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Aula_04 2015

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HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
Aula 4 – A produção historiográfica no Brasil República a partir de 1930
A influência do culturalismo e do historicismo: a obra de Gilberto Freyre
Aula 4 – A produção historiográfica no Brasil República a partir dos anos 30
HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
OBJETIVOS DESTA AULA:
1º objetivo:
Compreender a importância da obra de Gilberto Freyre para a historiografia brasileira
2º objetivo:
Discutir a questão racial na obra de Gilberto Freyre
3º objetivo
Analisar a visão de Gilberto Freyre acerca do passado colonial do país.
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Aula 4 – A produção historiográfica no Brasil República a partir dos anos 30
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Nasceu em Recife em 1900.
Bacharelou-se em ciências políticas e sociais pela Universidade de Columbia em 1922. Nesta instituição, foi aluno de Franz Boas.
Publicou Casa Grande e Senzala em 1933.
Publicou Sobrados e Mocambos em 1936.
Publicou Ordem e Progresso em 1959.
Representou-se como ensaísta e não como historiador, antropólogo ou sociólogo.
Morreu em 1987.
GILBERTO FREYRE
Gilberto Freyre – fotografia de Pierre Verger, 1945.
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José Carlos Reis: considera Freyre, até certo ponto, um “neovanhageniano” pela lusofilia e pelo conservadorismo.
Astrogildo Pereira e José Honório Rodrigues: colocam-no na linha de Capistrano de Abreu.
Florestan Fernandes, Carlos Guilherme Mota e outros autores marxistas (especialmente da USP) – críticas ferrenhas à obra de Gilberto Freyre.
LEITURAS DE GILBERTO FREYRE
Foto do arquivo da Fundação Gilberto Freyre
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A ‘GRANDE OBRA DE FREYRE’: CASA GRANDE E SENZALA
Apesar de ser autor de diversos livros, Freyre é marcado pela publicação de Casa Grande e Senzala (1933).
O lugar do livro: momento de insurgência da literatura regionalista no Nordeste.
Três grandes momentos na recepção da obra Casa Grande e Senzala:
1º: impacto inicial das três primeiras décadas
2º: período entre meados dos anos 1950 e começo dos anos 1980
3º: período de 1980 em diante, quando se tem um esforço de compreender Gilberto Freyre.
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EDIÇÕES DE CASA GRANDE E SENZALA
1ª edição
1973
Anos 80
2000
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OUTRAS EDIÇÕES
Edição mais recente do livro
Edição em quadrinhos
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CULTURA E RAÇA
Teorias que lançavam mão da noção de raça influentes na época de Gilberto Freyre: Monogenismo e Poligenismo. 
 O conceito de cultura como forma de explicar as diferenças entre os homens: relativização dos pressupostos racialistas.
Freyre e a celebração da miscigenação. Em Casa Grande e Senzala, Freyre explica a formação miscigenada da sociedade brasileira.
O caráter miscigenado do próprio português: “a singular predisposição do português para a colonização híbrida e escravocrata dos trópicos, explica-a em grande parte o seu passado étnico, ou antes, cultural, de povo indefinido entre a Europa e a África” (p. 06.)
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“A miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado entre a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a senzala. O que a monocultura latifundiária e escravocrata realizou no sentido de aristocratização, extremando a sociedade brasileira em senhores e escravos (...) foi em grande parte contrariado pelos efeitos sociais da miscigenação. A índia e a negra-mina a princípio, depois a mulata, a cabrocha, a quadrarona, a oitavona, tornando-se caseiras, concubinas e até esposas legítimas dos senhores brancos, agiram poderosamente no sentido de democratização social no Brasil” (Prefácio à 1ª edição de Casa Grande e Senzala).
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O PASSADO COLONIAL
Engo. Noruega. Mapa de Cícero Dias
“Nas casas-grandes foi até hoje onde melhor se exprimiu o caráter brasileiro; a nossa continuidade social. No estudo de sua história íntima despreza-se tudo o que a história política e militar nos oferece de empolgante por uma quase rotina de vida: mas dentro dessa rotina é que se sente o caráter de um povo” (Prefácio à 1ª edição)
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PARAÍSO TROPICAL?
Freyre foi bastante criticado pela construção da experiência colonial brasileira (e a relação entre senhores e escravos) como um “paraíso tropical”. Ele teria construído uma sociedade em que não haveria conflitos sociais. 
Flexibilidade, a convivência harmônica dos contrários, cristianismo maleável, o intercâmbio, a miscigenação seriam elementos que nos marcam como povo.
Uma das ilustrações da edição em quadrinhos
Aula 4 – A produção historiográfica no Brasil República a partir dos anos 30
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A IMPORTÂNCIA DE GILBERTO FREYRE PARA A HISTORIOGRAFIA
 Uso de fontes diversificadas: livros de viajantes, cartas, receitas culinárias, folclore, romances, iconografia etc. 
 Abordagem de temas como a religiosidade, o cotidiano e a sexualidade, retomados por uma historiografia mais recente (que também atenta para os limites da obra do autor).
Importância de sua obra para os estudos acerca da escravidão no Brasil.
O caráter de síntese da sua obra, marca dos anos 30, especialmente.
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O QUE VIMOS NA AULA DE HOJE:
Discutimos a importância da obra de Gilberto Freyre, atentando para a recepção do livro Casa Grande e Senzala e para os debates em torno de sua obra.
Destacamos dois pontos importantes e que foram motivos de crítica e debate em torno da obra de Freyre: a questão da miscigenação e a construção de uma certa visão a respeito do passado colonial brasileiro. 
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PARA SABER MAIS SOBRE GILBERTO FREYRE:
Ricardo Benzaquen é autor de um dos livros mais importantes sobre a obra de Gilberto Freyre. Chama-se “Guerra e Paz: Casa Grande e Senzala e a obra de Gilberto Freyre”, publicado pela Editora 34.
Artigo do professor Fernando Nicolazzi – “À sombra de um mestre. Gilberto Freyre leitor de Euclides da Cunha”:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742010000100015&lang=pt
- Assista também ao programa “De lá pra cá” dedicado a Gilberto Freyre: http://www.youtube.com/watch?v=kyFkWeJFO2w
Historiografia Brasileira
O discurso histórico no Brasil Colonial e no Brasil Império
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