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Aula_07 2015

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HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
Aula 7- A produção historiográfica no Brasil República após 1930: a influência dos annales na historiografia brasileira
Tema da Apresentação
A produção historiográfica no Brasil República após 1930: a influência dos annales na historiografia brasileira- Aula 07
HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
I- ESCALADA:
Compreender os discursos constitutivos da historiografia brasileira pós-1930.
Identificar as influências da historiografia dos annales no pensamento historiográfico brasileiro desse mesmo período.
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A interdisciplinariedade proposta pelos annales
O movimento historiográfico fundado por Marc Bloch e Lucien Febvre em 1929 buscou o contato com a economia, com a antropologia e, principalmente, com o modelo durkheimiano das ciências sociais.
Criticando a historiografia metódica do século XIX, os annales propuseram uma historiografia dedicada aos processos históricos de longa duração e mais interessada nas estruturas sociais e econômicas do que nos sujeitos individualizados.
II- Construindo o argumento central da aula
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A influência historiográfica dos annales ultrapassou bastante as fronteiras francesas e chegou, em maior ou menor grau, ao mundo ocidental.
Nosso objetivo é compreender a contribuição dos annales ao pensamento historiográfico brasileiro após 1930.
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III- Abrindo o baú
O estruturalismo característico da proposta historiográfica dos annales teve vários desdobramentos, indo desde a proposta de uma biografia modal, como no “Rabelais” ou no “Lutero” de Lucien Febvre, até a antropologia histórica que caracterizou a abordagem das mentalidades, inaugurada nos “Reis Taumaturgos” de Marc Bloch.
A História das Mentalidades se fortaleceu no período em que Fernand Braudel foi o principal líder da Escola dos Annales. Podemos dizer que a “História das Mentalidades” foi influenciada pela antropologia estruturalista de Claude Lévi-Strauss.
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É importante saber que a “História das Mentalidades” se encontra dentro do projeto da “História Social” desenvolvido pelos Annales; ou seja, a abordagem cultural desenvolvida pela “História das Mentalidades” também tem perfil estruturalista.
A “História das Mentalidades” é baseada no conceito de “utensilhagem mental”; ou seja, na suposição de que existe uma estrutura cultural em um determinado contexto histórico e que essa grade pode ser encontrada nas ações dos sujeitos inseridos nesse contexto.
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A afirmação de uma influência teórico-metodológica dos annales na historiografia brasileira pós- 1930 não significa definir os historiadores brasileiros desse período como meros copistas dos seus colegas franceses.
O pensamento historiográfico brasileiro deste período selecionou o repertório conceitual dos annales de acordo com interesses específicos, que devem ser buscados não apenas no campo específico dos estudos históricos, mas também na dinâmica social que na época caracterizou a sociedade brasileira.
Uma dinâmica de apropriação, não um exercício de cópia
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A Revolução de 1930- Marcou o esgotamento da hegemonia das oligarquias cafeiculturas e o início de um projeto de modernização para a sociedade brasileira.
http://www.youtube.com/watch?v=Kh2G3T3ZmUU
Os governos provisório (1930-1934) e constitucional (1934-1937) de Getúlio Vargas estiveram comprometidos com a modernização do Brasil, o que incluiu na criação de Universidades; a USP (1933) e a UDF (1935).
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Dentro desse projeto de modernização do ensino universitário se desenvolveu uma historiografia crítica ao nacionalismo e interessada nos grandes processos sociais. Surge com força nessa historiografia o conceito de “civilização brasileira”, que veio substituir a “nação brasileira”, que durante quase cem anos foi o fundamento da escrita da história desenvolvida nos quadros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fundado em 1838.
		
As relações entre as mudanças na estrutura universitária e as interpretações historiográficas:
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Essa proposta foi especialmente desenvolvida no curso de história ministrado na Universidade do Distrito Federal (UDF), que, entre outros, apresentava no seu corpo docente os seguintes nomes:
Afonso Arinos de Melo Franco, Henri Hausser e Gilberto Freyre.
A perseguição aos comunistas resultou em uma grande reforma universitária que resultou no fechamento da UDF, na perseguição de suas principais lideranças, incluindo aí Afrânio Peixoto e Anísio Teixeira, acusados de comunismo.
	
		
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 No lugar da UDF, o Estado Novo criou a Universidade do Brasil (UB), dentro da qual foi fundada a Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), que desenvolveu uma outra proposta de historiografia.
O curso de história ministrado nos quadros da FNFi denotam o interesse do Estado em propagandear a nação e o líder, no caso Getúlio Vargas. Nesse sentido, temos um retrocesso da proposta da História Social e do Materialismo Histórico e a reedição de uma historiografia política e nacionalista semelhante àquela desenvolvida nas fileiras do IHGB.
Os principais nomes do corpo docente do curso de história da FNFi eram:
 Hélio Viana, Maria Yeda Linhares e Eremildo Viana.
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IV- conclusão:
Ao longo do século XX, o pensamento historiográfico brasileiro dialogou profundamente com os debates da historiografia internacional. Esse dialogo não deve ser considerado mera cópia, mas sim um exercício de apropriação dinâmica que levou em consideração as tradições intelectuais locais e a própria dinâmica social e histórica brasileira.
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Durante a década de 1930 o projeto modernizador idealizado pelos governos provisório e constitucional de Getúlio Vargas desenvolveu uma historiografia cosmopolita que, influenciada pelos paradigmas da História Social e do Materialismo Histórico, se diferenciou do nacionalismo ufanista que até então caracterizava o pensamento historiográfico brasileiro. 
O golpe civi-militar do Estado Novo (1937) inaugurou uma proposta política autoritária que promoveu uma grande reforma universitária que afetou diretamente os cursos de história e a historiografia, o que resultou no re-fortalecimento das
abordagens nacionalistas.
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