Buscar

ETIOLOGIA DA MALOCLUSÃO-fatores gerais ppt

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ETIOLOGIA DA 
MALOCLUSÃO
Fatores Gerais
ETIOLOGIA – Definição 
● O termo “etiologia” significa o estudo da causa. Em ortodontia, se 
refere as causas das maloclusões.
● Compreender os fatores etiológicos das maloclusões é essencial na 
prática ortodôntica para prevenir certas irregularidades, determinar o 
prognóstico de tratamento e proporcionar a estabilidade dos casos 
tratados.
● Más oclusões são multifatoriais, ter origem de causas hereditárias, 
congênitas, as adquiridas gerais ou locais, e hábitos que influenciam 
no crescimento e o desenvolvimento dos maxilares. Isto é importante 
como meio para detectar e prevenir as más oclusões.
 
 
ETIOLOGIA DA MALOCLUSÃO
A incidência de má oclusão tem aumentado progressivamente, este fato 
deve-se principalmente à evolução do homem, na escala filogenética, em 
relação ao desenvolvimento craniofacial, aos hábitos alimentares e sociais e à 
miscigenação racial. (MOYERS,1979; GRABER, 1980; E LUNDSTROM, 
1971) 
A sugerida por GUARDO refere-se às causas hereditárias e congênitas, 
gerais, locais e às causas proximais (hábitos bucais). Já SALZMANN dividiu 
os fatores etiológicos em pré-natais e pós-natais observando uma influência 
direta ou não, destes fatores, causadores de má oclusão. 
O que é maloclusão? 
● As maloclusões são desvios da normalidade do arco dental do 
esqueleto facial ou de ambos, com reflexos variados nas diversas 
funções do aparelho estomatognático, assim como na aparência e na 
autoestima dos indivíduos afetados e nos relacionamentos afetivos 
familiares e sociais. 
● Compreendidas como problemas de crescimento e de desenvolvimento 
que afetam a oclusão dos dentes.
Classificação das Maloclusões
● Classe I: A posição relativa das arcadas dentárias é normal 
mesio-distalmente, com os primeiros molares usualmente 
em oclusão normal, embora um ou mais dentes possam estar 
em oclusão lingual ou vestibular. 
Classificação das Maloclusões
● Classe II: As relações relativas mésio-distais das 
arcadas dentárias são anormais; todos os dentes 
inferiores ocluindo distais ao normal, produzindo 
desarmonia muito marcante na região incisiva e nas 
linhas faciais. 
Classificação das Maloclusões
● Classe III: A relação dos maxilares é anormal, todos os 
dentes inferiores ocluindo mesialmente à relação normal 
na largura de um pré-molar ou até mesmo mais que um 
pré-molar, em casos extremos. Há, geralmente, uma 
inclinação lingual dos incisivos e caninos inferiores. 
● Classe III: A desarmonia no tamanho das arcadas deve-se, geralmente, ao 
desenvolvimento pouco harmonioso dos ossos maxilares. Em todos os casos 
de maloclusão pertencendo a esta Classe, a desfiguração das linhas faciais é 
mais notável, chegando em alguns casos a deformidades muito 
pronunciadas.
Fatores Etiológicos 
● Toda má oclusão apresenta uma origem multifatorial e não uma única causa 
específica.
● Uma interação de vários fatores pode influenciar o crescimento e o 
desenvolvimento dos maxilares suscitando em más oclusões.
● Os fatores etiológicos da má oclusão são divididos em dois grupos: os fatores 
gerais e os locais.
Fatores Locais
● Afetam diretamente os elementos dentários e os tecidos 
adjacentes. 
● Fatores externos que agem sobre estruturas bucodentais 
afetando a oclusão de forma localizada; 
● É alguma alteração intra-bucal que altera a oclusão; 
● Ex: geminação, fusão; 
Fatores gerais
● Fatores que afetam o metabolismo geral, com direta influência no 
desenvolvimento dos maxilares, dentes e demais tecidos que formam a 
cavidade bucal. 
● Os fatores gerais são classificados assim por serem fatores que afetam o 
metabolismo geral, com direta influência no desenvolvimento dos 
maxilares, dentes e demais tecidos que formam a cavidade bucal. 
Genéticos
Diferenciação
Congênitos Ambientais
Funcionais
Desenvolvimento
FATORES ETIOLÓGICOS DA 
MALOCLUSÃO
SALZMANN,1974
PRÉ-NATAIS PÓS-NATAIS
Influências Pré-Natais
● Pré natal: Consiste em mudanças no ambiente intrauterino capazes de 
provocar mudanças na conformação fetal. Como fibromas intrauterinos 
que podem comprometer a posição do bebê, faixas amnióticas do saco 
vitelino que podem se prender no corpo do bebê, dieta que podem ter 
substâncias afetar o desenvolvimento fetal;
Influências Pós-Natais
● Os principais são os traumatismos faciais, traumatismos dentários e as 
queimaduras.
● Trauma de ATM ao nascimento (parto com fórceps)
● Fratura condiares 
● Anquilose na ATM 
● Aparelhos de imobilização da coluna cervical - Aparelho de Milwaukee
- Inclinação Vestibular dos Incisivos
- Sobremordida exagerada 
Equação Ortodôntica de Dockrell 
adaptada por MOYERS - 1958
Breve exposição do desenvolvimento de todas as 
deformidades dentofaciais.
ETIOLOGIA DA 
MALOCLUSÃO
FATORES GERAIS
HEREDITARIEDADE
● Constitui um dos principais fatores etiológicos 
pré-natais das más oclusões. 
● O padrão de crescimento e desenvolvimento sofre forte 
influência dos fatores hereditários. 
● Existem certas características raciais e familiares que 
podem comprometer a morfologia dentofacial de um 
indivíduo.
HEREDITARIEDADE
● As anomalias de número, na sua grande maioria, 
são de origem hereditária, porém podem também 
estar associadas às deformidades congênitas 
como a displasia ectodérmica e a disostose 
cleidocraniana.
● Outro fator hereditário que contribui para o 
desencadeamento de uma má oclusão é a 
miscigenação racial. 
● Nas populações raciais homogêneas (grupos 
geneticamente puros) quase não se observa má 
oclusão, enquanto que nos grupos que apresentam 
grande miscigenação racial a prevalência de más 
oclusões aumenta substancialmente
HEREDITARIEDADE
HEREDITARIEDADE
Desproporção entre o tamanho dos dentes 
e maxilares
Existem certas características raciais e familiares que 
podem comprometer a morfologia dentofacial de um 
indivíduo. Por exemplo, um jovem pode herdar o tamanho e 
a forma dos dentes do pai e o tamanho e a forma dos 
maxilares da mãe, resultando em uma combinação 
harmoniosa ou não entre os ossos e os dentes. Entretanto, 
não é possível prevenir tal combinação indesejada.
Prognatismo Mandibular
Quando não há harmonia entre os maxilares e existe 
uma projeção mandibular 
Denomina-se prognatismo a um tipo de deformidade 
dento-esquelética (ou dento-facial), na qual a mandíbula 
(maxilar inferior) encontra-se “projetada para frente” de 
forma inadequada, fato este que acarreta prejuízos do 
ponto de vista tanto estético quanto funcional para o 
portador.
O prognatismo é, portanto, considerado como uma 
anomalia do desenvolvimento, caracterizada por um 
“excesso antero-posterior” no crescimento da 
mandíbula, o que determina um tipo de má-oclusão 
definida por Edward Angle (1855-1930) como classe 
III (representada na figura abaixo pela letra D).
DEFEITOS
CONGÊNITOS
● As deformidades congênitas, assim como os 
fatores hereditários, também constituem uma das 
causas etiológicas pré-natais das más oclusões, 
e caracterizam-se por apresentar grande 
influência genética.
● Essas deformidades, agem sobre o embrião, 
desde a sua formação intra-uterina até o 
momento do nascimento, apresentando 
manifestações clínicas imediatas ou tardias.
Fendas Lábio-Palatinas
● Este tipo de má formação congênita caracteriza-se pela falta de fusão entre os 
processos palatinos e/ou dos segmentos que formam o lábio superior, e 
comprometem invariavelmente a arcada superior em maior ou menor extensão de 
acordo com o tipo de fissura.
● Classificam-se em 3 grupos de acordo com a sua localização, tendo como 
referência o forame incisivo:
 GrupoI - Fissuras pré-forame incisivo: envolve somente o palato primário 
geralmente envolvendo o lábio superior, o rebordo alveolar e o assoalho da fossa nasal.
 Grupo II - Fissuras trans-forame incisivo: são as fissuras que englobam o lábio 
superior e o palato em todo sua extensão. Todo indivíduo que apresenta este tipo de 
fissura possui má oclusão.
 Grupo III - Fissuras pós-forame incisivo: são as fissuras que menos comprometem 
a estética, uma vez que o envolvimento anatômico se limita à região posterior ao forame 
incisivo, mas os problemas funcionais relacionados a fala.
Classificação de SPINA,1973
Fendas Lábio-Palatinas
Fendas Lábio-Palatinas
1-fenda facial oblíqua (Falha na união do Processo nasal lateral 
com o processo maxilar)
2-macrostomia unilateral (Falha na união do processo 
mandibular e maxilar)
3-lábio leporino mediano com nariz parcialmente fendido (Falha na 
união do processo nasal medial)
Fendas lábio-Palatinas
1-aspecto normal 
2-lábio fendido unilateral com comprometimento nasal 
(Fissura unilateral pré forame)
3-lábio fendido unilateral comprometendo lábio, maxila e 
narina (Fissura unilateral transforame)
Fendas lábio-Palatinas
4-lábio fendido bilateral abrangendo a pré maxila (Fissura 
bilateral transforame incompleta)
5-fenda palatina simples (Fissura palatina pós forame)
6-fenda palatina combinada com lábio fendido unilateral 
(Fissura transforame completa unilateral)
Sífilis Congênita
● Mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o 
parto. Tem como característica a maxila curta e palato 
profundo, nariz em sela, molares em amora, incisivos 
em forma de barril, em casos mais graves temos a 
tríade de Hutchinson onde o paciente vai apresentar 
hipoplasia de incisivos e molares, surdez, queratite 
intersticial (pele seca e com muita elasticidade).
Tríade de Hutchinson 
Abrange os três achados patognomônicos da doença que são; dentes de 
hutchinson (molares em amora e incisivos em forma de chave de fenda); ceratite 
ocular intersticial e surdez. Além disso podem ocorrer outras alterações como 
deformidade do nariz em sela, palato ogival, hidrocefalia, retardo mental, etc. 
Torcicolo
● A contração muscular excessiva pode restringir o 
crescimento de forma análoga à cicatriz após 
uma injúria. Apesar de alguns casos terem 
intervenção, uma assimetria facial moderada 
pode se desenvolver.
Distrofia Muscular
- Alongamento da face inferior ocorre tipicamente em 
pacientes com síndromes de flacidez muscular, 
- É frequente apresentar mordida aberta anterior 
acompanhada de altura facial excessiva 
Displasia Cleidocraniana
● A displasia cleidocraniana constitui uma deformidade congênita 
geralmente associada à hereditariedade, que também pode provocar 
alterações ao nível da cavidade bucal. Além do sinal clínico mais 
característico, hipoplasia da clavícula, os aspectos bucais mais 
frequentemente observados são: 
• maxila hipoplásica; 
• protrusão mandibular; 
• erupção tardia dos dentes permanentes; 
• dentes supranumerários; 
• hipoplasia do cemento.
Displasia Ectodérmica 
Hereditária
● É uma anomalia de caráter hereditário caracterizada pela falta de 
desenvolvimento dos tecidos de origem ectodérmica. Os portadores 
desta anomalia geralmente apresentam anormalidades de cabelo, 
unhas, cílios, pele, dentes, face, e glândulas anexas (sebáceas e 
sudoríparas principalmente) além de apresentarem uma aparência 
de senilidade. 
Características Clínicas 
Gerais
As principais características intrabucais e faciais são:
1. ausência total (agenesia) ou parcial (oligodontia) dos 
dentes;
2. dimensão vertical reduzida;
3. terço inferior facial reduzido;
4. ausência de osso alveolar;
5. maxilares pouco desenvolvidos;
6. lábios protuberantes.
Acondroplasia
VELLINI,199
8
● Acondroplasia (do grego a=privação, chóndros=cartilagem e 
plásis=formação) é uma doença hereditária, autossômica dominante 
ou adquirida, que afeta a cartilagem dos ossos, impedido-os de 
crescer. É uma das formas mais comuns de baixa estatura 
desproporcional (nanismo). Popularmente, os indivíduos portadores 
dessa condição são conhecidos como anões. Numa grande maioria 
dos casos (cerca de 80%) essa condição é esporádica e resulta de 
uma mutação nova, sendo o primeiro caso na família.
● A acondroplasia pode ou não ser transmitida de pais para filhos. 
Estima-se que os progenitores de um indivíduo afetado com 
acondroplasia têm uma probabilidade muito baixa de repetirem 
essa condição em outros filhos, mas a prole de uma pessoa que 
seja portadora dela tem 50% de probabilidade de transmiti-la aos 
filhos. A acondroplasia parece crescer à medida que aumenta a 
idade paterna na época da concepção.
Acondroplasia
Síndrome de Down
● Também chamada de trissomia do cromossomo 21, é uma anomalia 
genética no cromossomo 21. Durante a meiose, na formação dos 
gametas, pode não ocorrer a correta disjunção dos cromossomos, 
formando três cópias do cromossomo 21. Esta á a principal causa da 
Síndrome de Down, ocorrendo em 85% dos casos estudados. O risco 
de isso acontecer aumenta com a idade materna.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Face achatada
● Fenda palpebral oblíqua
● Orelhas displásicas
● Pele abundante no pescoço
● Prega palmar transversa única
● Hiper-elasticidade articular
● Pelve displásica
● Displasia da falange média do quinto dedo.
● O maxilar e o palato (céu da boca) costumam ser menores e por causa disso, ao fechar a 
boca, os dentes superiores e inferiores não se tocam de forma adequada, podendo gerar as 
chamadas mordida cruzada e mordida aberta, que são problemas de posição dos dentes e do 
formato da parte óssea.
Síndrome de Down
- Fechamento prematuro das suturas do 
crânio, o que leva a diversas deformidades 
cranianas e faciais.
- Caracterizada por Deformidades no 
crânio, a cabeça passa a adotar um aspecto 
de torre e a nuca fica mais achatada, 
Alterações faciais como olhos protuberantes 
e mais afastados que o normal, nariz 
alargado, estrabismo, ceratoconjuntivite e 
diferença no tamanho das pupilas.
Síndrome De Crouzon
Síndrome de 
Treacher-Collins:
- Apresenta-se com deformidades 
craniofaciais, tendo expressão e 
severidade variável. É uma malformação 
congênita que envolve o primeiro e 
segundo arcos branquiais.
- Caracterizada por anormalidades dos 
pavilhões auriculares, hipoplasia dos 
ossos da face, obliquidade 
antimongolóide das fendas palpebrais 
com coloboma palpebral inferior e fissura 
palatina.
Síndrome de Pierre 
Robin:
- Traz a combinação de deficiência mandibular extrema e palato fendido. 
Manifestações bucais
● Mandíbula muito pequena (micrognatia) e 
queixo recuado;
● Retração da língua (glossoptose);
● Severa dificuldade respiratória em decorrência 
da presença da micrognatia e da glossoptose;
● Fenda no palato mole, geralmente em formato 
de U (80% dos casos) e em formato de V;
● Úvula bífida em certos casos ou com uma 
fissura submucosa oculta;
● Palato ogival;
● Malformações dentárias (ocorre em um terço 
dos casos);
● Anomalias músculo-esqueléticas, como 
sindactilia, falanges displásicas, polidactilia, 
articulações hiperflexíveis, dentre outras.
Síndrome de Pierre 
Robin:
● Esta síndrome é uma doença envolvendo pele e anexos, de provável 
origem genética de caráter dominante relacionada ao cromosso X, portanto 
acometendo apenas o sexo feminino, na infância. 
● Os sinais e sintomas mais freqüentemente observados nesta síndrome são: 
anomalias oculares, simetria facial, distrofia nasal, anomalias do couro 
cabeludo, desordens do sistema nervoso e anomalias dentárias. 
● Dentre as anomalias dentárias pode-se destacar: • agenesias; • anomalias 
de forma, como dentes conóides, dentesgeminados ou fusionados e dens 
in dens; • hipoplasia de esmalte.
Incontinência Pigmentar ou Síndrome de 
Blochsulzberguer
Síndrome de Rieger
● A síndrome de Rieger de origem hereditária autossômica dominante 
displásica, caracteriza-se por sinais clínicos relacionados às anomalias 
oculares, umbilicais e dentárias. 
● Os principais sinais clínicos da síndrome envolvendo a cavidade bucal são: 
anomalias de forma: talon cusp e dentes conóides; anomalia de tamanho: 
microdontia; agenesia total ou parcial; hipoplasia de esmalte; hipoplasia 
maxilar; prognatismo mandibular.
FATORES 
AMBIENTAIS
Fatores Ambientais
● A maior parte das crianças apresentam algum tipo de padrão funcional anormal 
ou hábito potencialmente deformante;
● Pacientes diagnosticados com síndrome do respirador bucal podem apresentar 
erupção dentária assincrônica, crescimento da incidência de cárie, formações 
de pólipos e vegetação adcnoidcanas, devido à falta de ventilação nas vias 
aéreas superiores, complicações pulmonares devido ao ar entrar diretamente 
pela boca (ele não é aquecido nem filtrado pelas narinas);
● Os mesmos apresentam como características boca aberta com a conseguinte 
queda da mandíbula, musculatura dos lábios geralmente frouxa, o volume dos 
lábios é sempre desigual, pois o lábio inferior é maior;
● Sucção de chupeta ou dedo por tempo prolongado, podem levar a mordida 
aberta anterior (MAA), que pode acarretar alterações no aspecto estético do 
indivíduo, dificulta preensão e corte dos alimentos, além de prejudicar a correta 
pronuncia de determinados fonemas.
Teratógenos
● Define-se como agente teratogênico qualquer substância, organismo, agente físico ou 
estado de deficiência, que estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz 
alteração na estrutura ou função da descendência.
● O aparecimento de anomalias genéticas devido a exposição à agentes potencialmente 
teratogênicos pode sofrer interferências de acordo com o período de exposição da gestante, 
do tipo do agente em que foi exposto, da duração da exposição e da dose exposta. Podendo 
levar a conseqüências tais como: aborto, prematuridade, malformações, distúrbios do 
comportamento e/ou aprendizado e até alteração no crescimento do bebê.
 
● Os teratógenos conhecidos por 
produzir problemas ortodônticos 
são:
Trauma na ATM
Desequilíbrio Endócrino
● A disfunção endócrina pré-natal pode 
manifestar-se em hipoplasia dos dentes, enquanto 
as pós-natais acelerar ou retardar a direção do 
crescimento facial. Ex: velocidade de ossificação 
dos ossos, tempo de fechamento de sutura, 
período de erupção dos dentes e a velocidade de 
reabsorção dos decíduos.
Desequilíbrio Endócrino
● Dentre os distúrbios endócrinos que afetam 
diretamente a cavidade bucal encontram-se aqueles 
relacionados às glândulas tireóide, paratireóide e 
hipófise. Os diversos sinais de distúrbio variam de 
acordo com o excesso ou a carência de metabolismo 
dos hormônios produzidos por estas glândulas.
Glândula Tireóide
HIPERTIREODISMOHIPOTIREOIDISMO
- Hipodesenvolvida, maxila 
hiperdesenvolvida (geralmente vai ser 
um paciente classe II), macroglossia, 
mordida aberta, retenção de dentes 
decíduos, erupção retardada dos 
permanentes. Tem-se que cuidar 
dessa criança colocando 
mantenedores de espaço para ele ter 
desenvolvimento normal da oclusão.
- Hipertensão arterial, sensibilidade 
à epinefrina, atrofia alveolar, 
esfoliação precoce de decíduos, 
erupção acelerada dos 
permanentes.
Deficiência na 
Dieta
Deficiência na Dieta
● Uma falha nutritiva em crianças em crescimento e desenvolvimento, provoca um 
retardo dos centros de ossificação, afetando também a qualidade dos tecidos em 
formação;
● A má nutrição pode levar a alteração na sequência de erupção, perda precoce ou 
retenção prolongada dos dentes decíduos, vias de erupção anormal ou insanidade dos 
tecidos bucais;
● Deficiência de vitaminas A, B, C, D, da Riboflavina e do Iodo podem contribuir para 
as más formações esqueléticas e dentárias.
Carência de Vitaminas
● A literatura demonstra que uma deficiência nutritiva nas 
crianças em crescimento e desenvolvimento provoca um 
retardo dos centros de ossificação, podendo, assim, 
contribuir para as más formações esqueléticas e 
dentárias.
Vitamina A
● Vitamina A: aumento do nível de anquilose, retardo a 
erupção;
Vitamina B
SCULLY, 2002
● Vitaminas do complexo B: glossite, língua despapilada, 
úlceras orais, queilite angular;
Vitamina C
● Vitamina C: causa distúrbios periodontais devido a alteração 
na produção de colágeno, alterações dentárias e alterações 
do osso alveolar;
Vitamina D
● Vitamina D: hipoplasia de esmalte e dentina, distúrbio na 
calcificação dos ossos, retardo na erupção dentária
Vitamina E
● Vitamina E: alterações de esmalte e dentina.
Agentes Físicos 
● Extração prematura de dentes decíduos – é atribuída às cáries;
● Natureza do alimento – uma dieta altamente refinada, mole, 
modernamente pastosa, desempenha um papel na etiologia de 
algumas maloclusões.
Enfermidades
ENFERMIDADES SISTÊMICAS
● As febres agudas, as infecções crônicas, as paralisias cerebrais e 
as distrofias musculares, quando presentes na fase de 
crescimento e desenvolvimento podem expressar alterações na 
cavidade bucal. Essas alterações afetam os dentes mais em 
termos qualitativos do que quantitativos, podendo ser a 
maloclusão um resultado secundário.
Enfermidades locais
● Enfermidades nasofaríngeas e função respiratória perturbada – esse 
distúrbio induz a alterações na morfologia craniofacial e a maloclusão, 
inclusive aumento na altura da face anterior, palato estreito e profundo, 
incisivos retroinclinados, aumento na altura inferior da face, mordida 
aberta e uma tendência à mordida cruzada;
 
Enfermidades locais
● Enfermidades gengival e periodontal – têm um efeito direto e altamente 
localizado nos dentes, que podem causar a perda dos mesmos, alterações 
nos padrões de fechamento da mandíbula, para evitar traumatismo em áreas 
sensíveis, anquilose de dentes e outras condições que influam na posição dos 
dentes;
● Os tumores podem causar maloclusão quando localizados em áreas dentárias;
● Cáries são a maior causa isolada de maloclusão localizada, podem ser 
responsáveis pela perda precoce de dentes decíduos, inclinação dos dentes 
permanentes, erupção prematura de dentes permanentes etc.
 
Traumas e 
acidentes
Traumas e acidentes
● Acidentes traumáticos obstétrico durante o parto, quando da utilização de 
fórceps, podem provocar fratura do côndilo e hipoplasia da mandíbula. 
● Os traumatismos envolvendo os dentes decíduos podem provocar a 
perda precoce destes ou ainda afetar o germe dentário permanente 
causando desvios de irrupção, dilacerações radiculares e defeitos na 
estrutura dentária
TRAUMATISMO
● Tanto o traumatismo pré-natal (acidentes traumáticos obstétricos), quanto às lesões 
pós-natais (traumatismo de decíduo com perda) podem resultar em deformidades 
dentofaciais. O diagnóstico das maloclusões tem implicações importantes, pois 
constitui-se em um fator predisponente ao traumatismo dentário.
● Traumatismo pré-natal e lesões de parto: hipoplasia da mandíbula pode ser causada 
por pressão uterina ou traumatismo durante o parto. Assimetria causada pela pressão 
de um joelho ou perna na face.
● Traumatismo pós-natal: fraturas dos maxilares e dentes, hábitos e traumatismo da 
ATM.
CONCLUSÕES
Poucas maloclusões são resultantes de uma causa específica, 
geralmente é uma variação clínica significativa do 
crescimento normal, resultante da interação de váriosfatores 
durante o desenvolvimento, tendo origem no desequilíbrio 
entre os sistemas em desenvolvimento que formam o 
complexo craniofacial, desequilíbrios estes com os quais a 
face não pode competir.
BIBLIOGRAFIA
NAKATA, M.;  WEI  S. I. H. Guia de Oclusão em Odontopediatria. Editora Santos, 1995. 
CARMINATTI, Katia. Hábitos deletérios x Maloclusão. Nos limites da tipologia facial. Disponível em: 
<http://www.cefac.br/library/teses/f117df3d57bd554b9dbd84e8b369f342.pdf>. Acesso em: 28 maio. 2018   
PEREIRA, S. R. A. WECKX, L. L. M. Revisão dos hábitos orais deletérios e sua influência nas más oclusões 
dentárias. Disponível em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3471>. Acesso em: 28 Maio. 
2018 
STRANG, R. H. W. Tratado de ortodontia. Buenos Aires, Bibliografia Argentina, 1957. p.66.
MOYERS, R. E. Ortodontia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1979.
MOYERS, Robert E. Ortodontia. 4. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
GRABER, T. M. Ortodoncia. Teoria y práctica. 3.ed. México: Interamericana, 1980.
PROFIT, W. R. Ortodontia contemporânea. 2. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
LUNDSTRÖM, A. Introducion a la ortodoncia. Buenos Aires: Ed. Mundi, 1971.
GUARDO, A. J. Temas de ortodoncia. Buenos Aires: El Ateneo, 1953.
SALZMANN, J. A. Orthodontics in daily practice. Philadelphia: J. B. Lippicott, 1960.
ANDRADE, Eduardo C. et al. Síndrome de Treacher Collins com atresia coanal: relato de caso e revisão de suas características. Rev Bras 
Otorrinolaringol, v. 71, n. 1, p. 107-10, 2005.
YACUBIAN-FERNANDES, Adriano et al. Síndrome de Crouzon: fatores envolvidos no desenvolvimento neuropsicológico e na qualidade de 
vida. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, p. 467-471, 2007.

Outros materiais