162 pág.

Pré-visualização | Página 10 de 50
banca sugeriu “é considerada”. Tentava confundir o candidato e levá-lo a considerar “espécie daninha” o objeto direto da oração em voz ativa. Ainda bem que você já sabia que esse termo é o predicativo do objeto, não é mesmo? (B) Vamos seguir o “passo a passo” da transposição? Então: 1 – conjugação verbal: “menosprezam” – presente do indicativo; 2 – objeto direto da voz ativa: “o homem comum”; Então: “O homem comum é menosprezado pelos mesmos cidadãos.” (C) “a candidatura do cidadão comum nos incomoda “ - Desta vez, o objeto direto do verbo “incomodar” está representado no pronome “nos”. Sabemos que é transitivo direto ao substituir o pronome por um nome (não adianta trocar o “nos” por “a nós”, uma vez que os pronomes “ele, ela, nós, vós, eles, elas”, quando oblíquos, são SEMPRE regidos por preposição). Então, a construção-teste poderia ser: “alguém incomoda o menino.”. Viu? O complemento ligou-se diretamente ao verbo. Logo, “incomodar” é transitivo direto e “nos” é o objeto direto. Como o verbo está no presente do indicativo, a construção de voz passiva seria: “Nós somos incomodados pela candidatura do cidadãocomum.”. (D) Em “queremos justificar nossa preguiça cívica”, há duas orações. A primeira é “queremos”. A segunda, subordinada à primeira, é “justificar nossa preguiça cívica”, em que “preguiça cívica” exerce a função de objeto direto de “justificar”. Assim, há duas formas possíveis de transposição – oração reduzida de infinitivo (“ser nossa preguiça cívica justificada”) ou desenvolvida em uma oração subordinada objetiva direta (“que nossa preguiça cívica seja justificada”) – ESTÁ CORRETA A OPÇÃO. (E) Em “a chave que nos liberta do nosso destino”, o verbo “libertar” tem dois complementos: objeto direto (nos) e objeto indireto (do nosso destino). Como o verbo está no presente do indicativo, a forma passiva seria: “nós somos libertados do nosso destino [pela chave]”. 32 - (Procurador BACEN / Janeiro 2006) É um fator a mais a favor da conveniência de se acelerar a política de redução dos juros. Julgue a proposição feita em relação ao segmento grifado acima: I. Substituindo-se a política de redução dos juros por os empréstimos, a frase passaria a ser de se acelerarem os empréstimos. Item CORRETO. Comentário. O pronome “se”, em construções com verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos, é pronome apassivador (construção de voz passiva). Assim, em “a conveniência de se acelerar a política...”, o sujeito paciente da forma verbal “acelerar” é “política”, equivalendo a “a conveniência de que a política seja acelerada...”. Se houver a substituição de “política” por “empréstimos”, este elemento, que é o sujeito da forma verbal, exige a flexão do infinitivo – “de se acelerarem os empréstimos”, o que seria equivalente a “de que os empréstimos sejam acelerados”. 33 - (TCE SP - Agente de Fiscalização Financeira / Dezembro 2005) Uma das contribuições desse tratado foi o deslocamento do conceito de virtude, que Maquiavel passa a compreender não mais em seu sentido moral, mas como discernimento político. Analise a proposição abaixo. (C) A opção pela forma passiva de passa a compreender levaria a passam a ser compreendidos. Item INCORRETO. Comentário. Na transposição para a voz passiva, o elemento que, na voz ativa, exerce a função de objeto direto passaria a ser o sujeito da voz passiva. Feita a substituição do pronome relativo “que” pelo termo antecedente, na voz ativa, teremos: “Maquiavel passa a compreender o conceito de virtude.” A locução verbal “passa a compreender”, na voz passiva, recebe o verbo “ser”, sendo registrada como “passa a ser compreendido”, no masculino para concordar com o núcleo do sujeito paciente – o conceito de virtude (termo que era o objeto direto da voz ativa). A nova construção, na voz passiva, seria, então: O conceito de virtude passa a ser compreendido por Maquiavel. 34 - (Auditor Fiscal da Bahia / Julho 2004 - adaptada) Os últimos anos têm sido marcados por um milenarismo invertido, segundo o qual os prognósticos, catastróficos ou redencionistas, a respeito do futuro foram substituídos por decretos sobre o fim disto ou daquilo (o fim da ideologia, da arte, ou das classes sociais; a “crise” do leninismo, da socialdemocracia, ou do Estado do bem-estar etc.); em conjunto, é possível que tudo isso configure o que se denomina, cada vez mais freqüentemente, pós- modernismo. Com relação ao fragmento acima transcrito, julgue as seguintes afirmações, indique V (verdadeira) ou F (falsa) e marque a opção que apresenta a ordem correta: I - têm sido marcados constitui uma forma verbal que denota continuidade da ação. II - se a frase grifada fosse iniciada com decretos, seria mantido o sentido original com o emprego da forma verbal “tinham substituído”. III - a forma passiva analítica foram substituídos corresponde à sintética “substitui-se”. (A) V – F - V (B) F – V - F (C) F – F - V (D) V – F - F (E) V – V – F Gabarito: D Comentário. Analisaremos cada uma das assertivas: I – VERDADEIRO. A locução verbal de tempo composto têm sido, apresentada no item “a”, indica uma ação que apresentou certa continuidade no tempo. Em uma construção com somente o verbo ser (“os últimos anos são marcados”), haveria tão-somente a indicação de um fato estático notempo. II – FALSO. Em “os prognósticos, catastróficos ou redencionistas, a respeito do futuro foram substituídos por decretos”, o termo “decreto” exerce a função de agente da passiva. Ele, no início de uma frase, ou seja, na função de sujeito, levaria a construção para a voz ativa. Devemos, então, observar a conjugação verbal da voz passiva. Em “foram substituídos”, o verbo principal está no pretérito perfeito do indicativo. Assim, a forma de voz ativa seria: “Decretos substituíram os prognósticos, catastróficos ou redencionistas, a respeito do futuro.”. III – FALSO. Na construção passiva analítica “os prognósticos foram substituídos por decretos”, o sujeito paciente está representado por “os prognósticos”. A forma passiva sintética correspondente seria, portanto, “substituíram-se os prognósticos”, devendo o verbo se flexionar no plural para concordar com o núcleo do sujeito: “prognósticos”. Está INCORRETA a proposição. A ordem, portanto, é V – F – F. 35 - (TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004) ... e os integrantes da advocacia pública são favorecidos por regras... Transpondo a frase acima para a voz ativa, a forma verbal passará a ser (A))favorecem. (B) favoreceu. (C) tinha favorecido. (D) estava favorecendo. (E) estavam sendo favorecidos. Gabarito: A Comentário. Primeiramente, deve-se observar atentamente a conjugação do verbo auxiliar da locução verbal presente na oração de voz passiva. Em “são favorecidos”, o verbo auxiliar “ser” está no presente do indicativo, devendo o verbo “principal” ser conjugado da mesma forma. O segundo passo é verificar qual elemento exerce a função de objeto direto da voz ativa. Este é o termo que, na voz passiva, exerce a função de sujeito – os integrantes da advocacia pública. Finalmente, o elemento que, na voz passiva analítica, estiver exercendo a função sintática de agente da passiva será o sujeito da voz ativa: regras. Assim, a construção passiva será: “Regras favorecem os integrantes da advocacia pública.”. 36 - (TRT 24ª Região - Analista Judiciário / Março 2006) Transpondo-se para a voz passiva o segmento instituições macabras que os homens – lamentavelmente – criam contra sua própria humanidade, a forma verbal resultante será (A) estão sendo criadas. (B))são criadas. (C) foram criadas. (D) têm criado. (E) têm sido criadas. Gabarito: B Comentário. Vamos fazer o “passo a passo”. Em “instituições macabras que os homens –lamentavelmente – criam contra sua própria