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31/05/2013 1 REVISÃO SAÚDE DA MULHER Professora Ruth Cristini HERPES GENITAL (HSV1 ou HSV2) • No caso de suspeita clínica de 1º episódio de herpes genital, iniciar o tratamento o mais precocemente possível com: • Aciclovir 200mg, 4/4 h ou 400 mg, VO, 8/8 horas, por 7 dias • Gestantes: tratar o primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação. 31/05/2013 2 SÍFILIS SÍFILIS- TRATAMENTO • SÍFILIS PRIMÁRIA: ▫ PENICILINA G. BENZATINA- 2.400.000 UI, IM, DOSE ÚNICA, FRACIONADA EM CADA NÁDEGA • SÍFILIS RECENTE, SECUNDÁRIA E LATENTE ▫ PENICILINA G. BENZATINA- 2.400.000 UI, IM, UMA VEZ POR SEMANA, DURANTE DUAS SEMANAS.TOTAL: 4.800.000 UI • SÍFILIS TARDIA (LATENTE E TERCIÁRIA) ▫ PENICILINA G. BENZATINA- 2.400.000 UI, IM, UMA VEZ POR SEMANA, DURANTE TRÊS SEMANAS. TOTAL: 7.200.000 UI 31/05/2013 3 • SÍFILIS NA GESTANTE • Tratamento: Penincilia G Benzatina – IM, 7.200.000 UI, 3 doses, 7/7 dias • Deve-se realizar titulação por VDRL mensalmente após a terceira dose do tratamento, até o final da gestação, para acompanhar a eficácia do tratamento e possíveis reinfecções. • Caso o resultado da titualação não apresente redução ou volte a subir, ex: 1:2 para 1:8, considerar o tratamento como inadequado ou como não tratada e realizar novamente o esquema de tratamento. ATENÇÃO • Alergia a penicilina – eritromicina (estearato) 500 mg, VO, 6/6 horas por 15 dias 31/05/2013 4 VAGINOSE BACTERIANA Agente Etiológico: Gardnerella vaginalis • Apresentação Clínica: secreção vaginal acinzentada, cremosa, aderente às paredes vaginais e colo com odor fétido. • Tratamento GARDNERELLA Gestantes após o 1º trimestre e durante a amamentação • Metronidazol 250 mg 3 vezes ao dia durante 7 d. • Clindamicina 300 mg, VO, de 12/12 horas, por 7d 31/05/2013 5 Eritema e placas grumosas brancas na glande e no prepúcio, em parceiro de uma paciente com candidíase vulvovaginal. Secreção branca e grumosa aderentes às paredes da vagina com candidíase. Candidíase Tricomoníase • Corrimento • Prurido vulvar intenso • Hiperemia e edema de vulva e vagina • Disúria e dor suprapúbica • Principal queixa: corrimento abundante, amarelo ou amarelo- esverdeado e bolhoso. 31/05/2013 6 TRICOMONÍASE • Gestantes após o 1º trimestre e durante a amamentação • Metronidazol 400mg VO 12/12 h por 7 dias ou • Metronidazol 250 mg VO 3 vezes ao dia por 7 dias • Metronidazol 2g VO dose única • 1. Tricomoníase pode alterar resultado de citologia oncótica. • 2. Tricomoníase apresenta um achado peculiar: Colpite focal ou difusa > “Colo em framboesa”. 31/05/2013 7 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS De barreira Químicos Naturais Cirúrgicos Preservativo feminino Anticoncepcional oral Coito interrompido Laqueadura tubária Preservativo masculino Anticoncepcional injetável Billings (muco cervical) vasectomia Diafragma Anticoncepcional intradérmico/adesivo p/ pele Temperatura Espermicida Espermicida Tabela - Método ogino-knaus DIU Contracepção de emergência Anel e pílula vaginal CLASSIFICAÇÃO: 1.Metodos Comportamentais 1.1. – MÉTODO OGINO-KNAUS (Calendário ou Tabelinha) • O cálculo do período fértil da mulher é feito mediante a análise de seu padrão menstrual prévio, durante 6 (seis) a 12 (doze) meses; • A mulher que quiser usar este método deve ser orientada para registrar, durante pelo menos 6 meses, o primeiro dia de cada menstruação. 31/05/2013 8 • Baseia-se na abstinência sexual no período potencialmente fértil da mulher. • A ovulação ocorre cerca de 14 dias antes da próxima menstruação; • Deve-se subtrair 18 do número de dias do ciclo mais curto e 11 do ciclo mais longo. Ciclo mais curto = > 26 dias . Ciclo mais longo = > 30 dias . Assim : 26 – 18 = 8 e 30 – 11 = 19 . Nesse exemplo a mulher deverá evitar relações sexuais entre o 8º e 19º dia do ciclo. 1.3 – MÉTODO DO MUCO CERVICAL OU BILLINGS • Este método baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação das características do muco cervical e da sensação por ele provocada na vulva; • O muco cervical, no início do ciclo, é espesso, grumoso, dificultando a ascensão dos espermatozóides pelo canal cervical. 31/05/2013 9 • Sob ação estrogênica, produz, uma sensação de umidade e lubrificação, indicando o tempo da fertilidade, momento em que os espermatozóides têm maior facilidade de penetração no colo uterino. Nessa fase, o muco é transparente, elástico, escorregadio e fluido, semelhante à clara de ovo. • É necessária a interrupção da atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no mínimo 4 dias a partir do pico de produção. Climatério e menopausa: • Ocorre dos 45 aos 60 anos, provavelmente quando se esgota o estoque ovariano de folículos. • Durante este período ocorre a última menstruação:menopausa 31/05/2013 10 Climatério: ▫ Em geral o esgotamento de folículos ovarianos se faz por etapas resultando no espaçamento das menstruações ou períodos grandes de amenorréias. ▫ O esgotamento ovariano repercute diretamente sobre o útero e ocasiona reações hipofisárias. ▫ O endométrio pode produzir fenômenos hemorrágicos anovulatórios – metrorragias da “síndrome pós-menopausa”, até a sua atrofia. ▫ A vagina se atrofia lentamente. Seu epitélio fica reduzido a uma camada basal e o meio se torna alcalino, mais vulnerável a infecções. ▫ Deve-se atentar para o fato da possibilidade de ovulações normais. • Repercussões clínicas (alterações da pele, esqueleto, mucosas, metabolismo lipoproteico, e função emocional): • Fogachos, suores e sufocações (queixas mais predominantes e penosas); • Vaginite, prurido vulvar; • Dispareunia; • Alterações na libido; • “Nervosismo” intenso, irritação,insônia, fadiga, choro, medo; • Pele seca e pouco elástica, fragilidade e queda de cabelos; • Urgência urinária; • Alteração de memória; • Osteoporose. 31/05/2013 11 TRH (reposição de estrogênio em baixa dosagem, sistêmico ou local, em forma de creme ou gel). • Benefícios da TRH: ▫ Melhoria ou abolição dos sintomas vasomotores – fogachos; ▫ Melhoria dos sintomas ligados ao SNC – depressão irritabilidade e insônia; ▫ Melhoria do trofismo vaginal e genital (perda da elasticidade), diminuição da incontinência urinária e das infecções vaginais. Riscos da TRH: • Câncer de endométrio (estrogênio sem progesterona associada); • Câncer de mama; • Doença tromboembólica; • Hipertensão. 31/05/2013 12 Exame físico das mamas: Inspeção estática • Colocar a cliente sentada, com o tronco desnudo e os braços apoiados sobre a coxa. • Observar: simetria, tamanho, forma, pigmentação areolar, aspecto da papila, presença de abaulamentos e/ou retrações, saída espontânea de secreção e características da pele. Inspeção dinâmica • A cliente permanece sentada e solicita-se a elevação dos braços ao longo do segmento cefálico e que ela coloque as mãos atrás da nuca fazendo movimento de abrir e fechar os braços. • Observar: presença de retrações ou exacerbação de assimetrias, além de verificar comprometimento do plano muscular em casos de carcinoma. Palpação da região axilar • A cliente permanece sentada. Apoiar o braço do lado a ser examinado, no braço do examinador. Palpação da região supraclavicular • A cliente permanece sentada. Palpar a região supraclavicular à procura de linfonodos palpáveis. Palpação das mamas • Colocar a cliente em decúbito dorsal e as mãos atrás da nuca. Iniciar a palpação com a face palmar dos dedos sempre de encontro ao gradeado costal, suavemente, no sentido horário, partindo da base da mama para a papila, inclusive o seguimento axilar. • Observar: presença ou ausênciade massa palpável isolada. Expressão da aréola e papila mamária • A cliente permanece deitada. Espremer suavemente a aréola e a papila mamária. • Observar: saída de secreção. 31/05/2013 13 Alterações benignas das mamas Mastalgia • Uma queixa muito comum nas consultas ginecológicas é a dor nas mamas; • Esta pode ser transitória, mais frequentemente no período pré-menstrual, tornando-se mais prolongada e intensa e persistindo por todo o ciclo menstrual; • Não há alterações morfológicas. Adenose • O principal sintoma é a mesma do quadro anterior; • À palpação, percebe-se um espessamento do parênquima mamário (tecido mamário) que se apresenta granuloso, como um punhado de arroz; 31/05/2013 14 Doença cística ou fibrocística • Dor; • Podem aparecer um ou mais cistos; • À palpação, sente-se uma massa densa, arredondada, ligeiramente MÓVEL; • Pode ocorrer fluxo papilar de coloração variável: amarelada, esbranquiçada, acastanhada, esverdeada; quase sempre BILATERAL; • O fluxo não é espontâneo, sendo necessário a expressão. Fibroadenoma • Apresenta-se como nódulos de tamanhos variados firmes e bastante móveis; • Predomina em mulheres; • Tumor benigno mais comum da mama; • Crescem de forma local e seu tratamento geralmente é cirúrgico. 31/05/2013 15 Papiloma intraductal • É um tumor benigno, semelhante a uma verruga, encontrado nos ductos mamários, geralmente perto do mamilo; • Tumor menos freqüente da mama feminina; • Causado pela proliferação e crescimento excessivo de tecido epitelial ductal; • Tem menos de 1 cm de diâmetro e não pode ser palpado; • Produz secreção mamilar espontânea serosa, serossanguinolenta ou aquosa. ECTASIA DE DUCTO MAMÁRIO • Consiste na dilatação e inflamação dos ductos por trás do mamilo; • É mais comum na perimenopausa; • Na menopausa e as mamas envelhecem, os ductos sob o mamilo tornam-se mais curtos e largos (ectasia); • A ectasia não aumenta o risco de câncer de mama; • Esse distúrbio resulta em dor mamária e secreção. 31/05/2013 16 Características de massas mamárias benignas versus malignas Benignas Malignas Frequentemente dolorosas Indolores Firme, de consistência elástica Forma irregular ( mal delineadas) Bilaterais Unilateral Secreção mamilar induzida Secreção mamilar espontânea Margens regulares (bem delineadas) Endurecidas à palpação Sem retração cutânea Depressão cutânea Sem retração mamilar Retração mamilar Móvel, não se mostra aderida à parede torácica Imóveis, aderidas à parede torácica Sem secreção sanguinolenta Secreção mamilar sanguinolenta, serossanguinolenta e serosa. MASTECTOMIA � Lumpectomia: remoção apenas do nódulo mamário e uma margem adjante de tecido normal. � Mastectomia parcial/segmentar/quadrantectomia:o cirurgião retira apenas o tumor e uma pequena quantidade de tecido mamário ao redor. � Mastectomia total: consiste na retirada da glândula mamária, incluindo o complexo areolar e aponeurose do músculo peitoral. 31/05/2013 17 • Mastectomia Radical: consiste na retirada da glândula mamária, associadas à retirada dos músculos peitorais e a linfadenectomia axilar completa. Exame físico ginecológico: Inspeção da região vulvar Observar: • presença de lesões cutâneas da região ano-vulvar, eritema, lesões verrugosas (condiloma); lesões atróficas acentuadas; processos inflamatórios reacionais difusos. • distribuição dos pelos e do tecido adiposo e a morfologia do Monte de Vênus. • o vestíbulo, presença de hipertrofia do clitóris; • o meato uretral um busca de anomalias de desenvolvimento, presença de secreções; • o orifício vaginal em busca de secreções, presença de prolapso dos órgãos genitais internos; • presença de abscesso da glândula de Bartholin. 31/05/2013 18 Exame especular • Inspecionar o colo uterino anotando: cor, lacerações, úlceras; • Inspecionar o orifício cervical anotando: tamanho, forma, cor, presença de secreções e/ou pólipos; • Inspecionar as paredes vaginais anotando: presença de lacerações, alterações (deve ser feito no momento da entrada do especulo). Relação das principais afecções que podem ser diagnosticadas pela simples inspeção da genitália externa e interna: Processos infecciosos Vulva Vagina Colo uterino Vulvite inespecífica, foliculite, abscesso dos lábios, bartolinite, condilomas duros (sífilis), condilomas acuminados (HPV), herpes genital. Vaginite (colpite); colpite senil (atrofia do epitélio). Cervicite; erosão do colo de origem infecciosa. Neoplasias Vulva Vagina Colo uterino Câncer; tumores benignos. Câncer; cistos para-vaginais. Câncer; pólipos. 31/05/2013 19 O exame colpocitopatológico: • Efetividade da detecção precoce do câncer do colo do útero: quando associada ao tratamento do câncer em seus estádios iniciais, tem resultado em uma redução das taxas de incidência de câncer cervical invasor que pode chegar a 90%, quando o rastreamento apresenta boa cobertura (80%, segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS) e é realizado dentro dos padrões de qualidade. • Periodicidade recomendada no Programa Vivia Mulher – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e Mama: em mulheres de 25 a 60 anos de idade, ou que já tenham tido atividade sexual mesmo antes desta faixa de idade, uma vez por ano e, após 2 exames anuais consecutivos negativos, a cada 3 anos (de acordo com a OMS, desde 1988). 31/05/2013 20 Material: • Espátula de Ayres • Escovinha endocervical • Lâmina de vidro • Frasco • Conservante – álcool a 96% ou citospray (Propinilglicol). • Especulo • Formulário de requisição (preenchido a lápis grafite) • Luvas de procedimento • Gaze • Máscara • Gorro • Foco Etapas: • Local: ectocérvice (junção escamocolunar – JEC) ▫ Com a extremidade arredondada da espátula, fazer um raspado da ectocérvice em mosaico, periorificial. ▫ Esse movimento deve ser firme, semelhante ao realizado numa biópisa de superfície, para destacar as células da mucosa. ▫ Em seguida colocar o material retirado sobre a lâmina, num movimento perpendicular à maior medida desta (vertical). ▫ Coletar material da parede vaginal e colocar ao lado do material coletado da ectocérvice, também na vertical. 31/05/2013 21 • Local: endocérvice (canal cervical) ▫ Introduzir no canal cervical a escovinha e colher o material com movimento rotativo (360º). ▫ A seguir colocá-lo na lâmina, num movimento paralelo à maior medida desta. • * O esfregaço deve ser uniforme e fino no sentido horizontal. O câncer do colo do útero: • Inicia-se a partir de uma lesão pré-invasiva, curável em até 100% dos casos (anormalidades epiteliais conhecidas como displasia e carcinoma in situ ou diferentes graus de neoplasia intra-epitelial cervical [NIC]), que normalmente progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, quando não impossível. 31/05/2013 22 Sequência típica de eventos na história natural do câncer do colo do útero (Fonte: WHO, 1988) Epitélio normal do colo do útero: 31/05/2013 23 Progressão do câncer: PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA O CÂNCER CERVICAL • Histerectomia total: retirada do útero, colo e ovários; • Histerectomia radical: retirada do útero, anexos, pequena porção da parte superior da vagina e linfonodos bilaterais através da incisão abdominal; • Histerectomia vaginal radical: retirada vaginal do útero, anexos e vagina superior. 31/05/2013 24 • Linfadenectomia pélvica bilateral: retirada dos linfonodos e vasos linfáticos ilíacos comuns, Ilíacos externos, hipogástricos e obturador; • Exenteração pélvica: retiradados órgãos pélvicos, incluindo a bexiga ou reto e linfonodos pélvicos, e construção de um conduto de desvio, colostomia e vagina. Distúrbios da menstruação: • Quanto à duração: ▫ Hipermenorréia: quando a menstruação dura mais de 5 dias ▫ Hipomenorréia: quando a menstruação dura menos de 2 dias • Quanto à quantidade: ▫ Menorragia: hemorragia durante o período menstrual (alterações endócrinas, tumores, etc.) ▫ Oligomenorréia: diminuição da quantidade do fluxo menstrual 31/05/2013 25 • Quanto ao intervalo: ▫ Polimenorréia: ocorrência de ciclos a cada 15 dias ▫ Menóstase: suspensão brusca da menstruação, antes do tempo normal ▫ Metrorragia: hemorragia fora do período menstrual (geralmente associada a patologias). • Amenorréia: ausência da menstruação ▫ Origem psicogênica ou orgânica ▫ Fisiológica (gestação, lactação) ou patológica (alterações do útero, ovário, hipófise). • Dismenorréia: são as “cólicas menstruais”, menstruação dolorosa ▫ Afetam em torno de 50% das mulheres em idade fértil ▫ É uma das principais queixas ginecológicas ▫ Sintoma principal: dor em baixo ventre, que pode ser acompanhada de náuseas, diarréia, vômitos e cefaléia 31/05/2013 26 GESTAÇÃO COMO UM PROCESSO FISIOLÓGICO • PRÉ-NATAL – PRIMEIRA CONSULTA • Solicitar exames complementares: ▫ Hemograma; ▫ Tipagem sanguínea e fator Rh; ▫ Coombs indireto (se for Rh negativo); ▫ Glicemia de jejum; ▫ Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR; ▫ Teste rápido diagnóstico anti-HIV; ▫ Anti-HIV; ▫ Toxoplasmose IgM e IgG; ▫ Sorologia para hepatite B (HbsAg); 31/05/2013 27 • Exame de urina e urocultura; • Ultrassonografia obstétrica; • Citopatológico de colo de útero; • Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica); • Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica); • Eletroforese de hemoglobina (se a gestante for negra, tiver antecedentes familiares de anemia falciforme ou apresentar história de anemia crônica). EXAMES DO 2º TRIMESTRE • Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana); • Proteinúria na 24ª semana 31/05/2013 28 Exames do 3º trimestre • Hemograma • Glicemia em jejum • Coombs indireto (se for Rh negativo) • VDRL • Anti-HIV (30 semana) • Sorologia para hepatite B (HbsAg) • Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente • Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) • Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação) SINAIS DE PRESUNÇÃO • 4 semanas ▫ Amenorréia • 5 semanas ▫ Náusea, vômitos, malácia, congestão mamária • 6 semanas ▫ Polaciúria • 8 semanas ▫ Aréola primária, tubérculos de Montgomery • 16 semanas ▫ Colostro, rede de Haller (Dilatação da rede venosa superficial) • 20 semanas ▫ Aréola secundária 31/05/2013 29 INSPEÇÃO - MAMASINSPEÇÃO - MAMAS •Aréola gravídica ou sinal de Hunter: - Hiperpigmentação ao redor da aréola primitiva • Tubérculos de Montgomery: -Glândulas sebáceas hipertrofiadas -Rede de Haller: -Dilatação da rede venosa superficial mamária -Aumento do volume e maior sensibilidade - Colostro Mamas: → posteriormente aumentam progressivamente, como resultado do crescimento dos ductos, estimulado pelo estrogênio, e da hipertrofia dos alvéolos, estimulada pela progesterona. • → 16ª semana: colostro à expressão e rede de Haller. • → 20ª semana: aréola secundária (Sinal de Hunter). 31/05/2013 30 Sinais de Probabilidade • 6 semanas ▫ Amenorréia • 8 semanas Coloração violácia da vagina – SINAL DE KLUGE Coloração violácia da vulva- SINAL DE JACQUEMIER/ CHADWICK Amolecimento do ístimo- SINAL DE HEGAR Amolecimento do colo uterino: SINAL DE GOODEL Crescimento assimétrico do útero- SINAL DE PISKACEK Preenchimento de saco vaginal pelo útero - SINAL DE NOBILE- BUDIN Batimentos da artéria vaginal – SINAL DE OSSIANDER ATRASOATRASO OUOU IRREGIRREG.. MESNTRUAL,MESNTRUAL, NÁUSEAS,NÁUSEAS,↑↑↑↑↑↑↑↑ VOLVOL..ABDOMINALABDOMINAL ATRASOATRASO OUOU IRREGIRREG.. MESNTRUAL,MESNTRUAL, NÁUSEAS,NÁUSEAS,↑↑↑↑↑↑↑↑ VOLVOL..ABDOMINALABDOMINAL AVALIARAVALIAR:: CicloCiclo MenstrualMenstrual DataData dada ÚltimaÚltima MenstruaçãoMenstruação ↑↑↑↑↑↑↑↑ VolumeVolume AbdominalAbdominal AVALIARAVALIAR:: CicloCiclo MenstrualMenstrual DataData dada ÚltimaÚltima MenstruaçãoMenstruação ↑↑↑↑↑↑↑↑ VolumeVolume AbdominalAbdominal ATRASO MENSTRUAL em ATRASO MENSTRUAL em MulheresMulheres comcomATIVIDADE SEXUALATIVIDADE SEXUAL ATRASO MENSTRUAL em ATRASO MENSTRUAL em MulheresMulheres comcomATIVIDADE SEXUALATIVIDADE SEXUAL SOLICITAR TESTE DE GRAVIDEZSOLICITAR TESTE DE GRAVIDEZ RESULTADO NEGATIVO REPETIR EM 10REPETIR EM 10--15 DIAS15 DIASREPETIR EM 10REPETIR EM 10--15 DIAS15 DIAS PERSISTINDO AMENORRÉIAPERSISTINDO AMENORRÉIA AVALIAR CAUSAS GINECOLÓGICASAVALIAR CAUSAS GINECOLÓGICAS RESULTADO POSITIVO GRAVIDEZ GRAVIDEZ CONFIRMADACONFIRMADA GRAVIDEZ GRAVIDEZ CONFIRMADACONFIRMADA INICIAR ACOMPANHAMENTO DA GESTANTE INICIAR ACOMPANHAMENTO DA GESTANTE RESULTADO NEGATIVO DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZDIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZDIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZDIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 31/05/2013 31 Sinais de Probabilidade • 12 semanas ▫ Útero palpável • 16 semanas ▫ Aumento do volume abdominal Sinais de Certeza • 10-12 semanas ▫ Ausculta BCF com sonard • 18 semanas ▫ Percepção e palpação de movimentos do feto e de partes do feto • 20 semanas ▫ BCF com Pinard 31/05/2013 32 • GESTAÇÃO A TERMO ▫ 37 sem. completas a 42 sem. incompletas • GESTAÇÃO PRÉ-TERMO ▫ Menor que 37 semanas completas • GESTAÇÃO PÓS – TERMO ▫ Igual ou superior a 42 sem completas IDADE GESTACIONAL Classificação da Gestação de acordo com a semana: • 1º trimestre: abaixo da 13ª semana • 2º trimestre: entre 14ª a 27ª semana • 3º trimestre: acima da 28ª semana 31/05/2013 33 Número de Consultas: • Até a 32ª semana – intervalo de 4 semanas • Após a 32ª até a 36ª semana – intervalo de 15 dias • Da 36ª semana em diante – semanalmente Altura uterina • → 12ª semana: é palpável na sínfise púbica • → 16ª semana: encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical • → 20ª semana: encontra-se na altura da cicatriz umbilical • → A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. * torna-se menos fiel a partir da 30ª semana da IG. 31/05/2013 34 Mensuração da altura uterina: ▫ Altura uterina cresce 4cm por mês. ▫ No oitavo mês atinge em torno de 32cm. ▫ Serve para acompanhar o crescimento fetal, IG, suspeitar de gemelidade e excesso de líquido. 31/05/2013 35 Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Delimita-se o fundo do útero Determinar a posição fetal Avalia se a apresentação é cefálica ou pélvica. Se a apresentação esta em cima ou em baixo da sínfise. 31/05/2013 36 OBSERVAÇÕES • Pinard - a partir de 20 semanas; • Sonar a partir de 10-12 semanas; • FC= 120 a 160 bpm • Apresentação cefálica: quadrantes inferiores; • Apresentação pélvica: quadrantes superiores; • Apresentação côrmica: linha umbilical. 31/05/2013 37 Modificações dos órgãos genitais: – Vulva e vagina: • Anatomia→ amolecidas • → tornam-se mais pigmentadas, espessas, flexíveis e dilatáveis. • Citologia→ ocorre uma proliferação de células. – Útero: • de 60g. passa a 100g., com 1/6 do vol. Total de sangue do corpo, ao final da gestação. - Colo → O colo torna-se mais curto e amolecido, preparando-se para o apagamento e a dilatação. • O amolecimento é divido a influência hormonal quecausa aumento no suprimento de sangue, e aumento na secreção das glândulas cervicais (formam o tampão mucoso que oblitera o canal cervical). PARTO • Atitude fetal: É a relação das partes fetais entre si. • Dimensões → útero à termo = aprox. 30 cm. • → feto à termo = aprox. 50 cm. • → eixo longitudinal = aprox. 25 cm. • Ovóide fetal: flexão generalizada durante a gravidez. • Pólos: cefálico e pélvico. 31/05/2013 38 Situação: • É a relação entre os eixos longitudinais, fetal e uterino. • Longitudinal→ eixos coincidentes (99,5%) • Transversa→ eixos perpendiculares • Oblíqua→ eixos cruzados (fase de transição) 31/05/2013 39 Apresentação: ▫ É a região fetal que se coloca na área do estreito superior e tende a insinuar-se durante o parto. a) Cefálica b) Pélvica c) Córmica CEFÁLICA • FLETIDA • DEFLETIDA ▫ 1º grau ou bregmática ▫ 2º grau ou fronte ▫ 3º grau ou face 31/05/2013 40 PÉLVICA • COMPLETA • INCOMPLETA 31/05/2013 41 Posição: • É a relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo materno. - Períodos Mecânicos do Parto Insinuação ou encaixamento • Passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior Descida • Rotação interna da cabeça. • Insinuação das espáduas: Com a rotação interna da cabeça e sua progressão no canal os ombros aconchegam-se. Desprendimento • Movimento de deflexão com a nuca apoiada na arcada púbica • Rotação externa da cabeça: Ligeira flexão, pela ação da gravidade. • Rotação interna das espáduas • Desprendimento das espáduas: O ombro anterior aparece, ocorre uma flexão lateral do tronco e o ombro posterior desprende-se. 31/05/2013 42 Rotação extRotação extExtensãoExtensão Rotação intRotação intFlexãoFlexão DescidaDescidaEncravamentoEncravamento Saida ombro antSaida ombro ant Saída ombro postSaída ombro post Períodos Clínicos do Parto Período Características Período premunitório - pré-parto • Início: 30 – 36 semanas • Descida do fundo uterino • Formação do segmento uterino inferior • Percepção das contrações uterinas pela gestante, por vezes com cólicas (Braxton-Hicks). • Aumento das secreções cervicais, com muco e, por vezes, raias de sangue • Amolecimento, apagamento e centralização do colo • Culmina com a fase latente do trabalho de parto Período de dilatação (1º período do parto) • É precedido por uma fase de duração variável • O primeiro período é a dilatação cervical, e dura desde o início até a dilatação completa do colo. • Primíparas: apaga e depois dilata (aprox. 12 h.) • Multíparas: dilatação e apagamento simultâneos (aprox. 5h.) • Fase latente → contrações tornam-se mais coordenadas, fortes e mais eficientes e o colo mais amolecido, flexível e elástico. • Fase ativa → a partir de 4cm, dilatação mais rápida → primíparas: 3cm/h. → multíparas: 5,7cm./h. • Amniotomia: rotura das membranas amnióticas, em 80% dos casos ocorre ao final da dilatação ou início da expulsão. 31/05/2013 43 Período expulsivo (2º período do parto) • Início com dilatação completa e término com a saída do feto • Característica: esforços expulsivos maternos (puxos) e sensação de preenchimento retal, com desejo de evacuar (Brasil, 2001). • O feto passa através do canal de parto, pelo colo dilatado, e passa a distender o diafragma vulvo-perineal. • O útero se retrai logo após a saída do feto, ficando seu fundo na cicatriz umbilical. • míparas: aprox. 50' (Rezende) • Multíparas: aprox. 20' (Rezende) Dequitação (3º período do parto) • Característica: deslocamento (secundamento ou dequitadura) pela descida e pela expulsão (ou desprendimento) da placenta. • Decorre da retração uterina após o parto • Mecanismo de Baudelocque-Schultze: Em 75% dos casos a placenta está na parte superior do útero. Ela inverte-se e desprende-se pela parte fetal, em forma de guarda-chuva. • Mecanismo de Duncan: Em 25% dos casos a placenta está na parede lateral do útero. Ocorre um desprendimento inicial da borda inferior, por deslizamento e ela se apresenta pela borda ou pela face materna. O hematoma retroplacentário exterioriza-se antes da placenta • Expulsão: ocorre pela intervenção do assistente ou pelos esforços expulsivos. • Nos partos fisiológicos recomenda-se (Brasil, 2001) que seja utilizada a conduta expectante, onde se aguarda 30’a saída da placenta. * A ferida da antiga inserção placentária sangra até que se forme o globo de segurança de Pinard, decorrente da retração uterina. Período de Greemberg (4º período do parto) • Do final do secundamento até aproximadamente 1 hora após o parto. • Hemostasia: miotamponagem (contração uterina), trombotamponagem (formada pelos trombos dos grandes vasos uteroplacentários, no hematoma da ferida do sítio placentário). • Equilíbrio miotrombótico: contração do miométrio e pressão dos trombos • Indiferença miouterina: Ocorre quando o útero está "apático" dinamicamente, com perigo de encher-se progressivamente de sangue. 31/05/2013 44 - Ação uterina anormal (atonia uterina): • hipotonicidade: contrações curtas, pouco freqüentes e sem muito desconforto. ▫ Duração menor que 40 segundos. • hipertonicidade: Contrações regulares, fortes e dolorosas, com duração de 50 a 70 segundos. ▫ Freqüência de 2 a 5 minutos. Pode levar a hipóxia fetal. • Contrações tetânicas: útero permanece continuamente contraído. ▫ Causa: superestimulação com ocitócitos (pode levar a ruptura uterina, DPP e hipóxia fetal), trabalho de parto prolongado e hipóxia fetal. PUERPÉRIO • O puerpério inicia-se uma a duas horas após a saída da placenta e tem seu término imprevisto, pois enquanto houver a amamentação, ela estará sofrendo modificações da gestação (pela lactância), não retornando seus ciclos menstruais completamente à normalidade (Ministério da Saúde, 2000/2003). • 31/05/2013 45 Classificação: • Imediato: 1º ao 10º dia • Tardio: 11º ao 42º dia • Remoto: a partir do 43º dia Involução e recuperação • ÚTERO: ▫ Abdome descaído, musculatura flácida; ▫ Fundo uterino na linha da cicatriz umbilical; ▫ Atividade contrátil permanece, provocando cólicas dolorosas; ▫ Globo de segurança de Pinard ▫ 12 horas iniciais� 12 cm da borda púbica; ▫ 2º dia pós-parto normal comum identificar: Altura de fundo de útero 2 cm abaixo da cicatriz umbilical e lóquios sanguinolentos. ▫ A partir do 4º ou 5º dia � a anteversoflexão (fundo uterino está voltado para o púbis); té o 10º dia� retorna para a pelve; 31/05/2013 46 - Classificação dos Lóquios: • Lóquios sanguíneos (até o 5º dia): volume variável, semelhante à menstruação. • Lóquios serossanguíneos (5º dia até 10º dia): cor rosada. • Lóquios serosos (10º dia): cor amarelada ou borra de café. Intercorrências no Puerpério • Hemorragias: Perda maior que 500 ml de sangue. ▫ Causas da hemorragia imediata: ▫ Atonia uterina: Devido à exaustão do músculo. Este não se contrai, não há compressão dos vasos sangüíneos do útero. ▫ Lacerações: Podem ser classificadas como leve (parte baixa da parede abdominal e períneo) ou profusa (colo ou na porção superior do canal vaginal – tem maior sangramento). 31/05/2013 47 Causas da hemorragia tardia (após 24 horas): • Retenção de restos placentários→ curetar • Hematomas vulvares: Quando são realizadas episiotomias, após sua reparação pode ocorrer que um vaso continue sangrando na ferida suturada, causando hematoma → quando pequeno, deixar ser absorvido; quando maior, remover os coágulos. - Infecção puerperal: • Decorre da entrada de bactérias, antes, durante o trabalho de parto ou no puerpério. • Sintomas: temperatura superior a 38º C por mais de 24 horas; lóquios fétidos e profuso; dor pélvica profunda.• Tratamento: aumento da ingesta hídrica, posição fowler e antibioticoterapia. 31/05/2013 48 - Cistite: • Acontece principalmente no pós-parto de primíparas e de cesáreas. • Causas: cateterização ou urina residual. • Tratamento: sinais vitais, aumento da ingesta hídrica, antibioticoterapia. • Problemas mamários → principalmente no 3° dia de pós-parto, com a apojadura. → ingurgitamento, dor, fissuras, pequenos sangramentos e as relativamente raras mastites; → a amamentação deve continuar; → no abscesso mamário o procedimento é cirúrgico, a amamentação só deve ser interrompida no caso de dor intensa, neste caso o leite de ser retirado manualmente. Referências • CARVALHO, Marcos Renato de & TAMEZ, Raquel Nascimento. Amamentação – bases científicas. 2ª ed. RJ: Guanabara Koogan. 2005. • NEME, Bussamara. Obstetrícia Básica. 3ª ed. SP: Sarvier. 2006. • REZENDE, J. de; MONTENEGRO, C.A.B. Obstetrícia Fundamental. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1995. • BRASIL.Ministério da Saúde. Pré-Natal e Puerpério – Atenção Qualificada e Humanizada. Manual Técnico. Brasília, DF: Imprensa Nacional, 2005.
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