AULA 3 e 4 - Aspectos neurofisiológicos

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07/03/2017
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Aspectos neurofisiológicos da 
relação mente-corpo 
UNIDADES FUNCIONAIS DO 
CÉREBRO
Segundo Luria (1973), o cérebro humano é 
composto por três unidades funcionais básicas, 
com funções particulares e integradas, cujas 
participações são fundamentais à atividade mental, 
quer no movimento voluntário e na elaboração 
práxica e psicomotora, quer na produção da 
linguagem falada ou escrita. 
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Primeira unidade funcional
- Unidade da atenção, ou de regulação de tônus 
cortical e postural, equilíbrio, coordenação, 
funções vitais e vigília
- Estruturas: tronco encefálico, diencéfalo e 
regiões mediais do córtex
- Função: regulação do tônus cortical e postural 
e os estados de alerta (sono e vigília) 
- Fenômeno cognitivo: atenção
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
 Primeira unidade funcional
- O estado de alerta é importante para qualquer 
atividade humana
- Tônus cortical: indispensável a qualquer atividade 
mental
- Tônus postural: indispensável a qualquer movimento 
voluntário
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Primeira unidade funcional
Formação reticulada (diencéfalo à medula-
tronco cerebral)
- Responsável pelo tônus cortical (tônus 
corporal), regula a atenção seletiva das 
atividades conscientes e regulação de todas as 
funções vitais durante o sono
- Responsável pelas atividades automáticas do 
ser humano (atividade gastrointestinal, 
respiratória, cardiovascular, postural e 
locomotora), funções elementares, porém vitais
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Primeira unidade funcional
Formação reticulada
- Importante na motivação e aprendizagem
- Transforma as sensações em uma percepção
A primeira unidade funcional está em 
atividade desde antes do nascimento, 
desempenhando participação decisiva durante 
o parto e durante os processos iniciais de 
maturação motora.
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UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Segunda unidade funcional
- Estruturas: 
Estão localizadas nas regiões posteriores e 
laterais no neocórtex – (convexidade superficial 
dos hemisférios cerebrais que contém as zonas 
responsáveis pela recepção dos órgãos 
sensoriais)
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Segunda unidade funcional
- Região occipital (áreas 17, 18 e 19 de 
Brodmann) - análise visual
- Região temporal superior (áreas 41, 42 e 22) -
análise auditiva 
- Região pós-central parietal (áreas 3, 1 e 2) -
analisador tátil e cinestésico (ligado ao 
movimento, ao motor)
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Segunda unidade funcional
Função:
 Recepção, análise e armazenamento da 
informação vindas do mundo exterior
 Específica, juntamente com as células 
nervosas: céls. do córtex visual não são 
encontradas no córtex auditivo...
 Zonas sensorias são capazes de processar 
diferenças míninas, garantindo uma percepção 
integrada, seletiva e complexa.
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Segunda unidade funcional
 Áreas primárias (projeção): recebem impulsos 
da periferia ou as enviam para ela, elas são 
envolvidas pelas zonas secundárias, que se 
sobrepõem funcionalmente às primárias, porém 
com menos especificidade
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Segunda unidade funcional
 Áreas secundárias (projeção-associação): as 
informações são processadas ou programadas. 
Elas se sobrepõem funcionalmente às 
primárias, porém com menos especificidade, 
pois nelas encontramos mais neurônios 
associativos, que combinam as informações 
resultando em padrões mais complexos, as 
percepções
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Segunda unidade funcional
 Áreas terciárias (sobreposição): “organização 
espacial dos estímulos sucessivos em grupos 
de processamento simultâneo, envolvendo 
sequencialização e simultaneidade da 
informação, que resulta no caráter sintético da 
percepção” Luria
 Realizam as funções integrativas. São 
responsáveis pela integração da informação, 
direta e simbólica (cognitiva)- linguagem oral e 
escrita, as operações lógicas, a matemática...
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UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Segunda unidade funcional
 A segunda unidade funcional só entra em 
funcionamento após o nascimento, 
estabelecendo importante papel nas relações 
entre o organismo e o meio (espaço intra e 
extracorporal)
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Terceira unidade funcional
Localizada nas regiões anteriores do córtex, à 
frente do sulco central - lobo frontal
Responsável pela programação, regulação e 
verificação das atividades mentais e motoras.
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Terceira unidade funcional
Ao mesmo tempo que o homem é capaz de reagir 
a estímulos criando estratégias e programando 
ações intencionais, inspeciona sua realização, 
regulando e até reprogramando para que tudo 
saia como planejado
Todo esse processo requer participação de todas 
as três unidades funcionais
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Terceira unidade funcional
A terceira unidade funcional difere da segunda no 
sentido da organização
Enquanto a segunda, responsável pelas funções 
de recepção (sistema sensorial aferente), se 
organiza de forma vertical e ascendente 
(primárias, secundárias e terciárias)
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Terceira unidade funcional
A terceira unidade responsável pela função de 
expressão (sistemas motores eferentes), se 
organiza de forma vertical descendente, ou seja, 
terciárias, secundárias e primárias
UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
Terceira unidade funcional
A terceira unidade funcional depende das duas 
primeiras e, como já vimos, é responsável pelas 
ações voluntárias, que só serão realizadas mais 
tarde. Portanto, nas ações voluntárias podemos 
constatar a interação das três unidades
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UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO UNIDADES FUNCIONAIS DO CÉREBRO
ATENÇÃO
Primeira unidade funcional
Refere-se à habilidade do indivíduo em 
atender a um estímulo específico sem 
ser distraído por estímulos adicionais 
internos ou do ambiente.
A atenção sustenta todas as outras 
atividades cognitivas. Sem concentrar-
se, as pessoas não podem empregar 
nenhuma outra função cognitiva 
efetivamente. 
ATENÇÃO
Primeira unidade funcional
Geral: habilidade em manter o 
pensamento coerente
Seletiva: habilidade em focalizar um 
único estímulo com exclusão dos 
outros; filtrar a informação 
desnecessária (contrasta com o 
conceito de alerta).
ATENÇÃO
Primeira unidade funcional
Alerta diferente de atenção
 Alerta: consciente. 
 Processo de consciência mais básico, no qual 
o indivíduo consciente pode responder a 
qualquer estímulo no ambiente.
 O paciente alerta, mas desatento, pode ser 
atraído por (para) qualquer som, movimento 
ou evento novo ocorrendo nas proximidades 
 Atenção pressupõe alerta, porém o alerta não 
implica necessariamente em atenção
ATENÇÃO
Primeira unidade funcional
Concentração
 habilidade em sustentar a atenção por 
um período mais prolongado; 
importante para o desempenho de 
tarefas intelectuais e pode estar 
prejudicada tanto por desordens 
emocionais, quanto orgânicas
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SENSAÇÃO
Segunda unidade funcional
 Processo de captação e obtenção, de informações sobre 
o ambiente, e sobre si próprio
 As sensações são as fontes básicas por meio das quais 
se conhece o mundo externo e o nosso próprio corpo
 São impressões do ambiente ou do mundo interno 
captadas pelos receptores sensoriais e levadas ao SNC 
pelos nervos periféricos
SENSAÇÃO
Segunda unidade funcional
 O desenvolvimento do sistema sensorial correto 
garantirá à criança e ao indivíduo uma 
concepção mais ajustada sobre o mundo 
exterior que o rodeia
Sensação
 Interoceptivas: dão os sinais do meio interno do 
organismo – fome, bem-estar, mal-estar, tensão, 
satisfação
 Proprioceptivas: dão informaçõessobre a posição do 
corpo no espaço, e sobre as posturas, garantindo a 
regulação dos movimentos
 Exteroceptivas: dão os sinais vindos do mundo 
exterior, criando a base do nosso comportamento 
consciente (olfato, visão, audição, tato e paladar)
PERCEPÇÃO
Segunda unidade funcional
 Processo de internalização e interpretação das 
informações sensoriais
 É a capacidade de reconhecer e compreender os 
estímulos
 Depende de estímulos sensoriais captados pelos 
sentidos: audição, tato, paladar, olfato, visão e de 
sensações cinestésicas interceptivas (sede e fome)
PERCEPÇÃO
Segunda unidade funcional
 Processo de codificação, organização e 
interpretação dos dados sensoriais pelo SNC
A percepção é o 
processo que dá 
sentido e 
significado a uma 
sensação. 
PERCEPÇÃO x SENSAÇÃO
Estimular a percepção:
- Permite à criança registrar suas impressões, 
classificá-las e associá-las com outras
- Faz com que a criança adquira consciência de tudo 
que está sob o domínio de seus sentidos, forme seu 
juízo e atue segundo a conclusão deste, realizando 
insconscientemente comparações e associações
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Percepção auditiva
- É a habilidade para interpretar estímulos auditivos, 
associando-os a estímulos anteriormente percebidos, e 
discriminando-os entre si.
- Constitui um pré-requisito para a comunicação, sendo 
suscetível de ser desenvolvida mediante o exercício e a 
prática
- Permite o desenvolvimento da habilidade para ouvir e 
reconhecer semelhanças e diferenças nos sons
Percepção auditiva
1. A área temporal no cérebro é a responsável 
por sua discriminação
2. 8ª a 12ª semanas :o sentido da audição 
desenvolve-se (feto reage a sons fortes e 
aos estímulos do tato, em especial os 
provenientes da mãe – o som é um dos meios 
para estabelecer os primeiros laços afetivos)
Percepção visual
É utilizada quando manipulamos, conhecemos 
e diferenciamos objetos, cores, tamanhos ou 
símbolos, andamos em qualquer ambiente 
conhecido ou não
É fundamental às aquisições perceptivo-visuais 
nos processos de aprendizagem escolar
Sua qualidade afeta todos os comportamentos 
da criança
O córtex, na área occipital, controla os 
estímulos da visão.
Percepção tátil
O sentido tátil é o mais velho dos sentidos -
(no ventre materno as sensações de contato 
já são recebidas)
Pode-se explorar na percepção tátil: 
variações de pressão/ temperatura/ pesado e 
leve/ seco, úmido e molhado/ objetos 
conhecidos, formas e volumes, sem a ajuda 
da visão - (tanto em relação ao nosso corpo 
como em relação aos objetos)
Percebe-se, também, comunicações corporais 
e não-verbais: ternura, dor, indiferença e 
agressão
Região parietal
Percepção olfativa
Envolve a capacidade de distinguir odores, 
associando-os à origem
Influência na percepção do paladar, 
contribuindo para a discriminação e memória 
de alguns alimentos
Percepção gustativa
Envolve a capacidade de distinguir sabores, 
associando-os à origem, permitindo ao indivíduo 
selecionar os alimentos segundo seu desejo e 
necessidade.
17ª a 20ª semanas : começa a desenvolver o sentido 
do paladar (papilas gustativas estão 
desenvolvidas).
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Memória
 “Constitui o processo mental ativo, mediante o 
qual a informação adquirida é armazenada e 
passível de recuperação” (CONDEMARIN, 
CHADWICK, MILICIC, 1989, p. 289)
 “é a capacidade de fixar vivências recentes e 
evocar vivências antigas” (DORETTO, 2005, p. 
387)
Memória
 Ocorre quando se recorda fatos apreendidos ou 
ocorridos no passado; é o lugar onde a 
informação permanece ao alcance e sem 
limitação de quantidade
 Representa o registro da experiência individual, 
armazena e evoca lembranças, categoriza e 
reproduz traços reais anteriormente gravados
Memória
 Envolve
- atenção (relacionando-se à concentração do 
pensamento para a apreensão de informações)
- motivação (atividade relacionada ao ato de 
vontade, instinto ou desejo),
- a história do aprendizado do sujeito, seu mundo 
interno (relacionado ao raciocínio psicológico e 
os juízos), e sua estrutura genética
Memória
 A falta de memória isola o indivíduo de 
interações sociais significativas, tanto a nível 
emocional como prático, e o priva do senso de 
continuidade pessoal, tornando-o passivo e 
dependente
Memória
 As principais estruturas cerebrais envolvidas 
nos déficits de memória são: hipocampo, tálamo 
(núcleo dorso-medial), núcleo basal de Meynert. 
As lesões do hipocampo e zonas circunvizinhas 
alteram as funções da memória
 Fatores que podem prejudicar a memória:
Problemas de atenção, estresse, depressão, 
ansiedade, medicamentos e injúrias cerebrais 
aula prática p/ compreender as unidades 
funcionais do cérebro:
4 alunos formam uma roda, cada um segura a
extremidade de um barbante cuja outra está
amarrada numa caneta e ficam de costas para o
centro da roda. Estes são numerados de 1 a 4 (serão
os representantes da 1ª unidade funcional -
ATENÇÃO) um aluno observa todos os dados do
ambiente (representante da 2ª unidade funcional –
SENSAÇÃO/PERCEPÇÃO) e vai repassar tais dados
falando baixo na orelha de mais um aluno, que
estará de costas para todos os demais envolvidos na
prática (representante da 3ª unidade funcional
ORDEM DE EXECUÇÃO). Uma lata de lixo é colocada
ao centro da roda, todos esticam seus barbantes e,
de costas aguardam a ordem
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aula prática p/ compreender as 
unidades funcionais do cérebro:
.
O aluno que tudo observa cochicha a ordem para o 
outro que está fora da roda (por exemplo: ”número 1 
dê um passo para frente”) o aluno que ouviu o 
cochicho dá a ordem em voz alta. O número 1 da roda 
executa a ordem e assim por diante até conseguir o 
objetivo final que é colocar a caneta dentro da lata de 
lixo. Para comprovar que as 3 unidades funcionam de 
forma interdependente, basta “atrapalhar” o 
funcionamento de uma delas de cada vez e veremos 
que nossa missão não será realizada.
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Praxia:
- Integrada na terceira unidade funcional de Luria
- Depende da integração e interação da primeira e 
segunda unidade funcional de Luria 
Capacidade de executar gestos voluntários 
aprendidos na ausência de alterações da 
motricidade e da coordenação motora.
Praxia
 Depende:
- Tônus e equilíbrio
- Coordenação da lateralização
- Noção do corpo
- Harmonização do espaço extra e intracorpóreo
- Capacidade de decisão, regulação e verificação para 
materializar a intenção e atingir o fim
Praxia
 Conjunto de movimentos coordenados para um fim 
determinado que depende da aprendizagem
 Praxia global é a expressão motora, do resultado de 
muitas informações sensoriais, extero, proprioceptivas, 
ou seja, é o resultado da integração de fatores 
psicomotores
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: 
- Perda de um conjunto de movimentos 
coordenados para um fim determinado que 
depende da aprendizagem. Resultante de lesão 
nas áreas motoras secundárias
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: 
- Distúrbio do movimento voluntário habilidoso e 
aprendido. Caracteriza-se pela incapacidade de 
executar movimentos que tenham um objetivo, a qual 
não pode ser atribuída à falta de força, perda de 
coordenação, comprometimento da sensibilidade, 
dificuldades de atenção, tônus anormal, distúrbios de 
movimento, deterioração intelectual, pouca 
compreensão ou falta de cooperação
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Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: 
- Não são capazes de executar sequências complexas do 
movimento, podendo demorar mais para aprender uma 
tarefa
- Apresentam movimentos gerais mais lentos, com maior 
hesitação 
- Lesões no hemisférioesquerdo (frontais e parietais 
posteriores)
- Déficit de programação motora
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos (principais)
Apraxia ideomotora
- Discrepância entre o conceito e o 
desempenho. O paciente é capaz de executar 
automaticamente as tarefas habituais e 
descrever como elas são feitas, mas não 
consegue imitar gestos ou executar mediante 
comando
- Apresentam perseveração, o que dificulta o 
ato de terminar a tarefa e passar para a 
seguinte
- Pessoas desajeitadas ao manipular objetos
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos (principais)
- Ex 1: Pede-se que o paciente penteie o 
cabelo. Ele não o usa de forma adequada, mas 
ele penteia o cabelo espontaneamente todos 
os dias
- EX 2: paciente não consegue soprar mediante 
um comando, mas faz bolinhas de sabão ao 
receber uma haste de bolas de sabão
- EX 3: Mediante o comando, não consegue 
andar, mas vai pegar um café na mesa se este 
lhe for oferecido
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos (principais)
- Sugestões de tratamento
1. Fale devagar e use frases curtas
2. Um comando de cada vez e o segundo só 
após o término da primeira tarefa
3. Guiar fisicamente se necessário
4. Executar exatamente da mesma forma todas 
as vezes
5. Quando tudo estiver dominado, tentar 
combiná-las
6. Orientar aos familiares
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos (principais) 
Apraxia ideatória (parietal dominante):
- Defeito na conceituação da tarefa. 
Incapacidade de executar um ato motor com 
propósito – automaticamente ou mediante um 
comando- porque o paciente não entende o 
conceito geral do ato, não consegue reter a 
idéia da tarefa
- Consegue executar os componentes motores 
isolados da tarefa, mas não é capaz de 
combiná-los em um ato completo
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos (principais) 
- Ex 1: Dá ao paciente escova e pasta de 
dentes. Ele pode pôr o tubo de pasta na boca 
ou tentar pôr a pasta na escova sem tirar a 
tampa. Não é capaz de descrever verbalmente 
o processo de escovação
- AVD’s (lavar, cozinhar, etc)
- Não saber montar quebra-cabeça
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Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos (principais) 
- Sugestões de tratamento:
1. Idem para ideomotora
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos
Apraxia construcional/ construtiva:
- Defeito na análise espacial e na conceituação da tarefa
- Envolve a capacidade de entender a relação entre as 
partes e o todo
- Não consegue reunir as unidades para formar 
totalidades (distúrbios na execução da programação 
mental) 
- Relaciona-se com distúrbio do esquema corporal, 
provocando a dificuldade de vestir-se e o 
comprometimento de AVD’s
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Apraxia: tipos
Apraxia construcional:
- Ex: paciente entende tudo em relação a 
lanches e à finalidade dos mesmos, mas não é 
capaz de montar um, mesmo com todos os 
ingredientes diante de si
- Lesão no lobo parietal posterior (D ou E)
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
 Gnosias
- Capacidade de discriminar um estímulo sensorial
- Capacidade de identificar o mundo exterior através 
dos órgãos sensoriais
• Estereognosia: reconhecimento dos objetos pela 
tato.
• Gnosia Visual
• Gnosia Auditiva
• Somatognosia: reconhecimento das diferentes partes 
do corpo.
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
AGNOSIA:
- Incapacidade de reconhecer ou entender as 
informações que chegam, mesmo tendo as 
capacidades sensoriais intactas
- Pode afetar qualquer capacidade sensorial 
(visão, audição, tátil-cinestésica (estereognosia) 
e olfativa (anosmia)
- Pode reconhecer os objetos mediante outras 
modalidades sensoriais
Lesões nas áreas secundárias e associativas
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
Agnosia de objetos visuais (mais comum)
 Compreende a incapacidade de reconhecer objetos 
conhecidos, mesmo tendo a função normal dos 
olhos e tratos ópticos. Pode conseguir identificar o 
objeto por outra modalidade sensorial (manipulado)
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Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
Agnosia auditiva
 Incapacidade de reconhecimento de sons que não 
sejam os da fala ou de fazer distinção entre eles.
 Não percebe a diferença entre o som da campainha 
e do telefone ou entre um latido e um trovão
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
Agnosia tátil 
 Incapacidade de reconhecer as formas ao manuseá-
las, mesmo que as sensações táteis proprioceptivas 
e térmicas possam estar intactas
 Causa dificuldades nas AVD’s 
 Quando um paciente com a visão obstruída recebe 
um objeto, ele não o reconhece.
Aspectos neurofisiológicos da relação 
mente-corpo – Aula 4
Somatoagnosia
- Comprometimento do esquema corporal
- Falta de consciência da estrutura do corpo e da 
relação das partes do corpo com o próprio indivíduo 
e com os demais
- Agnosia corporal