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Anamnese Pediátrica ❏ Sintoma: queixas do paciente relativas à doença.São dados subjetivos (dor de ouvido, dor abdominal) ❏ Sinal: tudo que podemos verificar no paciente através de nossos sentidos (telarca, ginecomastia) ❏ Síndrome: conjunto de sinais e sintomas ligados a uma entidade mórbida que consta no quadro geral de uma doença . ● Ambiente: Altura dos pais, perto da criança, abaixar para falar com a criança, brinquedos que distraia a criança; ● Apresentação: Para o paciente e para a família. Paciente para lidar com o ambiente; ● Atitude e comportamento do médico: São importantes, tem que respeitar. O paciente é a criança; ● Atenção ● Abordagem de todos os assuntos ● Saber conduzir corretamente a entrevista: 1. facilitação 2. reflexão 3. esclarecimento 4. respostas empáticas 5. confrontação 6. interpretação ● Como conversar com crianças 1. impor limites - a criança pede por limites, inclusive falar para os pais imporem limites; 2. paciente X médico (no caso de crianças ser mais lúdico e no caso de adolescentes falar a linguagem deles, ou pelo menos tentar) 3. não rir desnecessariamente (as vezes a mãe usa algo como “chacota” para repreensão e tenta fazer o médico rir disso também, filtrar o necessário) 4. não fazer palhaçadas (consulta médica também não é circo) 5. não caçoar; exceto quando houver clima de intimidade 6. “cochichar” (falar para a criança: vou te contar um segredo, vou te contar uma história, você sabia que…) 7. discutir com a criança sintomas, diagnósticos e tratamentos ● Características especiais da entrevista com adolescentes: 1. Ser compreensivo e dar apoio 2. Deixar claro que o paciente é o adolescente e não os pais 3. Garantir apoio e sigilo (desde que isso não coloque sua vida em perigo) 4. Tentar entrevistar o paciente sozinho – iniciar a entrevista na presença dos pais 5. Orientação terapêutica diretamente ao paciente 6. Atenção com queixas somáticas – as vezes escondem outros problemas 7. Quebrar a barreira da timidez 8. Avaliar uso de drogas, álcool, comportamentos que prejudiquem a vida 9. - sexualidade sempre deve ser abordado – mesmo que não seja uma queixa: sexo, ciclo menstrual, masturbação, anticoncepção, doenças sexualmente transmissíveis, aborto, prostituição (assuntos tabus não devem ser tabus para os médicos, abordar a sexualidade é obrigação visto que as meninas engravidam cada vez mais cedo) 10. - atenção com problemas de ordem emocional ● Como terminar a entrevista 1. Perguntar se ainda existem dúvidas 2. O que esperavam 3. Se objetivos foram alcançados 4. Deixar a vontade para trazer mais informações na próxima consulta 5. Deixar claro que a consulta tem o seu limite de tempo ● ROTEIRO: 01. Identificação 02. Motivo da consulta/ motivo da internação: queixas que motivaram a consulta, objetivos da consulta e “sic”. Exemplo: Motivo da consulta : a. falta de apetite b. anemia (sic) c. ver resultado de exames d. encaminhamento ao ortopedista 03. História da doença atual: caracterizar objetivamente cada queixa, registrar data de início dos sintomas, registrar características relevantes dos sintomas: duração, intensidade, frequência, fatores de intensificação, alívio ou piora da dor. 04. Revisão de sintomas GERAIS: fraqueza, tonturas, alteração no humor, peso, temperatura, sono PELE: alterações nos fâneros, ardência, cianose, coloração anormal, equimoses, lesões, palidez, petéquias, prurido, secura SUBCUTÂNEO: edema, nódulos MÚSCULO-ESQUELÉTICO: dor, calor, rubor, parestesias ou paralisias CABEÇA: cefaleia, alteração da acuidade visual, dor nos olhos, lacrimejamento, uso de lentes corretivas, audição, otalgia, otorréia, dentes (muitas mães acham que dentes de leite com cárie não tem problema porque vão cair, sempre explicar que eles podem contaminar os outros dentes) RESPIRATÓRIO: dor torácica ventilatório dependente, dispneia, epistaxe, espirros, hemoptise, obstrução nasal, prurido nasal, rinorréia, rouquidão, sibilância, tosse CARDIOVASCULAR: alteração do ritmo cardíaco, cianose, dispneia, palpitações, sopros DIGESTIVO: vômitos, regurgitação, disfagia, halitose, pirose, dor abdominal, constipação, diarréia, eliminação de vermes, encoprese, sangramento digestivo GENITOURINÁRIO: alteração da cor da urina, alteração do jato urinário (muito importante perguntar isso em meninos), alterações menstruais, corrimento vaginal ou uretral, dor ou massas testiculares, disúria, enurese, incontinência, polaciúria, hematúria, hérnias, nictúria, poliúria NEUROLÓGICO: alteração da marcha ou do equilíbrio, cefaleia, convulsões, desmaios, dislalias, paralisias, perda de memória, vertigens ENDÓCRINO: bócio, fome ou sede excessivas, instabilidade ao calor ou frio, sudorese excessiva PSIQUIÁTRICO: agitação, alterações do humor, ansiedade, depressão, nervosismo, tensão PERSONALIDADE: desobediência, hiperatividade (as vezes a mãe chega falando que a criança é hiperativa mas que na escola é normal, se atentar por que isso não é ser hiperativo é apenas não ter limites), irritabilidade, medo, preguiça, temperamento difícil ou destrutivo, timidez, tristeza COMPORTAMENTO: chupar dedo, dificuldade de relacionamento, enurese, encoprese, fobia escolar, gagueira, masturbação, perversão do apetite, problemas do sono, problemas sexuais, roubo, uso de drogas 01. Supervisão de saúde: a. acompanhamento médico regular b. testes de triagem/ imunizações c. exames de laboratório d. prática de exercícios e. relato da dieta f. hábitos de segurança g. cuidados dentários h. DST/ Drogadição/ contracepção 02. Antecedentes perinatais: gestação/ parto/ medidas antropométricas ao nascer/ período neonatal imediato 03. Crescimento a. curvas padronizadas b. caracteres sexuais secundários 04. Desenvolvimento: aquisições e idade 05. Antecedentes Mórbidos 06. Antecedentes alimentares 07. Antecedentes Familiares 08. Condições sócio- ambientais
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