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Sono e desamparo aprendido corrigido

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Universidade Estácio de Sá – UNESA
Campus Niterói
Bacharel em Psicologia
A importância do sono na regulação do humor do indivíduo e Desamparo aprendido
 
Rosângela Aparecida Paula 201402449021
Eliane da Costa de Carvalho 201403057745
Aparecida Lessa Santos 201403096899
Raphael Alcântara da Silva 201401380107
Douglas Gomes Paz 201402529392
Davi Antunes Lopes 201401289843
André Sodre 201401021115
Gabriel
Rosângela Santos 
Thayane
Introdução
Este estudo é importante por abordar o sono, pois o ser humano passa cerca de um terço de sua vida dormindo e esta é a maior prova de que o sono é realmente importante em nossas existências. Uma boa noite de sono pode implicar em uma vida mais saudável e alguns anos vividos a mais. O desempenho das funções do nosso cérebro e do nosso corpo este diretamente ligado ao descanso obtido durante a noite. Uma noite mal dormida pode nos causar danos como falta de coordenação motora e a lentidão no raciocínio. Sabemos que a nossa saúde depende de diversos fatores, mas o sono é primordial, pois não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico. É durante o sono que ocorrem vários processos metabólicos e se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo. Há alguns anos atrás o sono era visto como um período de descanso, cuja única característica era a inconsciência. Nos últimos anos, aprendeu-se bastante sobre o sono, e graças ao desenvolvimento tecnológico e as novas invenções, como por exemplo, o eletroencefalograma, foi possível estudar as ondas cerebrais e demonstrar que o sono não é um período inativo de descanso, mas um período de altas atividades. Apesar das inúmeras descobertas a respeito do assunto ainda são necessárias muitas pesquisas, pois esse assunto carece ainda de muitas respostas a muitas indagações, principalmente sobre alguns estágios do sono. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes .( O sono é regido por um relógio biológico ajustado num ciclo de 24 horas (chamamos esse estudo de cronobiologia). Os ponteiros desse mecanismo são moldados geneticamente e sua sincronia depende de fatores externos, como iluminação, ruídos, odores, hábitos, vida social, etc. Os especialistas acreditam que a principal peça dessa engrenagem é a melatonina – hormônio produzido no cérebro pela glândula pineal. Ele começa a ser secretado assim que o sol se põe, como um aviso para o organismo se preparar para “dormir”. Proporcionalmente o nível de cortisol diminui, a temperatura corpórea cai de 1 a 2 graus, a pressão arterial sofre uma leve queda, a respiração fica mais profunda e os ritmos cardíacos diminuem. Como o desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono, uma noite em claro traz efeitos devastadores como a coordenação motora prejudicada e a capacidade de raciocínio e memória rebaixada.
Em estudo realizado pela Universidade de Chicago – EUA, onze pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram impedidas de dormir por mais de quatro horas durante seis dias. No final do período, o funcionamento do organismo delas era compatível ao de uma pessoa de mais de 60 anos. E os níveis de insulina eram semelhantes aos dos portadores de diabetes.
Em outro estudo realizado pela Universidade de Stanford – EUA, indivíduos que não dormiam há 19 horas foram submetidos a testes de atenção. Constatou-se que eles cometeram mais erros do que pessoas com 0,8g de álcool no sangue (quantidade equivalente a três doses de uísque). Igualmente, tomografias computadorizadas do cérebro de jovens privados de sono mostram redução do metabolismo nas regiões frontais (responsáveis pela capacidade de planejar e de executar tarefas) e no cerebelo (responsável pela coordenação motora). Esse processo leva a dificuldades na capacidade de acumular conhecimento e alterações do humor, comprometendo a criatividade, a atenção, a memória e o equilíbrio. Enquanto dormimos, acontece uma espécie de “reconstrução”, preparando o organismo para o dia seguinte. O cérebro comanda a produção e a liberação de hormônios como a melatonina e o GH (hormônio do crescimento), cuja produção ocorre predominantemente durante o sono, além de propiciar o crescimento, auxilia no vigor físico e garante longevidade com maior jovialidade. Também regula os níveis de outras substâncias responsáveis pela regeneração de células e cicatrização da pele. As proteínas são sintetizadas em grande escala, tendo como objetivo manter ou expandir as redes de neurônios ligados à memória e ao aprendizado. Sabemos hoje que o sono se divide em duas categorias: sono REM (Rapid Eye Movements) e NÃO REM (Non Rapid Eye Movements). Durante o período de sono, normalmente ocorrem de 4 a 6 ciclos bifásicos com duração de 90 a 100 minutos cada, sendo cada um dos ciclos composto pelas fases de NREM, com duração de 45 a 85 minutos, e pela fase de sono REM, que dura de 5 a 45 minutos.(Fonte: Psicologado )
As cinco fases do sono
Primeira fase – é a transição entre o estado de vigília e sono. O cérebro produz ondas irregulares e rápidas e a tensão muscular diminui. Se for acordada nessa fase, a pessoa reagirá rapidamente, negando que estava dormindo. Corresponde a aproximadamente 5% do tempo total de sono.
Segunda fase – O sono é leve. A temperatura corporal e os ritmos cardíacos e respiratórios diminuem. Nesta fase, a pessoa cruza definitivamente o limite entre estar acordado e dormindo. Corresponde a 45 – 55% do tempo total de sono.
Terceira fase – O corpo começa a entrar no sono profundo. Os movimentos oculares são raros e o tônus muscular diminui progressivamente. Corresponde a 3-8% do tempo total de sono.
Quarta fase – É o sono profundo, onde o corpo se recupera do cansaço diário. Essa fase é fundamental para a liberação de hormônios ligados ao crescimento e para a recuperação de células e órgãos. Corresponde a 10 – 15% do tempo total de sono.
Sono REM – A atividade cerebral está a pleno vapor e desencadeia o processo de formação dos sonhos. Os músculos ficam hipotônicos, as frequências cardíaca e respiratória voltam a aumentar e a pressão arterial sobe. É o momento em que o cérebro faz uma espécie de faxina geral na memória. Fixa as informações importantes captadas durante o dia e descarta os dados inúteis. Durante o REM, os músculos longos do tronco, os braços e as pernas estão paralisados, mas os dedos das mãos e dos pés podem contrair-se. O fluxo sanguíneo em direção ao cérebro aumenta e a respiração fica mais rápida e entrecortada. REM é a fase dos sonhos vividos. Se a pessoa for acordada aqui, provavelmente recordará fragmentos de suas fantasias. Corresponde a 20 – 25% do tempo total de sono.
Quando há privação do sono, há um aumento do cortisol/cortisona. As causas variam de pessoa para pessoa, mas as principais são:
Preocupações-fatores emocionais-Doenças- Problemas hormonais- Fatores ambientais
Outros distúrbios de sono: Álcool- Stress- Predisposição genética.
Nas mulheres podem ser ainda mais agravante pelo fato de ocorrerem alterações hormonais e excesso de tarefas no dia- a- dia.
Consequências :”(...)Essa privação do sono pode aumentar o risco de doenças, como hipertensão, diabetes, depressão e até mesmo obesidade” ( Andrea Bacelar, neurologista ) .
A Polissonografia (monitoramento do sono ) é uma maneira eficaz de tratar vários distúrbios do sono-Prognóstico médico com posterior recomendação de terapias para o sono e/ou recomendações de remédios que não causam dependências-tratamento com psicólogos e/ou assistentes sociais.(Fonte: Slideshare )
A Importância :
Enquanto você dorme…
- Liberação de hormônio – na infância, cerca de 90% do hormônio do crescimento são liberados durante o sono. Crianças que dormem mal têm mais chances de ter problemas no seu desenvolvimento físico.
- Elimina o estresse – uma noite bem dormida evita que o organismo acumule altos teores de cortisona. Esse hormônio produzido pelasglândulas supra-renais, é liberado em situações de estresse e contribui para aquele insuportável mal humor depois de uma noite em claro.
- Reposição de hormônio – o hormônio do crescimento continua sendo liberado mesmo na fase adulta. Embora em doses menores, isso continua acontecendo durante o sono. Em gente grande, ele evita a flacidez muscular e garante vigor físico.
- Imunidade – durante o descanso, o corpo libera as interleucinas : substâncias que ajudam o organismo a se defender de invasores, como vírus e bactérias.
- Apetite em equilíbrio – É durante o sono que o organismo libera maior quantidade de leptina, o hormônio que controla a sensação de saciedade e mantém as pessoas longe dos eventuais ataques à geladeira durante a madrugada.
- Envelhecimento precoce e tumores – Enquanto uma pessoa dorme, o organismo se livra com mais facilidade dos radicais livres, moléculas que podem causar o envelhecimento precoce e até tumores.
- Memória – O sono interfere na regulação térmica do cérebro, a função essencial para o bom funcionamento dos mecanismos de memória e da vida psíquica.
- Fixação de informações – Estudos indicam que a fase do sono REM é responsável pela fixação de informações incomuns e estressantes enquanto o sono NÃO REM (fases 1 a 4) se encarrega das informações de conteúdo emocionalmente neutro.
Dicas para um sono tranquilo:
- Procure manter uma rotina em seus horários de deitar e levantar;
- Não durma mais do que o necessário;
- Faça exercícios físicos diariamente;
-Evite estimulantes como refrigerantes à base de cola, café, chocolate;
- Evite o consumo de bebida alcóolica;
- Não fume (a nicotina é estimulante);
- Não coma em excesso antes de deitar;
-Não pense nos problemas e responsabilidades na hora de dormir; - Relaxe. Tome uma ducha, leia um livro ou ouça uma boa música. Estas estratégias podem chamar o sono
mais rápido. Dormir bem é garantia de uma vida saudável, portanto, empenhe-se nessas dicas! (Fonte :Núcleo de medicina comportamental, Giovanna Vasconcelos ) .
CONCLUSÃO 
Uma boa noite de sono é capaz de transformar não só o dia, mas também a saúde. As pessoas que mantêm horários regulares para dormir, geralmente, apresentam imunidade mais alta, além de se saírem bem no combate a problemas como a obesidade. "Quando não dormimos o suficiente, o metabolismo fica mais lento. O corpo entende que precisa economizar energia para continuar trabalhando. E o contrário também é válido: se dormirmos em média oito horas, todos os dias, o metabolismo segue em ritmo mais acelerado constantemente. O organismo bem descansado tem mais fôlego para a queima de calorias. Problemas como hipertensão e crises depressivas também assustam menos quem fecha os olhos sem dificuldade .
Durante o sono, nosso corpo passa uma espécie de fase de manutenção.
A curto prazo, o efeito mais notório da falta de sono é o humor intragável pois as dificuldades do sono trazem cansaço irritação, ansiedade e falhas de memórias, além de lentidão no raciocínio. Privação do sono inibe a produção do hormônio que dá sensação de prazer. Irritação, mau humor e falta de ânimo podem ser sintomas da privação do sono. As pessoas que dormem menos são mais mal humoradas porque a privação do sono inibe a produção de alguns hormônios, como é o caso da serotonina, substância química responsável pela transmissão dos impulsos nervosos entre neurônios e por impedir a acumulação de cortisol e gerar a sensação de prazer, calma e relaxamento, além de melhorar o humor e a boa disposição, alivia também os sintomas depressivos e de ansiedade.
 A falta do sono, somada a situação de estresse do dia-a-dia fazem com que o corpo libere neuro transmissores e outras substâncias que geram o mau humor e falta de ânimo. Dependendo de quanto a pessoa libera e em quais situações, ela ficará mais eufórica, irritada triste ou mal humorada.
 
 Relação de Desamparo aprendido e Depressão
Desamparo Aprendido é a condição na qual um animal, humanos incluídos, aprende a se comportar de forma impotente, e não muda sua resposta, mesmo quando há oportunidades de sair da situação. Nessa teoria, a depressão e outros distúrbios mentais podem ser o resultado da falta de percepção de controle sobre situações, experiência pelo indivíduo em questão. Assim, define-se que tem desamparo aprendido, qualquer organismo que tenha sido menos sensível ou ineficaz no determinar as consequências de seu comportamento. Pois lá estavam Seligman e Maier em seu laboratório na Universidade da Pensilvânia, em 1967, estudando os mecanismos da depressão, quando, por puro acaso, notaram que os cães (tadinhos), com os quais estavam fazendo os experimentos, começaram a se comportar de maneira oposta à que tinha sido descrita por Skinner, isto é, mesmo quando a oportunidade de escape era dada aos bichinhos depois de receberem choques, eles simplesmente continuavam na jaula e não mais reagiam. O único mecanismo de enfrentamento que passavam a usar era o de serem estoicos e viverem com o desconforto da melhor forma possível. Outra descoberta foi que, ao contrário de todos os outros animas, o ser humano apresenta uma condição única chamada de APRENDIZADO VICÁRIO OU MODELAGEM, isto é, nós humanos podemos aprender, seja lá o que for, não só por passar pela experiência, mas também pela simples observação do comportamento de outrem. Esse achado explica, de forma clara, muitos comportamentos humanos destrutivos, tais como alcoolismo e dependências químicas, para os quais nunca jamais se encontrou qualquer base genética. Aliás, sendo honesta, com exceção da esquizofrenia, não há qualquer base genética para nenhum distúrbio mental. No desamparo, há um aumento do 5-HT (serotonina) no núcleo dorsal da rafe. Outras regiões cerebrais envolvidas com a expressão de comportamento de impotência são a amigdala e estria terminalis. Estou trazendo todas essas informações em neurobiologia, porque esse tipo de comportamento, ou seja, perceber eventos como sendo incontroláveis, faz com que as pessoas, independentemente de sua origem, idade, credo, cor, se tornem incapazes de lidar com suas emoções, de solucionar problemas ou definirem e alcançarem metas, tornando-se passivas, com variações extremas de humor, e com dificuldade de aprendizado, o que se traduz em sérios problemas de saúde, física e/ou mental. Exemplos disso, vemos, todos os dias, como as pessoas que continuam obesas, não fazem qualquer tipo de exercício e, às vezes, nem procuram tratamentos, por acharem que nada podem fazer ou que nada adianta. Essa ideia de impotência frente aos acontecimentos aumenta o estresse, formando um círculo vicioso. Um dos exemplos mais acachapantes que vi, foi de uma senhora de 40 anos, que, além da dependência a metanfetaminas , também era obesa (o que de per si, é uma dificuldade enorme, pois as anfetas cortam o apetite), mas também com Diabetes II desde os 30, quase cega, com seríssima neuropatia diabética e sem metade do pé esquerdo, perdido para a doença. A citada seguia um regime de doces e Dr. Pepper, uma espécie de coca cola muito popular no Texas, tão absurdamente doce que de olhar, aumenta a glicemia. Pois apesar de todos os avisos e ameaças dos médicos que a tratavam, me disse que comia e bebia o que lhe dava vontade, pois “Deus dá e Deus tira”, e não havia nada que ela pudesse fazer a respeito. Faleceu 3 meses depois da entrevista. O desamparo aprendido pode ser usado como mecanismo de defesa, para sobrevivência em circunstâncias difíceis, como por exemplo, em crianças ou adultos que sofrem situações de abuso. Quando todas as tentativas de luta, defesa, ou de escape da situação pareceram não funcionar. Todo mundo conhece algum caso de alguma esposa/namorada/amante que passa por situações terríveis, todos se perguntam por que ela não larga do cara. Porque aprendeu o desamparo que, infelizmente, muitas delas chamam de “amor”. E a corrente se expande quando uma criança, observando sua mãe a obedecer passivamente as demandas de um esposo abusivo, passa a acreditarque baixa autoestima e passividade são coisas normais relacionadas a casamento. Estudos em saúde mental também demonstraram que pessoas que possuem uma tendência a explicar acontecimentos na vida de forma pessimista, têm suas chances de ter depressão grandemente aumentadas. “O desamparo constitui um déficit específico de uma resposta específica produzido pela exposição a estímulos aversivos incontroláveis específicos”, quer dizer os cães diminuem o seu comportamento ao terem sido expostos a estímulos aversivos (o choque) sobre o qual não tinham nenhum controle. Há muito controvérsia na literatura da psicologia comportamental a respeito da relação entre desamparo aprendido e depressão (ou outras doenças mentais). Em um primeiro momento, a analogia entre a apatia dos animais e dos seres humanos após a exposição a um estímulo aversivo (choque, barulho ou outro) e a diminuição de comportamentos antes frequentes indicaria que a causa da depressão poderia estar, igualmente, em um ambiente com muita estimulação aversiva e pouco reforço positivo. Porém, outros experimentos e outros pesquisadores tem deixado claro que a relação de causa e efeito entre a depressão, e outras doenças mentais, não é tão simples assim. De todo modo, o conceito de desamparo aprendido continua sendo uma referência importante para o tratamento comportamental das doenças mentais.
Referência Bibliográfica:
FERREIRA, Darlene Cardoso  and  TOURINHO, Emmanuel Zagury. Desamparo aprendido e incontrolabilidade: relevância para uma abordagem analítico-comportamental da depressão. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. 2013, vol.29, n.2
CONCLUSÃO 
O desamparo aprendido tem sido referido como sendo um modelo animal de depressão. Sua hipótese tradicional afirma que sujeitos submetidos a estímulos aversivos incontroláveis desenvolverão dificuldades de aprendizagem, diminuindo a frequência de atividade. Essa análise historicamente apresentou certa dissonância com o modelo clínico que afirmava que alguns comportamentos aumentavam de frequência durante o episódio depressivo. Contudo, algumas pesquisas mostraram que os sujeitos pré- expostos aprendem a resposta de fuga, a depender das propriedades da contingência de teste como a contiguidade da consequência e o controle discriminativo. Esses dados impulsionaram a formulação de uma nova hipótese funcional para o procedimento experimental.
Relacionando o conceito de depressão e desamparo aprendido
Observa- se que a depressão e desamparo aprendido têm sido temas muito discutidos e que estão de alguma forma relacionados. Portanto, depressão na linguagem corrente, tem sido empregada para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s).
Enquanto sintoma, a depressão pode surgir em mais variados quadros clínicos, entre os quais : transtorno de estresse pós- traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer resposta a situações estressantes, ou circunstâncias sociais e econômicas adversas.
Enquanto síndrome, a depressão inclui não apenas alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia), mas também uma gama de outros aspectos, incluindo alterações cognitivistas, psicomotoras e vegetativas (sono, apetite).
Finalmente, enquanto doença, a depressão tem sido classificada de várias formas, na dependência do período histórico, da preferência dos autores e do ponto de vista adotado. Entre os quadros mencionados na literatura atual encontram-se: transtorno depressivo maior, melancolia, destemia, depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão como parte da ciclotimia, etc. O desamparo aprendido é um modelo de depressão que acompanha muitas pessoas sem que se dê conta. Descoberto pelo pai da psicologia positiva Martin Seligman, o desamparo aprendido pode levar uma pessoa a se desencantar da vida.
Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a proeminência dos sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos os pacientes relatam a sensação subjetiva de tristeza. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades em geral e a redução do interesse pelo ambiente. Frequentemente associa-se à sensação de fadiga ou perda de energia, caracterizada pela queixa de cansaço exagerado. Alguns autores enfatizam a importância das alterações psicomotoras, em particular referindo-se à lentificação ou retardo psicomotor. Este tópico será abordado mais detidamente no item referente à conceituação da "melancolia".
Enquanto que a definição oferecida na Análise do Comportamento para o desamparo aprendido remete à dificuldade de aprendizagem encontrada em indivíduos previamente expostos a estímulos aversivos incontroláveis (Hunziker,2005).O fenômeno tem sido amplamente estudado(Hunziker,2003),desde os estudos pioneiros de Overmier e Seligman (1967) e Seligman e Maier (1967).
Elaborado originalmente por Seligman e Maier (1967), o delineamento experimental clássico na investigação do desamparo compreende três grupos: controlável, incontrolável(ou acoplado) e neutro. Para Hunziker (2001 b), uma contribuição relevante do modelo de desamparo aprendido reside na demonstração.
Fonte: ( slideshare, Psicologia Msn.com)

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