Buscar

FUNDAMENTOS DO DIREITO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS DO DIREITO 
 
01.TEORIA GERAL DO DIREITO 
Expressão: Directus, adjetivo latino, significa retidão, justo, 
retilíneo. Sentidos: 
1. Estudo científico das normas que organizam a sociedade, 
promovendo a justiça, considerado uma ciência dividida em 
partes segundo o objeto de estudo (direitos constitucional, 
administrativo, tributário, do trabalho e civil); 
2. Conjunto de normas, que representam os interesses das 
pessoas naturais jurídicas protegidas no direito objetivo 
(todo direito é objetivo, baseado numa norma objetiva) e no 
direito positivo (emanam da vontade do estado através do 
poder judiciário, como as leis que emanam do legislativo); 
3. Conjunto de interesses das pessoas na área jurídica 
protegidas por lei (direito subjetivo); 
4. Conjunto de normas abstratas, ideais, de caráter ético, 
inerentes à natureza humana (direito natural), por quando 
gravadas na consciência de cada um independe do direito 
objetivo e positivo. 
 
Ramos: mesmo que o complexo de normas seja uno e 
indivisível, é dividido segundo a natureza das normas em: 
1. público (se destinam a proteger o interesse coletivo - 
normas constitucionais, administrativas, penais, do trabalho, 
tributárias, ambientais); 
2. privado (se destinam a proteger o interesse particular – 
direito civil, comercial). 
 
Fontes (formas de manifestação do direito na sociedade): 
1. costumes: são normas não escritas sedimentadas através 
dos tempos, do cotidiano, regras de conduta popular, prática 
habitual, direito consuetudinário (objetivo, não positivo); 
2. doutrina: é a teorização do conhecimento jurídico e emana 
a norma através de investigação científica, tornando as leis 
mais claras; 
3. jurisprudência: deriva do latim jurisprudentia (julgar com 
prudência), conjunto de decisões judiciais irrecorríveis, 
uniformes em torno de uma mesma matéria e que operam 
efeitos vinculantes e podem ser favoráveis ou desfavoráveis 
(ex: juizes, súmulas de tribunais podem formar jurisprudência 
e posterior lei); 
4. lei: é um conjunto de normas escritas, disciplinadoras da 
sociedade de acordo com critérios de justiça, objetivando 
promover o equilíbrio social, deriva do latim lex e de legère 
(ler), termo que se lê, publicada no diário oficial, não deve ser 
ignorada e pode ser considerada em desuso (teoria da 
tridimensionalidade do direito – fato social, norma, justiça; a 
lei é o espelho das nossas necessidades), suas características 
são: 
a) Generalidade (devem ser genéricas, se destinar a todos), 
Imperatividade (toda norma contempla uma ordem com uma 
penalidade implícita), 
b) Bilateralidade (toda norma define um direito e impõe um 
dever), 
c) Coercibilidade (a norma nos induz a pratica ou abstenção 
de um ato, se seus preceitos não forem respeitados, haverá 
punição), 
d) Distributividade (as normas distribuem justiça na 
sociedade). 
Publicação (ingresso da lei no mundo jurídico) 
Vigência (início da obrigatoriedade da lei *previdência 90 
dias, tributaria começo do ano civil, inicio do exercício, os 
demais 45 dias) 
Revogação (eliminação de seus efeitos jurídicos): 
a) expressa: a própria lei nova revoga expressamente a lei 
anterior no seu próprio texto. 
b) tácita: a lei nova não revogando expressamente no seu 
texto a lei anterior, com ela, no entanto torna-se incompatível 
(subentendida). 
c) parcial: a lei nova ou expressa ou tacitamente apenas 
revoga parte da lei anterior (derrogação). 
d) total: quando toda lei anterior perde seu efeito expressa 
ou tacitamente (Ab-rogação). 
OBS.: A lei nova não prejudica o direito adquirido, o ato 
jurídico e acabado e a coisa julgada. A eficácia é a adequação 
da lei a realidade social. 
 
Hermenêutica do direito: do grego hermeneutm, 
interpretação da lei, investigação cientifica da lei com analise 
de um sentido único tornando-a compreensiva para a 
sociedade. Quem interpreta a lei é o hermeneuta ou exegese. 
Mitologia grega: mercúrio interpretava as leis e Hermes era o 
mensageiro. 3 técnicas: 
1. Literal (mediante exata compreensão do sentido de suas 
palavras, ex é defeso o direito disso, é proibido seu direito); 
2. Objetiva (através da compreensão de seus objetivos, 
interpretação teleológica); 
3. Sistemática (enquadrando-a no sistema sócio-juridico, 
contextualizando-a como parte de um sistema jurídico, mais 
abrangente e completa). 
 
Princípios gerais do direito: fundamentos filosóficos 
manifestados através de proposições que, revestindo 
natureza dogmática, não admitem questionamentos, como 
beneficiar o réu, direito adquirido, coisas já julgadas – 
sentenças irrecorríveis não podem ser modificadas com uma 
nova lei. 
 
Equidade e justiça: equidade vem do latim equitate, é o bom 
senso que se deve fazer presente nas soluções de conflitos 
(sentimento de justiça) e justiça, do latim justitia, possui 2 
sentidos: 
1. amplo (lato-sensu) designa a própria organização do poder 
judiciário, penal, eleitoral, comum, etc.; 
2. restrito (estricto-sensu) valor ético que é perseguido pelo 
direito da sociedade e consiste em atribuir a cada o que é seu 
de direito. 
 
02.A CONSTITUIÇÃO E A ORDEM JURÍDICA 
INFRACONSTITUCIONAL DO ESTADO 
BRASILEIRO 
Constituição: conjunto de normas jurídicas estruturadoras 
da sociedade, lei fundamental do Estado porque fixa as 
diretrizes básicas da sociedade, define a forma de estado 
(federal), de governo (republicano), de sistema 
(presidencialismo), etc. Define direitos individuais, sociais e 
políticos, além de suas respectivas garantias. Todas as demais 
devem ser submetidas ao seu texto (suprema) sob o risco de 
inconstitucionalidade - lei que contraria a constituição sob o 
aspecto formal (tem que ser aprovada na câmara e no senado 
com maioria absoluta); quanto à matéria (o conteúdo quando 
se trata de um assunto proibido ou ausente da órbita da 
constituição, ex condições pétreas imutáveis). 
 
O princípio da supremacia constitucional consiste em que 
todas as leis que integram a ordem jurídica do estado são 
infraconstitucionais. 
 
Controle da constitucionalidade: preventivo, exercido pelo 
legislativo através do veto ou também pelo executivo (evita 
que uma lei inconstitucional ingresse no mundo jurídico) e 
regressivo, exercido pelo judiciário através do STF que 
promova a ADIN (ação direta de inconstitucionalidade) 
(elimina do mundo jurídico uma lei inconstitucional). 
 
Tipos: classifica para efeitos práticos e doutrinários quanto: 
a) A origem: outorgadas (autoritárias, impostas pelo 
governante, 1824 elaborada por José Bonifácio, Dom Pedro I, 
e 1937 – portaria e polaca – Getúlio Vargas) ou 
votadas/promulgadas (elaboradas nas assembléias 
constituintes, representantes do povo). 
b) A forma: codificadas (escritas, todas as brasileiras) e não-
codificadas (consuetudinárias baseadas nos costumes e 
tradições, Inglaterra). 
c) A mutabilidade: rígidas (exigem para revisão mecanismos 
dificultadores, todo um processo especial e qualificado), 
semi-rígidas (exigem mecanismos dificultadores apenas com 
relação a alguns de seus preceitos) e flexíveis (constituições 
elásticas contrarias da rígida, se modificam na conformidade 
dos costumes). 
 
Ordem jurídica infraconstitucional: leis inferiores à 
constituição 
Espécies normativas: 
1. emendas constitucionais: propostas que se destinam a 
alterar a constituição, submetidas em 2 turnos na câmara 
(rígidas). Podendo ser aditivas (acrescentam artigos), 
supressivas (eliminam preceitos) e substitutivas (atribuem 
uma nova redação às normas). 
2. leis complementares: regulamentam normas 
constitucionaise devem ser aprovadas por maioria absoluta. 
3. leis ordinárias: normatizam o cotidiano da vida social, não 
trata diretamente da constituição como o código civil, podem 
ser aprovadas por maioria relativa. 
4. leis delegadas: elaboradas pelo presidente através de 
delegação de poderes conferida pelo congresso nacional 
através de resolução. 
5. medida provisória: atos normativos editados pelo 
presidente com vigência imediata após sua publicação em 
situações de urgência ou de interesse publico relevante, 
submetidos ao congresso com prazo de 60 dias, prorrogáveis 
uma única vez por igual período; se rejeitada pelo congresso 
ou não convertidas em lei no prazo aludido, perderão sua 
eficácia desde a edição, hipótese em que o congresso 
disciplinará através de decretos legislativos situações 
jurídicas pretéritas de modo a evitar violação de direitos 
adquiridos. 
6. decretos legislativos: atos normativos com que o congresso 
nacional disciplina assuntos da sua exclusiva competência, 
como assinaturas em tratados internacionais pra liberação de 
divisas por ex, ou disciplina relações jurídicas decorrentes de 
MP rejeitadas. 
7. resoluções: atos normativos com que a câmara e o senado 
disciplinam assuntos das respectivas competências privativas, 
como a contratação de pessoal. 
Processo legislativo: (fases de um projeto de lei) 
1. iniciativa: criação da lei, a maior parte tem iniciativa na 
câmara, passando depois pelo senado e pela presidência. 
2. discussão: antes de ser discutido no plenário, o projeto é 
examinado e discutido por uma comissão. 
3. votação: aprovação ou rejeição do projeto no plenário 
através do voto. 
4. sanção: (aceitação do projeto pelo presidente da republica) 
ou veto (rejeição do projeto pelo presidente, que comunica 
as razoes do veto no congresso, ex lei inconstitucional); isso 
no prazo de 15 dias, caso não se pronuncie, seu silencio é 
conhecido como presunção tácita. 
5. promulgação: atestado de que a ordem jurídica foi inovada. 
6. publicação: ingresso da lei no mundo jurídico. 
 
03.DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS 
Direitos constitucionais: assim considerados porque estão 
definidos na constituição, são os direitos individuais, sociais 
e políticos que constituem um conjunto de limitações 
impostas ao estado. 
 
Individuais e coletivos: são os direitos das pessoas naturais 
ou jurídicas consideradas na individualidade. 
1. À igualdade (todos são iguais perante a lei); 
2. À legalidade (todos devem agir segundo os princípios 
legais); 
3. À liberdade de expressão do pensamento (não podendo 
atingir a moral das pessoas, assumindo sem anonimato os 
danos das conseqüências do que se fala e que se tenha 
provas); 
4. Ao livre exercício de qualquer trabalho (respeitadas as 
qualificações definidas em lei, caso contrário será falsidade 
ideológica); 
5. De locomoção, ir e vir (só cerceado quando é preso); à 
propriedade (revestida de função social); 
6. À herança (não se pode deserdar, renuncia-se em nome de 
um favorecido, sem herdeiros o $ fica com a união); 
7. À inviolabilidade da residência; ao sigilo da 
correspondência (telefônica escrita ou digital); 
8. À irretroatividade das leis (são editadas para normatizar o 
futuro e não o passado, salvo as penais que retroagem para 
beneficiar o réu); 
9. À garantia da inexistência no sistema jurídico penal da 
prisão perpétua, da pena de morte e da tortura; 
10. À garantia da inexistência de prisão por dívidas, salvo as 
obrigações alimentícias ou apropriação indébita (não 
recolher o INSS do empregado por ex); 
11. À indenização pelo estado por erro judiciário; do principio 
do contraditório (ninguém pode ser punido sem o direito de 
defesa); 
12. De resposta proporcional ao acaso. 
 
Sociais: direitos dos indivíduos na sociedade, como saúde, 
educação, trabalho, lazer, previdência, habitação, segurança, 
proteção à mulher, criança e idoso, transporte, assistência aos 
desamparados, direitos dos trabalhadores. 
 
Políticos: direitos de votar e ser votado fundamentados no 
princípio filosófico da soberania popular, porem existem 
restrições definidas legalmente. São condições de 
elegibilidade: 
1. Nacionalidade brasileira; 
2. Pleno exercício dos poderes políticos; 
3. Alistamento eleitoral; 
4. Domicílio eleitoral na circu (localidade onde o candidato 
reside) 
5. Filiação partidária; 
6. Idade mínima de: 
-Presidente, vice-presidente e senador [35 anos] 
-Governador e vice-governador [30 anos] 
-Deputado federal, deputado estadual, prefeito e vice-
prefeito [21 anos] 
-Vereador [18 anos] 
 
Garantias constitucionais: institutos jurídico-processuais 
previstos na constituição que asseguram a observância dos 
direitos constitucionais. 
a) habeas corpus: será concedido quando alguém estiver 
preso ilegalmente (liberatório) ou ameaçado de prisão por 
abuso de poder (preventivo). 
b) mandado de segurança: para proteger direitos líquidos e 
certos (claros) comprometidos por ameaça velada 
(preventivo) ou ameaçados de comprometimento 
(repressivo) por ato de ilegalidade praticado por autoridade 
publica ou ainda por agente de pessoa jurídica de direito 
privado no exercício da função publica; tem caráter pessoal 
quando beneficia somente o autor da ação, e coletivo, uma 
entidade ou categoria. 
c) mandado de injunção: cedido quando alguém deixa de 
exercitar um direito constitucional por falta de norma 
regulamentadora (individuais, sociais e políticos). 
d) habeas data: concedido para segurar à pessoa do 
impetrante informações pessoais negadas por entidades 
governamentais ou não governamentais. 
e) ação popular: todo cidadão é parte legitima para promover 
a ação popular com o objetivo tornando sem efeito hábitos 
administrativos prejudiciais ao patrimônio publico, a 
moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio 
histórico e cultural. 
 
04.NACIONALIDADE 
Conceito: Vinculo jurídico entre o individuo e o estado que 
gera um complexo de direitos e deveres recíprocos. O povo 
de um país é formado por seus nacionais, conceito 
qualitativo. 
População: é o conjunto dos indivíduos existentes no 
território do estado, independentemente de qualquer 
situação jurídica ou nacionalidade. A população poderá ser 
classificada em: 
1. absoluta: total de habitantes de um estado; 
2. relativa: decorre da divisão do total dos habitantes de um 
estado por sua extensão territorial. 
O conceito de povo reveste assim uma conotação qualitativa 
e o de população, uma conotação quantitativa. O indivíduo 
qualificado pela nacionalidade, onde quer que se encontre, 
fará parte integrante do povo do seu estado. A população 
exige a presença do indivíduo no território. 
 
Espécies de nacionalidade: 
1. Originária: (resulta da circunstância do nascimento 
observados os critérios do jus sanguinis – atribuída em razão 
da filiação – e do jus soli – atribuída em razão do local de 
nascimento – definidos no direito internacional público 
positivo). 
Poli Pátria tem mais de uma nacionalidade, porque cada país 
adota o seu critério na legislação de nacionalidade. O Brasil 
adota os dois critérios. 
Apátridas não têm nacionalidade. 
2. Adquirida: resulta voluntariamente, salvo em determinadas 
situações, de mudança da nacionalidade de origem, 
normalmente através do processo de naturalização que 
consiste num estrangeiro que desempenha funções em um 
país e não tem vontade de voltar ao de origem. No Brasil, o 
estatuto do estrangeiro define as formas como os 
estrangeiros podem requerer a nacionalidade brasileira, 
segundo requisitos como tempode residência no país ou 
então originário de um país que possua a mesma língua. 
Critérios de nacionalização: naturalização, casamento, 
mutação territorial (guerra de conquista – auto determinação 
dos povos), atividade laborativa/trabalho. 
3. Cargos privativos de brasileiros natos: presidentes e vice 
presidentes da republica, da câmara e do senado, ministro do 
STF, oficial das forças armadas, carreira diplomática e 
ministro de estado de defesa. 
 
Hipóteses de perda de nacionalidade: 
1. Tiver cancelada a sua naturalização através de decisão do 
STF em virtude de atividade nociva aos interesses nacionais; 
2. Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de 
reconhecimento de nacionalidade originária por lei 
estrangeira e imposição de naturalização pela norma 
estrangeira ao brasileiro que reside em território estrangeiro 
como condição de permanência (trabalho). 
 
05.ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
Generalidades: os poderes assim denominados, porque 
revelando soberania, têm suas atribuições definidas na 
constituição são: executivo, legislativo e judiciário, contudo o 
poder do estado é um só, tripartidas são as suas funções. 
 
Executivo: compreende duas funções básicas (chefia do 
estado, desempenha atividades políticas relativas à 
representação do estado como fechar acordos internacionais, 
e do governo, atividades administrativas); poderá ser: 
a) monista, quando suas funções são exercidas 
cumulativamente por uma só entidade (presidencialismo); 
b) dualista, por duas entidades distintas (parlamentarismo). 
No Brasil é monista e exercido pelo presidente da republica 
auxiliado pelos ministros de estado. A eleição do presidente 
importa a eleição do vice-presidente com ele registrado. 
Caso estejam ausentes, assume o presidente da câmara, do 
senado e do STF. Cometerá crime político o presidente que 
praticar atos contra o livre exercício dos poderes constituídos 
ou do ministério público, que contrariem o livre exercício dos 
direitos individuais, sociais e políticos, a segurança publica, a 
probidade da administração publica, o comprimento de leis 
e decisões judiciais e contra a lei orçamentária. 
 
Legislativo: tem por objetivo elaborar, alterar ou revogar as 
leis da sociedade. Poderá ser: 
a) Unicameralista, formado por uma só casa legislativa (ex.: 
Portugal, Hungria, Egito, Israel, equador, cuba, peru, Bulgária, 
Dinamarca); 
b) Bicameralista, formado por duas casas legislativas (câmara, 
o povo, e senado, o estado). Brasil, imunidade parlamentar: 
inviolabilidade da palavra, da pessoa e os deputados serão 
sempre perante o STF. 
1. O legislativo brasileiro adota o bicameralismo representado 
pelo Congresso Nacional que é constituído pela Câmara dos 
Deputados Federais e o Congresso Nacional. 
2. A Câmara dos Deputados Federais representa o povo, com 
uma composição atual de 513 deputados. Os federais são 
eleitos pelo tema eleitoral proporcional para o mandato de 
quatro anos, podendo ser reeleito indefinidamente. 
3. O Sistema Eleitoral Proporcional é aquele que elege 
representantes em proporção ao número de votos válidos, de 
modo que, quanto maior for o colégio eleitoral de um UF 
maior será o seu número de representantes. A constituição 
delimita, no entanto, um número máximo e mínimo de 
representação legislativa (de 8 a 70 por UF). 
4. O senado representa os estados. É constituído por 3 
senadores por estado. Os senadores são eleitos para um 
mandato de 8 anos pelo sistema eleitoral majoritário, 
podendo ser reeleito indefinidamente. O senado renova-se a 
cada 4 anos a razão de 1/3 ou 2/3 da sua composição. 
Os deputados e senadores são revestidos de imunidades 
parlamentares que são privilégios constitucionais que 
asseguram a liberdade de legislar. São três: 
1. Inviolabilidade da palavra: consistindo em que, desde o 
diploma de eleitos deputados e senadores, não respondem 
administrativa, civil e penalmente por suas palavras, decisões 
e opiniões; 
2. Inviolabilidade da pessoa: consistindo em que, desde o 
diploma de eleitos deputados e senadores, não podem ser 
presos, salvo por crime em flagrante, também não podendo 
ser processados criminalmente sem prévia licença da cassa a 
que pertence; 
3. Foro privilegiado: deputados e senadores, se for a hipótese, 
serão julgados perante o STF. 
 
Judiciário: tem por competência constitucional resolver os 
conflitos de interesses entre cidadãos ou entre estes e o 
próprio estado. São seus órgãos: STF (corte maior de justiça), 
conselho nacional de justiça, superior tribunal de justiça, 
tribunais regionais federais e juizes federais, tribunais e juizes 
do trabalho; eleitorais; militares; dos estados e do distrito 
federal. Os municípios não possuem poder judiciário, estão 
submetidos ao do estado. Os magistrados são revestidos de 
garantias constitucionais que asseguram a independência da 
função judicante: 
a). Vitaliciedade, a partir do 2° ano; 
b). Inamovibilidade, não podem ser removidos de uma 
comarca para outra, salvo interesses públicos 
c). Irredutibilidade de subsídios, não podem ter seus salários 
reduzidos. 
 
06.TRIBUTAÇÃO 
Conceito de tributos: nos termos do artigo 3º do código 
tributário nacional, tributos são prestações pecuniárias de 
natureza obrigatória, não decorrentes de sanções por atos 
ilícitos, instituídos por lei com fundamento em fator gerador, 
cobradas mediante ação administrativa vinculada. 
 
Espécies de tributos: Impostos, contribuições de melhoria, 
empréstimos compulsórios, contribuições sociais de 
intervenção no domínio econômico, taxas. 
1. Impostos: são tributos não vinculados, porque o seu fato 
gerador não decorre de prestação de serviço público; 
2. Taxas: são tributos vinculados, porque o fato gerador 
decorre da prestação de serviços públicos efetivos ou 
disponibilizados aos contribuintes. Exemplo, taxa de 
iluminação pública, taxa de passaporte, taxa de limpeza 
pública; 
3. Empréstimos compulsórios: são tributos especiais que 
somente podem ser instituídos pela união, consistindo em 
tomada de dinheiro do contribuinte para o atendimento de 
situações emergenciais com promessa de devolução. 
Exemplo, tempos de guerra e catástrofes; 
4. Contribuições sociais ou intervenção no domínio econômico: 
são tributos extraordinários que somente podem ser 
instituídos pela união a título de barreira protecionista ou 
fundo de mercado dos produtos brasileiros. A lei federal 
10336/2001, instituiu contribuições sociais incididas sobre 
importação e comercialização de petróleo e seus derivados, 
gás natural e seus derivados, álcool etílico, combustível e seus 
derivados, para proteger nossos recursos. 
 
Princípios constitucionais que limitam a ação de 
tributação: Legalidade, isonomia, anterioridade, anualidade, 
liberdade de locomoção de pessoas e de circulação de bens 
e produtos por vias públicas e reciprocidade da imunidade 
tributária. 
1. Legalidade: consiste em que não poderão, os entes 
políticos, exigir sem prévia lei que os estabeleça; 
2. Isonomia: consiste em que não poderão, os entes políticos, 
estabelecerem tratamento diferenciado entre os 
contribuintes que se encontrarem em uma mesma situação 
jurídica; 
3. Anterioridade: consiste em que não poderão, os entes 
políticos, cobrar tributos com fundamento em um fato 
gerador ocorrido antes do início da vigência da lei que os 
instituiu; 
4. Anualidade: consiste em que não poderão, os entes 
políticos, exigir tributos no mesmo exercício financeiro em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu, respeitado o 
espaço de tempo; 
5. Liberdade de locomoção: consiste em que não poderão,os 
entes políticos, exigir tributos pela utilização de vias públicas, 
salvo a cobrança de pedágios para a conservação das 
próprias vias públicas; 
6. Reciprocidade de imunidade tributária: consiste em que não 
poderão, os entes políticos, cobrar impostos um dos outros 
sobre renda, patrimônio ou serviços. 
 
Impostos da união: A união é competente para instituir 
impostos sobre: 
1. Importação: que tem como fato gerador a entrada de 
produtos estrangeiros no país (I); 
2. Exportação: que tem como fato gerador a saída de 
produtos nacionais ou nacionalizados para o exterior (Ie); 
3. Produtos industrializados: que tem como fato gerador a 
saída de produtos dos estabelecimentos industriais (IPI); 
4. Renda e proventos: de qualquer natureza, que tem como 
fato gerador a aquisição de capital e patrimônio; 
5. Operações de crédito: de câmbio e seguro: que tem como 
fato gerador a operação financeira correspondente (IOF); 
6. Propriedade territorial rural: que tem como fato gerador a 
propriedade ou a posse de uma propriedade rural; 
7. Grandes fortunas: (IGF) 
 
Impostos dos estados e do DF: os estados e o DF são 
competentes para instituir impostos sobre: 
1. Transmissão de bens por causa de mortes e doações de 
qualquer natureza (ICHD). Para que os herdeiros recebam, 
precisam pagar impostos; 
2. Circulação de mercadorias prestação de serviços de 
transporte intermunicipal e interestadual e, ainda, de 
comunicação (ICMS); 
3. Propriedade sobre veículos automóveis (IPVA). 
 
Impostos dos municípios: os municípios são competentes 
para instituir impostos sobre: 
1. Transmissão de bens e imobiliários por atos onerosos 
intervivos (IPBI); 
2. Serviços de qualquer natureza (ISS); 
3. Propriedade predial e territorial urbana (IPTU). 
*Fato gerador: Alienatário (quem compra), compra de imóvel. 
 
07.ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Generalidades: a expressão direito administrativo tanto 
serve para designar a disciplina jurídica, parte da ciência do 
direito que tem por objetivo o estudo das normas que regem 
a administração pública quanto serve para designar o próprio 
conjunto dessas normas. 
 
Conceito: é o conjunto de órgãos estruturais do Estado e das 
Entidades descentralizadas, assim considerados aqueles que 
integram a estrutura dos três poderes nos diversos níveis da 
federação, criadas em razão das necessidades sociais quais 
sejam autarquia, fundações públicas, sociedades de 
economias mistas, empresas públicas, organizações sociais e 
agências reguladoras que através de agentes realizam 
serviços públicos. 
Os agentes do serviço público são de 4 categorias: 
1. Agentes políticos: governadores, prefeitos, senadores, 
deputados, vereadores e ocupantes de cargos elevados 
como ministros e magistrados, representam a soberania do 
estado; 
2. Agentes delegados: empregados de pessoa jurídica de 
direito privado no exercício de função pública como BB, 
CHESF; 
3. Agentes Honoríferos: não têm qualquer vinculação 
funcional com o poder público, sem remuneração, mas 
exercem função pública em determinado momento, como 
mesários eleitorais; 
4. Agentes Administrativos: funcionário público, ocupa cargo 
público estatutário, e empregado público, posto de trabalho 
submetido a consolidação das leis do trabalho; passam por 
concurso público. 
 
A natureza jurídica: sob a concepção da ciência do direito, 
a administração pública reveste a natureza jurídica de gestão 
de interesses coletivos, submetidos à lei de responsabilidade 
fiscal. 
 
Objetivo da Administração: realiza serviços públicos para 
satisfazer as necessidades básicas da coletividade. 
 
Organização da administração pública: de acordo com o 
Art. 37 “caputs” da CF, observando a técnica de 
descentralização, está organizada em administração pública 
direta e indireta. A direta é formada pelos órgãos estruturais 
do Estado, aqueles que integram a estrutura do Estado que 
realiza serviço público através de seus próprios órgãos. A 
indireta é formada por entidades descentralizadas com 
personalidade jurídica própria, quais sejam as autarquias, 
fundações públicas, sociedades de economia mista, 
empresas públicas, agências reguladoras, agências de 
fomento, organizações sociais, etc. 
 
Princípios informativos da administração pública: são 
fundamentos filosóficos da administração pública, são eles: 
1. Supremacia do interesse público: consiste em que o 
interesse público é superior ao interesse particular. 
2. Indisponibilidade dos bens públicos: manifesta-se sob 3 
aspectos: 
a) imprescritibilidade: os bens públicos não são objetos de 
prescrição aquisitiva ou usucapião. 
b) impenhorabilidade: os bens públicos não podem 
responder em juízo por dívidas judiciais (precatório → 
dinheiro que se paga as dívidas judiciais). 
c) inalienabilidade: os bens públicos são inalienáveis de um 
modo geral e, portanto, não podem ser objetos de alienação, 
salvo os bens patrimoniais com autorização legislativa. 
3. Presunção de legitimidade: consiste em que os atos 
administrativos uma vez editados por autoridades 
competentes produzem efeitos jurídicos imediatos porque 
revestem fé de oficio. 
4. Responsabilidade civil: as pessoas jurídicas de direito 
público (União, Estados, Distrito Federal, municípios e 
autarquias) e de direito privado no exercício de função 
pública respondem por seus agentes, tanto na situação de 
dolo (intenção deliberada de prejudicar) quanto na situação 
de culpa (prejudicar com imprudência), assegurando sempre 
o direito de regresso. 
 
Princípios fundamentais da administração pública: estão 
contidos no Art. 37 da CF, são eles: 
1. Princípio da legalidade: os atos administrativos não podem 
contrariar, sob o risco da nulidade e responsabilidade de 
quem o praticar, a ordem social e estar de acordo com a lei. 
2. Princípio da moralidade: os atos administrativos também 
devem se conter dentro dos padrões da ética. 
3. Princípio da impessoalidade: os atos administrativos devem 
ser genéricos, contemplando sempre uma finalidade pública, 
não devem se destinar à realização de privilégios. 
4. Princípio da Publicidade: os atos administrativos devem ser 
publicados no Diário Oficial sob o risco da ineficácia. 
5. Princípio da eficiência: os gestores públicos devem realizar 
suas atribuições com dedicação, zelo e responsabilidade 
profissional, acertos e sobre maneira com eficiência 
buscando incessante e prioritariamente a otimização de 
resultados sociais, além disso terão seus desempenhos 
avaliados periodicamente. 
 
Poderes Administrativos: são prerrogativas de autoridade 
inerentes a administração pública, são eles: 
1. Poder vinculado: decorre de regras legais, jurídicas, estas 
vinculado a uma lei (Detran). 
2. Poder discricionário: decorre da liberdade de criação do 
administrador na definição do seu programa de gestão. 
3. Poder hierárquico: decorre da natural relação de 
subordinação que existe nos órgãos públicos (o que ocupa 
um cargo superior pode designar funções para aquele de um 
inferior). 
4. Poder disciplinar: decorre do direito de punir quem não 
assiste à autoridade superior administrativa no exercício de 
suas funções. 
5. Poder regulamentar: decorre da efetiva possibilidade que 
cabe aos governantes, conferida na constituição, para 
regulamentação de leis por decretos apenas, Presidente, 
Governador e Prefeito. 
6. Poder de polícia: consiste no mecanismo de controle que a 
administração pública detém para coibir o abuso da iniciativa 
privada (empresa – pessoa jurídica) e particular (pessoa 
física), quando age contra o interesse público. 
 
08.SUJEITOSDO DIREITO 
PESSOA NATURAL 
Conceito: a palavra pessoa deriva do vocabulário latino 
persona na terminologia técnico-jurídica, designa o ente ou 
o ser a que se atribui direitos e deveres na sociedade. Duas 
são as categorias de pessoa: natural e jurídica. A pessoa 
natural é o ser humano, porque é naturalmente dotado de 
capacidade do direito. 
 
Capacidade do Direito ou personalidade civil: é a aptidão 
para aquisição de direitos e assunção de deveres e 
obrigações na sociedade, conforme no art. 1º do Código Civil. 
 
Início da capacidade de direito: a capacidade de direito tem 
início a partir do nascimento com vida, porém a lei protege 
os direitos do nascituro desde a concepção. Conforme se 
observa no Art. 2º do Código Civil. 
 
Capacidade de fato: nem todos os seres humanos são 
revestidos de capacidade de fato. Consiste na aptidão para 
exercitar direito e cumprir deveres na sociedade. 
1. Pessoas absolutamente incapazes: assim consideradas 
aquelas que exercitam os seus direitos e seus deveres na 
sociedade através de representantes legais, seus atos são 
considerados nulos de pleno direito. Nos termos do Art. 3º 
do Código Civil, são: 
a) menores de 16 anos (representante genitor ou tutor); 
b) portadores de anomalia (deficiência) mental (curador); 
c) os que ainda transitoriamente não tenham condições de 
exprimir a vontade. 
2. Pessoas relativamente incapazes: podem praticar atos da 
vida civil, no entanto assistidas sob risco de anulabilidade, 
são: a) maiores de 16 e menores de 18 anos; 
b) ébrios habituais ou alcoólatras; 
c) viciados em tóxicos (drogas); 
d) os excepcionais sem desenvolvimento mental completo; 
e) os pródigos. 
3. Aquisição da capacidade de fato: ela é adquirida, mediante 
a maioridade ou emancipação. Nos termos do Art. 5º caput 
do Código Civil, a maioridade é atingida aos 18 anos. 
a) maioridade: é a aquisição da capacidade de fato através do 
fator idade, salvo circunstâncias impedientes. 
b) emancipação: antecipação da aquisição da capacidade de 
fato independentemente da idade de 18 anos, mediante 
determinadas situações jurídicas: 
I) concessão dos 2 genitores ou por 1 deles na falta do outro, 
através de escritura pública que dispensa homologação 
judicial, desde que o menor tenha pelo menos 16 anos 
completos; 
II) por sentença judicial na falta dos genitores, ouvindo o 
tutor, desde que o menor tenha pelo menos 16 anos 
completos; 
III) casamento; 
IV) exercício de emprego público efetivo; 
V) colação de grau em curso superior; 
VI) pelo estabelecimento civil ou comercial, desde que o 
menor, em função deles, tenha condições de sobrevivência 
econômica e que tenha 16 anos completos. 
 
Fim da capacidade de direito: a existência legal da pessoa 
natural termina com a morte biológica ou morte jurídica, que 
decorre de presunção como consequência de ausência. 
 
Comoriência: é a presunção jurídica de morte simultânea. 
Ocorre a comoriência quando duas ou mais pessoas, que 
mantinham entre si relações de direito, morrem em 
consequência de um episódio comum sem que se possa 
determinar a ordem cronológica dos óbitos, entre os 
comorientes não há sucessão de bens. 
 
Registro Civil das pessoas naturais: de acordo com os Arts. 
9º e 10 do Código Civil, serão lançados em registro civil: 
nascimento, morte, casamento, separação judicial, divórcio, 
adoções, interdições de incapacidades absoluta ou relativa 
(ex: doença mental), emancipação e sentenças declaratórias 
de ausência. 
 
Direito de personalidade: são direitos da personalidade nos 
termos do Art. 11 a 21 do Código Civil: nome, pseudônimo 
quando adotado para atividades lícitas, imagem, honra, 
dignidade privacidade e a sepultura. 
 
Ausência da Pessoa Natural: é a presunção da morte 
jurídica. Ocorre a ausência quando alguém desaparece do 
convívio natural sem que dele haja notícias ou sem que tenha 
deixado um procurador para lhe administrar os bens, 
definitiva em 10 anos. (Art. 22) 
 
A PESSOA JURÍDICA 
Conceito: pessoa jurídica, também denominada de pessoa 
abstrata, porque não tem aparência material e existe no 
campo da ficção jurídica, pessoa coletiva, porque decorre de 
um agrupamento de pessoas naturais gerenciando um 
conjunto de bens destinados a um fim. Entidade 
institucionalmente ou legalmente construída e revestida de 
personalidade jurídica, que se assemelhando ao atributo da 
capacidade de direito de pessoa natural, consiste na aptidão 
para aquisição de direitos e deveres na sociedade. 
 
Categorias de pessoas jurídicas: são duas as categorias de 
pessoas jurídicas: 
1. Pessoas jurídicas de direito público institucionalmente 
constituídas: são assim consideradas porque estão sujeitas ao 
direito administrativo, são a União, os estados, o Distrito 
Federal, os municípios, as autarquias e as fundações públicas; 
2. Pessoas jurídicas de direito privado legalmente constituídas: 
são assim consideras porque estão sujeitas as regras jurídicas 
do direito comum (civil e comercial), são as sociedades de 
economia mista, as empresas públicas, agências reguladoras, 
agências de fomento, as organizações não-governamentais, 
as sociedades civis, as associações, as sociedades comercias, 
as fundações particulares e os partidos políticos. 
 
Início da Pessoa Jurídica: a existência legal das pessoas 
jurídicas do direito público tem início a partir de suas leis 
institucionais. A existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado tem início a partir da inscrição de seus atos 
constitutivos no seu registro peculiar. 
 
Representação: de direito público são representadas por 
seus procuradores nos diversos níveis da Federação. As de 
direito privado são representadas por quem os atos 
constitutivos os designarem. 
 
Extinção da Pessoa Jurídica: terminará a existência legal das 
pessoas jurídicas de direito público através de leis específicas. 
A das pessoas de direito privado terminará mediante 
determinadas situações jurídicas, exemplos: 
1. dissolução consensual e assemblar; 
2. dissolução legal (quando exerce atividade nociva para a 
nação-legalidade); 
3. por ato do poder público em razão do poder de polícia 
(exemplo, sonegar imposto); 
4. dissolução judicial que decorre da falência. 
 
Responsabilidade Civil: as pessoas jurídicas, sejam de 
direito público ou privado, respondem na sociedade pelos 
atos danosos praticados por seus agentes tanto na situação 
de dolo quanto nas de culpa, assegurando sempre o direito 
de regresso. 
 
Desconsideração da personalidade jurídica: em casa de 
abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, que ocorre quando um ou mais sócios se utiliza 
da empresa para praticar atos ilícitos prejudiciais do direito 
de terceiros e detendo vantagens financeiras indevidas, o juiz, 
a requerimento da parte interessada ou do Ministério 
Público, declarará por sentença, a desconsideração da 
personalidade jurídica, transferindo para os sócios que 
praticaram os atos ilícitos, a responsabilidade civil. 
 
09.DOMICÍLIO CIVIL 
Conceito: domicílio civil é o lugar onde se presume presente 
a pessoa natural ou legalmente estabelecida a pessoa jurídica 
para a prática de atos judiciais, na sede ou residência – 
comarca onde tem domicílio. 
 
Domicílio Volitivo da Pessoa Natural: é o lugar onde ela 
estabelece por livre manifestação de vontade residência 
definitiva. Quando possui mais de uma residência em lugares 
distintos onde alternadamente por livre consentimento 
habite, será considerado seu domicílio qualquer um deles. Se 
a pessoa natural não possuir residência fixaserá considerada 
seu domicílio o lugar onde for encontrada. Com relação aos 
atos da sua profissão, o domicilio é o local onde ela 
livremente exercita sua profissão. 
 
Domicílio necessário da Pessoa Natural: é aquele 
determinado pela lei em razão de determinadas condições 
da pessoa natural, tem domicílio necessário: 
1. O incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o 
preso. 
2. O incapaz tem por domicílio o mesmo do representante ou 
do assistente. 
3. O domicílio do servidor público é o lugar onde ele exerce 
a função pública em caráter permanente. 
4. O militar, se do exército, tem por domicílio o lugar onde 
está servindo o seu comando; os reformados não possuem 
domicilio necessário. 
5. O marítimo esteja onde estiver, tem por domicílio o lugar 
onde estiver sediada a capitania dos portos em que esteja 
matriculado o seu navio. 
6. O preso tem por domicílio o lugar onde estiver cumprindo 
sentença condenatória, se o preso é provisório (ainda não foi 
condenado) o domicílio é volitivo. 
 
Domicílio da Pessoa Jurídica: 
a) o domicílio da União e do DF é o DF; 
b) dos estados, as respectivas capitais; 
c) dos municípios, onde funcionarem as respectivas 
administrações municipais; 
d) dos territórios, que não temos no momento, é o mesmo 
da União (DF); 
e) das autarquias e fundações públicas, o mesmo dos entes 
políticos que a criarem; 
As demais pessoas jurídicas (pessoas jurídicas de direito 
privado), o lugar onde funcionem a respectiva diretoria ou o 
lugar indicado no ato constitutivo. 
 
Domicílio de Eleição: é o lugar indicado em um contrato 
pelas partes contratantes num contrato com um único 
competente, por mais privilegiado que outro venha a se 
configurar, para solução de conflitos decorrentes da 
execução do contrato. 
 
10.OBJETOS DO DIREITO 
Conceito: os objetos do direito, assim, considerados por que 
constituem objetos das relações de direito entre as pessoas 
naturais e/ou jurídicas na sociedade, são os bens ou coisas 
corpóreas ou incorpóreas que suscetíveis de apropriação 
podem integrar o patrimônio das pessoas naturais ou 
jurídicas. 
 
Classificação: no direito brasileiro os bens classificam-se 
quanto a: 
1. Individualidade: os bens podem ser imóveis, móveis, 
fungíveis e consumíveis (infungíveis). 
a) São bens imóveis corpóreos são insuscetíveis de 
movimento/remoção, o terreno (bem de raiz) e tudo quanto 
nele se possa incorporar, tais como: edificações, árvores etc, 
denominados bens de aderência. 
b) Os bens imóveis de natureza incorpórea são os direitos 
reais sobre os bens imóveis corpóreos, a propriedade (direito 
de dispor), a posse (direito de uso) e a hipoteca (ônus 
oneroso sobre o bem). 
c) Os bens móveis de natureza corpórea são aqueles dotados 
de movimentação própria, tais como: os animais, 
denominados igualmente de semoventes ou aqueles 
suscetíveis de remoção por força alheia, denominados 
móveis propriamente ditos. 
d) Os bens móveis de natureza incorpórea são os direitos 
sobre os bens moveis de natureza corpórea. 
e) Os bens fungíveis são bens móveis que podem substituir-
se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
f) Os bens consumíveis são bens móveis cujo uso importa 
destruição imediata, ou aquele destinado à venda de 
estabelecimentos comerciais, portanto não podem ser 
substituídos por outros, ainda que da mesma natureza, 
quantidade e qualidade. 
*Apenas bens móveis são fungíveis e infungíveis. 
2. Reciprocidade: podem ser principais ou acessórios. 
a) Os principais existem por si só abstrata ou concretamente. 
b) Os bens acessórios são aqueles cuja existência depende 
dos bens principais. 
3. Titularidade de domínio: os bens podem ser: 
a) Particulares: quando pertencentes às pessoas naturais e 
jurídicas de direito privado; 
b) Públicos: quando são do domínio nacional, quando têm 
uma destinação especial, ou pertencente às pessoas jurídicas 
de direito público. Os bens públicos são impenhoráveis, 
imprescritíveis e inalienáveis a exceção dos bens patrimoniais 
e mesmo assim com autorização administrativa. 
 
11.FATOS JURÍDICOS 
Conceito: Os fatos jurídicos são acontecimentos da vida 
(nascimentos, morte, tempestade, incêndio, 
desmoronamentos de um prédio, etc.) relevantes para o 
direito, mesmo que seja fato ilícito, podem ser fatos naturais 
ou humanos, que são lícitos ou ilícitos. Lícitos dão praticados 
conforme ordenamento jurídico e ilícitos o contrário. 
 
Requisito da validade dos atos jurídicos: capacidade do 
agente, aptidão para intervir em negócios jurídicos como 
declarante ou declaratório. Objeto lícito, é o que não atenta 
contra a lei a moral e os bons costumes e deve ser 
juridicamente possível, determinado ou determinável. E a 
forma que deve ser prescrita ou não proibida pela lei, formas 
livre, especial, e contratual. 
 
Elementos acidentais dos atos jurídicos: condição, 
subordina o efeito do ato jurídico a efeito futuro e incerto, 
podem ser lícitas ou ilícitas, possíveis ou impossíveis, casuais, 
postetativas e mistas, suspensiva ou resolutiva. 
Termo é o dia em que se começa ou se estingue a eficácia do 
negócio jurídico. 
Termo convencional é a cláusula contratual que subordina a 
eficácia do negócio a evento futuro e certo, podem ser iniciais 
ou suspensivos, a partir do qual se pode exercer o direito. 
Final ou resolutivo, aquele no qual termina a produção dos 
efeitos jurídicos. 
Encargos: Trata-se de cláusula acessória às liberalidades 
(doações, testamentos), pela qual se impõe um ônus ou 
obrigação ao beneficiário. É restrição imposta ao beneficiário 
de liberalidade. 
 
Atos jurídicos nulos e anuláveis: atos nulos são aqueles 
praticados por pessoas incapazes, atos que envolvam objetos 
ilícitos, ou que n observem a forma estabelecida por lei. Atos 
anuláveis, os praticados por pessoas naturais relativamente 
incapazes sem a necessária assistência por seus 
representantes, ou atos praticados com decorrência de erro, 
dolo, coação, simulação e fraude. 
Diferenças entre anulabilidade e nulidade: a primeira é 
decretada no interesse privado de pessoa prejudicada, a 
segunda no interesse da própria coletividade; anulabilidade 
pode ser sanada ou suprida pelo juiz, a nulidade não; a 
anulabilidade depende de provocação dos interessados e 
não pode ser pronunciada em oficio ex nunc, a nulidade deve 
ser pronunciada em oficio ex tunc; a anulabilidade só pode 
ser manifestada pelos seus interessados; a nulidade pode ser 
alegada por qualquer interessado; o ato anulável produz 
efeitos até o momento de sua decreta, o ato nulo não produz 
efeitos. 
 
Atos ilícitos: aquele que por ação ou omissão voluntária, 
negligencia ou imprudência, violar direito ou causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
E também aquele que pratica o abuso de direito. 
 
Prescrição: é o modo pelo qual se extingue a pretensão pela 
inércia do titular em certo lapso de tempo. 
 
Provas: é o meio empregado para demonstrar a existência 
do ato jurídico, devem ser: 
1. Admissíveis: não proibida por lei; 
2. Pertinente: adequada a demonstração dos fatos em 
questão; 
3. Concludente: esclarecedora dos fatos. 
 
Meios de provas: 
1. Confissão ocorre quando a parte admite a verdade do fato, 
contrário ao interesse e favorável ao adversário; 
2. Documento que pode ser público, elaborados por 
autoridades, ou particular; 
3. Testemunhas que podem ser instrumentárias, que assinam 
um instrumento ou judiciárias, que prestam depoimento em 
juízo, utilizadas mais secundariamente, como complemento 
deprovas por escrito; 
4. Presunção é a conclusão que se traz de um fato conhecido 
para se chegar a um desconhecido; 
5. Perícia é o exame, apreciação de algo por peritos para 
auxiliar o juiz a formar sua convicção. 
 
Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco - UPE 
Professor: Osvaldo Cabral de Mello Neto 
Jodackson Júnior – 2A 2014.1

Outros materiais