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0 UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO – UNIFENAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CLÓVIS MANZANI NETO LETÍCIA BARBOSA ROCHA DA COSTA MATHEUS RODRIGUES GARCIA YGOR GIMENES ANDAIMES UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Alfenas – MG 2015 1 CLÓVIS MANZANI LETÍCIA BARBOSA ROCHA DA COSTA MATHEUS RODRIGUES GARCIA YGOR GIMENES ANDAIMES UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Projeto de Pesquisa, apresentado ao Curso de Engenharia Civil UNIFENAS, como parte das exigências da disciplina Metodologia Científica. Orientador: Profº. .Paulo Roberto Corrêa Landgraf Alfenas – MG 2015 2 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Andaime simplesmente apoiado .............................................................................................13 FIGURA 2 – Andaime simplesmente apoiado..............................................................................13 FIGURA 3 – Andaime do tipo fachadeiro....................................................................................14 FIGURA 4 – Andaime de fachada circulando integralmente o prédio........................................14 FIGURA 5 – Andaimes de balanço ..............................................................................................15 FIGURA 6- Andaimes em balanço ...............................................................................................16 FIGURA 7- Equipamentos utilizados: andaime suspenso ............................................................18 FIGURA 8 - Vista frontal de um andaime leve (à esquerda) e de um pesado (à direita)..............19 FIGURA 9 - Exemplo de sistema de fixação ...............................................................................19 FIGURA 10 – Representação esquemática das partes constituintes do andaime suspenso mecânico leve ................................................................................................................................20 FIGURA 11 - Croqui da bancada metálica e suas partes componentes..............................................21 FIGURA 12 - Andaime suspenso leve com plataforma de trabalho, guarda-corpo e corrimão....22 FIGURA 13 - Andaimes Suspensos Mecânicos também conhecidos por Balancim Manual ......23 FIGURA 14 - Andaimes suspensos motorizados .........................................................................24 FIGURA 15 - Andaimes de madeira .............................................................................................24 FIGURA 16 - Andaimes de bambu ...............................................................................................24 FIGURA 17 - Madeira serrada para andaimes .............................................................................25 FIGURA 18 - Madeira serrada para bandejas de proteção ...........................................................26 FIGURA 19 - Madeira serrada para escoramentos ......................................................................26 FIGURA 20 – Madeira roliça tratada ............................................................................................27 3 LISTA DE ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ARTs Anotações de Responsabilidade Técnicas CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia DIN Deustschel Indústrie Normen FUNDACENTRO Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho NBR Norma Brasileira Registrada NR 18 Norma Regulamentadora 18 do Ministério do Trabalho 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 6 1.1 Descrição do tema ...................................................................................................................... 7 1.2 Justificativa ................................................................................................................................. 7 1.3. Objetivos .................................................................................................................................... 9 1.3.1 Objetivo geral .......................................................................................................................... 9 1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................................................... 9 1.4 Hipótese ...................................................................................................................................... 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................... 10 2.1 NR-18 (Norma Regulamentadora 18) – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção .................................................................................................................11 2.2 Norma de Segurança em andaime - NBR 6494/90..........................................................................11 2.3 Classificação dos andaimes ....................................................................................................12 2.3.1 Andaimes Simplesmente apoiados .......................................................................................12 2.3.2 Andaimes Fachadeiros ..........................................................................................................14 2. 3.3 Andaimes móveis............................................................................................................................15 2.3.4 Andaimes em Balanço...........................................................................................................15 2.3.5 Andaimes suspensos mecânicos........................................................................................17 2.3.5.1 Andaimes suspensos mecânicos leves ...............................................................................20 2.3.5.1.1 Definição ........................................................................................................................20 2.3.5.2 Partes componentes de bancada de trabalho .....................................................................21 2.3.5.2.1 Bancada metálica.............................................................................................................21 2.3.5.3 Andaimes suspensos mecânicos pesados...........................................................................22 2.3.5.4 Andaimes suspensos motorizados .....................................................................................23 2.3.6 Andaimes de Madeira ...........................................................................................................24 2.3.6.1 Usos da madeira na construção civil..................................................................................24 2.3.6.2 Construção civil leve externa e leve interna estrutural .....................................................25 5 2.3.6.3 Os produtos de madeiras....................................................................................................26 2.3.6.3.1 Madeira roliça .................................................................................................................262.3.7 Risco de queda em altura......................................................................................................27 2.3.8 Dicas de segurança ...............................................................................................................28 2.3.8.1 Dicas na hora de alugar um andaime ...............................................................................28 2.3.8.2 Dicas de segurança na utilização de andaimes ..................................................................29 3 MATERIAL E METODOS ....................................................................................................31 3.1 Andaimes utilizados na Construção civil tipos, e segurança .................................................. 31 3.2 Local ......................................................................................................................................31 4 RECURSOS...............................................................................................................................32 4.1 Recursos humanos ................................................................................................................. 32 4.2 Recursos materiais ...................................................................................................................32 4.3 Recursos financeiros ................................................................................................................33 5 CRONOGRAMA...................................................................................................................…34 6 CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 35 7 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................36 APÊNDICE(S) .............................................................................................................................38 ANEXO .......................................................................................................................................41 6 1 INTRODUÇÃO 1.1 Descrição do tema Os andaimes são construções provisórias auxiliares, munidas de plataformas horizontais elevadas, suportadas por estruturas de seção reduzida e que se destinam a apoiar a execução de trabalhos de construção, manutenção, reparação ou demolição de estruturas. Estas construções provisórias são utilizadas desde há muitos anos, passando dos tradicionais andaimes de madeira que praticamente já não se utilizam, para os andaimes metálicos devido aos melhores rendimentos e níveis de segurança proporcionados por estes. Analisando todas as informações ligadas ao aquecimento da construção civil, conclui se que houve e ainda esta em processo a grande demanda e valorização da mão de obra neste ramo de atividade. Concomitantemente com esta grande demanda aumenta o numero de novos empregados na mão de obra da construção civil, é imprescindível também a preocupação com a segurança para a realização das atividades diárias do colaborador, de modo a garantir o bem estar físico e psicológico de todos. Para tal, faz-se necessário o cumprimento da norma regulamentadora18 (NR-18), a qual tem por objetivo a integridade dos funcionários minimizando o risco de acidentes, não desfazendo a obrigatoriedade do contratante do cumprimento de outras disposições legais pertinentes ao assunto. Desta forma, considerando-se as diversas fases compreendidas pela obra da construção civil é possível enumerar os mais diversos riscos aos quais os operários estão vulneráveis, bem como as causas destes, que podem se subdividirem “humanas, materiais e fortuitas”(ZONTA e tal, 2012, p.68). Como conseqüência a tais riscos, caso não haja um acompanhamento adequado, podem ocorrer acidentes leves ou até mesmo fatais. Sendo assim, de forma a evitar os incidentes e os possíveis acidentes na jornada de trabalho faz-se cada vez mais necessário a preocupação do empregador como bem estar físicoe psicológico do seu empregado, garantindo o desenvolvimento seguro de todas as suas atividades. Os andaimes, considerados como “construções auxiliares provisórias de acordo com a norma DIN 4420” (RAMOSFILHO, 2012, p.23) estão presentes em quase que cem por cento das obras e representam significativa causa de acidentes,“as estatísticas 7 evidenciam uma elevada percentagem de vitimas mortais de acidentes de trabalho ocorridos na montagem,utilização, manutenção, transformação e desmontagem destes equipamentos” (ZONTA e tal,2012, p. 70). Como conseqüência do mau uso destes, pode-se citar os acidentes em altura,“associados majoritariamente à utilização inadequada dos andaimes”(ZONTA E Tal, 2012, p.68), tornando-se um dos vilões do trabalho em obras da construção civil. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) órgão do governofederal, os riscos de quedas em alturas na maior parte dos casos associados àutilização de andaimes suspensos poderá ser a principal causa de acidentes graves e fatais na indústria da construção civil. Portanto, a prevenção dos riscos no local de trabalho e nas atividades inerentes a este é o principal foco das normas regulamentadoras (NR) do ministério do trabalho, cabendo a todos os envolvidos no setor da construção a garantia de segurança aos seustrabalhadores em suas funções, de forma a garantir o bem estar e a integridade física dos mesmos. É importante também o cumprimento de todas as normas referentes às atividades específicas envolvidas nas etapas da construção civil, bem como a busca pela prevenção dos acidentes, de forma a atenuá-los e até mesmo evitá-los, sempre que possível, já que se sabe que esta atividade destaca-se entre as áreas lideres de acidentes, impactando diretamente na área econômica do país. Baseado nestes fatos buscou-se realizar estudos de casos em obras da construção civil nas quais estão presentes os andaimes, de forma a analisar suas condições “fundamentais de uso, estabilidade, rigidez e resistência bem como o cumprimento das normas vigentes e associadas aos mesmos. Por esta razão, este trabalho será realizado com ênfase para eliminar ou superar os riscos de acidentes de trabalho gerados por quedas em alturas pela utilização de andaimes. 1.2 Justificativa: A idéia do trabalho parte do principio que, os andaimes são indispensáveis em qualquer tipo de construção civil, no entanto existem inúmeros tipos de andaimes, que divergem características, material, segurança e preço. 8 O Brasil está entre os 10 países com maior número de vítimas em acidentes de trabalho e a cada ano, pelo menos três mil brasileiros morrem vítimas desses acidentes, de acordo com a Previdência Social (2006). O setor que concentra maior número de casos é o da construção civil e a principal causa é a inobservância das normas de segurança, em outras palavras, a falta do uso de equipamentos de segurança. O resultado disto é o aumento de 60% no número de mortes no setor da Construção Civil (Jornal Bom Dia Brasil, 2009). O alto índice de acidentes provocados por queda de altura fez com que se aprofunde no estudo e entendimento das normas e procedimentos constantes na NR 18, de forma a entender que quanto mais simples e objetivo for o critério de aplicação da norma, bem como de outras ferramentas prevencionistas, maior será a garantia de que esta aplicação se dê de forma habitual e, consequentemente, pró- ativa. Algumas dessas ferramentas prevencionistas baseam - se em fazer uma previsão, um planejamento para prevenir acidentes,avaliando os riscos e implementando ações antes que aconteça um acidente. Diante desses fatos destaca-se que as melhorias de desempenho da segurança somente poderão ser alcançadas se todos os envolvidos nos trabalhos de um canteiro de obras mudarem seus comportamentos. Esta afirmação parte do princípio de que segurança não é somente resultado de medidas de segurança claras e rigorosas, mas que a prática da segurança nos locais de construção é também uma consequência da cultura organizacional. O interesse pelo tema aqui proposto surge ao deparar com a pouca atenção dispensada na aplicabilidade das Normas de Segurança: NR – 18 e NBR 6494/90. A própria resistência do operário e o pouco caso dispensado pelos responsáveis pelas obras quanto às determinações legais nos reportou a uma pesquisa minuciosa de causa e efeito, tentando delimitar procedimentos e comportamentos que nos dessem um ponto de entendimento. As normas que apresentam pontos de fácil aplicabilidade e baixo custo reais dos equipamentos são usadas em grande escala, surge o ponto de desequilíbrio onde a não adoção de tais normas trás oneração, acidentes de grandes proporções e atrasos na obra. A intenção é buscar este ponto de equilíbrio e dar soluções simples e coerentes na adoção e aceitabilidade dos procedimentos legais. Por isso mostrar que diante dos perigos que os andaimes apresentam ao trabalhador segundo o Ministério do 9 Trabalho e Emprego (MTE) é possível fazer o cumprimento, a manutenção e a fiscalização perante aos trabalhadores habilitados através de rendimentos. Também vamos abordar a relação custo benefício dos tipos de andaimes mais utilizados na construção civil, o mais viável para cada tipo de obra específica. 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo geral Este trabalho tem por objetivo levantar dados sobre os diferentes tipos de andaimes na construção civil e mostrar a importância da conscientização do trabalhador na redução ou na eliminação dos acidentes de trabalho, e mostrar também que o trabalhador num ambiente de trabalho sadio estará menos suscetível a se envolver em acidentes ou incidentes, além de preparar os funcionários para trabalhar com segurança em andaimes suspensos e fachadeiros, adotando uma postura prevencionista, informando sobre os riscos mais comuns da atividade e orientando sobre as medidas preventivas a serem adotadas, verificando o atendimento às normas e as conformidades n NR-18, referente ao correto uso dos mesmos preparando os funcionários para trabalhar com segurança com andaimes. 1.3.2 Objetivos específicos Conscientizar os trabalhadores sobre a importância de escolher o tipo certo de Andaime; Identificar prováveis causas da ocorrência dos acidentes de trabalho no setor da construção civil, causados principalmente pela falta de uma análise global dos riscos associados na atividade correspondente; Informar aos trabalhadores com dicas na hora de alugar um andaime; Verificar quais tipos de andaimes são mais tentáveis e seguro. Mostrar que uma das formas de prevenção, consiste na informação e treinamento dos trabalhadores. 10 1.4 Hipótese Devido à grande utilização dos Andaimes na construção civil para fases de serviços de obra bruta externa (telamento da estrutura, chapisco, reboco e/ou emboço), acabamento fino externo (aplicações de selador e textura e/ou revestir com cerâmica e logo após aplicar o rejunte), manutenções e limpeza sempre o trabalhador é alvo de sofrer acidentes fatais devido a não utilização correta de seus equipamentos de segurança sem contar que a saúde do trabalhador quando não se aparenta em boas condições é outro fator favorável em acontecer acidentes. Em alguns casos os andaimes são encarados como meios auxiliares provisórios, que por isso poderiam ser montados e desmontados sem obediência a todos os requisitos necessários para garantir a segurança dos operários. O resultado são andaimes improvisados e inseguros, A não utilização, por parte do operário, dos equipamentos de proteção individual (cinturão de segurança com trava quedas). Muitas vezes isso acontece porque o trabalhador não recebe o equipamento de segurança da empresa ou também porque o operário mostra resistência a sua utilização, o que por sua vez decorre de falta de treinamento e conscientização adequados, mas isto talvez possa ser melhorado com o acompanhamento por parte de pessoas habilitadas, o que atinge desde o projeto até a montagem e a supervisão continuada do trabalho na obra. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Este referencial, limita-se à apresentação dos principais conceitos teóricos necessários ao desenvolvimento deste trabalho. Inicia - se com a definição da NR – 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), onde são considerados exigíveis e obrigatórios a segurança do trabalhador quanto ao uso de andaimes. Em segundo tópico, define-se a NBR 6494, onde descrevem- se as condições estruturais que devem ser observadas na elaboração de projeto e construção de andaimes segundo a sua classificação (andaimes em balanço, andaimes suspensos, andaimes simplesmente apoiados). Atua como norma de desempenho quando especificam limites de resistência, vãos de flecha máximo desejável, auxiliando no dimensionamento e execução dos andaimes que devem ser projetados para resistir às solicitações a que estarão submetidos. 11 2.1 NR-18 (Norma Regulamentadora 18) – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção Esta norma regulamentadora estabelece algumas diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção Civil. Faz referência a muitos itens de extrema importância para o ambiente e áreas de vivência na construção civil. Faz recomendações sobre escoramentos, fôrmas, demolições, estruturas temporárias, rampas, escadas, escavações, entre outros. Determina e especifica parâmetros para proteções individuais e coletivas, tratando de proteções em aberturas de pisos, beiras e plataformas de limitação de quedas de materiais. Estabelece diretrizes para montagem e desmontagem de equipamentos de transporte vertical e quanto a cabos de aço. Trata de todos os aspectos relacionados com os trabalhos executados com todos os tipos de andaimes existentes, desde os simplesmente apoiados, passando pelos fachadeiros, móveis, em balanço, suspensos, até o uso de cadeira suspensa. 2.2 Norma de Segurança em andaime - NBR 6494/90 ABNT NBR 6494 regula a montagem dos andaimes e determina os requisitos de segurança para que se possa trabalhar nessas estruturas de forma segura, sem oferecer riscos à saúde dos trabalhadores e de outros indivíduos que estejam próximos ao local. Esta norma regula parâmetros de dimensionamento e condições estruturais para serem analisadas na elaboração de projetos e montagens de andaimes segundo a sua ordem. Atua como norma de desempenho quando especifica limites de especificação, lança máxima admissível e outros parâmetros para resistir ás esclarecimentos submetidos. Também apresenta resistência dos componentes e acessórios utilizados na 12 sustentação, ancoragem e montagem como cabos de aço, por exemplo. Esta norma se aplica aos andaimes que permitem o acesso de pessoas e equipamentos aos locais de trabalho, usualmente superfícies verticais auxiliando o desenvolvimento das construções, bem como aquele que operam em construções já elevadaspara efeito de reparos, reformas, acabamentos, pintura, torres de acesso, outros.(DRESCH, 2009). 2.3 Classificação dos andaimes Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, onde não possam ser executados em condições de segurança a partir do piso. Os andaimes tanto podem ser comprados ou alugados por empresas especializadas em monta-los na própria obra. Segundo a NR 18 citado por AdrianaDresch (2009) “o dimensionamento dos andaimes, suas estruturas de suspenção e fixação, devem ser realizados por profissional legalmente habilitado e devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, como segurança, as cargas de trabalho a que estão sujeitos”. A mesma NR 18 emenda que, para qualquer tipo de andaime a ser utilizado, o soalho de trabalho deve conter cobertura completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo seguro e resistente. Além do mais devem conter o sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro, com execução do lado da face de trabalhado. Os andaimes encontrados atualmente são construídos principalmente de madeira, material metálico ou misto, sendo este formado por suporte metálico e plataforma em madeira. Vale ressaltar que quando o andaime é constituído de madeira é necessário verificar se ela é de boa qualidade, seca, não contaminada por fungos ou atacada por cupins. Também não dever conter nós, pois estes submetem na resistência estrutural.Os andaimes usados na indústria da construção civil podem ser classificados em: simplesmente apoiados; fachadeiros; móveis; em balanço; suspensos mecânicos (pesados e leves) e cadeira suspensa. 2.3.1 Andaimes Simplesmente apoiados Andaime empenhado na estrutura simplesmente apoiada independe da edificação.Podem ser leves ou pesados. 13 Os leves são muito utilizados por carpinteiros, pintores, etc., que não fornecem cargas pesadas sobre a plataforma de trabalho. Os pesados são para o uso de pedreiros em serviço de alvenaria, concretagem, montagem de peças de aço e de operários que trabalham com revestimento de pedra. A NR 18 inibe o trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a dois metros e largura inferior a noventa centímetros, também exige que os andaimes cujos soalho de trabalho estejam situados a mais de um metro e cinquenta centímetros de altura devem ser usado de escadas ou rampas.(DRESCH, 2009). A norma também exige que os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de altura devem ser providos de escadas ou rampas. (FIG. 1). Figura 1 – Andaime simplesmente apoiado Fonte: Andaimes Rhema Figura 2- Andaime simplesmente apoiado Fonte: UFSC 14 2.3.2 Andaimes Fachadeiros São aqueles constituídos de quadro vertical e horizontal, placa de base, travessa diagonal, guarda-corpo, tela e escada (FIG. 3). Permitem o acesso de pessoas e materiais à obra, sendo muito utilizado em serviço de manutenção de fachadas e de construção, quando não é possível o acesso pela parte interna da obra. permite a maior facilidade na montagem e no manuseio, podendo ser aproveitados para os serviços de pinturas de fachadas e colocação de revestimentos em paredes. Os acessos verticais os andaimes fachadeiros devem ser feitos em escada incorporada a sua própria estrutura ou meio de torre de acesso. Possui camadas extensas de madeira ou aço em sua montagem, formando uma espécie de piso, que facilita o trabalho dos operários. Esses pisos são montados em diversos níveis do andaime, formando vários andares onde é possível ficar em pé em segurança, ocorrendo a circulação de pessoas e materiais,dispondo de proteção com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalente, desde a primeira plataforma de trabalho até pelo menos dois metros acima da última plataforma de trabalho, segundo a NR18, citada por AdrianaDresch, 2009. Uma opção substituta em lugar dos balancins para a execução de revestimentos nas fachadas dos edifícios. Para os autores Souza e Franco, 1997 citam que, em algumas situações, entrar com o fachadeiro durante a execução da estrutura, procurando com isto substituir as plataformas principais e secundárias. Figura 3: Andaime do tipo fachadeiro Figura 4: Andaime de fachada circundando integralmente o prédio . Fonte: Andaimes Rhema Fonte: Andaimes Jahu 15 2. 3.3 Andaimes móveis Andaimes apoiados sobre rodas e sendo metálicos (FIG 5) . Usualmente é de fácil montagem, o que não precisa de projeto, cuidados especiais ou de mão de obra especializada. Cita AdrianaDresch (2009) que este material transporta-se facilmente uma vez que possui grandezas reduzidas. São ajustados em empregos de instalação e acabamento. Deve se utilizar esse tipo de andaime em regiões planas. A NR 18 inibe o deslocamento de andaimes com a presença de materiais ou pessoas na plataforma. Figura 5 - Figura evidenciando o andaime móvel Fonte: Andaimes Rhema 2.3.4 Andaimes em Balanço Para revestimentos de fachadas, os andaimes suspensos, também conhecidos como balancins, são os equipamentos mais utilizados para o transporte vertical dos operários na execução das tarefas. Também deveram ser calculados para suportar o peso das ferramentas e da argamassa depositada em carrinhos ou caixas sobre os andaimes antes da aplicação nas paredes. (GOMES, 2006). Adriana Dresch (2009) menciona que estes andaimes fora da construção são suportados por vigamentos ou estruturas em balanços, seja por engaste ou outro sistema de contra balanceamento no interior da construção, podendo ser fixos ou deslocáveis. Geralmente utilizados quando os andaimes não podem apoiar-se sobre o solo ou sobre uma superfície horizontal resistente. 16 Figura 6 - Andaime em balanço Fonte: Fundacentro Maryana Giribola (2014), menciona no seu artigo que a oferta dos balancins elétricos tem evoluído a passos lentos no Brasil. Atualmente poucos fornecedores trabalham com este tipo de equipamento, o que faz com que os preços sejam altos e a demanda, baixa. No segmento residencial os modelos mecânicos ainda são mais procurados do que os elétricos. A oportunidade do equipamento elétrico correspondência dos custos mais altos do equipamento com redução do custo de mão de obra. Outro problema que freia a demanda pelo balancim elétrico é o índice de falhas em obras. Fornecendo e construtoras relatam que o equipamento é delicado e quebra com frequência quando submetido a operações mais bruscas ou a erros de operações. Por isso, o treinamento de mão de obra é indispensável para viabilizar o sistema. Com a mudança da NR35, que transfere para as construtoras a responsabilidade pelo treinamento dos operários no trabalho em altura, o cenário tende a mudar. Pela nova norma, para que o colaborador seja consideradocapaz de operar o equipamento, ele deve ter sido submetido teórico e prático para trabalho em alturas, com carga horária mínima de oito horas. Esse treinamento deve ser renovado em período bienal e também quando houver mudança nos equipamento ou retorno de afastamento do trabalho por período superior a 90 dias. Assim os problemas casados por sobrecarga de trabalho são evitados. Instalação, operação e manutenção. O projeto de instalação dos balancins elétricos deve levar em conta a formação 17 da fachada do edifício, as cargas de trabalho a que os equipamentos estarão sujeitos, os detalhes dos comportamentos frequentes para a operação de montagem e desmontagem e, ainda, as grandezas e posições amarradas. É indispensável que os projetos sejam específicos para cada obra, e não adaptados a partir de projetos antigos e/ou similares. Durante a montagem, é preciso que haja um local adequado para o aterramento elétrico. O motor deve estar em área protegida das intempéries, já que pode atrair correntes elétricas. O projeto do edifício deve idealizar também locais adequados para fixar a estrutura de sustentação na cobertura, os chamados pontos de fixação ou de contrapeso. As construtoras têm repassado a responsabilidade de montagem para os próprios fornecedores dos balancins ou até para empresas especializadas em instalações e desinstalações. Nesses casos, as Anotações de Responsabilidade Técnicas (ARTs) emitidas são de responsabilidade das terceirizadas. Além disso, cabe à construtora assegurar que todo trabalho em estrutura seja realizado sobre supervisão. Durante a operação, é preciso respeitar o limite de peso que as plataformas suportam. Depositar no equipamento somente o material necessário para o uso imediato é um meio de evitar o sobrepeso, que pode causar problemas operacionais nos balancins. Ao final do dia de trabalho é preciso verificar a integridade dos dispositivos de suspenção e deixar o equipamento limpo, principalmente os cabos, motores e plataformas. Antes de iniciar os trabalhos, alguns itens devem ser chegados, como a amarração dos cabos de suspenção, a fixação dos motores, o sistema de sustentação das vigas e os freios de segurança. Os cabos de sustentação, além de limpos, devem ser mantidos lubrificados. 2.3.5 Andaimes suspensos mecânicos O andaime suspenso é o equipamento regularmente classificado pelas construtoras do país para o revestimento de fachadas de edifícios de múltiplos pavimentos raramente são constatadas as opções por outros equipamentos não suspensos, por exemplo, andaime fachadeiro ou plataforma de trabalho com sistema de movimentação vertical em pinhão e cremalheira, o andaime fachadeiro proporciona maior segurança ao trabalhador do que os suspensos, porém estes possuem maior rapidez na instalação e desinstalação (GOMES, 2006). De acordo com AdrianaDresch (2009), os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de apoio dos andaimes suspensos deverão ser iniciados por projeto 18 elaborado e acompanhado por profissional legalmente apto, este deverão obter placa de identificação em local visível, onde registra a carga máxima de trabalho permitida. Sendo fornecido para serviço de revestimento externo, emboço, colocação de pastilhas, mármores, cerâmica e serviços de pedreiro, alcançando sempre alta produtividade e grande redução de custos. Andaimes, pesados ou leves, em que o estado é sustentado por travessas metálicas ou de madeira, suportando por meio de cabos de aço, movimentando-se no sentido vertical com auxílio de guinchos. Os andaimes pesados têm formação e aspectos que permitem suportar cargas de trabalho de 400 Kgf/m² no máximo, considerando os valores de segurança de cada um dos seus componentes. Figura 7: Equipamentos Utilizados: andaime suspenso Fonte: Andaimes Jahu 19 Os Andaimes leves têm formação e aspectos que permitem resistir carga total máxima de trabalho de 300 kgf, também considerando os fatores de segurança de cada um dos seus componentes. Figura 8: Vista frontal de um andaime leve (à esquerda) e de um pesado (à direita) Fonte: UFRGS A sua suspensão só poderá ser sustentada ou fixada em elemento estrutural do edifício e deverá ser feita por meio de vigas, afastadores ou outras estruturas metálicas. A encosta do dispositivo de sustentação, voltada para o interior da construção, deve ser adequadamente fixada, considerando essa particularização do projeto propagado. Atualmente a NR 18 não especifica os andaimes suspensos leves ou pesados. Todos os procedimentos descritos na norma servem para ambos os equipamentos. Figura 09 : Exemplo de sistema de fixação Em caso de sustentação em platibanda ou beiral da edificação, essa ser precedida de estudos de verificação estrutural, resistência da platibanda ou beiral aos esforços solicitantes, sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. Fonte: Sintracon 20 2.3.5.1 Andaimes suspensos mecânicos leves 2.3.5.1.1 Definição Para melhor compreensão do sistema de montagem, é de fundamental importância entender a definição, partes componentes e modo de operação dos andaimes suspensos mecânicos leves. Essa circunstancia podem sofrer dissociação de empresa para empresa, devido à variedade e criatividade das empresas do setor. Adriana Dresch(2009) descreve a NR18 abortando a definição sobre a variação de andaimes mecânicos suspensos leves para pesados, está na carga que cada um deve suportar, sendo de 300 kgf para o leve e 400 kgf para pesado. Neste equipamento, a transmissão de dispositivo (block-Stop), que trava o movimento de cabo de aço específico para segurança quando o equipamento fica desnivelado. O mecanismo de trava é acionado quando o desnível do equipamento atinge 15graus, atendendo as normas legais para o equipamento. O guincho isolado, suporte de suspensão e viga de suspenção são os componentes do equipamento, a plataforma não é entregue totalmente concluída, sendo necessária no canteiro a união de montagens para a sua utilização. Para esta função é necessário o emprego de tábuas.(GOMES, 2006). Figura 10 - Representação esquemática das partes constituintes do andaime suspenso mecânico leve, bem como equipamentos de segurança individuais e coletivos. (Jahu, como é comumente chamado o andaimes suspenso mecânico, é uma marca e não um modelo de andaime) Fonte: Andaimes jahu 21 2.3.5.2 Partes componentes de bancada de trabalho 2.3.5.2.1 Bancada metálica Estruturada em perfis metálicos de seção tubular quadrada, distinguida por formar um monte sobremodo leve, em comparação com esferas mais volumosas. Apresenta como uma grande desvantagem o fato do processo corrosivo iniciar na parede interna do tubo, necessitando de uma manutenção periódica em curtos ciclos de vida útil. Grande parte dos metais inclina-se a se oxidar quando manifesto ao ar, principalmente em ambientesúmidos. Entre as várias atuações fornecidas para evitar ou retardar a oxidação, os mais comuns são a aplicação de pintura protetora, a formação deligas com outros elementos que reduzam ou eliminem tal tendência e a conexão a polis elétricos que inibem a ocorrência do fenômeno. As barras metálicas são compostas por parafusos e porcas sextavadas, em aço inoxidável e, em outros pontos, unidas por processos de soldagem. O comprimento total de 1m a 5m, podendo ser composto por módulos, unidos por parafusos na parte inferior lateral. Sua largura geralmente é de 0,70m. A cabine do balancim é constituída para suportar a carga de trabalho de 2 operários, peso médio de 45 kg cada adicionada de equipamentos, ferramentas e insumos de recuperação, bem como do peso próprio da bancada ( aproximadamente 100kg) total não ultrapassa a carga de 300 kgf.(DRESCH, 2009). Figura 11. Croqui da bancada metálica e suas partes componentes. Fonte: Andaimes Jahu 22 Figura 12: Andaime suspenso leve com plataforma de trabalho, guarda-corpo e corrimão. As plataformas podem ser metálicas (2 e 3 ) ou de madeira (2,3 e 4 m). Fonte: Andaimes Jahu 2.3.5.3 Andaimes suspensos mecânicos pesados Equipamento constituído pelo conjunto de múltiplos guinchos, através de estrados de madeira. O acionamento é manual por catraca simples e não é composto de dispositivo de travamento da queda, conforme usado no andaime leve. A montagem de andaimes suspensos pesados é mais trabalhosa que a dos outros tipos pelo fato de a plataforma ser montada no canteiro e a necessidade de maior número de cabo de sustentação. Na loja, as peças componentes dos equipamentos são separadas, junto com acessórios originais, em vigas de sustentação e guinchos. Alberto Ronald Gomes (2006) explica que as vigas de sustentação são içadas para a laje indicada, regularmente a de cobertura, onde são fixadas. O guincho e estrados de cantoneiras que, unidos através de peças de madeira formarão as plataformas dos andaimes, são assiduamente montadas sobre as plataformas de segurança no primeiro pavimento. A etapa final da montagem dos andaimes chega no iça mento dos cabos dos guinchos e fixação nas vigas de sustentação. Para a segurança nos trabalhos de canteiro, faz-se necessária a formação de procedimentos de acordo com trechos de andaimes no projeto específico. 23 FIG. 13- Andaimes Suspensos Mecânicos também conhecidos por Balancim Manual Fonte: IW8 Equipamentos 2.3.5.4 Andaimes suspensos motorizados Para o autor Alberto Ronald GOMES (2006), o andaime suspenso motorizado, também chamado de plataforma de trabalho elétrica, é provido pelo painel de comando ou botoeira de operação, com possibilidade de acionamento manual na falta de energia. No comando de operações sobe desce do equipamento são aplicadas por botões individuais de pressão contínua. Ainda conta com o botão para o nivelamento, botão de emergência para parada de movimento e a chave geral, liga e desliga. As plataformas de trabalho são distribuídas pelos fornecedores em intensidade, que unidos podem formar plataformas de até 9,00m de extensão. O peso próprio e a capacidade de carga útil para cada composição. Além do cabo de tração para a movimentação do equipamento, um segundo cabo passa por dispositivo de segurança, também usado no andaime suspenso leve, que paralisa o movimento do andaime quando ocorre um desnivelamento excessivo da plataforma de trabalho. Este desnivelamento pode significar o início de queda do andaime por ruptura do cabo. A segurança dos operários nos andaimes suspensos é complementada pelo uso de cinto de segurança tipo paraquedista, ligado a um mecanismo trava-quedas de segurança, preso no cabo de fibra sintética. A fixação deste cabo deverá ser feita em ponto de estrutura do edifício, independente do ponto de fixação dos andaimes. Com viso, o equipamento utiliza dois cabos de aço, sendo um necessário ao 24 movimento e outro que passa por mecanismo que impede a caída em caso de queda da plataforma. Os dois cabos são mantidos esticados por meio de contrapeso em suas extremidades inferiores. FIG.14- Andaimes suspensos motorizados Fonte: Albiz 2.3.6 Andaimes de Madeira 2.3.6.1 Usos da madeira na construção civil Não é tão recente a criação dessas estruturas com a finalidade de promover o acesso à alturas elevadas. Desde a Antiguidade, gregos, egípcios e outros povos já utilizavam um tipo de estrutura bem parecido com o andaime no formato que conhecemos hoje, porém os materiais para sua montagem eram um pouco diferentes e bem menos resistentes, como o bambu e a madeira, que garantiam uma baixa segurança. FIG. 15- Andaime de madeira FIG. 16- Andaime de bambu Fonte: planetasustentavel/obrassustentaveis 25 O uso em estruturas de cobertura são utilizadas peças simplesmente serradas, como vigas, caibros, pranchas e tábuas. Tais produtos são comercializados em lojas especializadas, conhecidas como depósitos de madeira. Nos usos na construção civil os principais centros demandantes de madeira serrada, localizados nas Regiões Sul e Sudeste, se abasteceram durante décadas com o pinho-do-paraná (Araucariaangustifolia) e a peroba-rosa (Aspidospermapolyneuron), explorados nas florestas nativas dessas regiões. Com o esgotamento dessas florestas, o suprimento de madeiras nativas passou a ser dividido em parte, a partir de países limítrofes, como o Paraguai, porém de forma mais significativa a partir da Região Amazônica. As madeiras de pinus (Pinus spp.) e eucalipto (Eucalyptus spp.), geradas nos reflorestamentos implantados nas Regiões Sul e Sudeste, também passaram a atender construções habitacionais. Tais mudanças têm provocado a substituição do pinho-do-paraná e da peroba- rosa por outras madeiras desconhecidas dos usuários, às vezes importuno ao uso desejado. A instalação de medidas enxergando o uso racional e sustentado do material madeira deve-se considerar desde a minoração dos impactos ambientais da exploração florestal centrada 22 em poucos tipos de madeira, passando pelas medidas para diminuição de geração de resíduos e reciclagem dos mesmos, até a ampliação do ciclo de vida do material pela escolha correta e pelos procedimentos secagem e preservação. 2.3.6.2 Construção civil leve externa e leve interna estrutural Reúne as peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários (andaimes, escoramento e fôrmas para concreto) e as ripas e caibros utilizadas em partes secundárias de estruturas de cobertura. A madeira de pinho- do-paraná (Araucariaangustifolia) foi a mais utilizada, durante décadas, neste grupo. FIG.17 – Madeira serrada para andaimes 26 FIG. 18 - Madeira serrada para bandejas de proteção FIG. 19- Madeira serrada para escoramentos 2.3.6.3 Os produtos de madeiras Os produtos de madeiras utilizados na construção variam desde peças com pouco ou nenhum processamento – madeira roliça – até peças com vários graus de beneficiamento, como: madeira serrada e beneficiada, lâminas, painéis de madeira e madeira tratadacom produtos preservativos. 2.3.6.3.1 Madeira roliça A madeira roliça é o produto com menor grau de processamento da madeira. Consiste de um segmento do fuste da árvore, obtido por cortes transversais (traçamento) ou mesmo sem esses cortes (varas: peças longas de pequeno diâmetro). Na maior parte dos casos, sequer a casca é retirada. Tais produtos são empregados, de forma temporária, em escoramentos de lajes (pontaletes) e construção de andaimes. Em construções rurais, é frequente o seu uso em estruturas de telhado. Neste tipo de produto também se enquadra a madeira roliça derivada dos 27 postes de distribuição de energia elétrica, em geral tratados com produtos preservativos de madeira, que é empregada em estruturas de edificações, assim como a madeira roliça empregada na pré-fabricação das chamadas log homes. A madeira roliça na região centro-sul do país é proveniente de reflorestamentos, principalmente daqueles realizados com as diversas espécies de eucalipto (Eucalyptus spp.). Madeiras nativas na forma roliça são empregadas somente nas regiões produtoras, como na Amazônia, onde se destaca a acariquara (Minquartiaguianensis), pela sua resistência mecânica e alta durabilidade natural. FIG.20 - Madeira roliça tratada Fonte: Albiz 2.3.7 Risco de queda em altura De acordo com a NR 35 citado por Edilene CristinaGribeler (2012), a profissão em altura, tende ser toda ocupação efetuada acima de dois metros do nivelamento inferior, onde há risco de queda. Redigido a esta norma é aplicável a qualquer trabalho realizado acima de dois metros de altura do piso, em que haja risco de queda do trabalhador, tanto em elevação ou em profundidade. As principais causas deste tipo de acidente são: * Devidas à perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço sem proteção; * Falta de proteção; * Falha de uma instalação ou de um dispositivo de proteção (quebra de suporte ou 28 ruptura de cabo de aço); * Métodos impróprios de trabalho; * Trabalhador não apto ao trabalho em altura (problemas de saúde); * Contato acidental com condutor de tensão elétrica. 2.3.8 Dicas de segurança 2.3.8.1 Dicas na hora de alugar um andaime: Ao selecionar um andaime, algumas questões como o projeto do edifício especificado, a forma do andaime e sua localização de montagem devem ser consideradas. A capacidade da estrutura metálica de escoramento de se adaptar aos contornos da estrutura deve também ser levada em conta, especialmente se um andaime modular for utilizado. Além disso, a finalidade para a qual o andaime será empregado é outro tópico importante a considerar no planejamento. Veja abaixo algumas dicas para alugar um andaime: - Procure uma empresa especializada e de confiança no mercado. Lembre-se que essas estruturas precisam ser de boa qualidade para não causar acidentes que podem ser até fatais. - Esclareça todas as suas dúvidas técnicas com o atendente. Explicite qual utilização você dará para o andaime (que tipo de obra), o tamanho necessário etc e veja qual é o tipo de andaime mais apropriado para o seu caso. - Verifique se a empresa está devidamente registrada no CREA. - Coloque o nome da empresa nos buscadores e veja se há algum consumidor relatando algum problema que teve com esta empresa. Se tiver, leia atentamente e questione a empresa a respeito antes de contratar o serviço. - Não se apegue somente a um bom preço: nem sempre o aluguel mais caro é o melhor, mas desconfie de alugueis com preço muito abaixo do mercado, pois a qualidade das estruturas pode não ser tão boa, comprometendo a segurança. - Peça indicações a amigos ou familiares que já precisaram alugar andaimes ou procure saber qual empresa aluga estas estruturas para grandes obras, como condomínios etc. - Procure conhecer as normas que regulam a fabricação, montagem e utilização dos andaimes e veja se a empresa conhece bem essas normas. - Pergunte se a empresa oferece também todos os equipamentos de segurança necessários para a utilização do andaime, bem como se possuem profissionais 29 qualificados para realizar a montagem da estrutura no local da obra. - Antes de alugar, veja as condições dos materiais usados, observando se estão em bom estado. 2.3.8.2 Dicas de segurança na utilização de andaimes A queda de altura é a maior causa de mortes no setor da construção. No Brasil, a falta de segurança na utilização de andaimes e cadeiras suspensas, levando à queda de operários, provoca um grande número de acidentes graves e fatais. Por isso, é muito importante tomar certos cuidados com este tipo de estrutura, tanto na hora de alugar quanto na hora de utilizar. No tópico anterior, explicamos quais são os cuidados necessários na hora de alugar este tipo de equipamento, levando em consideração uma série de fatores. Agora, neste tópico, iremos abordar os cuidados necessários durante a utilização dos andaimes, seja ele de que tipo for. Veja abaixo algumas dicas de segurança para utilização de andaimes: Apenas utilize andaimes que foram montados por empresas e profissionais qualificados para este serviço, pois só eles podem garantir uma montagem perfeita a ponto de assegurar a segurança dos operários. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual, também chamados de EPIs. No caso dos andaimes, um dos itens mais importantes dos equipamentos de proteção individual é o cinturão de segurança com trava quedas, preso à estrutura da edificação. É ele quem garantirá sua segurança caso haja algum problema com a estrutura, evitando uma possível queda. Use também outros itens importantes, como capacetes e luvas. Muitas vezes, as próprias empresas não fornecem os equipamentos de segurança necessários para esses operários que trabalham em grandes alturas ou suscetíveis a qualquer outro tipo de risco. Além disso, acontece também do próprio funcionário se negar a utilizar os equipamentos, por falta de conhecimento ou por mera negligência. Em ambos os casos, é preciso conscientizar patrões e empregados sobre a importância dos EPIs, resultando em uma diminuição dos casos de acidentes deste tipo na construção civil. Certifique-se de que o andaime está estável. Muitas vezes, eles são apoiados em bases de sustentação irregular (terrenos irregulares), causando instabilidade e acidentes. A NR 18 exige que os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida e capaz de resistir aos esforços solicitados e às cargas transmitidas. 30 Não utilize andaimes apoiados sobre cavaletes, pois os mesmos não possuem boa sustentação. É imprescindível a utilização de guarda-corpos e rodapés em andaimes que utilizam plataforma tipo passarela, pois eles oferecem maior segurança ao trabalhador. Confira se o andaime está em bom estado, bem conservado e sem ferrugens ou soldas mal-feitas. Utilize cinturão de segurança e cabo guia. Em alguns casos, o cinturão é preso na própria estrutura do andaime, o que não garante a segurança do trabalhador em caso de queda. Não sobrecarregue a estrutura, colocando mais operários nos andaimes do que o mesmo comporta. Pergunte ao fabricante quantos quilos o equipamento suporta com segurança. Verifique também a carga suportada pelo piso. A NR 18 diz que a área sob a plataforma de trabalho deverá ser devidamente sinalizada e delimitada, sendo proibida a circulação de trabalhadores dentro daquele espaço. A circulação de pessoas em volta dos andaimes ofereceriscos ao pedestres e ao próprio operário. Deve haver a proteção com tela dos andaimes, para aparar a queda eventual de materiais, bem como com plataforma de proteção na altura do primeiro pé- direito. Tenha cuidado com andaimes móveis, que possuem rodas. Isso porque a falta de dispositivos de travamento das rodas pode causar deslocamentos indevidos e acidentais. Além disso, a NR 18 proíbe o deslocamento de andaimes com a presença de materiais ou pessoas na plataforma. Ela precisa estar totalmente vazia durante o deslocamento. Tenha muita atenção também com as redes elétricas. Como a altura dos andaimes é bem grande, corre-se o risco de ficar muito próximo a fiações e postes. Por isso, o risco de descargas elétricas é alto. Para evitar, certifique-se antes da montagem de que o andaime não alcançará ou ficará muito perto dessas redes. Cuidado com os objetos e ferramentas. Martelos, soldas e outras ferramentas utilizadas na construção civil são pesadas e podem causar graves acidentes ao caírem dos andaimes. Além disso, podem também desequilibrar o operário que as manuseia. Toda a movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem e/ou desmontagem de andaimes deve ser feita através de cordas ou sistemas 31 próprios deiçamento. Não é permitido lançar peças em queda livre Toda a sobra de material deve ser retirada, acondicionada adequadamente ou através da utilização de dutos de descarga. Fique atento com as roupas, que podem enroscar nos equipamentos e causar quedas ou ferimentos. Sob mau tempo, como chuvas e ventos fortes, evite a utilização de andaimes, especialmente os que são suspensos. Após um longo período não- utilizado, peça para um profissional especializado averiguar as condições estruturais da estrutura. Ao sinal de qualquer mal estar, como pressão baixa, vertigem, enjôo, labirintite etc, peça imediatamente ajuda e desça do andaime. 3 MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho será desenvolvido por meios de referências bibliográficas, consulta das leis em vigor do Ministério do Trabalho e levantamentos dos dados, o presente trabalho é centrado na prevenção de acidentes contra quedas de altura através dos sistemas de proteção coletivos e individuais descritos nas normas regulamentadoras, NR 18.13 (Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura), propondo-se ações para reduzir os acidentes de trabalho no setor da construção civil em busca da melhoria contínua dos processos e estudo sobre a utilização dos andaimes na construção civil. 3.1 Andaimes utilizados na Construção civil tipos e segurança. 3.2 Local: Serão realizados em Dois canteiros de obras particulares: Na primeira obra serão analisados os andaimes de madeira custos e proteção. Na segunda obra serão analisados os andaimes metálicos, seus custos e proteção. 32 3.3 Estatística: Descrever os diferentes tipos de andaimes utilizados para cada tipo de construção, se numa construção houver dois tipos de andaimes, verificar qual é o mais seguro e qual tem menor custo. 3.4 Comparação dos benefícios entre os andaimes utilizados em construção, com suas características e peculiaridades, sendo assim, cada um é indicado para um caso diferente, contudo é o caso dos andaimes metálicos. 3.5 Verificar qual procedimento tomará com os andaimes de madeira após seu uso nas obras, qual o seu destino, pode ocorrer reutilização, descarte ou outros fins. 3.6 Verificar como serão locados os andaimes, por unidades (peças) e/ou por metro, pois são os casos dos andaimes de madeira. 4 RECURSOS 4.1 Recursos humanos: Participarão da realização do presente trabalho, 04 componentes do grupo (alunos), 01 professor /orientador, para apêndice: 01 engenheiro, 01 técnico, 01 encarregado de obras, 01 pintor, 01 pedreiro e 01 ajudante em geral. 4.2 Recursos materiais: Para a realização deste trabalho, será necessário: Notebook Acer ES1-411 –C8 FA Intel Quad Core 4 GB 500 GB Tela Led 14”- com acesso a internet; impressora jato de tinta, Projetor Datashow BS275 2700 Lumes e materiais de consumo (sulfite, tintas, pendrive e pasta, ). 33 4.3 Recursos financeiros: DESCRIÇÃO VALOR Notebook Acer ES1-411 –C8 FA Intel Quad Core 4 GB 500 GB Tela Led 14” R$ 1.179,00 Impressora HP Deskjet R$ 391,02 Serviços de Terceiros (Internet) R$ 70,00 Projetor Datashow BS275 2700 Lumes R$ 1.249,90 Materiais de consumo R$ 103,50 TOTAL: R$ 2.993,42 34 5 CRONOGRAMA DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ANDAIMES UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Atividades J F M A M J J A S O N D Definição do Tema e Equipe X X Otimização do Projeto X X Treinamento das técnicas de análise X X Análises do andaime no primeiro canteiro De obra (madeira). X X Análises do andaime no segundo canteiro De obra (metálica). X X Análises do andaime no terceiro canteiro De obra (madeira e metálica). X X Recurso financeiro da obra (Materiais, funcionários, aluguel do andaime, Etc.) X X Análise dos dados do uso de cada material X X Análise dos resultados finais X X Discussão/Conclusão X X Redação do Trabalho X X Apresentação Oral X X Entrega do Trabalho definitivo X X 35 6 CONCLUSÃO A Constituição Federal determina que o trabalhador tem direito a proteção de sua saúde, integridade física e moral e segurança na execução de suas atividades. O trabalho deve ser executado em condições que contribuam para a melhoria da qualidade de vida e a realização pessoal e social. A segurança e a saúde do trabalhador são de responsabilidade do empregador e dos profissionais envolvidos no ambiente de trabalho. A discussão aqui apresentada visa buscar a melhoria das condições de trabalho e saúde dos operários como forma de dar-lhes cidadania e dignidade, através da melhoria do ambiente de trabalho. Com este trabalho procurou-se apresentar os problemas e as medidas a serem adotadas para diminuir a incidência de acidentes de trabalho com andaimes na construção civil. O presente trabalho, portanto, contribui para que se tenha uma visão mais abrangente dos dispositivos utilizados em trabalho em altura, bem como atentar para os critérios que se deve se ter no momento da aquisição, montagem, utilização e manutenção dos mesmos no canteiro de obras, objetivando a otimização e racionalização dos processos. 36 7 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Nelma Mirian Chagas; MELO, Maria Bernadete F. Vieira;Custos da implantação do PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) em obras de edificações verticais. João Pessoa: UFPB, 1998. 9p. (Dissertação, Mestrado em Engenharia de Produção), p.03-05, 1998. Disponível em: <http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/12-10-50- cust0sdaimplantaca0d0pcmat.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2015. CICHINELLIGisele.Segurança. Como trabalhar com segurança em andaimes. As dicas úteis sobre uso de EPIs e cuidados nos andaimes tubulares. Revista como construir na prática Equipe de obra.Ed. 8, Novembro de 2006. Disponível em: <http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/8/artigo36165-1.aspx>Acessoem: 2 mai. 2015. CATARI. Andaimes. Andaime FA-48. Disponível em:<http://www.catari.com.br/andaimes.html. Acesso em: 2 mai. 2015 DRESCH, Adriana; Informações Necessárias para a segurança na utilização de andaimes; Engenharia de Segurança de Trabalho e Departamento de Engenharia Mecânica (Monografia), Escola de Engenharia de Segurança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre 2009, p. 9, 10-22, 24-35,41- 42. Ago. 2009. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27782/000747239.pdf?sequence=1> . Acesso em: 26 abr. 2015. ETC ANDAIMES. Andaimes.Disponível em:<http://www.andaimes.etc.br/mg/alfenas/>. Acesso em: 29 abr. 2015. ETC ANDAIMES.Tipos de andaimes. Disponível em:<http://www.andaimes.etc.br/dicas/tipos-de-andaimes>.Acesso em: 29 abr. 2015. ETC ANDAIMES. Normas de segurança dos andaimes. Disponível em:<http://www.andaimes.etc.br/dicas/normas-de-seguranca-dos-andaimes>. Acesso em: 29 abr. 2015. ETC ANDAIMES. Dicas na hora de alugar um andaime. Disponível em:< 37 http://www.andaimes.etc.br/dicas/dicas-na-hora-de-alugar-um- andaime>.Acesso em: 29 abr. 2015. ETC ANDAIMES.Dicas de segurança na utilização de andaimes. Disponível em:<http://www.andaimes.etc.br/dicas/dicas-de-seguranca-na-utilizacao-de- andaimes>. Acesso em: 29 abr. 2015. ENGIOBRA. Máquinas e Equipamentos. Tipos de Andaimes Utilizados na Construção Civil. 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Tipos de andaimes e balancins, qual equipamento alugar para a sua obra. Andaimes. 07 de agosto de 2013. Disponível em: <http://www.urbe.com.br/tipos-de-andaimes-e-balancins-qual-equipamento-alugar- para-a-sua-obra/>. Acesso em: 29 abr. 2015 ZENID, Geraldo José; Madeira : uso sustentável na construção civil 2. ed. São Paulo : Instituto de Pesquisas Tecnológicas : SVMA, 2009. Cap. 3,4 p. 20-23.Disponível em: <http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br/bitstream/handle/123456789/10757/Livro_ Madeira-uso-sustentavel-constru%C3%A7ao- civil.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 26 abr. 2015. 39 APÊNDICE A – PERFIL DO TRABALHADOR. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO–PERFIL DO TRABALHADOR EMPREENDIMENTO LOCALIZAÇÃO Idade: Sexo: ( )feminino ( ) masculino Grau de escolaridade: Tem planos de estudar? ( ) sim ( ) não Renda familiar mensal: Seu salário é a única renda familiar? ( ) sim ( ) não Estado civil: ( ) solteiro ( ) casado ( )outro Possui filhos , ( ) sim ( ) não ( ) quantos ? Conhece o significado de EPI e EPC? ( ) sim ( ) não Conhece a norma NR-18? ( ) sim ( ) não Recebeu algum treinamento, qual? ( ) sim ( ) não Tem medo de perder o emprego? ( ) sim ( ) não Conhece alguém que sofreu acidente? ( ) sim ( ) não Você já sofreu algum acidente? ( ) sim ( ) não 40 APÊNDICE B– ROTEIRO DE ENTREVISTAS TRABALHADORES Trabalha em atividades com altura faz: ( ) Menos de 6 meses ( ) De 6 meses a 1 ano ( ) Mais de 1 ano Participou de treinamento teórico e prático específico sobre trabalho em altura em altura? ( ) Não Participou ( ) Menos de 6 meses ( ) De 6 meses a 1Ano ( ) Mais de 1 ano Em sua última avaliação médica do trabalho o médico perguntou sobre: medo de altura desmaios ou tonturas? ( ) Sim ( ) Não Toma remédios para pressão alta, coração ou diabetes? ( ) Sim ( ) Não Tem procedimento(s) escrito sobre como executar seu trabalho em altura de modo seguro? ( ) Nunca ( ) Algumas Vezes ( ) Maioria das Vezes ( ) Sempre É informado sobre os riscos e cuidados antes de iniciar um trabalho em altura? ( ) Nunca ( ) Algumas Vezes ( ) Maioria das Vezes ( ) Sempre Tem supervisão de alguém quando realiza trabalhos em altura? ( ) Nunca ( ) Algumas Vezes ( ) Maioria das Vezes ( ) Sempre Realiza inspeção na condição dos EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem? ( ) Nunca ( ) Algumas Vezes ( ) Maioria das Vezes ( ) Sempre 41 APÊNDICE C- ROTEIRO DE ENTREVISTAS A GERÊNCIA DE OBRA E SEGURANÇA DO TRABALHO Qual a sistemática adotada para liberação e planejamento do trabalho em altura (Permissão de trabalho, Análise de risco, Procedimento operacional)? Como é realizada a liberação dos trabalhos em altura? É realizado arquivamento dessa documentação de liberação de trabalho em altura e de Análise de risco? Os trabalhos em altura tem supervisão na operação por parte de alguém? Quem? Como é realizada a supervisão dos trabalhos em altura? São realizadas inspeções nosEPIs, acessórios e sistemas de ancoragem? De que forma e com que freqüência ? São registradas as inspeções formalmente? Os trabalhadores que executam trabalho em altura tem treinamento específico? Como é feito o controle deste quesito? Os trabalhadores que executam trabalho em altura tem liberação médica para tal atividade? Como é feito o controle deste quesito? Em caso de emergência com atividade em altura existe algum plano de contingência? Qual é o procedimento? 42 ANEXO A–NORMA REGULAMENTADORA NR-35 TRABALHO EM ALTURA Publicação D.O.U. Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012 27/03/12 35.1. Objetivo e Campo de Aplicação 35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. 35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. 35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis. 35.2. Responsabilidades 35.2.1 Cabe ao empregador: a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma; b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT; c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura; d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis; e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas; f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle; g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma; h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura; 43 j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade; k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma. 35.2.2 Cabe aos trabalhadores: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma; c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho. 35.3. Capacitação e Treinamento 35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura. 35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; b) análise de Risco e condições impeditivas; c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; f) acidentes típicos em trabalhos em altura; g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros. 35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações: 44 a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; b) evento que indique a necessidade de novo treinamento; c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias; d) mudança de empresa. 35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador. 35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou. 35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa. 35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho. 35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo. 35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho. 35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável. 35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa. 35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado. 4. Planejamento, Organização e Execução 35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado. 35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa. 35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que: 45 a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados; b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação; c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais. 35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador. 35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura. 35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia: a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução; b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma; c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado. 35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade. 35.4.4 A execução do serviço deve considerar
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