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Exercícios G2 TDP (gabarito duvidoso) 1) Como é possível tutelar a dignidade da pessoa humana de maneira ampla, se o Código Civil de 2002 só previu 5 direitos da personalidade? Apesar do Código Civil de 2002 apenas cinco direitos da personalidade, a dignidade da pessoa humana é assegura pela Constituição Federal, como um dos princípios fundamentais, a Cláusula Geral da Pessoa Humana (art.1º, III, CF). 2) O que significa dizer que os direitos da personalidade são extrapatrimoniais? A característica extrapatrimonial dos direitos da personalidade significa que não possui valor econômico. 3) Uma pessoa foi flagrada no Maracanã bebendo coca-cola, e essa imagem foi usada em outdoor espalhado por toda a cidade, desautorizadamente. Analise o caso sob o aspecto dos direitos da personalidade. Um dos direitos da personalidade assegurado no Código Civil é o direito à imagem, segundo o art. 2º, a pessoa que tiver sua imagem utilizada sem sua autorização para fins econômicos ou que atinja sua respeitabilidade e boa fama pode requer a proibição da veiculação e indenização que couber. 4) Diferencie atos jurídicos em sentido estrito de negócio jurídico. Os atos jurídicos stricto sensu decorrem da lei com seus efeitos previstos nela, o negócio jurídico também decorre da lei, contudo, seus efeitos podem ser criados por vontade humana, proporcionado pelo princípio da livre iniciativa assegurada na Constituição (art. 1º, IV, CF). 5) João recebeu em doação sob condição resolutiva de passar em um concurso público um apartamento de seu avô. Como João morava com sua mãe, resolveu alugar o referido imóvel, para ajudá-lo a custear seus estudos. Alguns meses se passaram, e a mãe de João ficou desempregada. Sem dinheiro para pagar as contas de casa, João resolveu vender o apartamento que seu avô lhe doou. Um ano após a referida venda, João finalmente passou no concurso tão sonhado. Analise a questão descrita, e explique com quem deve ficar o apartamento. Quando a condição resolutiva se implementa, é extinto qualquer direito que João possuía sobre o imóvel e seus atos praticados só têm seus efeitos válidos se forem compatíveis com o implemento da condição, no caso descrito é incompatível, portanto o apartamento fica com o avô de João (art.128, CC). 6) Nas situações abaixo, verifique se há vício do consentimento, qual o vício eventualmente existente, o que o sujeito que emitiu a declaração de vontade com vício pode fazer, e quanto tempo ele tem para agir? a) Purulento, vai a uma exposição de arte e adquire uma estátua de material sintético, achando que era marfim. Será considerado um vício de consentimento, o erro, se o motivo determinante do negócio for a estátua ser de marfim, ser uma falsa percepção que poderia ocorrer com qualquer um de mesma diligência dele e ser real, não um erro material, além de haver negligência por parte do declaratário que deveria ter percebido o erro do declarante (arts. 138, 139 e 140, CC). Caso todos esses requisitos estiverem presentes, é um defeito do negócio jurídico, assim Pirulento tem o prazo de quatro anos para pleitear a anulação, contado do dia em que foi realizado o negócio (art. 178, II, CC). b) Percivirino adquire uma caneta de cobre, mas foi vendida como sendo de ouro. Será considerado um vício de consentimento, o dolo por ação, ser uma falsa percepção da realidade induzida que poderia ocorrer com qualquer um de mesma diligência que o declarante e o dolo incidir na causa determinante da declaração, caso não, é um dolo acidental e não invalida o negócio, todavia Percivirino pode exigir indenização pelos danos (arts.145 e146, CC). Caso todos esses requisitos estiverem presentes, é um defeito do negócio jurídico, assim Percivirino tem o prazo de quatro anos para pleitear a anulação, contado do dia em que foi realizado o negócio (art. 178, II, CC). c) Geórgia, diante do racionamento de combustível, só consegue encontrar gasolina para abastecer sua van, que utiliza para fazer transporte escolar, em um único posto de gasolina, a R$20,00 o litro. Será considerado um vício de consentimento, a lesão, se, além da desproporcionalidade excessiva do negócio, existir aproveitamento da necessidade do declarante contrariando a boa-fé, como parece no caso de Geórgia (art. 157, CC). Sendo assim, ela tem o prazo de quatro anos para pleitear a anulação, contado do dia em que foi realizado o negócio jurídico (art. 178, II, CC). d) Roberto, sob a ameaça de uma arma apontada para seu filho por Joaquim, assina uma escritura de doação de seu apartamento. Não há vício de consentimento porque a violência grave excluiu a vontade, fundamental para celebração de um contrato, logo é um negócio inexistente, não possui eficácia jurídica. 7) Na hipótese do item “d” do exercício anterior, quem pode pleitear a anulação do contrato? Por quê? Como não existe declaração de vontade na vis absoluta, violência grave, também não houve celebração do contrato, logo nunca existiu defeito para que se possa pleitear a anulação.
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