação apresentarão, após a ação do revelador, um número maior de grãos negros que regiões atingidas por radiação de menor intensidade, dessa forma, quando vistos sob a ação de uma fonte de luz, os filmes apresentarão áreas mais escuras e mais claras que irão compor a imagem do objeto radiografado. (NOBREGA, 2008). (fig. 13).
1 – Gelatina
2 – Emulsão
3 – Substrato
4 – Base Celulósica
Figura 13: Estrutura de um filme radiográfico 
Fonte: www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf
Os filmes radiográficos industriais são fabricados nas dimensões padrões de 3.1/2” x 17” ou 4.1/2” x 17” ou 14” x 17”. Outras dimensões e formatos podem ser encontrados em outros países da Europa e EUA
4.12 Os chassis industriais
Os chassis para armazenar o filme para a exposição é fabricado na forma de um envelope plástico duplo reforçado, flexível para acompanhar a curvatura ou irregularidades da peça a ser inspecionada. O tamanho padrão é igual aos dos filmes.
Dentro dos chassis são inseridas as telas intensificadoras de imagem e, no meio, o filme. Os chassis são fechados com fita adesiva para evitar entrada de luz. (NOBREGA, 2008).
CONCLUSÃO
A Radiologia industrial é o uso das radiações ionizantes na área da indústria. Assim como a Radiologia Médica, a Radiologia Industrial surgiu com o intuito de aperfeiçoar os recursos de investigação. No campo da medicina, é possível, através dos raios X, investigar patologias internas sem necessidade de cirurgia, já na indústria, esse processo é chamado de Ensaio Não Destrutivo (END).
Por causa das diferenças na densidade e variações na espessura do material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante, essa variação indicará a existência de uma falha interna ou descontinuidade no material. A imagem projetada no filme radiográfico representa a imagem interna da peça.
Foi um estudo muito promissor, porém, deixamos aqui a possibilidade de continuação da pesquisa, quem sabe por outro autor, explorando a parte de irradiação de alimentos, que também faz parteda radiologia industrial.
REFERÊNCIAS 
ANDREUCCI, Ricardo. Radiologia Industrial. São Paulo: ABENDE, 2006.
ANDREUCCI, Ricardo. Proteção Radiológica: Aspectos Industriais. São
Paulo: ABENDE, 2006.
ANDREUCCI, Ricardo. Ensaios por Ultrassom: Aplicação Industrial. São
Paulo: ABENDE, 2006.
NOBREGA, Almir Inácio da (Org.). Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem. Volume 04 - 3ª edição. São Caetano do Sul/SP: Difusão, 2008.
TAUHATA, Luiz et al. Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos. Rio de
Janeiro: IRD/CNEN, 2003.
Postila de Radiologia Industrial, SANTA RITA, Luciano <http://www.lucianosantarita.pro.br/Arquivos/Notas_aula_Radiologia_Industrial.pdf> (Acesso em 29/04/14).
Postila de Radiologia industrial 2003, ANDREUCCI, Ricardo <www.fisica.net/nuclear/radiologia_industrial.pdf> (acesso em 26/04/2011).
Comissão Nacional de Energia Nuclear <www.cnen.gov.br> (acesso em 27/04/2011) – Norma 3.01 e 6.04.
Portal da Radiologia <portaldaradiologia.com> (acesso em 27/04/2011).
Princípios da Radiologia <www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm> (acesso em 29/10/2013).
Proteção e Segurança <www.lucianosantarita.pro.br/industrial.html> (acesso em 30/10/2013).
Porta da Radiologia <www.portaldaradiologia.com/?page_id=531#none> (acesso em 20/11/2013)

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