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CURSO PEDAGOGIA FILMES PARA FAZER ATIVIDADES COMPLEMENTARES

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CURSO PEDAGOGIA
31 FILMES SOBRE EDUCAÇÃO PARA FAZER ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ATIVIDADES CULTURAIS
1.- 0 club dos poetas mortos
Dead Poets Society. EE.UU, 1989.
Diretor: Peter Weir.
Reparto: Robin Williams, Ethan Hawke, Robert Sean Leonard, Josh Charles y Gale Hansen, entre outros.
A confiança entre os elementos de uma equipa é um factor preponderante para o sucesso de qualquer empresa. Mas, confiar nas pessoas é cada vez mais difícil. Poder ter uma verdadeira confiança em alguém é um luxo cada vez mais raro. E por ser raro e valioso, é que vale a pena apostar por saber encontrar e criar muita confiança entre as pessoas que nos rodeiam. Não é fácil e basta abrir as páginas dos jornais para vermos tantos casos de deslealdades, fuga de informação, traições e desilusões… mas apesar disso, o valor da confiança mantém-se em alta. O “Clube dos Poetas Mortos” é um filme que pode ser analisado de muitos pontos de vista: o da confiança é um deles. As aulas de um colégio interno vão começar. Os alunos acham a disciplina de literatura uma maçada. Mas, logo na primeira aula, o professor – novato no colégio – explica a matéria de um modo completamente diferente. Motiva os alunos. Obriga-os a falar, a intervir, a pensar e deixa-os correr riscos. Confia neles.
Ao longo do filme, vamos conhecendo melhor os alunos. Um deles tem um conflito com os pais. Não há confiança entre eles. O pai nunca deixou “espaço e tempo” para o seu filho e este nunca teve coragem e oportunidade para explicar ao pai os seus pontos de vista. No colégio, também há um paralelismo curioso, pois o professor novo não goza de grande confiança por parte do Director. Mal se falam. Os dias vão-se sucedendo. As aulas de Literatura decorrem a bom ritmo. A relação entre o professor e os alunos é excelente. A barreira professor / aluno vai sendo ultrapassada, mas alguns não conseguem deixar de pensar e de actuar segundo uma visão do tipo “superior/inferior ou chefe/subordinado”. O professor vai dando mostras cada vez maiores de que confia nos seus alunos. Mas essas provas não são por vezes compreendidas. Para não quebrar a confiança, o professor evita aprofundar algumas questões. O diálogo falha. Deixa correr riscos desnecessários. Incentiva mas sem a segurança necessária. Às vezes desconfia que algo poderá não estar correcto… mas não fala directamente com os alunos e quando o faz, um deles mente. Há desconfiança. O desastre tinha de acontecer e acontece com estrondo. No final, perdem os alunos, o colégio e o professor. Há um relativo “happy end” pois são apresentadas as linhas de rumo e algumas resultaram. Mas são evidentes as falhas de um sistema onde sem confiança, nada é possível. Não é só saber escolher as pessoas certas. Trata-se de saber construir uma equipa. A confiança não se impõe, é reconhecida. A confiança não se conquista, ganha-se.
Tópicos de análise:
1. A inovação como factor motivador.
2. Estímulos que criam confiança.
3. Ouvir os elementos da equipa, proporcionando-lhes espaço e tempo.
4. Lançar desafios de acordo com as capacidades individuais.
Encontra aqui uma curta apresentação de algumas dezenas de filmes, contendo os dados principais de cada um deles, um resumo e alguns tópicos de análise. Não se trata de filmes aconselhados por nós, mas apenas de algumas ideias que podem ajudar a escolher um filme ou a tirar partido dele do ponto de vista educativo.
2.- A Onda 
Die Welle. Alemania. 2008
Diretor: Dennis Gansel
Reparto: Jürgen Vogel, Frederick Lau, Jennifer Ulrich, Max Riemelt, Christiane Paul y Elyas M’Barek, entre otros
O filme A Onda retrata de forma contundente o modelo autocrata de se governar. O professor Rainer é o ministrador de um curso sobre autocracia que durará uma semana. A fim de que os alunos compreendessem melhor tal forma de governo, ele decide aplicar um experimento prático aos alunos que, empolgados com a ideia, aceitam imediatamente, com exceção de alguns. Com o passar dos dias, o professor, sua esposa e alguns alunos percebem que o movimento estava ultrapassando os limites da realidade, ou melhor, estava transformando-se, como numa monarquia absolutista, num modo de governo ditatorial, já que o caos promovido, sobretudo pelos alunos, extrapolara-se dos limites do contexto social da escola ao ambiente social externo. Os alunos passaram a defender o grupo com unhas e dentes, inclusive das intimidações de grupos anarquistas, divulgando o logo do movimento por toda a cidade. Após uma confusão entre os alunos do movimento e os do outro curso, em um jogo de polo aquático, o professor decide acabar de vez com A Onda que tomara proporções inesperadas.
 Reunindo todos os alunos no dia seguinte procurou estratégias para convencê-los do caos que a situação havia se transformado. Discursou, para a euforia de todos, que A Onda não poderia acabar, pois com ela iriam mudar os rumos da Alemanha. Um dos alunos não aceitando tal ideia foi levado, à mando do professor, até o palco, que perguntando aos demais o que fazer com o traidor ouviu que deveria expulsá-lo do grupo. Com isso demostrou aos alunos o quão perversa e manipuladora é a autocracia e depois acrescentou que já estava na hora de dar um basta na brincadeira que virara realidade. Um aluno que sofria de bullying antes do movimento, mas que ao integrá-lo passou a ser respeitado, não aceitou a ideia pensando que seria novamente excluído e sacou uma arma atirando em um dos seus colegas. Após ser convencido pelo professor de que se ele o assassinasse o movimento ficaria sem líder, o aluno psicótico atira na própria boca e se mata. O professor Rainer é preso logo depois do ocorrido culpado pelo caos que se estabelecera.
3.- Entre os muros da Escola
Entre les murs. França, 2008
Diretor: Laurent Cantet
Reparto: François Bégaudeau, Nassim Amrabt, Laura Baquela, Cherif Bounaïdja Rachedi, Juliette Demaille
Sinopse: François e os demais amigos professores se preparam para enfrentar mais um novo ano letivo. Tudo seria normal se a escola não estive em um bairro cheio de conflitos. Os mestres têm boas intenções e desejo para oferecer uma boa educação aos seus alunos, mas por causa das diferenças culturais – microcosmo da França contemporânea – esses jovens podem acabar com todo o entusiasmo. François quer surpreender os jovens ensinando o sen O filme gira em torno de uma escola em que alunos de origens distintas lidam com o contexto da imigração. Por conta de suas diferenças assistimos rixas entre eles e até sentimentos de autoritarismo no ambiente escolar para lidar com a desordem, como professores que reclamam da falta de interesse e despertam problemas com os estudantes no decorrer do filme.
Essas e outras questões que o diretor nos apresenta, elucida os problemas no interior dessa escola que também são presentes no interior de qualquer escola atualmente, seja às confusões entre eles ou entre os funcionários e professores. Confusões que são despertadas tanto pelo autoritarismo, quanto pela falta de estrutura que não possibilita maior participação do estudante no contexto escolar. Sabemos que essas confusões podem ser lidadas com a participação efetiva dos estudantes na construção do ambiente escolar, visto que o diálogo é o melhor caminho para todo e qualquer tipo de problema. Tido da ética, mas eles não parecem dispostos a aceitar os métodos propostos.
O interessante do filme são os espaços recorrentes no nosso cotidiano como a sala de aula, o conselho de classes, pátio da escola, reunião de pais e também conselho disciplinar. Toda essa composição de cenários nos faz ver circular um aglomerado de professores que seguem no seu desabafar constante, deixando evidente o desgaste emocional e psicológico que infelizmente, o contexto escolar faz cada um enfrentar diariamente. Parte desses professores vítimas do descontrole desconta nos alunos palavras desrespeitosa que se insere nesse ambiente, gerando atrito na relação professor-aluno, já difícil de ser conquistada. Todo esse conflito é gerado também por péssimas condições de trabalho que os professoresprecisam enfrentar diariamente, o que acaba influenciando diretamente na saúde do profissional. Uma questão que precisa ser constantemente pensada e analisada, por ter influência direta com alunos vítimas de desigualdade social que já perderam a fé na escola e na capacidade da formação.
Entre os muros da escola é um filme que deixa uma sensação de desconforto porque sentimos que estamos ali, junto daquele professor, naquela sala de aula, assistindo como meros estagiários, uma realidade que logo será nossa. Uma observação que nos encarrega de pensar as problemáticas na estrutura da instituição e buscar propostas para uma melhor relação com aqueles alunos que demonstram pouco interesse ou que se deixam levar pelas situações do cotidiano, deixando interferir no ambiente escolar.
Falta nessa escola representada no filme uma postura democrática no corpo estudantil que envolva tanto os alunos, quanto os professores. O distanciamento entre eles fica claro quando há exclusão entre melhores alunos e piores comportamentos. Até a participação dos pais, em companhia de alunos durante as reuniões deixa claro que existe uma tentativa de diálogo entre instituição e família, aluno e professor, mas sem fugir do debate “comportamento do estudante em sala”. Mesmo que não tenha um final que deixe uma solução para os problemas da escola, o filme nos traz questões não só de desigualdade social, mas questões que possibilitam o despertar de uma análise mais aprofundada, já que sem a capacidade de mudar o contexto social presente na vida dos alunos, nos apresenta à problemática.
4.- Mr. Holland – Adorável Professor
Mr. Holland’s Opus. Estados Unidos, 1995
Diretor: Stephen Herek
Reparto: Richard Dreyfuss, Glenne Headly, Olympia Dukakis, William H. Macy, Jay Thomas, Alicia Witt, Jean Louisa Kelly, Terrence Howard y Balthazar Getty
O filme relata a história de um músico que deseja dinheiro e sucesso como maestro e compositor. Porém, com algumas dificuldades financeiras, Holland vê a necessidade de trabalhar para completar a sua renda, sua meta é trabalhar apenas por quatro anos. Então, decide dar aula de música em uma escola de seu Estado.
Em seu primeiro dia de aula sente-se inseguro é nervoso, pois nunca houve a vontade de ser professor, ele só faz essa opção por achar que dando aula poderá ter tempo para compor. Holland percebe o desinteresse e a falta de compromisso de seus alunos e a falta de aptidão para tocar instrumentos. A partir da prova que aplica percebe a sua dificuldade de lecionar e a dificuldade de seus alunos prestarem atenção no que ele está querendo passar. Com a notícia que sua esposa está grávida, percebe que irá que trabalhar por mais tempo, assim deixando um pouco de lado seu sonho de compositor. Aos poucos Holland aproxima-se dos seus alunos, a partir dos gostos musicais de seus alunos, ele mostra que a música não é algo desinteressante. Holland trabalha em uma escola conservadora, então quando está ensinando aos seus alunos músicas de Rock and Roll é chamado ao gabinete de sua diretora, pois como colégio conservador não aceita este tipo de música. 
Ele é convidado para ensaiar a banda da escola para um desfile cívico, porém, não consegue coordenar seus alunos para marchar e tocar os instrumentos ao mesmo tempo, então, ele recebe ajuda do professor de Educação Física, porém, está ajuda seria uma troca. O professor de Educação Física ajudaria Holland se ele ajudasse seu aluno que está fora do time de futebol por ter notas abaixo da média. Holland aceita o desafio, porém, percebe que o rapaz não tem nenhuma aptidão musical, tenta descobrir como ajudar este rapaz a melhorar as notas e voltar ao time. Holland, aos poucos muda o seu método de ensinar, ganhando o carinho e atenção de seus alunos. Holland desenvolve uma ligação com seus alunos, quando se depara com a deficiência de filho a surdez. Ao descobrir sobre a deficiência de seu filho a sua vida muda, pois a cada dia Holland se dedica a escola, deixando a cargo a educação de seu filho a sua esposa. Para o desenvolvimento de seu filho, Holland e sua esposa matriculam em uma boa escola. Nesta escola, ele aprenderá a língua de sinais e seus pais também, porém, a escola destaca que para melhor desenvolvimento de seu filho a participação da família é fundamental.
A relação de Holland com seu filho é um pouco difícil, ele não o compreende, tem dificuldade de se relacionar, seu filho cobra mais presença de seu pai, pois como Holland dedica o seu tempo a escola acaba deixando de lado seu filho. Holland percebe a insatisfação do filho e propõe a escola, um concerto em homenagem ao filho, então ele rege a sua orquestra, com a música de John Lennon, ele adapta o palco para os surdos, como painéis luminosos e intérprete de sinais. Com isso o professor melhora a sua relação com seu filho.
Passado alguns anos com pouca verba a escola retira algumas disciplinas do quadro escolar como artes, músicas, etc. Holland se vê obrigado a sair e se aposentar, depois de tantos anos lecionando nesta escola e de ser um professor de sucesso. Porém, o que ele não esperava e que na sua saída, os alunos de todos os anos fizessem uma homenagem, em que, ele iria reger. Este filme demonstra a luta de um professor que tenta incluir seus alunos de alguma forma na sociedade e na escola e mostra o drama de ter um filho surdo que precisa de assistência, porém, está deve ser primeiramente da família com a aceitação da deficiência e amor. E como é importante o deficiente não ser excluído da sociedade.O filme expõe como é fundamental o papel do professor e que realmente o professor marca a vida do aluno.
5.- "Os Coristas"
Les choristes. França, 2004
Diretor: Christophe Barratier
Reparto: Gérard Jugnot, François Berléand, Jean-Baptiste Maunier, Jacques Perrin, Kad Merad, Marianne Basler, Maurice Chevit, Paul Chariéras, Marie Bunel y Jean-Paul Bonnaire
Num dia de chuva dois antigos amigos encontraram-se, e começou a relembrar os dias em que estavam no colégio interno. Um dia, ao portão do colégio que se chamava “O fundo do Pântano” um senhor que era para ser o novo professor, vê um rapaz ao portão, passados alguns segundos aparece o vigilante que os leva para dentro.
O senhor começa por mostrar a enfermaria, ao tentar abrir a porta o vidro partiu-se e corta a cara do vigilante que fica meio cego. Logo depois o senhor diretor maraca uma reunião com todos os alunos. O senhor diretor pergunta a todos quem tinha colocado uma armadilha na porta, mas como ninguém se acusava o senhor diretor ao novo professor para escolher um nome. O nome que tinha sido dito era do aluno Bonifácio, que tinha sido deslocado para o calabouço. Na aula o professor apresentou se aos alunos o seu nome era Clemente. Ele já sabia quem era o culpado pelo corte do vigilante Maxance o aluno não queria ir para o calabouço, mas Clemente encarregou de estar na enfermaria para cuidar do Maxance. Dias depois a ferida do vigilante piorou e ele teve que ser transportado para o hospital. A noite o professor quando ia para a cama, vê o armário onde tinha guardadas as suas músicas aberto. No dia seguinte clemente vai a casa de banho e vê 3 alunos com as suas músicas. O professor decidiu criar um coro, começou a ver quem cantava bem e mal. Havia um rapaz que um dia o senhor director estava a dar uma aula e o aluno tirava apontamentos no fim da aula o director pede para mostrar o caderno, quando o viu estava cheio de desenhos a gozar com o professor, ele foi imediatamente levado para o calabouço. Numa aula quando os alunos estavam na aula a cantar ele ouvi-os e no intervalo ele foi para a sala e começou a cantar clemente a passar pela sala ouviu. Passados muitos dias eles apresentavam o coro a condensa. Ela gostou muito. Certo dia o diretor foi a uma reunião. Quando se sentava a mesa recebeu uma chamada a dizer que o colégio estava incendiado. O senhor director falou com o clemente e despediu. Clemente disse tudo o que pensava sobre o director. Enquanto se ia embora os rapazes mandaram aviões de papel para o professor clemente.Quando ia apanhar o autocarro Pépinot apareceu para ir com ele.
6.- A língua das borboletas (A língua das mariposas )
Espanha, 1999 
Diretor: José Luis Cuerda
Reparto: Fernando Fernán-Gómez, Manuel Lozano, Uxia Blanco, Gonzalo Uriarte, Alexis de os Santos, Guillermo Toledo, Tamar Novas e Celso Bugallo
A narrativa se passa na década de 30, na Galícia rural – província espanhola situada a noroeste da península Ibérica. O filme se baseia no livro Qué me quieres, amor? de Manuel Rivas. A história central é a relação entre o menino Moncho e seu professor Dom Gregório. O garoto tinha muita dificuldade de se relacionar socialmente, possivelmente por ser uma criança muito sensível. Ao ingressar nos estudos o menino terá sua vida mudada para sempre. Moncho tinha muito medo da escola, pois ouvira falar que os professores batiam nos alunos. Todavia, Dom Gregório tem um método diferente de ensinar que visava a construção da autonomia individual e liberdade de pensamento.
O contexto histórico é extremamente importante para a compreensão da obra. O período é anterior à Guerra Civil Espanhola. O país estava dividido entre dois principais grupos: Os Republicanos (os Vermelhos) e os Nacionalistas (Fascistas). Em 1936, começou a guerra, que duraria três anos, até 1939. Um ponto que me chamou a atenção no filme é a decadência ética e a pobreza presente na sociedade. O filme mostra um personagem que faz sexo com uma moça chamada Carmiña.A jovem faz questão de que seu cachorro presencie o ato e só se sente excitada com a presença do animal, indicando possivelmente uma relação de zoofilia. O rapaz é extremamente pobre, podemos observar pelas roupas rotas e remendadas, além de ler muito mal.
Outro episódio secundário que nos ajuda a compreender a Espanha da época é a relação marital de um senhor praticamente idoso com uma jovem chinesa, que ele adotou quando tinha 4 anos de idade. Dentro desse contexto de degradação os liberais, comunistas e ateus são considerados a escória do país. A perseguição da extrema direita se dá a liberdade de pensamento e não propriamente ao mal (no sentido kantiano e não no sentido religioso), revelando uma grande hipocrisia. Com tantas coisas terríveis, os perseguidos são aqueles que pensam fora do sistema.Eu não vou dar spoillers sobre o final, mas posso afirmar que Moncho foi introduzido em um mundo de covardias e humilhações características do período Franco.
7.- Professor Lazhar
Monsieur Lazhar. Canadá, 2011
Diretor: Philippe Falardeau
Reparto: Mohamed Fellag, Sophie Nélisse, Émilien Néron, Marie-Ève Beauregard, Vincent Millard, Seddik Benslimane, Louis-David Leblanc, Danielle Proulx, entre outros.
Numa escola primária de Montreal, Bachir Lazhar, um imigrante argelino é contratado para substituir uma professora que se suicidou na sala de aula. Ao mesmo tempo que ajuda os alunos a lidar com a dor, a sua recente perda é também revelada. Nomeado para o oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Professor Lazhar é um conto poderoso sobre um professor substituto que traz aos seus alunos humanidade, excelência e encanto.
8. Ça commence aujourd´hui (Quando tudo começa)
Ça commence aujourd’hui. França, 1999
Diretor: Bertrand Tavernier
Reparto: Philippe Torreton, Maria Pitarresi, Nadia Kaci, Didier Bezace, Veronique Ataly, Nathalie Bécue, Emmanuelle Bercot y Françoise Bette.
O filme conta a dificuldade de Daniel Lefebvre (Philippe Torreton), professor e diretor de uma Escola Pública de Educação Infantil da pequena cidade de Hernaing, na França, em 1998. Hernaing é uma pequena cidade que sofre com o fechamento das minas de carvão e enfrenta uma taxa alarmante de 34% de desemprego. Em sua rotina de trabalho ele enfrenta sérios problemas, tanto com as famílias das crianças, quanto com o governo municipal. Dentre as dificuldades que ele encontra com os familiares das crianças estão, a falta de pagamento devido o desemprego, a falta de tempo de alguns pais para levar seus filhos à escola, a falta de interesse das famílias em educar suas crianças, além de problemas de infraestrutura familiar, tais como, más condições de moradia, de alimentação, a falta de afeto, e até problemas de incesto e agressão. Nesse contexto, o professor e diretor, se envolve terminantemente com os assuntos da comunidade e solicita a todo momento auxilio da Assistência Social para que esta solucione as dificuldades familiar que afetam diretamente às crianças e seu aprendizado. Porém, é nesse momento que ele se depara com a negligência do governo municipal da cidade. Nesse ponto ele enfrenta dificuldades, tais como, a burocracia dos serviços, as altas demandas da assistência social que tem um número limitado de profissionais, a retenção de verbas direcionadas para a merenda dos alunos, a falta de infraestrutura da escola, entre outras. 
No decorrer dos acontecimentos, uma família encontrava-se em uma situação crítica. O pai da família estava desempregado e em decorrência dos atrasos e dívidas, estava há oito meses sem energia elétrica, em pleno inverno, além disso, a mãe era alcoolista e não tinha como alimentar suas crianças, uma menina que freqüentava a escolinha e um bebê. Não agüentando mais vê suas crianças passar fome e frio e não achando auxilio do governo e da assistência social o pai da família mata seus filhos e sua esposa e logo depois se suicida. Esse fato mexe muito com o diretor e pensa em abandonar a escola, porém sob os conselhos de sua noiva resolve enfrentar o prefeito e todo o sistema, reivindicando condições mínimas de vida e dignidade para a população. Paralelo à sua rotina e atribuições profissionais, o professor e diretor enfrenta dificuldades pessoais, como a doença do pai, um ex-mineiro que sofre de enfisema, uma cobrança de seu irmão para que ele mude de profissão, além de uma má relação com seu enteado.
Análise
O filme apresentado é muito rico em discussões. Ele permite dialogar sobre vários aspectos que envolvem a Educação Infantil. Inicialmente, o que chama atenção, além do número de alunos por sala de aula, são as aulas do Professor Lefebvre. O filme retrata aulas bastante criativas, nas quais o lúdico está sempre presente, assim sendo, as crianças se divertem com canções, pintam, trabalham com as mãos, usam a criatividade de maneira livre, fazem atividades externas a sala de aula, são mediadas pelo professor que passa de grupo em grupo observando e norteando as atividades, além da possibilidade de expressão dos alunos, acerca de seus desenhos e etc. 
Outra idéia transmitida pelo filme é o da escola infantil como ambiente na qual os pais deixam as crianças, por terem que procurar emprego, trabalhar, ou ainda, por não quererem educar seus próprios filhos. Esse pensamento foi construído historicamente e perdura até hoje em nossa sociedade. Ademais, existe na contemporaneidade, uma problemática bastante discutida que diz respeito ao binômio cuidar/educar. Nesse contexto, muitas famílias abrem mão de dar a correta educação familiar para suas crianças, deixando essa responsabilidade para os profissionais de educação infantil. 
Por outro lado, muitos profissionais não conseguem definir seus espaços, deveres e limitações, ou seja, não aceitam o fator cuidar como próprio de sua função. O fator cuidar é bastante salientado no filme, nele pode-se observar a atenção para com as crianças, seus comportamentos e até mesmo, seu corpo. Essa atenção faz-se totalmente necessária para se identificar quaisquer lesões, observar se estas alimentam-se bem, se necessitam de auxílios médicos, se possuem algum tipo de deficiência ou doença entre outras necessidades de observação. 
Outro ponto a ser salientado é o questionamento sobre o papel da escola diante das mazelas sociais. Esse aspecto torna visível a importância e a necessidade desta em estar conectada a rede de assistência social, da saúde e do conselho tutelar do município. A escola pode fazer seu papel de denunciar situações de maus tratos, negligencia familiar, exploração do trabalho infantil e/ou sexual. Finalmente, o filme marca aindaa influencia do trabalho na vida do profissional de educação infantil. O professor Lefebvre tem sua vida pessoal afetada por sua vida profissional e vice-versa. Esse ponto pode ser identificado quando sua noiva cobra dele mais atenção e até mesmo uma proposta de casamento. Ela julga que o noivo está abstendo de sua vida, devido seu trabalho na escola e seus envolvimentos com a situação social da comunidade. Além disso, seu mau relacionamento com o enteado é situação desencadeadora para um saque na escola, na qual o enteado entregou a chave da escola para “muleques” com a intenção de realizar uma “brincadeira” com o professor. Diante do apresentado, podemos perceber que a situação retratada no filme não é distante a nossa realidade. A educação infantil em nosso Pais, mesmo tendo um contexto diferente, sofre com os mesmos problemas. A educação infantil merece uma atenção impar do governo, pois é esse o inicio da formação de muitos Brasileiros. Pra finalizar, gostaria de dispor o depoimento de uma das professoras do filme, que segue a seguir: 
“Há vinte anos eu tinha 45 alunos. Não nos queixávamos. Tinha 45 alunos, heim! Havia disciplina. As crianças eram pontuais e estavam sempre limpas. O que não significa que não houvesse pobreza. Hoje em dia é diferente. Tenho 30 alunos e não dou conta. Eles não só chegam atrasados, como chegam sujos. Os pais estão frequentemente em situação de desespero. São poucos os que trabalham. As crianças nem sabem mais o que é uma profissão. E pode-se dizer que só tem a mim com quem falar. Esperança? Não é dizer que vão passar no vestibular ou estudar muito. Não creio mais nisso, mas dar-lhes afeição porque sou apegada a elas. Enfim, é a esperança que me resta. Se eu lhes mostrasse as crianças, o estado em que se encontram! Tão pequenas e tão frágeis. As mães não cuidam mais dos seus filhos como antes. Não podem. É como se elas quisessem se livrar delas. Elas levam as crianças à escola mesmo com 40 graus de febre. Passam o dia diante da TV. À noite fazem o mesmo com eles para ficarem tranquilos. Até durante o jantar. Resultado: temos de lhes ensinar tudo! Até a dar bom-dia! Tem mais. Alguns nem sabem que podemos conversar com alguém. As palavras servem para dizer: “tenho fome”, “tenho frio”, “tenho sede”. É a sobrevivência.”
9- O menino selvagem
L’enfant Sauvage. França, 1970
Diretor: François Truffaut
Reparto: Jean-Pierre Cargol, François Truffaut, Françoise Seigner, Jean Dasté, Paul Villé y Claude Miller
Na Selva Uma camponesa anda a colher bagas na floresta. Ouve um barulho de arbustos a mexer. Olha e, ao ver um animal estranho, larga o cesto e foge. Esse animal estranho era um ser humano. Um menino que andava com os pés e as mãos, trepava às árvores, comia bolotas e raízes, coçava a cabeça e o corpo como os animais, tinha um olhar vago Entre as árvores, como elas balançando ao vento, a criança era parte integrante da natureza. 20 Momento: A Caçada A camponesa vai chamar três caçadores que vieram com cães e espingardas tentar caçar esse “ser” selvagem.
Sentindo-se erseguido, o menin sobe a uma árvore. momento, um dos cã ap selvagem consegue biologicamente mais PACE ado pelos cães, ramo, cal, nesse Contudo o jovem menos força e ellgencla e malar o que lhe permite resolver a situação em seu favor: aperta o pescoço do cão até o matar. A caçada prossegue. Quando os caçadores estão prestes a apanhar o menino, ele foge novamente escondendo-se num buraco no chão. O caçador acende então uma tocha com fumo que mete dentro do buraco. O menino é obrigado a sair. Tenta ainda fugir mas os caçadores conseguem apanhá-lo.
Tapam-no e levam-no com eles para uma Quinta. 0 Momento: Conhecimento público da descoberta da criança selvagem O menino selvagem é Swlpe to vlew next page é entregue aos cuidados de um aldeão que o protege da curiosidade dos camponeses. Entretanto, em Paris, um médico lê uma notícia sobre este acontecimento e reconhece como seria útil examinar esta criança e determinar o seu grau de inteligência. Itard compreende que se trata de uma situação excepcional: um adolescente privado de educação por ter vivido afastado dos indivíduos da sua espécie. 0 Momento: Ida para a prisão de Rodez Acorrentado num palheiro, o menino tenta fugir diversas ezes. Para evitar tal facto é transferido para a prisão de Rodez. Entretanto, em Paris, a criança capturada na floresta e conhecida como “Selvagem de Aveyron” torna-se um fenômeno de moda. A curiosidade pública é enorme. Cuvier e Sicard conseguem uma autorização do Ministério do Interior para transferirem o selvagem para Paris. Na prisão, um guarda tenta dar-lhe banho. O selvagem revolta- se e morde-o. Só a presença e a ternura do aldeão que o havia recebido, permitem acalmá-lo. 0 Momento: Ida para Paris O selvagem de Aveyron é levado para paris numa carruagem, reso por uma trela. Ao atravessar um rio, os passageiros são obrigados a sair da carruagem. Nesse momento o selvagem consegue fugir para a margem do rio. Afinal o seu objectivo era apenas beber água. Já em Paris, Truffaut mostra-nos uma conversa entre Itard e Pinel a propósito de uma noticia do jornal na qual se afirmava que o selvagem iria, aos poucos, tomar os hábitos dos homens civilizados e se deixaria maravilhar c civilizados e se deixaria maravilhar com as belezas da capital.
Todos esperavam que uma educação rápida permitisse recolher informações sobre a vida passada do selvagem. 0 Momento: Exames realizados ao Menino Selvagem O selvagem é levado ao professor Itard e ao professor Pinel que o observaram de imediato: media 1,39 m de altura, tinha pele fina, cor escura, rosto oval, olhos negros, grandes pestanas, boca média, língua normal e bem distinta, dentição normal. Os observadores calcularam que deveria ter entre 11 a 12 anos. Sentado de costas para a porta do consultório não reage ao barulho da porta que se fecha.
Tal facto parece revelar surdez. No entanto, o aldeão que dele se ocupou na aldeia afirmou tê- lo visto voltar-se quando se partia uma noz nas suas costas. Os sentidos da criança estavam invertidos: o olfacto mais desenvolvido, seguido do gosto, visão e por fim o tacto. Tinha quatro cicatrizes no braço esquerdo, no ombro e na perna direita e umas quinze cicatrizes, arranhões e rasgões pelo resto do corpo, a maior parte devidas a mordeduras de animais. A hipótese colocada pelos médicos foi a de o selvagem deveria ter tido necessldade de matar animais para sobreviver.
Tinha uma cicatriz diferente das outras no pescoço, uma sutura de 40mm, que parecia ser um corte provocado por um instrumento afiado. “Os que o abandonaram devem ter querido assassiná-lo”, afirma professor. Com o cair das folhas, que o abandonaram devem ter querido assassiná-lo”, afirma o professor. Com o cair das folhas, o ferimento deve ter cicatrizado por si. Nessa altura, deveria ter três a quatro anos de idade porque, se fosse mais novo, não tena sobrevivido pelos seus próprios meios. Como afirma o professor Itard: “O ferimento não pode ser a causa do mutismo e ele não fala”.
A “única causa é o isolamento em que viveu até aqui” Segue-se uma cena muito curiosa em que o menino olha para o espelho, de frente, de lado, como se estivesse a tentar descobrir o que era aquilo que via. Colocam-lhe uma maça sobre a cabeça e o menino, de frente para o espelho, tenta agarrá-la, primeiro, no espelho e depois sobre a sua cabeça. 70 Momento: No colégio dos surdos-mudos No colégio de surdos-mudos, para onde é levado, durante os recreios, foge das outras crianças e esconde-se debaixo de montes de folhas.
Quando o pretendem deitar, refugia-se debaixo da cama, onde dorme. Se chove, em vez de se abrigar como qualquer outra criança, fica alegre, corre e salta ao som da chuva. Maltratado pelas outras crianças, explorado pelos guardas (os parisienses fazem excursões ao colégio para verem o “menino elvagem”), o menino selvagem tornava estridente a sua diferença radical. O professor Itard e o professor Pinel decidem retirá-lo da instituição. Os maus tratos que ar sofria provoca mesmo interrogações sobrea legitimidade de terem retirado aquela criança ao seu mundo natural.
Será possível e legitimo edu legitimidade de terem retirado aquela criança ao seu mundo natural. Será possível e legitimo educá-la ou teria Sido melhor tê- la deixado na floresta? Neste momento inicial do filme, Truffaut põe em confronto duas teses. Por um lado, o professor Pinel considera o selvagem omo um idiota, em tudo semelhante aos que tratava em Bicêtre. Sugere, por isso, que seja levado para aquela instituição de deficientes mentais. Segundo Pinel, o selvagem tinha sido abandonado e esfaqueado pelos pais por ser anormal.
Pelo contrário, para o professor Itard, ele não é idiota. É uma criança que teve o infortúnio de passar seis ou sete anos na floresta em isolamento total e, apenas como resultado desse isolamento, parece hoje ser idiota. Supunha ter Sldo abandonado por ser filho ilegítimo e por isso um estorvo. Propõe-se tentar educá-lo e, nesse sentido, pede à Administração que lho confie. Concedida essa autorização, leva-o para sua casa, perto da aldeia de gatignolles, onde a sua governanta, Mme Guérin, cuida dele. 80 Momento: Chegada a casa do Prof.
Itard e habituação à vida civilizada Ao chegar a casa do Prof. Itard, a governanta recebe a criança com efusiva manifestação de ternura. Corta-lhe as unhas, o cabelo, veste-o e, seguindo o conselho do professor, vai sempre falando com ele: ‘Vais ficar bem aqui! ” , “Cuidamos bem de ti. “. Mesmo que ele não a compreendesse era necessário falar-lhe o máximo possível. Itard, pelo seu lado, está inteiramente dedicado à tarefa de educação alar-lhe o máximo possível. educação do menino. O que o apaixona é verificar que tudo o que o menino faz, é feito pela primeira vez.
O professor verifica que a criança é insensível ao fumo do tabaco, a todas as manifestações afectivas (“nunca ninguém o viu chorar”) e suportava muito bem o calor pois apanhou brasas com as mãos. O professor decide, então, dar-lhe banho em água a escaldar com o objectivo de o “amolecer para lhe retirar força muscular. Simultaneamente, salpica-o com água fria para lhe estimular a sensibilidade cutânea. Coloca-se de novo a questão da surdez. Será que ele ouve? Como o professor Itard explica, ele “ouve sem escutar, tal como olha sem ver”.
Será necessário ensinar-lhe tudo, inclusivamente ensinar-lhe a escutar e a ver. Também a marcha é objeto de ensino, o professor obriga-o a uma postura direita e ensina-o a andar sem dobrar os joelhos. À refeição, quando a Mme Guérin lhe põe um prato de sopa? Frente, o menino imediatamente debruça a cara sobre o prato como um animal. Então, a governanta ensina-o a comer com a colher. A regra enunciada por Itard é a de que ele “tem que aprender desde já Quando o professor lhe pretende calçar os sapatos pela primeira vez, o menino reage fortemente”. Não consegue andar.
Tem que ser amparado e, quando o desamparam, atira-se para o chão, mostra-se agressivo e agitado. Um dia em que é deixado no quarto ao frio e sentado junto às suas agressivo e agitado. suas roupas, tenta vestir-se. Aos poucos tornou-se sensível ? temperatura. Acende velas com fósforos, e começa a apreciar as roupas, que até então recusava. Espirra pela primeira vez e, curiosamente, manifesta uma reação de medo perante o seu próprio espirro, ficando a bater os dentes. O que mais agrada e alegra o menino selvagem são as saídas ao campo. Diariamente, o prof.
Itard leva-o a uma propriedade vizinha onde a Sra. Lémeri o habitua ao leite. Essas saídas eram antecedidas por certos preparativos sempre idênticos: o prof. entra no quarto sempre pelas quatro horas, de chapéu na cabeça, com a camisa de sair à rua no braço e de bengala na mão. Quando vê o bosque, o menino manifesta uma imensa alegria e vai de uma janela para a outra da carruagem impacientíssimo. Ao acompanhar o Prof. Itard, o menino nao é capaz de andar calmamente ao seu lado. Recupera o seu estilo de marcha, sempre ‘trotando ou galopando”. Ao chegar a casa da Sra.
Lémeri, esta dá uma taça de leite ao menino que se dirige para a janela aí ficando a beber e a olhar para o campo. A certa altura, o menino começa a bater no vidro da janela. A Sra. diz-lhe que pode ir para a rua brincar com Matheu. Este sentou o menino no seu carrinho de mão e empurrou-o, o que provocou no menino selvagem grande manifestação de alegria, batendo com as mãos no carrinho. Após o regresso a casa, o menino põe a mesa com os respectivos batendo com as mãos no carrinho. talheres, tal como a Mme Guérin lhe tinha ensinado. Vai à cozinha buscar uma taça e começa a bater no avental da Mme Guénn.
Ao observar esta reacção, o professor Itard explica que ele está a “querer dizer’ que tem fome. Encorajado com estes progressos das capacidades comunicativas do menino, o professor começa a fazer alguns jogos: coloca três copos em cima da mesa, mostra lhe uma noz, mete-a dentro de um dos copos e, depois de alterar diversas vezes as suas posições, pede ao menino que indique onde está a noz. A inteligência está a ser estudada. Quando regressa à propriedade vizinha, o menino dirige-se de imediato ao armário de onde a Sra. Lémeri tirava a taça do leite, batendo na porta para a tentar abrir.
Um dia, ao ver o que estava a suceder, o professor pega na mão do menino ajudando-o a abrir a fechadura da porta. Volta a fechá-la e ajuda-o a tentar abri-la sozinho. Perante o sucesso do menino, o Prof. dá-lhe a taça pretendida com leite. Como era seu hábito, o menino dirige-se para a janela que estava aberta. Distraído a olhar para o campo, parte a tigela. No quintal, vê o carrinho e como o pequeno Matheu não está, o menino vai puxar o Sr. Lémeri para empurrar o carrinho. Aos poucos, o prof. Itard tenta reduzir-lhe os passeios, as refeições e o tempo de cama. O seu objectivo é tornar os eus dias mais proveitosos.
Nesse sentido, vai complicando a brincadeira d PAGF objectivo é tornar os seus dias mais proveitosos. Nesse sentido, vai complicando a brincadeira dos copos: em vez de utilizar objectos comestíveis, utiliza um soldado de chumbo. Num certo dia, durante a brincadeira, o professor e a Mme Guérin, apercebem-se que a criança se volta para trás ao ouvir o som ‘Io”, razão pela qual começam a chamar-lhe Victor. Quando Victor pede água com o copo na mão, o professor tenta que ele diga a palavra “‘água”. Mas não consegue. O salto que é exigido ao menino é demasiado grande. Ao voltarem a casa do Sr.
Lémeri, Victor leva escondida debaixo do casaco uma tigela e vai ter com a Sra. Lémeri, mostrando-lha. Como ele tinha partido a outra tigela, deve ter pensado que a Sra. não lhe daria mais leite. Ao perceber o gosto especlal que Victor tem pelo leite, o professor tenta que ele diga a palavra leite. E, de facto, ele articula um som semelhante a leite, mas apenas depois de o prof. lho ter servido. Victor só diz a palavra leite após o professor lhe dar a tigela com o leite. Se a palavra saísse antes da concessão da coisa desejada, ele teria aprendido a função da palavra. A comunicação com Victor seria então possível. Mas não é isso que acontece. A palavra para Victor é apenas expressão insignificante e inútil do prazer sentido. 90 Momento: Passados três meses Passados três meses, o professor Itard tenta despertar o ouvido de Victor que, durante anos, só lhe sem•iu para o avisar na floresta da queda de um fruto ou da aproximação durante anos, só lhe serviu para o avisar na floresta da queda de um fruto ou da aproximação de um animal. O professor coloca Victor de frente para um espelho com uma vela acesa à sua frente e tenta que este o imite a fazer determinados sons.
Depois, coloca a mão de Victor no seu pescoço para que este sentisse as cordas vocais quando o prof. articulava alguns desses sons. Numa outra cena, Victor, com um tambor no colo e de olhos vendados, imita o som emitido pelo professor no tambor. Nunca se engana, mesmo quando o professor o tenta confundir, batendo ora em cima, ora de lado. A Mme Guérin ensina Victor a descascar ervilhas, coisa que Victor aprende com grande facilidade, conseguindo, inclusivamente,descascar tantas ervilhas quantas a Mme Guérin. A certa altura, quando a Mme Guérin arruma a casa, troca acidentalmente o lugar de certos objectos. Victor volta a colocá- los no sítio correcto. O professor Itard resolve então aproveitar esta sua “paixão pela arrumação”, procurando situações em que a aplicação da sua memória visual seja posta ao serviço da aprendizagem da escrita e da leitura. O Prof. Itard começa por desenhar vários objectos no quadro, pedindo a Victorque pendurasse os próprios objectos no quadro, por cima de cada desenho. O menino consegue colocar os objectos no sitio. O professor recompensa-o com um copode água. Victor gosta muito de água. Habitualmente, colocava-se à janela, olhando para o campo, como se nesses momentos de deleite, esse filho
10.- Ser e ter
Être et avoir. Francia, 2002
Director: Nicolas Philibert
O documentário SER E TER, conta a historia de um professor chamado Georges Lopes. Georges trabalha em uma escola que fica localizada em uma pequena cidade rural no centro da França, nos anos 90, la ele leciona sozinho pois tem apenas uma sala de aula, mas se dedica muito aos seus alunos. A intenção do professor nesse vídeo é que as crianças não aprendam apenas as disciplinas, mas principalmente a cortesia e valores. Esse modelo escolar é bastante comum no interior da França, onde crianças de varias idades dividem a mesma sala de aula, idades essas que varia de 4 e 11 anos.
Georges esta sempre valorizando suas relações pessoais para que dessa forma possa manter uma harmonia entre os alunos em sala de aula, pois já que está vivendo no mesmo espaço, precisam ter uma boa convivência. Em sala de aula o professor tenta passar para os alunos o tempo todo que é mais importante ser do que ter, foi a partir daí que surgiu o nome do documentário. O único propósito que o professor passa no documentário é de ensinar, e como ele estava prestes a se aposentar e não ficaria com eles para sempre então procurava criar e desenvolver a autonomia de cada um dos seus alunos para que eles saibam como se sobressair com a ausência de Georges, enfim, a construção de personalidade.
De acordo com a educação que nós estamos acostumados a ver no dia a dia, esse vídeo é muito bom e nos faz pensar que há uma grande diferença se fizermos uma comparação do desempenho do professor em questão e dos nossos professores. Em uma das minhas experiências tanto nas escolas da rede publica quanto privada, e nessas escola vi maneiras muito diferentes de se trabalhar umas das outras em comparando com o vídeo ficou mais diferentes ainda, por exemplo, nas escola privadas o professor esta sempre preocupado em aplicar o conteúdo e terminar as apostilas até o fim do ano, do que apresentar novas formas de se trabalhar , o famoso método tradicional. Já nas escolas da rede publica, o professor parece estar muito cansado, as vezes até criam um conhecimento, e as vezes passam uma imagem de estar conformados e acomodados com a situação que estão vivendo a tanto tempo.
No documentário quem faz toda a diferença na educação é o professor, os professores de o Brasil poderiam fazer suas diferenças afinal é importante que o professor trabalhe com amor e porque gosta da profissão para que não se torne um trabalho alienado, ou seja, trabalhar só pelo dinheiro, mesmo que em uma única sala de aula, com alunos de diversas idades, esse professor Frances consegue muito mais do que passar só o conteúdo, mas também participar da vida de cada aluno para poder ajudar a cada um que precise da sua ajuda. Es un documental. 
11. O Sorriso de Monalise
Mona Lisa Smile. Estados Unidos, 2003.
Diretor: Mike Newell
O filme O SORRISO DE MONALISA (1993), tem como principal ambiente a Welley College, escola feminina tradicionalista do início da década de 50. 
No trailler, a professora de história da arte Katherine Watson (Julia Roberts), educadora liberal para os conceitos da época, tenta, através da história da arte, despertar nas alunas questionamentos sobre as escolhas que elas devem fazer em suas vidas. A professora se contrapõe aos padrões sociais vigentes e aos conceitos machistas predominantes na época. A mulher da década de 50 era educada para ser uma boa mãe e esposa. O momento mais feliz de sua vida seria, sem dúvida, o momento de subir ao altar e se tornar uma senhora respeitável perante a sociedade. Ter filhos não era uma escolha, mas sim uma obrigação. Assim, dentro deste ambiente tradicionalista a professora tem um comportamento liberal, moderno, para os padrões vigentes. Os pais e a direção da escola apoiam as tradições e estimulam as alunas a seguir os padrões de comportamento "corretos". A diretora, com o apoio dos pais, dita as questões que devem objeto de estudo em sala de aula. Este comportamento se reflete, inclusive na vida pessoal de alunos e professores. Uma das partes mais marcantes do filme é o momento em que a diretora da escola, sutilmente, diz a Katherine que ela ensine menos arte moderna se quiser continuar a faze parte do quadro de docentes para o próximo ano.
Ainda no início do filme, a passagem na qual a enfermeira Amanda é demitida mostra o pensamento das alunas e da direção da escola. A enfermeira que distribui anticoncepcionais para alunas é denunciada por uma aluna (Betty) no editorial da escola, fato que a sua expulsão do estabelecimento de ensino. Dos momentos de aprendizagem, muito interessante é o quadro no qual Katherine leva as alunas para conhecer um quadro de Jackson Pollack. Lá, a professora pede que as alunas apenas apreciem o quadro. Nesta passagem podemos observar que ela quer que suas alunas tenham suas próprias opinões e não se orientem apenas pelos manuais acadêmicos.
Dentro do enredo, a personagem Katherine também vive marcantes conflitos individuais – ela tem que escolher entre a vida amorosa e o trabalho. De grande emoção é o momento em que a aluna Betty se casa e logo depois descobre que é traída por seu marido. Ela sente que o casamento, por si só não trás felicidade. A partir daí ela se abre para tudo aquilo que a professora chamava atenção, pensa até em ingresar na universidade. Interessante notar que dentro da visão tradicionalista e cheia de “clichês” da época, não havia meios da mulher conciliar seu lado profissional com o lado esposa e dona de casa. Uma escolha importava em renunciar a outra. Em vários momentos do filme a protagonista tenta alertar as alunas para o desenvolvimento pessoal, para o questionamento, para o pensar. Ao fim do ano letivo, a renovação do contrato de Katherine depende de várias condições, como por exemplo, levar à direção da escola seu plano de aula para aprovação. A professora sai da escola, mas leva consigo a amizade, o carinho e admiração das alunas.
Contribuição para a prática docente: O filme mostra que o professor deve levar o aluno a pensar, a questionar os fatos. O ensino é algo que se aprende dia a dia, é uma troca de experiências entre os alunos e professores. A discussão em sala de aula é saudável e todos ganham com isso. Modelos prontos estão fadados a falência. Não importa a matéria a ser lecionada, o bom docente é aquele que leva seu aluno a pensar. No ensino superior, muitas das vezes, os conceitos já vem prontos e o aluno recebe as informações sem muitos questionamentos. Neste contexto, deve professor incentivar e estimular novos pontos de vista, sempre com o objetivo de proporcionar ao aluno maior crescimento dentro da matéria. Esta conduta trás benefícios para o aluno como profissional e como pessoa.
12. A Educação Proibida
Argentina, 2012
Diretor: German Doin
Reparto: (Documental), Santiago Magariños, Amira Adre, Nicolás Valenzuela y Gastón Pauls
Filme documental na que se mostra experiências educativas dentro do não convencional e desde uma perspectiva pedagógica progressista (Sonia Bartol). Sistemas e modelos educativos (Ana Liliam Licona Vega).
Educação Proibida é um documentário que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação, focando em experiências educacionais diferentes,não convencionais, que buscam um novo paradigma educativo.
A Educação Proibida é um projeto feito por jovens que partilhando dessa visão, embarcaram em uma pesquisa em oito países realizando entrevistas com mais de 90 educadores com propostas educativas alternativas. O filme foi financiado coletivamente graças a centenas de co-produtores e tem licença livre que permite e incentiva sua copiagem e reprodução.
O filme se propõe alimentar e iniciar um debate de reflexão social sobre as bases que sustentam a escola, promovendo o desenvolvimento de uma educação integral centrada no amor, no respeito, na liberdade e na aprendizagem.
13. O filme O Milagre de Anne Sullivan
The Miracle Worker. Estados Unidos, 1962
Director: Arthur Penn
Reparto: Anne Bancroft, Patty Duke, Andrew Prine, Inga Swenson, Victor Jory y Jack Hollander
O filme O Milagre de Anne Sullivan foi um dos melhores filmes que eu já vi na minha vida, pois ele traz uma sensibilidade enorme em cada cena capaz de emocionar qualquer pessoa. Ao ver o filme eu sofri, chorei e refletir muito com relação ao inesperado, ou seja , coisas que acontecem , mas que nunca pensamos que possa acontecer conosco. O filme relata a história de uma menina cega. Não só cega, mas muda. E como se não fosse demais, era uma menina surda, muda e cega. O nome dela era é Helen Keller, de sete anos, filha de proprietários de terras. Keller não sabia o que era mundo e não sabia como interpretá-lo, e apesar disso tudo, ela precisava muito se expressar.
O filme é muito complexo, mas ao mesmo tempo é humano demais. Um filme que mostra como o ser humano não está seguro sobre as coisas que a vida pode aprontar. O Milagre de Anne Sullivan é um retrato psicológico, mostra-nos como não sabemos lidar com com limites físicos e a realidade de um ser humano. O filme é um pouco agressivo no sentido de mostrar as dificuldades de se viver em um mundo silencioso e escuro, como o de Helen, e que não há como ignorar a dor de uma garotinha. A menina não conhece o mundo à sua volta, mas sabe do que precisa para viver e acaba por se tornar uma tirana em sua casa, já que sua família lhe dava todas as liberdades como uma “inválida”, como achavam que Helen era. A menina tinha o total domínio em sua casa, então, portanto controlava o comportamento de seus familiares; ela não entende como é ser educada e muito menos como escutar um não.
A Helen recebe uma orientação de uma pessoa com suma importância, que é Anne Sullivan, uma professora. Ela é uma mulher que era cega (fez nove cirurgias nos olhos) e usa óculos escuros para proteger-se do sol,acostumada a conviver com cegas e cegos, mas ao se deparar com Helen, entende que ali está o maior desafio da sua vida: o desafio de explicar a uma menina como viver no mundo e como entende-lo, e seu maior objetivo era que todos a tratassem como uma pessoa normal.. Para isto entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança.
Ao conhecer Anne, o pai de Helen transpareceu um enorme preconceito dizendo: “ ...eles esperam que uma cega ensine a outra ” Como explicar a uma menina que terra é a terra? Que fome é vontade de comer? Como mostrar a árvore para uma menina, que não consegue vê-la? Como ensinar a menina comer com garfos e facas, se a menina não sabe nem o que é educação? Como ensinar a menina o que é o amor? São essas as perguntas que Anne se faz durante o filme todo. A relação que as personagens travam entre si foge completamente da esperada por todos que assistem ao filme: ao contrário de amor e compreensão de imediato, Anne se torna uma megera na vida de Helen. Anne demonstra que a única forma de ensinar Helen a ser gente, é a tirando de seu pedestal, a destronando de seu império, criado pela dó e pena que seus pais tinham, e mostrar o que é a realidade para a garotinha. A realidade não é bonita. Comer no prato não é fácil, saber indicar as coisas e seus significados é quase impossível. 
Anne resolve criar um método de comunicação entre elas: o tato seria o alfabeto. O tato, serveria como o meio de comunicação, fazendo com que Anne e Helen desenvolvam uma sequência de palavras associadas aos gestos das mãos. O primeiro contato de Helen com o alfabeto no tato em libras foi no momento em que Helen encontra uma boneca na mala de Anne e descobre que ela possui a mesma forma de seu rosto. 
Durante anos, Hellen Keller tem comportamento selvagem e indisciplinado. O estimulo da comunicação através de um dos sentidos ( tato ) com Anne Sullivan a incentiva a utilizar o tato como o elo entre ela e o mundo; desenha palavras na mão da menina a fim de que ela compreenda a relação entre as palavras e seus significados. O tato passa a ser a via pela qual a menina “enxerga” o mundo, até que, em um momento, compreende realmente a linguagem. A partir daí, aprende o alfabeto Braille e aos dez anos começa a falar. As cenas são definitivamente emocionantes, como por exemplo, quando Helen começar a correr e encostar-se às coisas , perguntando para Anne como era o nome delas, árvore, chão, degrau e professor. Uma das cenas mais lindas. 
O filme conta a história da persistente professora do título, contratada para ensinar Hellen que fica surda e cega aos 18 meses de vida. A força de vontade, vocação e fé de Sullivan é tanta que nada parece ser obstáculo para ela, nem mesmo os próprios pais de Hellen, com quem vive entrando em conflito Em 1904, formou-se com louvor, e foi a primeira aluna cega e surda e terminar um curso universitário. Enfim, o filme carrega uma mensagem de dor, conquista e apoio que poucos filmes apresentam ter. O milagre de Anne Sullivan é um dos mais bem filmes produzidos e virar as costas para uma obra rara dessas, é, no mínimo, ignorância imperdoável.
 “Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar” – Helen Keller
14. Battle Royale (Battle Royale – Koushun Takami)
Batoru Rowaiaru. Japón, 2000
Diretor: Kinji Fukasaku
Reparto: Takeshi Kitano, Aki Maeda, Tatsuya Fujiwara, Chiaki Kuriyama, Taro Yamamoto, Sousuke Takaoka y Takashi Tsukamoto
 “Na grande república da Ásia oriental, as pessoas viviam em estado de ditadura. Pessoas eram mortas se questionassem o governo. As relações com outros países, principalmente os Estados Unidos Imperialistas, eram escassas e as leis eram as mais rígidas possíveis. (Isso te lembra de algo? Não? Então espera que logo tu vai entender a referência) Para mostrar que a República precisava de pulso firme para continuar funcionando, o governo realizava uma vez por ano o “Programa”. Uma espécie de exercício militar onde, uma vez por ano, uma turma do ensino fundamental era escolhida e jogada em uma ilha, com um único objetivo: matar a todos os colegas até sobrar apenas um. (Agora eu acho que você entendeu a referência) E em 1999 as coisas não foram diferentes. Uma turma da oitava série do ensino fundamental foi escolhida para participar do Programa. Mas essa turma era um pouco diferente das outras.”
E agora eu tenho total certeza que todos que estão lendo isso estão pensando: isso aí é puro plágio de Jogos Vorazes. Bem, na verdade, se alguma coisa fosse considerada plágio aqui, seria Jogos Vorazes, pois Battle Royale foi criado muito antes de Jogos Vorazes.
Mas deixando de lado a comparação entre as obras, vamos falar de Battle Royale. A premissa é simples. 42 jovens largados em uma ilha para se matarem uns aos outros. Parece até aquelas bizarrices japonesas, certo? Mas, nesse caso, até que não temos tantas coisas que consideraríamos bizarras, pois o livro foi muito bem escrito. O autor tentou mostrar os pontos de vista de todos os personagens, e não apenas os principais, Shuya e Noriko. Mas, não é por isso que não temos aquela boa dose de violência juvenil que fez muito sucesso em Jogos Vorazes. Pelo contrário, ela está bem mais evidente em BR. Ainda mais quando o jogo vai se aproximando do fim, que é quando vemos que todos estão dispostos a exatamente tudo para sobreviverem, mesmo queisso custe à vida dos outros. Acho que não vou falar mais coisas, pois das duas uma: ou seria spoiler, ou seria comparação com JV, coisa que eu não quero fazer agora.
Considerações finais. Recomendo “Battle Royale” para quem gosta ver uma porradaria franca, histórias orientais e Jogos Vorazes. Existe um filme baseado nesse livro, que eu assisti apenas a metade dele. Quando eu terminar de ver, faço uma crítica aqui. Bem, acho que é isso. Leiam, comentem o que acharam e nos vemos na próxima resenha.
 
15. Favores em Cadeia
Pay It Forward. Estados Unidos, 2000.
Diretor: Mimi Leder
Reparto: Kevin Spacey, Helen Hunt, Haley Joel Osment, Jay Mohr, James Caviezel (AKA Jim Caviezel), Jon Bon Jovi y Angie Dickinson
A cineasta nova-iorquina Mimi Leder inspirou-se num romance inédito de Catherine Ryan Hyde e realizou "Favores em Cadeia", um filme que acompanha a vida solitária de Eugene Simonet (Kevin Spacey), um homem cheio de complexos devido ao seu aspecto. Eugene é o novo professor de Estudos Sociais numa escola de bairro de Las Vegas e na primeira aula desafia os seus alunos (com 11 anos) a fazerem um exercício fora do vulgar: mudar o mundo para melhor. Um dos alunos, Trevor McKinney (Haley Joel Osment, o rapaz-revelação de "Sexto Sentido") vai ter uma ideia genial: através de uma espécie de jogo, cada vez que alguém recebe um favor, terá de retribuir o acto de benevolência a mais três pessoas, e assim sucessivamente até se formar uma enorme cadeia de boas acções. Para grande surpresa da mãe (Helen Hunt), Trevor inicia o exercício dando abrigo a um toxicodependente (James Caviezel, o soldado Witt de "Barreira Invisível"). Mas ainda lhe restam duas pessoas para poder concluir o trio que será o alvo dos seus favores.
16. Descobrindo a Forrester
Finding Forrester. Estados Unidos, 2000
Diretor: Gus Van Sant
Reparto: Sean Connery, Rob Brown, F. Murray Abraham, Anna Paquin, Busta Rhymes, April Grace, Michael Pitt, Michael Nouri, Richard Easton, Glenn Fitzgerald, Stephanie Berry, Matt Damon, Lil Zane
Jamal Wallace (Robert Brown) é um jovem adolescente que ganha uma bolsa de estudos em uma escola de elite de Manhattan, devido ao seu desempenho nos testes de seu antigo colégio no Bronx e também por jogar muito bem basquete. Após uma aposta com seus amigos, ele conhece ele conhece William Forrester (Sean Connery), um talentoso e recluso escritor com quem desenvolve uma profunda amizade. Percebendo talento para a escrita em Jamal, Forrester procura incentivá-lo para seguir este caminho, mas termina recebendo de Jamal algumas boas lições de vida
ENCONTRANDO FORRESTER, filme do diretor Gus Van Sant, estrelado por Rob Brown e Sean Connery, conta a história de Jamal, jovem com talentos literários excepcionais e uma bagagem de leituras memorizadas de dar inveja, que sofre limitações no seu desenvolvimento por causa de sua cor e de sua condição social.Seu desempenho escolar é mediano, mas um trabalho brilhante desperta o interesse do melhor colégio da cidade, que o convida para estudar lá sem pagar e ainda jogando basquete, seu esporte preferido, do qual é um ás. Jamal conhece Forrester, um famoso escritor de um livro só, em uma invasão no seu apartamento, inspirada por seus amigos da rua. Forrester lê e critica alguns textos de Jamal e, a partir daí, passa a ser o incentivador maior do desenvolvimento do seu dom.
No colégio novo, professores que um dia contestaram a obra de Forrester desconfiam que os trabalhos escolares de Jamal são apenas cópias e que ele só está estudando lá para jogar basquete e tirar a família da pobreza. No desenrolar da história, Jamal prova sua amizade por Forrester, e Forrester prova sua amizade por Jamal. O filme é leve, e os personagens são carismáticos, de modo que o espectador fica "torcendo" para que tudo termine hollywoodianamente bem. Há boas doses de humor, um esboço de romance (tolhido pelo preconceito social e racial), e alguns momentos sentimentais e de reflexão.O filme aborda aspectos interrelacionados como talento, cultura, determinação, injustiça e amizade. O charme de Sean Connery compensa a pobre fotografia e as péssimas traduções das legendas. A trama concisa e envolvente prendeu minha atenção do princípio ao fim do filme.
17. Clube do Imperador
The Emperor’s Club. Estados Unidos, 2002.
Director: Michael Hoffman
Reparto: Kevin Kline, Emile Hirsch, Embeth Davidtz, Rob Morrow, Edward Herrmann, Harris Yulin, Paul Dano, Jesse Eisenberg, Katherine O’Sullivan, Elizabeth Hobgood, Purva Bedi, Deirdre Lorenz, James Shanklin y Rishi Mehta
 Filme clave na Educação, mostra valores sociais que se tem perdido hoje em dia como a disciplina, o respeito, a Honestidade e a moralidade frente a todo (Abraham Domínguez).O filme “Clube do imperador” se passa numa escola freqüentada pela elite americana, onde o professor William Hundert é reconhecido por suas belas instruções em sala de aula. Tudo sempre correu bem até o dia em que professor se depara com o arrogante Sedgewick Bell, filho de um pai importante na política do país. O garoto mantinha um relacionamento sem diálogo e sem carinho e afetividade com o pai, apesar de suas tentativas de aproximação. Diante deste aluno o professor busca a mudança do caráter do mesmo e ganhar sua confiança, convencendo-o de que ele era capaz. Para isso, ele até trapaceou na classificação do famoso jogo "Júlio César", que consistia numa competição na qual só os três melhores alunos da escola podiam participar da grande final e apenas um participante ganhava os louros da vitória. Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação no concurso (Clube do Imperador), desviando-se de seu caráter reto para tentar aproximar-se do garoto e passar-lhe seus conceitos. Percebendo, porém, que apesar de alguns poucos avanços não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em um conflito interno sobre o que são vitórias e derrotas.
Esse conflito se torna mais profundo quando se decepciona, ao perceber que, mesmo entre os mestres da escola, a esperteza se sobrepõe a retidão de caráter e a honestidade. Quando chega sua chance de galgar o cargo máximo, é preterido como diretor. A escolha recai sobre alguém bem mais jovem que ele e que tinha como principal habilidade conseguir dinheiro para sustentar o colégio. Sedgewick deseja repetir o campeonato em sua cidade e convida o professor e todos os seus antigos colegas que são recebidos com muito carinho. Entretanto, no decorrer do campeonato, o professor descobre que seu antigo aluno continuava a infligir o princípio de moral, e mais uma vez não entrega a vitória. O campeonato era apenas para anunciar aos colegas de que era candidato ao senado no lugar de seu pai e queria pedir apoio de todos. Ele e o professor discutem. Durante a discussão, o filho de Sedgewick ouve tudo e compreende ostensivamente e vira as costas para o pai. O professor, então, revela ao seu antigo aluno que foi desclassificado injustamente assim como no passado e ele o perdoa. Como prova de seu perdão, coloca seu filho para estudar o senhor Hundert, pois apesar de tudo via uma honradez. Ainda tinha muito apreço pelo professor.
O filme vem nos afirmar sobre a importância da didática na educação. Ela é um instrumento que faz com que busquemos soluções para resolver os problemas em salas de aulas. Assim, vem nos despertar para uma real importância de uma educação verdadeira. Podemos comparar essa escola com a tendência liberal tradicional, pois ela está baseada na mesmice com atividades repetitivas como forma de avaliação com perguntas e respostas e avaliações escritas. Dentre elas, para participar do campeonato os alunos eram obrigados a passar por uma avaliação e só três dos alunos eram classificados injustamente, desclassificar um aluno para classificar Sedgewick. Ele decepciona seu aluno, mas também é decepcionado por Sedgewick.
 18. Esta Terra é Minha Terra
This Land is Mine. Estados Unidos, 1943
Diretor: Jean Renoir
Reparto: Charles Laughton, Maureen O’Hara, George Sanders, Walter Slezak, Kent Smith,Una O’Connor, Philip Merivale y George Coulouris, entre outros.
Charles Lauton o profesoor de uma escola rural na França durante a invasão nazi. Ensinara a seus alunos a lutar pela liberdade dando exemplo ao entregar sua própria vida (Roxana Beatriz Martínez Nieto).
O filme nos transporta á França ocupada pelos nazis á vontade de um maestro de escola por transmitir a seus alunos do valor da liberdade e de põe por cima de todo inclusive da própria vida a educação em valores humanistas diante os dogmas da tirania (Martín Caeiro).
19. A Menina que Roubava Livros
The Book Thief. Estados Unidos, 2013
Diretor: Brian Percival
Reparto: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson, Nico Liersch, Ben Schnetzer, Sandra Nedeleff, Hildegard Schroedter, Gotthard Lange
Uma menina chamada Liesel Meminger, ver o irmão morrer na metade do caminho com sua mãe supostamente comunista. Já no cemitério, no enterro do seu irmão, ela roubava seu primeiro livro. Liesel é encaminhada para um casal de alemães, como diziam puro sangue ou ariano legitimo. Lá conhece Has Hubermann, seu pai adotivo de olhos cristalinos, e Rosa Hubermann, sua mãe adotiva de postura atarracada e irritadiça.
 Demorou um certo tempo para Liesel se acostumar com eles, seus novos pais, principalmente com Rosa Hubermann que viviam xingando a garota é sua clientela do bairro. Com Has foi muito mais fácil já que era ele que a acordara, no meio da madrugada, dos pesadelo que ela tinha com seu irmão no trem. Ele passava o que restava da madrugada consolando Liesel de primeiro, depois passou a tentar a ensinar-lhe a ler. A escola tinha o modelo de ensino da era Hitler que era um fracasso, Liesel ganhara várias surras da professora na sala de aula por não saber ler. Mas adorara jogar futebol com os garotos da rua Himmel, onde morava em Molcking, ela e seu melhor amigo Rudy Steiner. A cidade era devota de Hitler toda semana faziam (o partido) uma fogueira de livros, foi perto do local que a menina roubou seu segundo livro levemente chamuscado, chamado "o dar de ombros". Rudy Steiner vivia dando em cima de Liesel Meminger, mas ela sempre contornava situação. Rosa Hubermann, mãe de Liesel, mandava-lhe entregar uma sacola de roupas por toda a cidade até a casa do prefeito, onde sua mulher sempre a atendia calada. Um belo dia quando Liesel ia saindo da casa do prefeito sua esposa resolveu convida-la para uma visita a sua biblioteca, disse que podia ler quanto livros quisesse quando fosse lá entregar a roupa. Passa-se o tempo, a guerra vai piorando a situação econômica da Alemanha. Cada vez que Liezel (as vezes com acompanha de Rudy) ia dar a ronda pela cidade entregando roupa lavada e passada, escutava em cada casa um pedido cancelamento do serviço alegando que a guerra estava prejudicando as financias. Has Hubernann tocava acordeon algumas noites em um bar e considerava isso um hobbie, até então ainda tinha bicos como pintor de paredes. Mais com o tempo seus melhores clientes que eram judeus foram sumindo, uns estavam completamente na miséria outros foram levados pelo Partido com suas lojas saqueadas. A situação na casa dos Steiner era deplorável por serem judeus por natureza. 
 Umas das últimas clientes de Rosa Hubermann era Ilsa, a esposa do prefeito, quando Liesel Revoltada pela situação a menina explodiu em sua fúria, disse tudo o que pensava do filho deles que foi para guerra e não voltou e xingou-a e o prefeito. Não mais tardar Liesel ficara arrependida. Um judeu chamado Max Vandenburg procura Has Hubermann dizendo que é filho do homem que lhe dera o acordeon, (Has herdou o acordeon de um amigo de guerra que morrera em combate), e que estava algum tempo escondido num galpão, Has o levou para casa e montou um esquema com Rosa e Liesel, Max ficaria no porão com as tintas. Ninguém poderia saber que um judeu morava ali. Para a menina, agora seu mundinho se dividiam em dois, da porta da dentro onde todos ficavam apreensivos com um judeu escondido no porão e da porta para fora onde tinha seu melhor amigo Rudy e os outros moleques da pelada. Aos poucos Liesel foi se aproximando de Max Vandenburg até chegar ao ponto de dividir sonhos, pesadelos que eles tinham, agora não eram um gemido de uma menina, eram dois gritando em um pesadelo. Começam o bombardeio e vai se aproximando da cidade. Liesel e Rudy criam um estranho hábito de roubar, mas o que Liesel adorava roubar era os livros na casa do prefeito. Com uma suspeita de a esposa dele deixava a janela aberta de proposito. Enquanto Rudy era um eterno esfomeado, magro igual um graveto, ele só pensava em roubar comida da casa alheia ou plantações. Um dia desses que eles foram a uma maciera comeram até passar mal e foram para suas casas. Foi a leitura que salvou Liesel do bombardeio que mataram todos, Rudy, Rosa e Has. Depois de morto Rudy ganhara o tão esperado beijo da menina. Max foi embora e a saudade daqueles tempos acompanhara a menina. Liesel encontrou Max Vandenburg, mas foi separado por um soldado. Após a libertação dos judeus Max reencontra Liesel. A morte já havia passado por Liesel três vezes, mas só a levou-a mais tarde, após ter lido muitas vezes a história que Liesel havia escrito sobre sua vida e a deixado naquele dia no bombardeio. Quando Liesel pergunta a morte, diz ainda não ter entendido muito bem sua história e leva Liesel calmamente e faz uma observação... "Os seres humanos me assombram". foi entregar a roupa ela deu um livro a menina e cancelou o serviço que Rosa fazia. 
20. Uma mente maravilhosa
A Beautiful Mind. Estados Unidos, 2001
Diretor: Ron Howard
Reparto: Russell Crowe, Jennifer Connelly, Ed Harris, Paul Bettany, Adam Goldberg, Christopher Plummer, Judd Hirsch e Josh Lucas, entre outros.
O filme conta a história de um esquizofrênico chamado John Forber Nash. Ele é um matemático com um grau elevado de inteligência onde se fascina com os números, fórmulas e teoremas e tenta mudar essas teorias através de reformulações próprias, ou seja, ele se destacou elaborando uma teoria revolucionária que poderia mudar o ruma da economia moderna. Ele era um excelente professor, mas que não se encantava com a idéia de ser um, para ele estar numa sala de aula era perder seu tempo e dos alunos. O protagonista apesar de ser uma pessoa totalmente anti-social, consegue despertar o interesse de sua aluna Alicia que apesar de ver no professor frieza, consegue conquistar o coração do professor.A esquizofrenia é uma doença mental grave se caracteriza por muitos sintomas entre eles alterações do pensamento, alucinações, delírios e embotamento emocional. A esquizofrenia possui sintomas positivos e negativos.
Neste filme, apesar de no início o telespectador não identificar na história do professor quando ela é real ou alucinações do próprio personagem, ele aborda os principais sintomas da doença que só foi descoberto quando o médico falou para a esposa que as crises e manias de perseguição que ele tinha na verdade eram sinais de que ele era um esquizofrênico.Esses sintomas eram basicamente alucinações visuais e auditivas quando ele via e ouvia seu amigo de quarto todo momento, juntamente com uma criança que o acompanhava a muitos anos em sua vida e quando ele é chamado para trabalhar para o serviço secreto da Rússia e que ele é algo fundamental na resolução de código secretos.
Além desses sintomas há também o embotamento emocional com perda do contato com a realidade onde é abordado no filme quando ele vai dar banho no seu bebê e o deixa quase se afogando na banheira e olhando para a criança fixamente sem se dar conta do perigo que aquele bebê estava passando.Para John e para a esposa foi difícil de entender que tudo aquilo que estava acontecendo como o amigo, a criança que o acompanhava a muitos anos e os russos eram frutos de uma esquizofrenia e não acontecimentos reais que eram vivenciados por ambos. Mesmo depois do tratamento e das internações John ainda tinha as mesmas alucinações, as mesmas manias de perseguições apesar de outro sintoma da esquizofrenia o acompanhar também que era o isolamentosocial.
Mesmo diante daquela situação a sua esposa não desistiu de estar ao lado do marido, porque para ela não era certo deixá-lo num momento deste. Ela então o convence a retornar ás aulas na universidade onde lecionava. Com o passar do tempo John consegue ignorar os personagens que ele criou o consegue conviver mais com os alunos. Ele então consegue provar sua Teoria do Equilíbrio e foi nomeado para o prêmio Nobel de Economia pelo seu trabalho. Durante a cerimônia ele agradece e declara seu amor a sua esposa.
 21. "Maria Montessori - uma vida dedicada às crianças"
Maria Montessori, una vita per i bambini. Italia, 2007
Director: Gianluca Maria Tavarelli
Reparto: Paola Cortellesi, Massimo Poggio, Gianmarco Tognazzi, Alberto Maria Merli, Imma Piro, Lisa Gastoni, Giulia Lazzarini y Alberto Cracco, entre otros.
Esta cinebiografia de 3h10 de duração é emocionante e conta a história de Maria Montessori (Paola Cortellesi), uma mulher persistente, sonhadora, teimosa e corajosa numa época onde o papel principal da mulher era ser submissa, mãe e dona de casa. Montessori foi a primeira mulher a se formar em medicina na Itália, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Roma em 1896 e foi lá que iniciou um trabalho com crianças especiais na clínica da universidade, onde ajudou a alfabetizá-los. 
Também dedicou-se a experimentar procedimentos em crianças que ainda não tinham idade para frequentar o ensino fundamental, revolucionando a educação em todo mundo, onde contribuiu para criar métodos de ensino para a educação infantil. Devido a seu reconhecimento, participou de um projeto onde criou a 'Casa das Crianças', priorizando a autonomia da criança, já que os alunos vinham de famílias pobres e sem instrução, e noções de limpeza e higiene se faziam necessários naquele contexto. Montessori criou um método de aprendizagem, conhecido como "Método Montessori", que fazia com que a criança aprendesse com seus próprios erros. Em sua pedagogia os princípios fundamentais eram a atividade, a individualidade e a liberdade. Era contra a violência física e psicológica (como palmadas e castigos). Seus escritos contribuíram bastante para a educação infantil e sua pedagogia se reflete no movimento das Escolas Novas e pedagogia Waldorf, opondo-se aos métodos tradicionais que não respeitam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. No filme é possível acompanhar suas motivações e contextos de trabalho, bem como a relação secreta que teve com seu professor de psiquiatria Dr. Montesano e o filho Mario, fruto desse amor. Maria foi obrigada a abrir mão do filho, mas jamais deixou de acompanhar seu desenvolvimento e sempre foram muito íntimos. Quando adulto, revelada a verdade, passaram a morar juntos e posteriormente, quando ele se formou em Medicina, passaram a trabalhar juntos. Foi ele quem continuou disseminando o método da mãe, após sua morte aos 84 anos.Durante o fascismo italiano, Maria foi intimada a participar das modificações nas escolas italianas, já que seu método se disseminou pelo mundo e interessava ao governo, adaptá-lo e disseminá-lo também nas escolas italianas. Porém, chantageada, Maria fugiu com o filho, recusando a se esquivar e distorcer seu método para finalidades políticas! Maria acreditava que para mudar o homem do futuro era precisar trabalhar com a criança do presente. Somente assim poderia haver uma verdadeira transformação! Através da educação!
22. Mentes peligrosas
Dangerous Minds. Estados Unidos, 1995
Diretor: John N. Smith
O filme conta a história de uma professora, Louanne Johnson, que deixa a carreira militar de fuzileira naval e entra em uma escola para lecionar sem saber as dificuldades que encontraria para esta tarefa, pois seus alunos eram de certa forma revoltados com a vida que levavam, pelas suas condições sociais, éticas e morais; mais eram inteligentes, porém desmotivados e conseqüentemente não queriam nada além da anarquia e do desrespeito, e intimidavam todo o professor que tentasse se aproximar. Em razão disso seu método de ensino não deu certo mas ela não iria desistir passou a contextualizar e a trabalhar com eles através de suas realidades, isto é, começou a conhecer as pluralidades culturais de seus alunos, e a trabalhar a interdisciplinaridade, formando assim estratégias de ensino, umas sensatas e outras nem tanto. Para chamar a atenção de seus alunos à professora começou a ensinar artes marciais para os alunos e começou a tratar da morte em seus poemas, por ser um tema presente no cotidiano daqueles alunos, assim ela conseguiu assim vencer a resistência inicial, mais ainda não era o suficiente, então ele começou a dar recompensas para as atividades feitas em sala de aula, como dar chocolate a quem acertasse a questão e pagar jantar, até que eles entendessem que aprender já era a recompensa. Mais seus métodos de ensino não condiziam com os da escola em que lecionava, então ela teve grandes problemas com o corpo docente da escola. Johnson por se preocupar em conhecer cada um de seus alunos, seu meio social, cultural; acabou por ter o respeito de seus alunos e uma ótima relação professor/aluno. Até que um de seus alunos é morto por um inimigo, isso faz a professora decidir desistir de continuar na escola, mais é aí que ela é surpreendida seus próprios alunos não permitiram que ela desistisse, falaram que estavam disposto a lutar para não perdê-la como professora. Ela tinha lutado por cada um deles em seus problemas e dificuldades, e que ela os tinha ensinado a nunca desistir de seus sonhos, de lutar sempre para alcançá-los.
23. O Substituto
Detachmen. Estados Unidos, 2011.
Diretor: Tony Kaye
Há vários exemplos de encenações dramáticas entre alunos e professores no cinema que buscam comprovar a importância que um tem para o outro através de um relacionamento inicialmente conturbado, mas que chega ao final com alguma mensagem edificante. Aqueles que esperam que a fórmula se repita em “O Substituto” ficarão estarrecidos, entretanto.
O inglês Tony Kaye não conseguiu distribuição para nenhum dos seus projetos após “A Outra História Americana”, mas a fúria com que conduz sua obra permanece intacta. Em “O Substituto”, Adrien Brody vive Henry Barthes, um professor substitutivo que consegue a oportunidade de trabalhar temporariamente na escola dirigida por Carol Dearden (Marcia Gay Harden). A sua vida privada é tão desmotivadora quanto a profissional, investindo o tempo entre visitar o avô moribundo (Louis Zorich) e habitar o seu apartamento vazio e melancólico.
Henry é o personagem central de “O Substituto”, mas a história sempre registra o íntimo dos profissionais que o cercam, todos igualmente infelizes. São professores presos em um ambiente em que claramente não há alunos interessados em avançarem em suas vidas, enfraquecendo qualquer intenção de se inserirem como figuras exemplares na memória de indivíduos tão jovens e que desconhecem o mundo cão presente fora da salas de aula.
Qualquer diretor que se dedique em fazer um drama que não console o espectador ao mostrar um registro tão próximo do nosso dia a dia automaticamente se garante como um artista de olhar autêntico. Se Tony Kaye não conquista outros méritos é porque a todo o momento notamos a sua mão pesada em “O Substituto”.
Com uma câmera agressiva e o texto feroz de Carl Lund, o cineasta parece interessado apenas na desgraça que ronda a existência dos seus personagens, sem oferecer qualquer oportunidade para que isto seja revertido. Não parece suficiente atordoar-nos ao mostrar o passado e presente horrendos de Henry, é preciso também destacar a insignificância do professor interpretado por Tim Blake Nelson diante dos outros ou o efeito nulo provocado pelas palavras ditas pela psicóloga incorporada por Lucy Liu.
Se “O Substituto” não é mais doloroso de se ver é porque há ao menos algum indício de otimismo neste limbo, algo que se vê na presença de Erica (a excelente Sami Gayle), garota de programa e menor de idade que cruza o caminho de John. Se mantivesse o equilíbrio que

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