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ESTATUTO DO IDOSO

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quando ocorrer iminente 
risco de vida e não houver tempo hábil para con-
sulta a curador ou familiar;
 IV - pelo próprio médico, quando não hou-
ver curador ou familiar conhecido, caso em que 
deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
 Art. 18. As instituições de saúde devem 
atender aos critérios mínimos para o atendimento 
às necessidades do idoso, promovendo o treina-
mento e a capacitação dos profissionais, assim 
como orientação a cuidadores familiares e grupos 
de auto-ajuda.
 Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação 
de violência praticada contra idosos serão objetos 
de notificação compulsória pelos serviços públi-
cos e privados à autoridade sanitária, bem como 
serão obrigatoriamente comunicados por eles a 
quaisquer dos seguintes órgãos:
 I - autoridade policial;
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 II - Ministério Público;
 III - Conselho Municipal do Idoso;
 IV - Conselho Estadual do Idoso;
 V - Conselho Nacional do Idoso.
§ 1.º Para os efeitos desta Lei, considera-se violên-
cia contra o idoso qualquer ação ou omissão pra-
ticada em local público ou privado que lhe cause 
morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico.
§ 2.º Aplica-se, no que couber, à notificação com-
pulsória prevista no caput deste artigo, o disposto 
na Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
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CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
 Art. 20. O idoso tem direito a educação, 
cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, 
produtos e serviços que respeitem sua peculiar 
condição de idade.
 Art. 21. O Poder Público criará oportunida-
des de acesso do idoso à educação, adequando 
currículos, metodologias e material didático aos 
programas educacionais a ele destinados.
 § 1.º Os cursos especiais para idosos inclui-
rão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, 
computação e demais avanços tecnológicos, para 
sua integração à vida moderna.
 § 2.º Os idosos participarão das comemo-
rações de caráter cívico ou cultural, para trans-
missão de conhecimentos e vivências às demais 
gerações, no sentido da preservação da memória 
e da identidade culturais.
 Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos 
níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos 
voltados ao processo de envelhecimento, ao res-
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peito e à valorização do idoso, de forma a eliminar 
o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a 
matéria.
 Art. 23. A participação dos idosos em ativida-
des culturais e de lazer será proporcionada mediante 
descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) 
nos ingressos para eventos artísticos, culturais, es-
portivos e de lazer, bem como o acesso preferencial 
aos respectivos locais.
 Art. 24. Os meios de comunicação manterão 
espaços ou horários especiais voltados aos idosos, 
com finalidade informativa, educativa, artística e 
cultural, e ao público sobre o processo de enve-
lhecimento.
 Art. 25. O Poder Público apoiará a criação 
de universidade aberta para as pessoas idosas e 
incentivará a publicação de livros e periódicos, de 
conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, 
que facilitem a leitura, considerada a natural re-
dução da capacidade visual.
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CAPÍTULO VI
DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO
TRABALHO
 Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de 
atividade profissional, respeitadas suas condições 
físicas, intelectuais e psíquicas.
 Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer 
trabalho ou emprego, é vedada a discriminação 
e a fixação de limite máximo de idade, inclusive 
para concursos, ressalvados os casos em que a 
natureza do cargo o exigir.
 Parágrafo único. O primeiro critério de 
desempate em concurso público será a idade, 
dando-se preferência ao de idade mais elevada.
 Art. 28. O Poder Público criará e estimulará 
programas de:
 I - profissionalização especializada para os 
idosos, aproveitando seus potenciais e habilidades 
para atividades regulares e remuneradas;
 II - preparação dos trabalhadores para a apo-
sentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) 
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ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, 
conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre 
os direitos sociais e de cidadania;
 III - estímulo às empresas privadas para ad-
missão de idosos ao trabalho.
CAPÍTULO VII
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
 Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e 
pensão do Regime Geral da Previdência Social 
observarão, na sua concessão, critérios de cálculo 
que preservem o valor real dos salários sobre 
os quais incidiram contribuição, nos termos da 
legislação vigente.
 Parágrafo único. Os valores dos benefícios 
em manutenção serão reajustados na mesma data 
de reajuste do salário-mínimo, pro rata, de acordo 
com suas respectivas datas de início ou do seu 
último reajustamento, com base em percentual 
definido em regulamento, observados os critérios 
estabelecidos pela Lei n.° 8.213, de 24 de julho 
de 1991.
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 Art. 30. A perda da condição de segurado 
não será considerada para a concessão da apo-
sentadoria por idade, desde que a pessoa conte 
com, no mínimo, o tempo de contribuição cor-
respondente ao exigido para efeito de carência na 
data de requerimento do benefício.
 Parágrafo único. O cálculo do valor do be-
nefício previsto no caput observará o disposto no 
caput e § 2.° do art. 3.° da Lei n.° 9.876, de 26 de 
novembro de 1999, ou, não havendo salários-de-
-contribuição recolhidos a partir da competência 
de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei n.° 
8.213, de 1991.
 Art. 31. O pagamento de parcelas relativas 
a benefícios, efetuado com atraso por responsabi-
lidade da Previdência Social, será atualizado pelo 
mesmo índice utilizado para os reajustamentos 
dos benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social, verificado no período compreendido en-
tre o mês que deveria ter sido pago e o mês do 
efetivo pagamento.
 Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1.° de 
Maio, é a data-base dos aposentados e pensionistas.
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CAPÍTULO VIII
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
 Art. 33. A assistência social aos idosos será 
prestada, de forma articulada, conforme os prin-
cípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da 
Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, 
no Sistema Único de Saúde e demais normas per-
tinentes.
 Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e 
cinco) anos, que não possuam meios para prover 
sua subsistência, nem de tê-la provida por sua fa-
mília, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) 
salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da 
Assistência Social – Loas.
 Parágrafo único. O benefício já concedido a 
qualquer membro da família nos termos do caput 
não será computado para os fins do cálculo da 
renda familiar per capita a que se refere a Loas.
 Art. 35. Todas as entidades de longa per-
manência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar 
contrato de prestação de serviços com a pessoa 
idosa abrigada.
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 § 1.º No caso de entidades filantrópicas, ou 
casa-lar, é facultada a cobrança de participação 
do idoso no custeio da entidade.
 § 2.º O Conselho Municipal do Idoso ou 
o Conselho Municipal da Assistência Social es-
tabelecerá a forma de participação prevista no § 
1.°, que não poderá exceder a 70% (setenta por 
cento) de qualquer benefício previdenciário ou 
de assistência social percebido pelo idoso.
 § 3.º Se a pessoa idosa for incapaz, caberá 
a seu representante legal firmar o contrato a que 
se refere o caput deste artigo.
 Art. 36. O acolhimento de idosos em situa-
ção de risco social, por adulto ou núcleo familiar, 
caracteriza a dependência econômica, para os 
efeitos legais.
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CAPÍTULO IX
DA HABITAÇÃO
 Art. 37. O idoso tem direito a moradia 
digna, no seio da família natural ou substituta, 
ou desacompanhado de seus familiares, quando 
assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública 
ou privada.
 § 1.º A assistência
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