Buscar

Núcleo e Divisão celular

Prévia do material em texto

Biologia Celular 
 
 
 
 
Beatriz Melo 
Jade Campos 
Laura Damasceno 
Luiza Alves 
Sindy Micaella 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife-PE 
2015 
 
 
Beatriz Melo, Jade Campos, Laura Damasceno, Luiza Alves, Sindy Micaella 
 
 
 
 
 
 
 
Plano de Trabalho 
Divisão celular e Núcleo Interfásico 
 
 
 
 
Trabalho acadêmico para avaliação da disciplina Biologia Celular, solicitado pela professora Isairas Padovan. 
 
 
 
 
 
Recife-PE 
2015 
 
Sumário 
Introdução ……………………………………………………………………………… 4
Núcleo Interfásico ……………………………………………………………………... 5
Envoltório Celular …………………………………………………………………….... 5
Lâmina Nuclear ………………………………………………………………………… 6
Matriz Nuclear …………………………………….……………………………………. 7
Nucléolo …………………………………………….…………………………………... 7 
Composição química do nucléolo …………………………………………………….. 8
Controle do ciclo celular ……………………………………………………………….. 8
Oncogene e proto-oncogene ………………………………………………………….. 9
Divisão Celular …………………………………………………………………………. 10
Mitose ………………………………………………………………………………….... 11
Fases da mitose ………………………………………………………………………... 11
Meiose …………………………………………………………………………………... 12
Meiose I …………………………………………………………………………………. 12
Meiose II ……………………………………………………………………………….... 12
Diferenças entre mitose e meiose …………………………………………………….. 13
Conclusão ……………………………………………………………………………….. 14
Referências bibliográficas …………………………………………………………...…. 15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
O núcleo é responsável por todas as funções celulares. Principalmente o controle das reações químicas. É no núcleo das células que está localizado o DNA (que armazena todas as informações genéticas). Para que ocorra a origem de novas células, é necessário que dentre as mesmas, ocorra a divisão celular. Desta maneira, as células dividem-se, produzindo células filhas idênticas. É através deste mecanismo que todos os seres vivos se reproduzem e dão continuidade a sua espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleo Interfásico 
 	O núcleo interfásico recebe essa denominação pois só pode ser observado durante a interfase. É composto por: Membrana nuclear (cariomembrana ou carioteca). Uma membrana dupla, porosa e apresenta ribossomos aderidos. Carioplasma (nucleoplasma ou cariolinfa). É um gel proteico encontrado dentro do núcleo; nele estão imersos os componentes nucleares. Nucléolo. Um enovelado de RNAr (ribossômico). Principal componente químico dos ribossomos, de onde os mesmos surgem. E a Cromatina, um conjunto de moléculas de DNA que se encontram na forma desespiralizada. 
 	Os principais métodos de estudo do núcleo interfásico são pela microscopia óptica, contraste de fase, uso de corantes básicos, histoquímica, radioautografia e pela microscopia eletrônica de transmissão e de varredura. 
 	Sua forma geralmente acompanha a forma da célula, podendo ser prismáticas (núcleos alongados); poligonais, cúbicas ou esféricas (núcleos esféricos); ou possuir outras formas como os lobulados (leucócitos), foice (cabeça do espermatozoide de rato); achatados (células endoteliais); reniforme (leucócitos) e fusiformes (célula muscular estriada). 
 	Geralmente é único, podendo ser dois ou mais em células hepáticas ou várias dezenas em fibra muscular estriada esquelética e sua posição depende da função da célula. 
Os componentes do núcleo são o Envoltório Nuclear, a Cromatina, a Matriz, o Nucleoplasma e os nucléolos. 
O envoltório nuclear é composto por duas Membranas concêntricas, uma Interna e outra Externa, que delimitam um espaço conhecido como Espaço Perinuclear. Estas membranas fundem-se em interrupções canaliculares, denominadas Complexos de Poros. 
As membranas nucleares apresentam cada uma, uma espessura de 7 a 8 nm, e outras características similares às das biomembranas. Podem ser externas ou internas. 
 	A membrana nuclear externa possui presença de polirribossomos aderidos à sua superfície, sugerindo a existência dos mesmos complexos relacionados à ancoragem dos ribossomos e translocação de peptídeos encontrados na membrana do RE.Existe continuidade entre a MNE e a membrana do RE, o que garante ainda a comunicação do espaço perinuclear com a luz do RE.Em alguns tipos celulares, como nos eritrócitos de aves, o RE é reduzido e sua função é exercida pela MNE. 
 	A membrana Nuclear Interna (MNI) apresenta características únicas de associação com a lâmina nuclear e com a cromatina ou cromossomos.Apresenta componentes fundamentais à estruturação nuclear, principalmente os receptores para componentes da lâmina nuclear e, por ancorar componentes proteicos. Dentre as proteínas integrais existem: P58 – proteína integral da MNI receptora para a lâmina B; LAP (Proteína Associação à Lâmina nuclear). 
Interações com a cromatina (em especial, a cromatina condensada). Possível envolvimento na própria formação do envoltório nuclear > Enzimas envolvidas com o metabolismo nuclear do fosfatidilinositol e da biossíntese do colesterol. 
Um terceiro domínio das MN é a extensão que passa pelos complexos de poros. Esta parte da membrana possui pelo menos duas proteínas restritas a esta região. 
 	O espaço perinuclear (EP) é formado por um distanciamento uniforme entre as duas membranas nucleares, podendo variar de 10 a 50 nm.Por estímulo hormonal ou de intoxicação por diferentes tipos de drogas, o EP pode apresentar-se dilatado e irregular. Quando por algum motivo o RE apresentar-se dilatado, é comum que o EP apresente o mesmo comportamento. 
Devido à conexão entre o EP e o RE, acredita-se que os conteúdos dos dois sejam semelhantes, ou seja, um ambiente altamente redutor, com grande concentração de cálcio e com enzimas envolvidas no processamento dos peptídeos nascentes. 
A superfície do EN é marcada pela presença de poros que correspondem a pontos de fusão entre as MNI e MNE, sendo estes, denominados de complexo de poro (CP). 
O número e a densidade de CP variam consideravelmente; os oócitos são extremamente ricos em CP ao passo que, os espermatozoides são desprovidos deles. 
O CP é formado por 8 unidades dispostas octagonalmente. Cada unidade é formada por duas sub-unidades, uma colunar, voltada para o centro do CP e uma luminal, voltada para o EP. As diferentes unidades são conectadas nas extremidades citoplasmáticas e nuclear, formando dois anéis (subunidades anelares). 
Além desses dois anéis, as subunidades colunares são conectadas na sua porção mediana, formando um anel no centro do canal (subunidade anular). 
A membrana nuclear, situada no CP, passa pelo espaço entre as subunidades colunar e luminal.O espaço deixado pela membrana entre as duas subunidades forma dois canais de 10 nm cada um. 
Apresenta estruturas filamentosas que formam uma estrutura em cesto (gaiola nuclear) na face nuclear. Há filamentos que se projetam a partir das diferentes subunidades em direção ao citoplasma, mas eles são individualizados e não arranjados em cestos, como na face nuclear. 
Ao longo destas fibrilas, em ambos os lados, alinham-se as várias proteínas chamadas nucleoporinas, implicadas no transporte de substâncias pelo CP. No CP existe ainda, um grânulo intra-anular, cujas análises de susceptibilidade enzimática, demonstraram ser principalmente de complexos RNA-proteínas. Acredita-se que o CP possua cerca de 100 proteínas diferentes associadas entre si na formação de sua estrutura e na execução de suas funções. O CP é o local onde ocorre o transporte de proteínas, RNA e suas combinações, entre o núcleo e o citoplasma celular, à custa de gasto de energia. O CP participa também, na compartimentalização das proteínas integrais da membrana nuclear, mantendo os ambientes típicos das MNI e MNE e da própria membrana associada ao CP. As Lamelas Anelares representam conjuntos de membranas empilhadas, formando cisternas, duas a duas. Cada dupla de membrana é atravessada por poros que se assemelham aos CP.
Estão presentesmarcantemente, nas células germinativas masculinas e femininas de inúmeras espécies e nas células tumorais. 
As prováveis funções desempenhadas pelas LA são a Síntese de alguns tipos de enzimas, de tubulinas, de hormônios esteróides. A Origem de organelas como as mitocôndrias e do próprio EM. O Armazenamento de cálcio E reservatório de diferentes tipos de biomembranas e de RNAm e outros complexos RNA-proteínas. 
A Lâmina Nuclear corresponde a uma estrutura elétron-densa, com espessura mais frequente de 10 nm, mas podendo chegar até 200 nm, justaposta à face interna do EN (MNI) pertencentes aos grupos das proteínas dos FI, são compostas de 3 proteínas de membrana extrínsecas, denominadas laminas A, B e C. 
As laminas A e C são transcritas a partir do mesmo gene, ao passo que, a lamina B é codificada de um RNAm que é sintetizado de um gene distinto daquele que origina as laminas A e C. A lamina B, modificada pós-translacionalmente, pela adição de um grupo isoprenil, liga-se aos lipídios da membrana. A MNI possui um receptor específico para a lamina B.As laminas A e C ligam-se então à lamina B que está aderida à MNI, originando uma malha bidimensional e promovendo a conexão entre a MNI e a cromatina perinuclear. 
 	DNA e RNA são macromoléculas formadas por nucleotídeos, que são formados por um açúcar, um radical fosfato e uma base nitrogenada. No DNA, o açúcar presente é a desoxirribose e as bases nitrogenadas presentes são a adenina, a citosina, a guanina e a timina; enquanto, no RNA, o açúcar é a ribose e as bases nitrogenadas presentes são a adenina, a citosina, a guanina e a uracila. O DNA tem forma de escada retorcida, onde os corrimãos são formados pelos fosfatos e pela desoxirribose, e os degraus pelos pares de base nitrogenada, que são unidas por pontes de hidrogênio. 
 	Proteínas histonas são proteínas repressoras e ativadoras da transcrição do DNA, que são encontradas no núcleo das células eucariontes, ou seja, participam da regulação gênica. Existem cinco classes de histonas (classificadas de acordo com seus teores em lisina e arginina): 
H1: rica em lisina. 
H2A e H2B: moderadamente ricas em lisina. 
H3 e H4: ricas em arginina. 
 	A produção dessas proteínas ocorre com mais frequência na fase da replicação do DNA (fase S), mas a das histonas H3 e H2A ocorre independente da replicação do DNA, não só na fase S. As histonas variam pouco em sequência de aminoácidos. Porém, estão entre as proteínas mais modificadas, e essas modificações alteram as interações DNA - histonas. 
 	As proteínas não-histonas possuem vários papéis na cromatina, desde o estrutural até o enzimático; e elas participam da regulação da atividade gênica, assim como as histonas. Elas são classificadas em proteínas ácidas (podem ser removidas por soluções alcalinas fracas) e em proteínas residuais (ficam remanescentes depois da extração das histonas e enzimas). As enzimas que fazem parte dos processos de transcrição, replicação e reparo do DNA e de condensação e descondensação cromatínica fazem parte desse grupo. 
 	Os nucleossomos são formados pela associação das proteínas histonas com o DNA. 
 	Cromatina é o complexo de DNA, proteínas histonas e não-histonas, localizado no núcleo interfásico. Ela é responsável pelo armazenamento, transmissão e expressão das informações genéticas contidas no DNA nuclear. 
 
 	Matriz nuclear é uma rede de fibras que funciona como esqueleto de sustentação dos cromossomos do núcleo interfásico. Seu material mais abundante é de origem protéica (matrinas, metaloproteínas, glicoproteínas, etc), seguido de RNA (1,2%), fosfolipídios (0,5%) e DNA (0,1%). A matriz nuclear é responsável pela definição da forma e do tamanho nuclear (consequentemente, pelo fornecimento de suporte estrutural para vários processos do metabolismo do núcleo interfásico) e pela alta compartimentalização funcional no núcleo interfásico. 
 	O nucléolo é uma organela com alto índice de refração (facilitando sua visibilidade) que tem como uma das funções a produção de ribossomos e é o local onde RNAs são produzidos e são reunidos com proteínas. A maioria das células possui apenas um nucléolo, mas algumas células possuem mais de um, como, por exemplo, hepatócitos, células vegetais e animais. E algumas células podem possuir mais de dois, que é o caso dos oócitos de anfíbios, podendo apresentar até 3.000 nucléolos por núcleo. O tamanho e a forma do nucléolo dependem do estado funcional da célula (quanto maior a sobrecarga funcional, maior o nucléolo), ou seja, varia de espécie para espécie, de tecido para tecido e de célula para célula, além do que, durante o ciclo celular, podem ocorrer alterações na forma e no tamanho dos nucléolos. Tanto o número de nucléolos quanto sua forma e seu tamanho, tem total influência na produção de proteínas, levando em conta que os RNAt’s, que transportam aminoácidos para a síntese protéica, são processados no nucléolo. 
 	Nos nucléolos estão presentes áreas ricas em elementos granulares e áreas fibrilares e são classificados em 3 categorias: 
Reticulados: Possuem uma estrutura filamentosa trabeculada (nucleolonema) com aproximadamente 1.000 nm de espessura e contendo em seu corpo elementos granulares de ribonucleoproteína, mas também elementos fibrilares 
Com camadas concêntricas: Muito comum em oócitos de anfíbios, sua porção central é representada pelo elemento fibroso e os elementos granulares estão contidos na camada cortical. 
Compactos: Nesses, os elementos se superpõem e se unem numa massa única compacta. Podem se tratar de uma primeira etapa de desenvolvimento de um nucléolo ou surgir em condições que resultem em inibição ou bloqueio de síntese de RNA nucleolar.
 
 	Há muitas macromoléculas que compõem os nucléolos quimicamente, entre elas estão o RNA, o DNA, a proteína fibrilarina, as pequenas ribonucleoproteínas (chamadas snoRNP) e as proteínas não-histonas.
 
 	Podem ser admitidas 4 regiões diferentes nos nucléolos: 
Zona fibrilar: Possui DNA não transcrito 
Região fibrilar: Possui moléculas de RNAr em transcrição e RNA polimerase 
Região granular: Possui subunidades ribossomais maduras, já com dobramentos e associados a proteínas. 
Matriz nucleolar: Rede de fibras responsável pela organização do nucléolo. 
O nucléolo é a organela celular cuja função principal é produzir ribossomos. O nucléolo é também o local onde outros RNAs são produzidos e outros complexos RNAproteínas são reunidos. 
 
O processo de divisão celular é cíclico unidirecional. O período entre as divisões celulares sucessivas a chamada de interfase. A interfase se inicia com períodos de biossíntese e crescimento celular rápidos, a fase G1, de modo a gerar constituintes celulares suficiente para as duas células-filhas. Nos tecidos que não se encontra em divisão, as células passa num estado de repouso , G0, mas podem entrar novamente em G1 se formou se foram estimuladas. Após a fase G1, a célula passa à fase S, quando todo o DNA genômico é duplicado. A fase seguinte, G2, prepara então a célula para fase M, na qual ocorre a mitose, que é a divisão material nuclear, e a citocinese, o processo de divisão citoplasmática, de modo que as duas células-filhas receber uma cópia completa do DNA genômico. A progressão é regulada em “pontos de controle” entre as etapas. Esses pontos monitoram, respectivamente, a disponibilidade de nutrientes, fatores de crescimento, a replicação, lesão do DNA e a montagem do fuso mitótico. A transcrição entre as etapas é desencadeada por um aumento na atividade de proteínas quinase dependente da ciclina (CKD). Cada CKD fosforilada e, portanto, modular atividade de um subgrupo de proteínas-alvo específicas para progressão ao longo de cada transição do ciclo celular. 
Oncogene é a denominação dada aos genes relacionados com o surgimento de tumores, sejam malignos ou benignos, bem como genes que quando deixam de funcionar normalmente, transformam uma célula normal numa célula cancerosa. As versões de funçãonormal de oncogenes, os proto-oncogenes, são genes responsáveis pelo controle da divisão celular (mitose), da diferenciação celular e da tradução proteica. Após sofrer uma mutação génica somática, por exemplo, uma translocação, amplificação oumutação pontual um proto-oncogene torna-se eventualmente um oncogene. 
 
 
Divisão Celular 
Os cromossomos são os responsáveis por carregar toda a informação que as células necessitam para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução. Localizados no núcleo celular, eles são constituídos por DNA, que, em padrões específicos, são denominados genes. 
As características próprias de cada indivíduo, como, por exemplo, a cor dos olhos, cabelos, estatura, entre tantas outras, são hereditárias, uma vez que fazem parte de seu código genético. 
As técnicas de análise citogenética permitem observar o complemento cromossómico de um organismo, ou segmentos específicos de cromossomas, sendo um dos seus principais objetivos, a identificação de alterações cromossómicas associadas a evolução e especiação. Outro objetivo importante é a identificação de instabilidade cromossómica associada a genotoxicidade. 
Os cromossomas observam-se em células que se encontram em metafase. Assim sendo, é necessário obter células em divisão para fazer um estudo cromossómico. Podem-se obter células em divisão espontânea (e.g., a partir das brânquias dos bivalves), ou a partir de culturas cuja divisão é induzida, como células do sangue periférico. 
Existe uma grande variação na morfologia deste cromossomo, quando diferentes espécies são utilizadas para comparação. 
Os cromossomos metafísicos são constituídos por duas estruturas paralelas chamadas cromátides. Cada cromátide é formada por um filamento de DNA, associado a proteínas e RNA, denominado cromonema. As cromátides se encontram unidas entre si por meio de uma região delicada conhecida como centrômero ou constrição primária. A região conhecida como centrômero divide a cromátide em segmentos conhecidos como braços cromossômicos. De forma pouco frequente o centrômero pode se situar em um dos extremos da cromátide, o que pode resultar na existência de apenas um braço cromossômico por cromátide. As extremidades livres dos braços cromossômicos são chamadas de telômeros. Pode-se observar ainda presente em certos cromossomos a presença de uma segunda constrição nas cromátides, tão delicada quando o centrômero e conhecida como constrição secundária. Em mais de 80% dos casos essa constrição está localizada no braço curto do cromossomo e, ainda hoje, os motivos dessa localização preferencial são desconhecidos pela ciência. O segmento cromossômico situado entre a constrição secundária e o telômero é chamado de satélite. Segundo Guerra (1988), este segmento cromossômico corresponde à aproximadamente 10% da extensão total do cromossomo, ou seja, apresenta tamanho inferior a 1µm (1 milímetro dividido por 1.000). Entretanto, existem registros de satélite que medem vários micrômetros de extensão, compreendendo 40% ou mais do cromossomo. 
 
Mitose 
Mitose é a divisão celular que resulta na formação de duas células geneticamente idênticas. É um período do ciclo celular que é dividido e sete estágios, podendo ocorrer tanto em células haploides quanto em células diploides e é responsável pelo crescimento do indivíduo, pela reprodução, pela reposição celular e pelo reparo de tecidos danificados ou injuriados. 
As sete fases da mitose são: interfase, prófase, prometáfase, metáfase, anáfase, telófase e citocinese. Na interfase a célula aumenta de tamanho, o DNA cromossômico é replicado e o centrossomo é duplicado. Na prófase os cromossomos replicados, cada um consistindo em duas cromátides-irmãs intimamente associados, condensam-se. Fora do núcleo, o fuso mitótico se forma entre os dois centrossomos, os quais começam a se separar; apenas três cromossomos estão desenhados. A prometáfase se inicia com o rompimento do envelope nuclear. Os cromossomos podem agora se ligar aos microtúbulos do fuso pelo cinetócoro e sofrem movimentos ativos. Na metáfase os cromossomos se alinham no equador do fuso, exatamente na metade entre os dois polos. Os microtúbulos dos cinetócoros pareados em cada cromossomo se ligam aos polos do fuso. Na anáfase as cromátides-irmãs se separam sincronicamente e cada uma delas é puxada lentamente para o polo do fuso ao qual está ligado. Os microtúbulos do cinetócoro encurtam e os polos do fuso também se distanciam, contribuindo para a segregação dos cromossomos. Na telófase os dois conjuntos de cromossomos chegam aos polos do fuso. Um novo envelope nuclear é remontado em torno de cada conjunto, completando a formação de dois núcleos e marcando o fim da mitose. Na citocinese o citoplasma é dividido em dois, terminando a fase M. Temos dois tipos de citocineses, a animal e a vegetal. Na animal, o citoplasma é dividido em dois por um anel contrátil de filamentos de actina e miosina, os quais formam um sulco na célula para dar origem a duas células-filhas, cada uma com um núcleo. Já na citocinese vegetal as duas células-filhas não são separadas pela ação do anel contrátil na superfície celular, mas pela formação de uma nova parede que se forma dentro da célula em divisão. O posicionamento dessa nova parede determina precisamente a posição das duas células-filhas em relação às células vizinhas. Assim, determinam a forma final da planta. A nova parede celular inicia sua formação no citoplasma entre os dois conjuntos de cromossomos segregados no início da telófase. Esse processo de formação é coordenado por uma estrutura denominada fragmaplasto. 
 
1. Prófase: cromátides se condensam, o fuso mitótico é formado e o núcleo se desintegra. 
2. Prometáfase: envoltório nuclear se desintegra. 
3. Metáfase: os cromossomos se colocam no plano equatorial da célula. 
4. Anáfase: cromossomos-filhos se dirigem para os polos da célula. 
5. Telófase: formam-se os núcleos-filhos. 
6. Citocinese: reparte o citoplasma entre as células-filhas. 
7. resultado final: duas células geneticamente idênticas. 
 
Meiose 
 
Meiose é uma forma especializada de divisão celular que produz quatro células haplóides geneticamente diferentes as partes de uma célula progenitora. 
Dependendo do grupo de organismos, a meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida: na formação de gametas (meiose gamética), na produção de esporos (meiose espórica) e logo após a formação do zigoto (meiose zigótica).
 
As duas etapas possuem fases que se caracterizam por: 
Meiose I 
Prófase I → é uma fase muito extensa, constituída por 5 subfases: 
Leptóteno – inicia-se a individualização dos cromossomos estabelecendo a condensação (espiralização), com maior compactação dos cromonemas; 
Zigóteno – aproximação dos cromossomos homólogos, sendo esse denominado de sinapse; 
Paquíteno – máximo grau de condensação dos cromossomos, os braços curtos e longos ficam mais evidentes e definidos, dois desses braços, em respectivos homólogos, ligam-se formando estruturas denominadas bivalentes ou tétrades. Momento em que ocorre o crosing-over, isto é, troca de segmentos (permutação de genes) entre cromossomos homólogos; 
Diplóteno – começo da separação dos homólogos, configurado de regiões quiasmas (ponto de intercessão existente entre os braços entrecruzados, portadores de características similares); 
Diacinese – finalização da prófase I, com separação definitiva dos homólogos, já com segmentos trocados. A carioteca (envoltório membranoso nuclear) desaparece temporariamente. 
Metáfase I → os cromossomos ficam agrupados na região equatorial da célula, associados às fibras do fuso; 
Anáfase I → encurtamento das fibras do fuso, deslocando os cromossomos homólogos para os polos da célula. Nessa fase não há separação do centrômero (ponto de ligação das cromátides irmãs em um cromossomo). 
Telófase I → desespiralização dos cromossomos, retornando ao aspecto filamentoso, havendo também o reaparecimento do nucléolo, bem como da carioteca e divisãodo citoplasma (citocinese), originando duas células haploides. 
 
Meiose II 
Prófase II → os cromossomos voltam a se condensar, o nucléolo e a carioteca desaparecem novamente. Os centríolos se duplicam e se dirigem para os polos, formando o fuso acromático. 
Metáfase II → os cromossomos se organizam no plano equatorial, com suas cromátides ainda unidas pelo centrômero, ligando-se às fibras do fuso. 
Anáfase II → separação das cromátides irmãs, puxadas pelas fibras em direção a polos opostos. 
Telófase II → aparecimento da carioteca, reorganização do nucléolo e divisão do citoplasma completando a divisão meiótica, totalizando 4 células filhas haplóides. 
As diferenças entre mitose e meiose são: 
1. Na meiose ocorre duas divisões nucleares e citoplasmática, produzindo quatro células, na mitose ocorre apenas uma divisão produzindo, duas células-filhas. 
2. Cada célula produzida na meiose contém o número haplóide de cromossomos, enquanto, na mitose, as células são diplóides. 
3. Na mitose a separação independente de cromossomos homólogos na anáfase I, gerando novas combinações em cada gameta, enquanto, na mitose, ocorre apenas a separação das cromátides irmãs de cada cromossomo, produzindo células filhas idênticas. 
4. Na mitose, pode ocorrer permuta entre cromátides homólogas, fazendo com que genes localizados no mesmo cromossomo não permaneçam juntos nas células-filhas, o que não ocorre na mitose. 
5. O processo da meiose é muito mais longo comparado à mitose. 
 
 Conclusão 
 
Concluimos que núcleo celular é a região da célula que encontra envolvida pela carioteca possui como principal função de armazenar o material genético. Observou-se também que a mitose é uma divisão equacional, em que as células-filhas possuem o mesmo número cromossômico. E a meiose é um processo reducional (as células-filhas têm metade do número de cromossomos da célula-mãe). Verificou-se também que o emparelhamento dos cromossomos só ocorre na meiose, assim como a união das cromátides irmãs permanece intacta; o processo de recombinação e crossing-over; as células haplóides do final da meiose contêm informação genética amplamente reorganizada e ausência da duplicação de DNA entre a primeira e segunda divisões.
Referências Bibliográficas
NORMAN, Robert I.; LODWICK, David. Biologia Celular: Série Carne e Osso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
AVERSI-FERREIRA, Tales Alexandre. Biologia: celular e molecular. Campinas, Sp: Átomo, 2008.
CARVALHO, Hernandes F.; RECCO-PIMENTEL, Shirlei M.. A célula. 2. ed. Barueri, Sp: Manoele Ltd, 2007.
Alberts, B et al. Biologia Molecular da Célula. Ed. Artmed, 5a ed, 2010.
Alberts, B et al. Fundamentos da Biologia Celular: uma introdução à biologia molecular da célula, Ed. Artmed, 2006.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes