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05 - Teoria das restrições

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Teoria das restrições
Ely Célia Corbari1
Joel de Jesus Macedo2
Margem de contribuição
A margem de contribuição, nas palavras de Warren, Reeve, Fess (2008, 
p. 97), “é o excesso da receita de vendas sobre os custos variáveis” e represen-
ta a potencialidade de cada produto para pagar os custos fixos e formar o 
lucro da empresa. Ou seja, a diferença entre as receitas e os custos variáveis 
é chamada de margem de contribuição, que é a quantia que cada unidade 
vendida contribui para cobrir os custos fixos e gerar lucro operacional.
Os custos variáveis não se referem apenas àqueles incorridos na produ-
ção, mas também, àqueles gastos variáveis incorridos para administrar e 
comercializar o produto, como é o caso das comissões de venda. Os gastos 
variáveis com vendas são considerados para efeito de apuração da margem 
de contribuição, mas não para o custeamento dos produtos, uma vez que 
tal despesa não existe enquanto o produto não for vendido (PONTE; RICCIO; 
LUSTOSA, 1999).
A diferença entre as receitas e os custos variáveis é chamada de margem 
de contribuição, que pode ser obtida de forma unitária ou total. A margem 
de contribuição unitária é obtida pela diferença do preço de venda de um 
determinado produto e o custo variável incorrido para produzir e vender. A 
margem de contribuição total é obtida pela multiplicação das margens de 
contribuição unitárias pela quantidade produzida e vendida.
Limitação da capacidade produtiva
A decisão baseada na margem de contribuição de cada produto é rele-
vante para o processo decisório. Porém, quando há restrição no processo 
produtivo é necessário incorporar no modelo a análise da margem de con-
tribuição por fator limitativo.
A restrição refere-se a qualquer fator que limite ou contenha o desempe-
nho operacional de uma organização. As restrições no setor produtivo ocor-
rem em virtude de algo que a empresa não possui o suficiente.
93
1Mestre em Contabilidade 
pela Universidade Federal 
do Paraná – UFPR. Pós-
graduada em Gestão Pú-
blica e, em Contabilidade 
e Gestão Estratégica pela 
Universidade Estadual do 
Oeste do Paraná – Unio-
este. Bacharel em Ciên-
cias Contábeis também 
pela Unioeste. Atua como 
professora de graduação 
e pós-graduação em ins-
tituições de nível superior. 
Possui diversos artigos 
publicados em revistas 
e congressos, é autora 
do livro Contabilidade 
Societária e do livro Con-
trole Interno e Externo na 
Administração Pública, 
ambos publicados pela 
Editora IBPEX.
2Mestre em Engenharia de 
Produção pela Pontifícia 
Universidade Católica do 
Paraná – PUC/PR, bacharel 
em Ciências Econômicas 
pela Universidade Federal 
do Paraná – UFPR. Atua 
como professor de gra-
duação e pós-graduação 
em instituições de nível 
superior. É consultor nas 
áreas de finanças públicas 
e de mercado de capitais. 
Possui artigos publicados, 
direcionados para a área 
pública e privada. Rece-
beu em dois anos conse-
cutivos o prêmio Sérgio 
Scorsin de melhor artigo 
científico na área de pes-
quisa operacional, no 
Congresso Internacional 
de Administração – ADM 
2010 e no Congresso In-
ternacional de Administra-
ção – ADM 2011. É autor 
do livro Controle Interno e 
Externo na Administração 
Pública editado pela Edi-
tora IBPEX.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
94
Teoria das restrições
De acordo com o quadro 1, de Padoveze (2009) as restrições mais comuns 
que podem afetar o fluxo operacional da empresa são:
Quadro 1 – Principais restrições encontradas pelas empresas
Restrições Causas
Demanda de mercado Quando o mercado não aceita quantidades maiores de produtos
Matérias-primas e com-
ponentes
Os fornecedores estão com a capacidade produtiva esgotada tem-
porariamente e não tem condições de fornecer os materiais
Mão de obra Escassez de mão de obra especializada impedindo a empresa a au-mentar a produção
Equipamentos Os equipamentos não têm capacidade de atender acréscimo de produção
Distribuição e logística Os distribuidores dos produtos não têm condições de aumentar de imediato a capacidade de distribuição dos produtos
Investimentos As instalações operacionais, no seu conjunto, estão trabalhando no seu limite de capacidade não permitindo aumentar a produção
Capital de giro Não tem caixa para financiar o capital de giro necessário para au-mento de produção e vendas
Financiamento externo O mercado financeiro não tem linhas de crédito para financiar um aumento das vendas dos produtos da empresa
(P
A
D
O
VE
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, 2
00
9.
 A
da
pt
ad
o.
)
As empresas, por serem sistemas abertos, recebem influências internas e 
externas que podem afetar negativa ou positivamente o fluxo operacional 
da empresa. Se as influências são negativas e impõem restrição para a pro-
dução e venda de um ou mais produtos, devem ser levadas em consideração 
no processo decisório. A decisão com base na margem de contribuição deve 
ser complementada com o conceito de fator limitativo ou restritivo.
Para melhor entendimento deste conceito, segue um exemplo numérico 
considerando a restrição da capacidade de equipamentos, que dispõe de 
apenas 50 200 horas-máquina. Neste caso, a indústria têxtil produz tecidos 
e tem uma encomenda para 4 (quatro) de seus produtos, porém não possui 
capacidade para produção de toda encomenda. Com isso a empresa precisa 
decidir qual produto deverá produzir visando maior lucratividade.
Os dados sobre preços de venda e custos variáveis por rolo de tecido 
estão apresentados na tabela 1 a seguir:
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mais informações www.iesde.com.br
Teoria das restrições
95
Tabela 1 – Dados sobre preço de venda e custos variáveis
Descrição
Tecido
Algodão Malha Seda Poliéster
(+) Preço de Vendas 230,00 180,00 210,00 250,00
(–) Custo Variável Total 50,00 60,00 70,00 80,00
(=) MC 180,00 120,00 140,00 170,00 Ely
 C
él
ia
 C
or
ba
ri/
Jo
el
 d
e 
Je
su
s 
M
ac
ed
o.
Partindo da decisão da margem de contribuição por unidade, o tecido 
algodão apresenta maior margem de contribuição por rolo de tecido e, su-
postamente, é o mais rentável e contribuirá mais para pagar os gastos estru-
turais e formar o lucro. Porém, há limitação de 50 200 horas-máquina e, com 
isso, a análise precisa considerar estas restrições.
Quando há limitação da capacidade produtiva da empresa, devemos pro-
curar utilizar o recurso limitado da melhor forma possível, pois quando há limi-
tação de produção a consequência é a restrição ao sistema como um todo.
Para que possamos descobrir qual produto irá apresentar maiores retor-
nos para a empresa, é preciso descobrir antes o quanto cada produto conso-
me do recurso que se encontra limitado.
Na tabela 2, a seguir, estão apresentadas as horas-máquina necessárias 
para a produção de cada rolo de tecido que, se multiplicada pela demanda 
dos produtos, resulta no total de horas-máquina necessárias para a produção.
Tabela 2 – Dados sobre o consumo de horas-máquina por produto
El
y 
Cé
lia
 C
or
ba
ri/
Jo
el
 d
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Je
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M
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o.
Descrição
Tecidos
Algodão Malha Seda Poliéster
Horas-máquina por rolo 12 5 7 8
Demanda prevista rolo 2.000 3.500 1.800 2.400
Total de Horas-máquina 24.000 17.500 12.600 19.200
O total de horas-máquina para fabricar todos os produtos demandados 
seria de 73 300. Entretanto, com a limitação de 50 200 horas-máquina não é 
possível produzir todos os produtos encomendados, Sendo necessário então, 
reduzir 23 100 horas-máquina diminuindo a produção de alguns produtos.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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96
Teoria das restrições
A dúvida é saber qual produto deve receber reduçãoe qual deve ter a 
produção incentivada. A decisão parte da análise do produto de maior ren-
tabilidade, que é feito a partir de suas respectivas margens de contribuição 
por fator limitativo.
Para calcular a Margem de Contribuição por fator limitativo é preciso fazer 
a divisão da margem de contribuição por unidade obtida pelas quantidades 
de horas-máquina necessárias para fabricar cada rolo de tecido.
Tabela 3 – Margem de contribuição por fator limitativo
El
y 
Cé
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 C
or
ba
ri/
Jo
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Je
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s 
M
ac
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o.
Descrição
Tecidos
Algodão Malha Seda Poliéster
MC por rolo de tecido 180,00 120,00 140,00 170,00
Tempo de Fabricação (h/m) 12 5 7 8
MC por horas-máquina 15,00 24,00 20,00 21,25
Note que, na tabela 3, embora o tecido de algodão tenha apresentado 
maior margem de contribuição por rolo de tecido, é o tecido de malha que 
apresenta a melhor margem de contribuição por fator limitativo (horas-má-
quina) e, portanto, deve ter sua produção e venda incentivada.
Considerando que a maximização dos resultados passa pelas opções 
de produção dos tecidos com maiores margens de contribuição por fator 
limitante, as horas-máquina deverão ser utilizadas para produzir, respecti-
vamente, o tecido de malha, poliéster, seda e algodão. A opção considera os 
produtos em ordem decrescente de rentabilidade.
Ao final, parte da demanda não será atendida por falta de horas-máquina, 
que deverá ser, necessariamente, os produtos que apresentam menor renta-
bilidade por fator limitativo. Considerando que o tecido de algodão apresen-
ta menor margem de contribuição por fator limitativo é necessário identifi-
car a quantidade de horas necessárias a serem reduzidas.
Como sabemos que a quantidade de horas-máquina a ser reduzida é de 
23 100, devemos descobrir a quantas unidades são equivalentes. Para cal-
cular quantas unidades serão deixadas de produzir basta dividir as horas- 
-máquina totais a serem reduzidas pelas horas-máquina necessárias para 
produzir um rolo de tecido de algodão.
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Teoria das restrições
97
Tabela 4 – Unidades que não serão produzidas
El
y 
Cé
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 C
or
ba
ri/
Jo
el
 d
e 
Je
su
s 
M
ac
ed
o.
Quantidade de horas-máquina excluída da produção 23 100
(/) Horas-máquina para a produção de um rolo de tecido algodão 12
(=) Quantidade deixada de produzir 1.925
Observando a tabela 4, excluindo-se 23 100 horas-máquina a empresa 
deixará de produzir e vender 1 925 rolos de tecido algodão. Com este cál-
culo obtém-se a maior rentabilidade, conforme demonstrada na tabela 5 a 
seguir:
Tabela 5 – Unidades que não serão produzidas
El
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Cé
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 C
or
ba
ri/
Jo
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 d
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Je
su
s 
M
ac
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o.
Descrição
Tecidos
Algodão Algodão Algodão Algodão
Quantidade produzida (rolo) 75 3 500 1 800 2 400
Margem Contribuição Unitária 180,00 120,00 140,00 170,00
Margem de Contribuição Total 13.500,00 420.000,00 252.000,00 408.000,00
Margem de Contribuição Geral 1.093.500,00
Quando não existe fator limitante de capacidade produtiva, o produto 
que possui maior margem de contribuição por unidade é o que deve ter a 
produção e venda incentivada. Porém, existindo fator limitativo, a decisão 
correta em relação aos melhores resultados ocorre quando é calculada a 
margem de contribuição por fator limitante da capacidade produtiva.
Teoria das restrições – TOC
A teoria das restrições, conhecida como TOC – Theory of Constraints, teve 
início na década de 1970 quando o físico Eliyahu Goldratt elaborou o método 
para resolver problemas de logística de produção. Porém foi na década de 
1980 que ocorreu a sua divulgação e seu sucesso deu-se em virtude da iden-
tificação de restrições (gargalos) dos sistemas produtivos e da otimização da 
produção neste ponto, buscando a maximização do lucro.
Os sistemas produtivos não possuem capacidade infinita e estão sempre 
sujeitos a restrições, sejam elas decorrentes do tamanho da empresa, sejam 
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98
Teoria das restrições
decorrentes de outros eventos (financeiros, mercadológicos, produtivos etc.) 
que a empresa está submetida e que afetam negativamente a produção e as 
vendas da empresa. Martins (2009) expõe que a TOC apoia-se nos seguintes 
pressupostos principais:
todo sistema possui, no mínimo, um fator de restrição; �
o conhecimento do valor da margem de contribuição por unidade do �
fator limitante é mais importante que o conhecimento da margem de 
contribuição por unidade produzida;
são custos fixos todos os custos indiretos; �
capacidade ociosa é desejável nos recursos que não representem res- �
trições ou gargalos; e
deve-se administrar o equilíbrio do fluxo do processo, não a capacida- �
de dos recursos etc.
Toda empresa encontra sempre uma ou mais restrições. Se não fosse 
assim, as empresas teriam lucros infinitos, o que não é verdadeiro. Conside-
rando a premissa da teoria das restrições de que a empresa opera sempre 
com algum tipo de restrição, o processo geral de tomada de decisão empre-
sarial, representado na figura 1, compreende as seguintes etapas:
1.ª etapa 
Identificar as 
restrições
2.ª etapa 
Explorar as 
restrições
3.ª etapa 
Administrar os 
recursos não 
restritivos
4.ª etapa 
Eliminar as 
restrições
Figura 1 – Etapas decisórias em caso de restrições.
(G
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01
1.
 A
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)
A primeira etapa consiste na identificação das restrições que a empresa 
está sujeita, considerando que toda empresa deve ter pelo menos uma res-
trição, porém o número de restrições não deve ser grande.
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Teoria das restrições
99
Objetivando o funcionamento do sistema com a melhor eficiência e uti-
lizando da melhor forma possível os recursos escassos disponíveis, o admi-
nistrador deve partir para a segunda e terceira etapa. Na segunda etapa o 
gestor deve buscar tirar o máximo proveito e obter o melhor resultado possí-
vel considerando as limitações que a empresa está sujeita. Na terceira etapa 
deve-se estabelecer o que vai fazer com os demais recursos não restritivos, 
os quais devem ser utilizados na medida exata demandada, considerando as 
restrições.
Se a restrição permanecer e a empresa se sentir prejudicada em seus re-
sultados operacionais, deve-se partir para a quarta etapa que visa superar 
a restrição por meio de acréscimo dos insumos considerados escassos, ou 
seja, buscar soluções para o gargalo da empresa. Com isso a restrição estará 
quebrada e o desempenho da empresa aumentará.
Com a solução do gargalo o desempenho da empresa tende a aumentar, 
porém o aumento ocorrerá até determinado ponto quando passará a ser li-
mitado novamente por algum outro fator. Para solucionar o problema o pró-
ximo passo a ser tomado pelo gestor é a identificação das novas restrições 
do sistema. Com isso o ciclo inicia-se novamente até que se encontre uma 
nova restrição.
As limitações sempre irão existir, considerando que os recursos materiais, 
humanos, financeiros e tecnológicos são escassos. O grande desafio dos ges-
tores é obter o melhor resultado operacional por meio da boa administração 
dos seus recursos. O que não pode tornar-se uma restrição do sistema é a 
inércia, ou seja, que o sistema produtivo opere de forma ineficiente.
É fundamental que o gestor, na busca da eficiência produtiva, explore a 
sua capacidade produtiva e escolha a produção que possa trazer a melhor 
rentabilidade para a empresa, e, para isso, deve-se analisar a margem de 
contribuição (throughput) por fator limitativo.A TOC permite que o administrador decida quais produtos devem mere-
cer maior esforço de venda ou devem ser colocados em planos secundários. 
Permite saber, também, se um segmento produtivo deve ser abandonado 
ou não. O objetivo é encontrar as restrições que limitam o ganho da empresa 
e gerenciar de forma eficaz a utilização dessas restrições, garantindo a maxi-
mização do lucro frente às condições atuais da empresa.
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100
Teoria das restrições
A teoria das restrições nas práticas contábeis
A teoria das restrições propõe um processo decisório fundamentado no 
mundo dos ganhos (contribuições econômicas) em substituição ao mundo 
dos custos preconizado pelos modelos tradicionais (GUERREIRO, 2011).
A contabilidade por ganhos parte do pressuposto que os custos são se-
parados em variáveis e não totalmente variáveis, e não como é feito pela 
contabilidade tradicional que divide em custos fixos e variáveis. Os custos 
são entendidos como todos os gastos incorridos pela empresa para produzir, 
administrar e vender.
Como a contabilidade por ganhos foca o resultado da empresa, en-
tende ser necessário determinar os custos dos produtos e, por isso, não 
aceita, também, nenhuma base de rateio para alocação dos custos fixos aos 
produtos.
No modelo de apuração do lucro pela contabilidade por ganhos, os gastos 
totalmente variáveis são apropriados aos produtos e irão compor o valor 
dos estoques. Ao ocorrerem as vendas, são confrontadas as receitas com os 
custos dos produtos vendidos. Desta confrontação obtém-se o ganho. Para 
apurar o lucro é só deduzir os demais gastos do ganho do período, conforme 
exemplificado na figura 2.
El
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Cé
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o.
Figura 2 – Apuração de lucro pela contabilidade de ganho.
Totalmente 
variáveis
Não totalmente 
variáveis
Estoque
G
A
ST
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Resultado
Vendas
(=)Ganho
(=)Lucro
(–) Gastos 
totalmente 
variáveis
(–) Gastos não 
totalmente 
variáveis
Existe uma similaridade entre o método de custeio variável com a conta-
bilidade de ganhos, porém elas possuem focos diferentes. O custeio variável 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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Teoria das restrições
101
visa o controle dos custos e a contabilidade de ganhos visa o controle das 
restrições sob o pressuposto de que são as restrições que determinam o 
volume como os custos irão variar.
No quadro 2, Ponte, Riccio e Lustosa (1999) apresentam uma comparação 
entre os dois modelos:
Quadro 2 – Custeio variável X Contabilidade por ganhos
Custeio Variável Contabilidade de Ganhos
Existem custos fixos e variáveis e 
despesas fixas e variáveis.
Existem custos totalmente variáveis e não to-
talmente variáveis. Os custos não totalmente 
variáveis são chamados de despesas.
Não existem rateios. Não existem rateios.
Os estoques são avaliados pelos 
custos variáveis.
Os estoques são avaliados pelos custos total-
mente variáveis.
As receitas de vendas, deduzidos 
os custos dos produtos vendidos 
e as despesas variáveis, represen-
tam a margem de contribuição.
As receitas de vendas, deduzidos os custos dos 
produtos vendidos, representam o ganho.
O lucro é o resultado da margem 
de contribuição subtraídas as des-
pesas e os custos fixos.
O lucro é o resultado do ganho subtraídas as 
despesas.
(P
O
N
TE
; R
IC
CI
O
; L
U
ST
O
SA
, 1
99
9,
 p
.1
2)
Ponte, Riccio e Lustosa (1999) afirmam que a contabilidade de ganhos, que 
tem como base a teoria das restrições, adota pressupostos bastante diferen-
tes daqueles que norteiam a contabilidade de custos tradicional. Enquanto 
a contabilidade tradicional preocupa-se com as medidas de eficiência locais, 
considerando que é a otimização das diversas áreas da empresa que leva à 
otimização do resultado final da empresa, a contabilidade por ganho entende 
que a otimização das partes pode não conduzir a otimização global.
A abordagem da teoria das restrições estabelece que o principal objetivo 
da empresa é ganhar dinheiro. Para Guerreiro (2011) a expressão ganhar di-
nheiro é materializada nas seguintes medidas financeiras de desempenho:
Lucro Líquido; �
Retorno sobre o Investimento; �
Fluxo de Caixa. �
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102
Teoria das restrições
Como as medidas de desempenho consideram os resultados da empresa, 
a crítica atribuída ao custeio variável de focar o curto prazo e não se preocupar 
com os custos fixos, não pode ser aplicada à contabilidade por ganhos. A con-
tabilidade por ganhos preocupa-se com os impactos das despesas operacionais 
(custos fixos de produção, administração e venda), reconhecendo toda a estru-
tura de custo de uma empresa.
Ampliando seus conhecimentos 
Medidas de desempenho
(GUERREIRO, 2011)
No que diz respeito às medidas de desempenho, a teoria das restrições 
propõe a estrutura conceitual abordada a seguir. Um aspecto interessante a 
ser observado é que a teoria das restrições condena o uso de medidas físicas 
para a avaliação do desempenho, insistindo na utilização de medidas “finan-
ceiras”. Goldratt (1992, p. 50), em sua obra A Síndrome do Palheiro: garimpando 
informações num oceano de dados, afirma: “[...] tente medir por três ou mais 
medidas não financeiras e você basicamente terá perdido todo o controle. As 
medidas não financeiras são equivalentes à anarquia”.
Meta da empresa
A meta corresponde ao propósito global da organização. A empresa com 
finalidade lucrativa deve ser visualizada como uma máquina de fazer dinheiro 
e sua meta definida pragmaticamente como “ganhar dinheiro”, tanto no pre-
sente como no futuro.
Os objetivos tais como “fabricar produtos de alta qualidade a um preço 
competitivo”, “oferecer melhor atendimento ao cliente”, “obter maior parti-
cipação no mercado” e outros semelhantes não se constituem na meta da 
empresa.
Embora todos esses pontos possam ser considerados mais válidos para 
que a empresa atinja a meta, eles não são a meta da organização. Existe 
apenas uma única meta para uma empresa. A meta é ganhar dinheiro, tanto 
hoje como no futuro.
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Teoria das restrições
103
Medidas do alcance da meta
A partir da proposição do estabelecimento da meta como o objetivo maior 
da empresa, a teoria das restrições define os parâmetros que auxiliam a me-
dição do grau de alcance da mesma. Assim, são estabelecidos dois medidores 
propriamente ditos – Lucro Líquido e Retornos sobre o Investimento – e uma 
situação necessária: fluxo de caixa.
O lucro líquido mede o quanto de dinheiro, em termos absolutos, a empre-
sa está gerando [...] O segundo é um medidor relativo. O retorno necessário 
para o alcance de determinados níveis de lucro. [...] O terceiro indicador, o 
fluxo de caixa, é considerado por Goldratt como sendo mais uma situação 
necessária para sobrevivência da empresa do que propriamente um medidor 
de alcance da meta.
As medidas de alcance da meta estão voltadas para a medição do desem-
penho global da empresa. É muito importante, no entanto, estabelecer pa-
râmetros que guiem as ações operacionais no sentido do cumprimento da 
meta. [...] Assim, são definidos os seguintes parâmetros operacionais:
Ganho ou throughput
É definido como o índice pelo qual o sistema gera dinheiro através das 
vendas. Mais especificamente, ganho corresponde ao preço de venda menos 
o montante de valores pagos a fornecedores pelos itens relacionados como 
os produtos vendidos. Por exemplo: valor dos materiais comprados dosforne-
cedores, comissões pagas a vendedores externos, taxas alfandegárias, trans-
porte externos.
Inventário
É definido como todo o dinheiro que o sistema investe na compra de coisas 
que ele pretende vender. Esse conceito abrange o conceito clássico de inven-
tário (estoque de matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados) 
e, ainda, os demais ativos tais como máquinas e construções. O valor atribuí-
do ao estoque de produtos corresponde somente a valores que foram pagos 
aos fornecedores de materiais. Nenhum valor agregado é atribuído ao inven-
tário, assim, todos os demais gastos existentes no processo de transforma-
ção, como mão de obra, energia elétrica e outros recursos, não incorporam o 
valor do inventário, sendo caracterizados como despesas operacionais. Neste 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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104
Teoria das restrições
modelo, o inventário de produto acabado é valorizado apenas pelo custo da 
matéria-prima nele contido pago ao fornecedor. Na teoria das restrições, não 
se observam proposições de critérios de mensuração dos recursos.
Despesa operacional
É definida como todo o dinheiro que o sistema gasta para transformar o 
inventário em ganho. Do ponto de vista prático, o modelo considera que todo 
o dinheiro gasto com algo que não possa ser guardado para um uso futuro 
faz parte da despesa operacional. Além desses valores, incorporam a despesa 
operacional os valores de bens que faziam parte do inventário e foram utiliza-
dos ou desgastados no período (como a depreciação de máquinas).
Conforme já explicado, os conceitos de ganho, despesas operacionais e in-
ventário são elementos para a determinação de medidas-chave, lucro líquido 
e retorno sobre o investimento. Do ponto de vista de mensuração não exige 
nenhuma novidade nessas medidas. O lucro líquido da teoria das restrições 
corresponde ao lucro líquido apurado pelo método de custeio variável. O 
conceito de ganho (throughput) corresponde à margem de contribuição, o 
conceito de despesas operacionais corresponde aos custos e despesas fixos e 
o conceito de inventário se assemelha ao ativo operacional.
Atividades de aplicação 
1. A indústria de calçados Sapatinho de Cristal Ltda. fabrica calçados para 
meninas de 0 a 12 anos. No mês de outubro/20xx produziu e vendeu 
100 unidades de cada modelo. Seus gastos unitários são:
Matéria- 
-prima
Mão de 
obra 
direta
Outros 
custos 
diretos
Custos 
indiretos e 
fixos
Preço de 
venda
Sandália 10,00 30,00 5,00 10,00 59,00
Sapatilha 20,00 30,00 5,00 15,00 79,00
Sapato 30,00 40,00 15,00 15,00 99,00
Bota 50,00 50,00 10,00 15,00 129,00
 Pede-se: qual o produto que deve ter sua produção e venda incentiva-
da? Justifique sua escolha apresentando os cálculos necessários.
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Teoria das restrições
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2. A indústria de eletrodomésticos Casa Prática Ltda. produz 2 (dois) ti-
pos de eletrodomésticos: maquina de lavar e centrífuga. No mês de 
julho/20xx a empresa recebeu encomenda para produzir 800 máqui-
nas de lavar roupas e 400 centrífugas, entretanto há limitação de ener-
gia elétrica contratada em 15.000 kW. Seus dados unitários são:
Máquina 
de lavar Centrífuga
kW necessário por unidade 15 9
Preço de venda unitário 900,00 500,00
Custos variáveis unitário 600,00 300,00
 Considerando os dados acima, determine:
a) qual produto deve ter a produção e venda incentivada;
b) qual a quantidade a ser produzida de cada eletrodoméstico a fim 
de encontrar o mix de produção que traga a empresa a melhor 
rentabilidade.
3. A Indústria de Papel e Celulose apresenta as seguintes receitas e gas-
tos totais:
Descrição R$
Receita total 2.000.000,00
Gastos totalmente variáveis 300.000,00
Gastos não totalmente variáveis 800.000,00
 Pede-se, qual é o ganho e o lucro calculado por meio da contabilidade 
por ganhos?
Referências 
GUERREIRO, Reinaldo. Teoria das Restrições. In: PARISI, Cláudio; MEGLIORINI, Evan-
dir. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2011.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, es-
trutura, aplicação. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
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Teoria das restrições
PONTE, Vera Maria Rodrigues; RICCIO, Edson Luiz; LUSTOSA, Paulo Roberto. Uma 
Análise Comparativa entre a “Contabilidade de Ganhos – throughput accoun-
ting” e o “método do custeio variáveil”. Anais Congresso Brasileiro de Custos, São 
Paulo, 1999. Disponível em: <www.tecsi.fea.usp.br/riccio/artigos/pdf/analise_
comparativa.pdf>. Acesso em: 22 out. 2011.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. Tradu-
ção técnica de: CASTRO, André Olimpio Mosselmann Du Chenoy. 2. ed. São Paulo: 
Thomson Learning, 2008.
Gabarito 
1. O produto que deveria ter sua produção e venda incentivada é a sapa-
tilha pois apresenta maior margem de contribuição por unidade. Na 
sequência, os produtos que apresentam maior rentabilidade são: bo-
tas, com margem de contribuição de R$19,00 por unidade e sapatos e 
sandálias com margem de contribuição de R$14,00.
Preço de 
venda
Matéria- 
-prima
Mão de 
obra direta
Outros custos 
diretos
Margem de 
contribuição
Sandália 59,00 10,00 30,00 5,00 14,00
Sapatilha 79,00 20,00 30,00 5,00 24,00
Sapato 99,00 30,00 40,00 15,00 14,00
Bota 129,00 50,00 50,00 10,00 19,00
 O cálculo da margem de contribuição considera o preço de venda me-
nos os custos variáveis (matéria-prima, mão de obra direta e outros 
custos diretos).
2. O primeiro passo é descobrir a margem de contribuição de cada pro-
duto.
Máquina de lavar Centrífuga
Preço de venda unitário 900,00 500,00
Custos variáveis unitário 600,00 300,00
Margem de contribuição 300,00 200,00
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 À primeira vista, o produto máquina de lavar deveria ser incentivado, 
pois apresenta maior margem de contribuição. Porém, antes é ne-
cessário avaliar se há capacidade limitada. Para avaliar o total de kW 
necessário para a produção de todos os produtos, é necessário mul-
tiplicar os kW necessários para fabricar uma unidade pela quantidade 
demandada.
Máquina 
de lavar Centrífuga
kW necessários por unidade 15,00 9,00
Demanda 800 400
kW necessário 12.000,00 3.600,00 15.600
kW disponíveis 15.000
kW a ser reduzido 600
 Nota-se que a energia elétrica contratada, de 15.000 kW, não é sufi-
ciente para atender toda a demanda, que exigiria 15.600 kW. Então, é 
necessário um corte na produção para reduzir 600 kW.
 Para determinar qual produto deve ter a venda incentivada e qual deve 
ter a produção diminuída, deve-se avaliar a margem de contribuição 
por fator limitativo.
Máquina de 
lavar Centrífuga
MC unitária 300,00 200,00
kW necessários por unidade 15 9
Margem de contribuição por fator limitativo 20,00 22,22
 O produto que deverá ter a produção e venda incentivada é a centrífu-
ga pois apresenta maior margem de contribuição por fator limitativo.
 Note que, embora a máquina de lavar tenha apresentado maior mar-
gem de contribuição por unidade, é a centrífuga que apresenta a me-
lhor margem de contribuição por fator limitativo que, neste caso, são 
os kW de energia elétrica.
 Após determinar qual é o produto que deveria ter sua venda incenti-
vada, o próximo passo, é encontrar o mix ótimo de produção, ou seja, 
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Teoria das restrições
a quantidade a ser produzida que traga para a empresa a melhor ren-
tabilidade.
 Sabendo que o produto que apresenta menor margem de contribuição 
é a máquina de lavar é fácil concluir que é deste produto que deve haver 
corte. Para encontrar a quantidade a ser cortada, basta dividir os kW a 
serem reduzidos pelos kW necessários para produzir uma unidade.
kW a ser reduzido 600
kW necessários por unidade 15
Corte em unidades 40
 O corte deverá ser de 40 unidades. A lógica é, se uma unidade neces-
sita de 15 kW, quantos produtos tenho que cortar para reduzir 600kW. 
Basta dividir os kW a ser reduzido pelos kW necessários para a produ-
ção de uma unidade.
 A quantidade a ser produzida será de 760 máquinas de lavar (800 de-
mandadas menos 40 cortadas) e 600 centrífugas.
 Com estas informações é fácil encontrar a margem de contribuição 
que apresente maior rentabilidade para a empresa, basta multiplicar 
a margem de contribuição unitária pela quantidade a ser fabricada de 
cada produto.
Máquina de lavar Centrífuga
Preço de venda unitário 900,00 500,00
Custos variáveis unitário 600,00 300,00
Margem de contribuição 300,00 200,00
Quantidade 760 un. 400 un.
MC Total 228.000,00 80.000,00
3. O ganho, na contabilidade por ganhos, é obtido por meio da dedu-
ção dos gastos totalmente variáveis da receita. Assim o ganho é de 
R$1.700.000,00.
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Teoria das restrições
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Resultado
Receita Total 2.000.000,00
(–) Gastos totalmente variáveis 300.000,00
(=) Ganho 1.700.000,00
(–) Gastos não totalmente variáveis 800.000,00
(=) Lucro 900.000,00 
Para encontrar o lucro, basta deduzir os gastos não totalmente variáveis, 
lançados em despesas operacionais, do ganho. O lucro é de R$900.000,00.
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